Resposta à uma Carta
Este artigo foi escrito em 1977. Foi em resposta a uma carta que recebi, sem assinatura, após uma palestra que fiz na Igreja Presbiteriana no Rio de Janeiro.
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Nesta palestra falei da volta de Cristo, e sobre os sinais da Sua vinda, sendo um destes o ressurgimento da Babilônia, mãe das abominações.
Nesta palestra falei da volta de Cristo, e sobre os sinais da Sua vinda, sendo um destes o ressurgimento da Babilônia, mãe das abominações.
Babilônia é assim chamada na Bíblia porque foi ali, nessa antiga cidade que sistematizou-se a primeira falsa religião, o sistema místico que produziu a astrologia, reencarnação, segredos, esoterismo, consulta aos mortos, adivinhação e uma série de outras crenças que continuam até hoje.
Na palestra eu disse que a maçonaria é também um dos filhos de Babilônia, pois os seus rituais, e muitos dos seus "segredos" são derivados dos antigos rituais babilônicos. Maçonaria é uma religião mística, e creio que a minha observação foi correta.
Muitos anos já passaram desde aquele primeiro confronto. Tempo suficiente para me convencer, mais do que nunca, que a maçonaria e Cristianismo não são compatíveis. Gostaria de mencionar apenas uma coisa que aumentou a minha convicção neste sentido: em 1977 o termo "Nova Era" (New Age) ainda era desconhecido. A Nova Era tem como seu propósito final estabelecer um novo regime neste planeta, visando paz, prosperidade, equilíbrio ecológico, baseado numa união das nações, sob liderança única. Sabemos que Satanás também tem este alvo e visa assumir a liderança total do mundo através do seu representante, o anti-Cristo.
A maçonaria, há muito tempo, tem este mesmo propósito. Seu alvo a longo prazo, é estabelecer um novo mundo dirigido pelo "Grande Arquiteto", que sabemos não ser o nosso Cristo, mas apenas um outro nome de Lúcifer. A maçonaria crê que os "profanos" (como são chamados os não maçons) não têm a capacidade de determinar o seu futuro feliz e cabe aos iluminados (os maçons) assumir o controle e liderança para garantir o sucesso neste novo mundo.
Como crentes em Jesus Cristo sabemos que é o próprio Jesus Cristo que virá estabelecer o Seu reino sobre o mundo, sem a cooperação dos maçons (dos quais a maioria não são regenerados pelo Espírito de Deus) ou de qualquer outro propagador da Nova Era. O reino de Cristo será dirigido por Ele mesmo com os redimidos pelo Seu sangue, e nenhum incrédulo terá parte nisso.
Conseqüentemente creio que para alguém que professa ser filho de Deus, salvo pelo precioso sangue de Jesus, ser participante de uma sociedade como a maçonaria é ser traidor à causa do nosso Mestre. Peço que, por amor ao nosso Senhor, pelo amor ao Seu rebanho, a igreja, pelo amor aos perdidos que precisam conhecer a verdade, que os crentes se afastem deste jugo desigual. Saia do meio deles... seja fiel a Cristo, esperando e apressando a Sua volta e o Seu reino, e não apoiando e ajudando os planos de Satanás que com toda certeza vão fracassar. Vamos todos, com amor e firmeza, ajudar aqueles nossos irmãos que estão ligados com a maçonaria a sair. Vamos empregar todos os nossos recursos na obra de Deus. Deixe que Satanás se limite aos incrédulos para promover a causa dele. Nós que pertencemos a Cristo precisamos fazer a obra de Deus.
UMA CARTA
Rio de Janeiro, 12 de outubro de 1976
Reverendo Haroldo Reimer
Prezado e distinto irmão em Cristo
Há vários anos vimos acompanhando, com interesse e admiração, o seu trabalho na PALAVRA DA VIDA, através de eloqüentes testemunhos dos que por ela têm passado e recebido as bênçãos do Senhor.
E é deveras notável a sua obra missionária, em diversos pontos do país, onde tem levado a doce mensagem da salvação em Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Ainda recentemente, o ilustre irmão pregou na querida Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro.
Acontece, entretanto, que o irmão ao terminar seu sermão, no domingo, fez uma afirmação mais o menos nestes termos: "A maçonaria é de origem babilônica e não sabemos como há crentes maçons".
Com a sua devida e respeitável vênia, apresentamos, ao estimado irmão, as seguintes ponderações, após uma reunião, que tivemos, de Ministros Evangélicos e Oficiais de Igrejas, do Grau 33 da Maçonaria:
1. A maçonaria se originou na construção do templo de Salomão, em Jerusalém.
2. A maçonaria não é religião, mas só aceita, nos seus quadros, homens que crêem em Deus.
3. A maçonaria tem influenciado, decisivamente, nos destinos do Brasil e do mundo.
Como símbolo do que realizou pela liberdade dos povos, citamos a Revolução Francesa; a Queda da Bastilha. Quanto ao Brasil: fez a sua independência política, a libertação dos escravos, a República e muitas outras cousas de real valor.
