Tom Witherow para o The
Daily Maile Martin Robinson para o MailOnline
Os maçons dominaram a investigação do afundamento do Titanic e podem ter
permitido que personalidades ligadas às elites escapassem de culpa, conforme
afirmação na noite passada.
A investigação da tragédia de 1912 que custou 1.500 vidas livrou a
maioria dos envolvidos, inclusive os donos da empresa Linha Estrela Branca, do
navio, e seu capitão.
Agora a publicação de um arquivo maçônico secreto — contendo dois
milhões de nomes de membros de 1733 a 1923 — revela a dimensão do envolvimento
maçônico nos graus mais elevados da sociedade britânica.
O arquivo contém os nomes de três reis, estadistas, juízes, oficiais
militares de alta patente e bispos.
Especialistas creem que esse arquivo poderá levar a um reexame de quase
200 anos da história britânica, revelando a dimensão da influência maçônica em
todos os níveis da sociedade britânica quando a Inglaterra era um dos países
mais poderosos do mundo.
Os registros serão publicados online pelo serviço genealógico Ancestry.
Embora as ligações maçônicas de personalidades como Sir Winston
Churchill, Oscar Wilde, Lorde Kitchener, Rudyard Kipling e Edward VIII sejam
conhecidas, os registros oferecem a primeira visão abrangente do alcance da
maçonaria durante o apogeu do Império Britânico.
Os registros revelam as íntimas ligações entre personalidades das elites
envolvidas na investigação do afundamento do Titanic, noticiou o jornal
Telegraph.
Uma investigação do Senado dos EUA focou especificamente na Câmara
Britânica do Comércio, dizendo que o número pequeno de botes salva-vidas no
Titanic era consequência de normas relaxadas.
Contudo, a investigação realizada na Inglaterra, dirigida pelo Lorde
Mersey, inocentou a Câmara do Comércio.
O próprio Lorde Mersey era maçom, mostram os registros publicados
recentemente. Ele foi iniciado em 1881 na Loja dos Advogados do Norte em
Londres.
Crucialmente, Sydney Buxton, presidente da Câmara do Comércio, também
era dessa loja, tendo sido iniciado em 1888 quando ele era parlamentar.
Os nomes de pelo menos dois dos membros da investigação que deram
assessoria especializada — John Harvard Biles, especialista em arquitetura
naval, e Edward Chaston, assessor graduado de engenharia — podem também ser
encontrados no arquivo maçônico.
Lorde Pirrie, que não só era diretor do estaleiro Harland and Wolff em
Belfast, o qual construiu o Titanic, mas também um dos diretores da empresa
matriz da Estrela Branca, também parece ter sido maçom.
Nic Compton, que é um especialista em assuntos do Titanic, disse: “A
investigação do Titanic na Inglaterra foi tachada de ‘farsa’ porque inocentou a
maioria dos envolvidos. Só três passageiros foram entrevistados, e todos eram
da primeira classe.”
Traduzido por
Julio Severo do original em inglês do jornal DailyMail: Freemasons
fixed inquiry into Titanic to protect Establishment, claims secret archive that
lists two million members — including Winston Churchill — and reveals secretive
group of elites ruled society for 200 years
Fonte: www.juliosevero.com
Leitura recomendada: