Começando talvez ha onze milênios, os habitantes da Europa Paleolítica erigiram estruturas cerimoniais para sintonizar e manipular as energias que acreditavam controlar o cliclo básico da natureza. Iniciava-se a chamada Era Megalítica, da palavra grega mega, que significa grande, e lithos, que quer dizer pedra. As obras da época da era megalítica parecem terem sido construídas por povo indo-europeus, uma cultura de pessoas de baixa estatura, cabelos longos, um povo marítimo de sociedade matriarcal e dedicados à arte de elaboração de mapas. Eram os chamados Priteni ( de onde deriva os nomes Bretanha e bretão). Eles foram deslocados a partir de 2800 a.C. pelo povo Beacker, assim chamado devido à prática de envolverem seus mortos em uma mortalha de barro. Estes e outros subsequentes invasores parecem ter usado os monumentos megalíticos para seus próprios objetivos, normalmente como túmulos.
Distante cerca de 46 Km ao norte de Dublim, na Irlanda, em uma cordilheira margeada pelo rio Boyne, localiza-se uma magnífica câmara de passagem. Com 14 metros de altura e 76m de diâmetro. Consiste em um corredor de cerca de 18m e que termina em uma câmara abobadada de 6m circundada por três pequenos salões, cada com uma base circular de pedra (a semelhança da pirâmides egípcias), Newgrange, como é conhecida agora esta câmara, foi erigida por volta de 3350 a.C., oito séculos antes da primeira pirâmide do Egito. Não apresenta nenhum lado reto. Trata-se de um monte artificial erguido sobre uma câmara em forma de cruz. Sua abóboda foi descoberta em 1963 durante escavações arqueológicas.
Uma das três entradas desta tumba em Bru de Boinne,data de 5.000 anos atrás. Ela está posicionada de tal forma, que durante o solstício de inverno na região, em 21 de dezembro, um raio de luz penetra pela passagem iluminando toda a câmara. Seu teto tem a forma espiralada. Logo na entrada, o visitante se depara com uma pedra onde repete-se o desenho em espiral. Ninguém sabe o que esse desenho significava para seu criador ou mesmo porque ou para quem este túmulo foi construído e o mais intrigante, é como ele se encontra cuidadosamente alinhado com o solstício de inverno.
Em 1967, descobriu-se um fenômeno que ocorre por ocasião do solstício de inverso (21 de dezembro). Em 1969, o professor M. J. O´Kelly observou que às 9:58h da manhã (hora local), do dia 21 de dezembro, a luz do Sol nascente passa pela fenda existente acima da entrada e ilumina inteiramente o corredor até a parede da câmara central, (a semelhança do que ocorre com as pirâmides e o Memorial JK em Brasília e você pode conferir em fotos aqui no blog logo abaixo), a luz solar então ilumina toda a câmara, às 10:o4h (hora local), a luz se torna um estreito feixe e às 10:15h a luz desaparece. A luz solar também aparece na câmara uma semana antes e depois do solstício de inverno, porém não chega a iluminar a câmara de forma tão brilhante quanto no dia 21 de dezembro. O efeito é impressionante, e o esforço para obtê-lo deve ter sido imenso.
Por que as pessoas que construíram Newgrange tiveram tanto trabalho? Caso quisessem fazer uma tumba poderiam ter tido menos trabalho. A construção do monumento exigiu esforços prolongados de uma grande número de pessoas. Para obter o efeito de iluminação interna foram necessárias medidas bastantes precisas. Uma vez que a estrutura foi claramente projetada para ser iluminada em determinado período do ano, o solstício de inverno, a grandiosidade do monumento e a impressão que causa demonstram a importância que os fazendeiros do período Neolítico da Irlanda conferiam a este evento anual.
A ausência de registros escritos impede o conhecimento preciso do que era feito, pensado e sentido naquelas manhãs pré-históricas de dezembro, quando o sol penetrava no ventre simbólico e sagrado que construíram. Os resquícios descobertos nas câmaras laterais sugerem que o lugar deve ter servido como um templo no qual se contemplavam os mistérios da morte e do nascimento e a ligação entre a alma humana e os ciclos da natureza.
É claro que podemos apenas especular o que aquelas pessoas faziam nas frias manhãs de dezembro. Uma vez que as câmaras internas eram suficientemente espaçosas para acomodar apenas alguns sacerdotes e sacerdotisas, é possível que os demais participantes dançassem, santassem e orassem ao redor do monumento. (Fonte: Celebrando os Solstícios de Richard Heinberg, Ed. Madras)
Distante cerca de 46 Km ao norte de Dublim, na Irlanda, em uma cordilheira margeada pelo rio Boyne, localiza-se uma magnífica câmara de passagem. Com 14 metros de altura e 76m de diâmetro. Consiste em um corredor de cerca de 18m e que termina em uma câmara abobadada de 6m circundada por três pequenos salões, cada com uma base circular de pedra (a semelhança da pirâmides egípcias), Newgrange, como é conhecida agora esta câmara, foi erigida por volta de 3350 a.C., oito séculos antes da primeira pirâmide do Egito. Não apresenta nenhum lado reto. Trata-se de um monte artificial erguido sobre uma câmara em forma de cruz. Sua abóboda foi descoberta em 1963 durante escavações arqueológicas.
Uma das três entradas desta tumba em Bru de Boinne,data de 5.000 anos atrás. Ela está posicionada de tal forma, que durante o solstício de inverno na região, em 21 de dezembro, um raio de luz penetra pela passagem iluminando toda a câmara. Seu teto tem a forma espiralada. Logo na entrada, o visitante se depara com uma pedra onde repete-se o desenho em espiral. Ninguém sabe o que esse desenho significava para seu criador ou mesmo porque ou para quem este túmulo foi construído e o mais intrigante, é como ele se encontra cuidadosamente alinhado com o solstício de inverno.
Em 1967, descobriu-se um fenômeno que ocorre por ocasião do solstício de inverso (21 de dezembro). Em 1969, o professor M. J. O´Kelly observou que às 9:58h da manhã (hora local), do dia 21 de dezembro, a luz do Sol nascente passa pela fenda existente acima da entrada e ilumina inteiramente o corredor até a parede da câmara central, (a semelhança do que ocorre com as pirâmides e o Memorial JK em Brasília e você pode conferir em fotos aqui no blog logo abaixo), a luz solar então ilumina toda a câmara, às 10:o4h (hora local), a luz se torna um estreito feixe e às 10:15h a luz desaparece. A luz solar também aparece na câmara uma semana antes e depois do solstício de inverno, porém não chega a iluminar a câmara de forma tão brilhante quanto no dia 21 de dezembro. O efeito é impressionante, e o esforço para obtê-lo deve ter sido imenso.
Por que as pessoas que construíram Newgrange tiveram tanto trabalho? Caso quisessem fazer uma tumba poderiam ter tido menos trabalho. A construção do monumento exigiu esforços prolongados de uma grande número de pessoas. Para obter o efeito de iluminação interna foram necessárias medidas bastantes precisas. Uma vez que a estrutura foi claramente projetada para ser iluminada em determinado período do ano, o solstício de inverno, a grandiosidade do monumento e a impressão que causa demonstram a importância que os fazendeiros do período Neolítico da Irlanda conferiam a este evento anual.
A ausência de registros escritos impede o conhecimento preciso do que era feito, pensado e sentido naquelas manhãs pré-históricas de dezembro, quando o sol penetrava no ventre simbólico e sagrado que construíram. Os resquícios descobertos nas câmaras laterais sugerem que o lugar deve ter servido como um templo no qual se contemplavam os mistérios da morte e do nascimento e a ligação entre a alma humana e os ciclos da natureza.
É claro que podemos apenas especular o que aquelas pessoas faziam nas frias manhãs de dezembro. Uma vez que as câmaras internas eram suficientemente espaçosas para acomodar apenas alguns sacerdotes e sacerdotisas, é possível que os demais participantes dançassem, santassem e orassem ao redor do monumento. (Fonte: Celebrando os Solstícios de Richard Heinberg, Ed. Madras)
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