Em seu excelente livro, Overcoming the Dominion of Darkness, Gary Kinnaman descreveu as fortalezas espirituais como coisas que Satanás edifica a fim de exercer influência sobre a vida de uma pessoa: pecados pessoais, pensamentos, sentimentos, atitudes e padrões de comportamento.8
Uma das maneiras do Senhor de tratar com as fortalezas pessoais é mediante a aplicação dos padrões bíblicos de conduta.
Penso que esse é um importante portão para o reavivamento. Quando estudamos os grandes reavivamentos, quase invariavelmente lemos sobre como o sentimento de santificação os dominou.
Explico isso com detalhes no meu livro, Possuindo as Portas do Inimigo (Editora Atos), no capítulo, "Princípios do Coração Puro".
Um dos maiores empecilhos para Deus mover-se em nossas cidades é o orgulho dos crentes.
É tempo de clamar a Deus para retirar as vendas de nossos olhos, a fim de que possamos ver o nosso egoísmo, as nossas más atitudes e a nossa falta de caráter e integridade.
Dei meu apoio quando ouvi Bill Gothard dizer:
"A integridade consiste em fazer o que é certo, mesmo quando ninguém mais está olhando!"
Nossos atos são contemplados por um Deus Santo e por todo o exército do céu.
Precisamos imitar o caráter e a retidão de Deus.
A guerra espiritual não é alguma "jornada de poder".
Antes, é a exibição dos atributos e caminhos de Deus, diante de um mundo perdido que olha para ver se realmente somos vencedores, não sujeitos aos poderes malignos desta era.
Essas fortalezas espirituais, são "buracos em nossa armadura". Aprendi esse princípio da parte de Joy Dawson, grande conhecedora da Bíblia.
Joy diz que quando temos motivos errados no coração, como o orgulho ou atos egoístas, esses são como buracos feitos em nossa armadura, que nos deixam expostos diante dos ataques do inimigo.
Mas essas aberturas são fechadas mediante o arrependimento, diante de um Deus santo, e mediante o arrependimento expresso a pessoas que porventura tenhamos ofendido.
Deus só exalta e confere a vitória aos humildes.
Por meio da humildade, do arrependimento e da santidade, as fortalezas pessoais podem ser destruídas.
Assevera o meu amigo, Ed Silvoso: "Uma fortaleza é uma mente impregnada com desesperança, o que leva o crente a aceitar, como incapaz de ser mudado, algo que ele sabe ser contrário à vontade de Deus".9 Essa é a melhor definição que já encontrei.
As fortalezas podem ser edificadas em nossas mentes de várias maneiras.
O inimigo talvez nos tenha convencido de que a nossa cidade jamais poderá ser ganha para o evangelho. Ele gosta de estabelecer limites às coisas em que cremos.
É possível que uma cidade seja ganha para Cristo?
Podem o prefeito, os vereadores, a força policial, os advogados e os professores serem influenciados pelo evangelho?
Naturalmente que sim! Algumas vezes tornamo-nos apenas "prisioneiros de guerra" em nossas igrejas.
Satanás não se importa se temos pouco pão e água e alguns poucos visitantes, mas fica muito perturbado quando resolvemos influenciar a nossa cidade inteira.
Precisamos armar o espetáculo de um grande escape da prisão!
Em primeiro lugar, precisaremos derrubar as fortalezas construídas em nossas mentes, que sussurram que isso não pode ser feito.
Certa feita, em minha vida, ocorreu-me uma situação que parecia irreparável. Um amigo tinha feito algo que me havia ferido profundamente, e eu me senti traída.
As circunstâncias eram tais que parecia que nada mais poderia ser feito para solucionar o problema.
Por dois anos, eu não vi esse amigo, e nós não falamos um com o outro. A restauração da amizade parecia sem solução neste lado da vida.
Eu não percebia, no momento, que havia uma fortaleza mental que o diabo tinha conseguido construir em minha mente. Satanás tinha-me enganado para acreditar que era urna situação imutável.
Essa fortaleza exaltava-se contra o conhecimento de Deus, o qual garante: "Tudo é possível ao que crê".
Como é óbvio, por ter sido ofendida, preferi não crer na promessa de Deus. E aquele aspecto de minha vida sofreu um aleijão.
Um dia, quando eu estava orando, ocorreu-me que eu tinha crido em uma mentira. Pois nada é impossível para Deus!
E comecei a buscar o Senhor quanto a uma estratégia para consertar a brecha. Eu sentia que precisava discutir a situação com aquela pessoa e endireitar as coisas entre nós. Não foi fácil.
Eu carecia de chegar a um lugar onde houvesse perdão e cura. Finalmente, entendi o que deveria fazer. Escrevi uma cartinha, garantindo àquele irmão o meu amor, bem como eu lamentava toda aquela situação.
Em adição, expliquei, de maneira não-acusadora, como eu via aquela situação. E terminei a carta perguntando se poderíamos conversar pelo telefone, visto que ele morava a considerável distância de mim.
Depois de ter recebido a carta, aquele irmão telefonou para mim, e o amor de Deus manifestou-se tão fortemente, durante o nosso diálogo, que a situação foi totalmente remediada, e nosso relacionamento amistoso foi restaurado.
3 – Fortalezas ideológicas
Gary Kinnaman diz que as fortalezas ideológicas "envolvem uma visão global. Homens como Karl Marx, Charles Darwin e outros afetaram particularmente as idéias filosóficas e religiosas ou não-religiosas que influenciam a cultura e a sociedade".10
As fortalezas ideológicas são potencialmente capazes de afetar culturas inteiras.
Adolfo Hitler é um exemplo destacado desse fato.
Livros sobre Hitler e o Terceiro Reich estão revelando e trazendo à tona os poderes ocultos por detrás do Terceiro Reich, que enfeitiçaram essencialmente uma nação inteira.
Filosofias, como a do humanismo, são poderosas e sedutoras.
A Nova Era está em ascensão, e, provavelmente, é uma das ameaças mais sérias para o cristianismo bíblico nas nações ocidentais.
Os que militam na Nova Era são ensinados que podem invocar o poder das forças demoníacas contra qualquer religião do mundo.
Estão se infiltrando rapidamente nas escolas de muitas nações, a fim de arrebatarem as mentes de nossos filhos e estabelecerem suas ideologias nos governos locais e nacionais.
Precisamos entender que essas fortalezas ideológicas são inspiradas pelas forças invisíveis dos poderes das trevas, que provocam a criação de estruturas e instituições sociais que levam avante os seus propósitos.
Não podemos exagerar quando afirmamos: Nossa luta não é contra carne e sangue.
Essas fortalezas devem ser atacadas mediante uma intercessão contínua, bem enfocada, inteligente, permanente, pelas igrejas evangélicas das nações do mundo.
A igreja trancada em suas próprias paredes tem uma mentalidade que diz que não somos responsáveis por qualquer coisa que aconteça fora de nossas quatro paredes, fechando os olhos para não ver a batalha real que ocorre em nossas cidades.
Muitos pastores e líderes estão atualmente despertando para perceber que estão fugindo de Satanás, em vez de combaterem contra ele!
Fonte: Destruindo Fortalezas, Cap. 3 - C. Peter Wagner
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