4. Deus tem se servido da maçonaria como valioso instrumento da sua bondade e do seu amor.
a) Todos os missionários, que, vindos dos Estados Unidos e alguns da Inglaterra, aqui plantaram a semente bendita do Evangelho, eram maçons, inclusive o grande Simonton, fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil.
E isto acontecia porque a religião oficial, no Brasil, era a católica, que muito perseguia os aludidos missionários.
E estes sentiam a premente necessidade de pertencer à sublime ordem da qual faziam parte as autoridades do país que, como instrumentos de Deus, garantiam-lhes a vida e a liberdade de pregação.
b) Mesmo muitos anos depois, o grande Reverendo Álvaro Reis, Pastor da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, foi salvo por Deus por intermédio da maçonaria, de que era ilustre membro. Outros ministros do evangelho, inclusive alguns que tomaram parte nesta reunião maçônica, estão vivos, isto é, não forma assassinados pelos inimigos, graças à pronta e enérgica proteção que lhes foi dada pela Instituição que se bate pela liberdade, igualdade e fraternidade, da qual faziam parte, com muito prazer.
5. Temos, ainda hoje, centenas de renomados pastores e oficiais de igrejas evangélicas que integram a maçonaria, trabalhando pelas grandes causas da humanidade.
6. A maçonaria tem contribuído para a construção de templos e para a aquisição de seus diferentes imóveis.
7. É significativo que somente uma denominação, no Brasil - que não surgiu em qualquer outro país - seja inimiga da maçonaria: a Igreja Presbiteriana Independente.
E sabemos que a razão principal do seu início foi uma questão de ilustre pastor com missionários americanos, por questões administrativas de um colégio, onde estes predominavam, em São Paulo, e eram maçons!
Resumindo, querido reverendo, o evangelho é do céu. Não se pode compará-lo a cousa alguma da terra. Mas, das cousas terrenas, a mais bela e sublime é a maçonaria.
Mude, reverendo, sua opinião sobre a Maçonaria que é tão amiga do Evangelho, que lê no início de cada sessão.
Fraternalmente, no Senhor Jesus.
Pastores e Presbíteros Maçons
Grau 33
SUA RESPOSTA
Ao receber esta carta, senti o desejo de respondê-la imediatamente. Houve porém, alguns problemas.
Em primeiro lugar, não havia endereço de remetente. Também não havia uma assinatura.
Resolvi, então, responder publicamente, esperando que cheque às mãos dos pastores e presbíteros que a enviaram e, ao mesmo tempo sirva para esclarecer certas dúvidas que outros leitores também possam ter a este respeito.
Apresentaram-me sete razões pelas quais eu deveria mudar a minha opinião sobre maçonaria. Nenhuma razão foi baseada em alguma autoridade, muito menos na autoridade final que é a Bíblia. Minhas respostas estão baseadas nas Escrituras e nos escritos das autoridades maçônicas.
Para iniciar, quero dizer que a afirmação de que a maçonaria teve origem na Babilônia é correta. Fiz tal declaração. Disse ainda, que acho difícil compreender como um crente verdadeiro pode também ser maçom. Toda a resposta a esta carta vai se basear neste ponto. Não é minha intenção combater a maçonaria me si, mas combater a idéia de um cristão ser maçom.
Mas, respondendo às afirmações da carta:
PONTO 1. - "A maçonaria se originou na construção do templo de Salomão"
Trata-se de uma afirmação suspeita e sem fundamento. Jorge Buarque Lira, em seu livro "Maçonaria e Cristianismo" - no qual defende eloqüentemente a maçonaria - diz que a maçonaria teve seu início nas religiões místicas do oriente (págs. 357/58).
Albert Pike, tido como uma das maiores autoridades em maçonaria (um espécie de messias maçônico), em seu livro "Moral and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite", diz o seguinte: "Embora a maçonaria seja idêntica com os mistérios antigos, é somente em um sentido qualificado, isto é, que representa uma imagem imperfeita do seu brilho; são apenas ruínas da sua grandeza e de um sistema que tem experimentado alterações progressivas, frutos de eventos sociais, circunstâncias políticas e ambições imbélicas dos seus reformadores" (Pág.23).
E diz mais: "Maçonaria, a sucessora dos mistérios, ainda segue a antiga maneira de ensino. Quem deseja ser um maçom dedicado não pode se contentar em ouvir somente, e nem tão pouco em compreender as palestras; precisa, ajudado por elas, estudar, interpretar e desenvolver estes símbolos por si mesmo".
Aqui está: uma das maiores autoridades da maçonaria afirmando não somente o início da maçonaria nas religiões místicas da Antigüidade, como também a continuação dos símbolos, ensinos e princípios de misticismo na maçonaria hoje em dia.
Se não é verdade que a maçonaria teve seu início na Babilônia, estão queiram desculpar-me por ter acreditado na mentira de dois ilustres líderes maçônicos: Jorge Lira e Albert Pike. A maçonaria, na forma em que existe hoje, teve seu início no sec. XVII, mas os ensinos, símbolos, doutrinas etc. vêm da Babilônia.
PONTO 2. - "A maçonaria não é uma religião".
Esta é uma afirmação feita constantemente pelos maçons. Não sei o que falta para ser religião. Tem templo, tem membros, tem doutrinas, tem batismo, tem um deus e tem reuniões. Não sei o que mais falta para vier a ser uma religião.
É curioso que um outro ramo de misticismo, o espiritismo, também alega não ser religião, mas uma ciência. Entretanto, uma simples declaração não modifica os fatos.
Posso gastar a minha vida inteira proclamando que maçã é tomate, mas maçã continua sendo maçã e tomate continua sendo tomate.
O fato simples: a maçonaria, para muitos dos seus membros, é, em todos os sentidos, uma religião, e não é religião de Jesus Cristo, embora incorporando alguns dos ensinos de Jesus nas suas doutrinas, como faz a maioria das outras falsas religiões.
Neste sentido, gostaria de citar, novamente, o Rev. Jorge Buarque Lira, maçom 33, no seu livro "Maçonaria e Cristianismo": "O que a maçonaria não admite é que as doutrinas de Cristo, com referências da vida de além-túmulo, bem como qualquer doutrina sobre esse assunto, sejam pregadas nos seus templos".
Faço então a seguinte pergunta: "Um templo onde é proibido falar sobre a ressurreição de Jesus Cristo, a ressurreição dos santos, a vida eterna, a esperança da glória do céu, é um templo do Deus verdadeiro? É um lugar para o verdadeiro crente?" Leia II João 7 a 11; Judas 4; II Pedro 2:1; I Timóteo 4:1 e 2; Gálatas 1:6-9; II Timóteo 4:3; I Timóteo 6:3-5.
PONTO 3. - "A maçonaria tem influenciado decisivamente nos destinos do Brasil e do mundo."
Quanto a isto não resta dúvida. A Revolução Francesa foi, em grande parte, planejada e financiada pelos maçons das 600 Lojas existentes na França, nos fins do século 18.
Devemos dizer também que dois "maçons iluminados" pouco mais tarde iniciaram um outra revolução que veio à tona em 1848, e continua tendo grande efeito no mundo até o dia de hoje. Seus nomes: Engles e Marx.
Mas podemos admitir que, freqüentemente, a influência da maçonaria no mundo tem sido benéfica. Porém isto não é, de forma alguma, motivo para que um crente em Jesus Cristo seja membro de tal ordem.
Deus freqüentemente tem usado indivíduos e organizações incrédulas para a realização de Seus planos aqui no mundo: Deus usou o rei Assuero (incrédulo) para livrar os judeus da morte. Deus usou Faraó e o governo do Egito para salvar Jacó, e seus descendentes, da fome. Deus usou o rei Ciro, da Pérsia, para financiar a restauração do templo de Deus, em Jerusalém. Deus usou o governo Romano para salvar a vida do apóstolo Paulo em várias ocasiões.
Deus, afinal, controla tudo. Mas isto não implica que um filho de Deus deva se tornar membro de um grupo, organização ou associação que é dirigida por incrédulos.
Em termos de ilustração, poderemos dizer que quase todos os regimes e filosofias do passado têm realizado alguma coisa boa. Até o nazismo desenvolveu um carro popular ao alcance do povo. Isto é uma boa coisa; até eu dirijo um Volkswagen agora, mas não sou nazista. Fidel Castro libertou os cubanos do guerrilheiro Batista, ditador em Cuba. Creio que foi uma boa coisa, mas não pe por causa disto que serei comunista. Os espíritas aqui no Brasil mantêm muitos orfanatos para cuidar das crianças órfãs, isto é uma coisa muito boa, mas não é motivo para eu me tornar espírita.
Visto que, a maioria de maçons não é composta de crentes, bastam as ordens explícitas, claras e diretas das Escrituras que dizem: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? e que comunhão a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?(II Cor. 6:14,15).
PONTO 4 e 5. - Dizer que todos os missionários vindo dos Estados Unidos e Inglaterra eram maçons, é um exagero.
Que houve maçons entre eles é verdade. Que a maçonaria, em várias ocasiões, defendeu os missionários dos ataques da Igreja Católica, também é fato. É preciso dizer, todavia, que o interesse que a maçonaria teve nisto não era tanto seu fervor evangelístico, como o fato de ter um inimigo em comum com o protestantismo.
Os primeiros missionários lutaram contra a superstição e as falsas doutrinas da igreja Católica. A maçonaria lutava contra o poder político da igreja católica. Foi isto que uniu as duas forças.
Esse fenômeno se repete freqüentemente na história. Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos capitalista era um aliado da Rússia comunista, contra o inimigo comum - o nazismo de Hitler. Isto não significou, em nenhum instante, que os Estados Unidos estava a favor do comunismo.
A pergunta poderia surgir então: "Como Deus usou os missionários e está usando alguns pastores que se identificam com a Maçonaria?" A resposta é bem simples: Deus honra a Sua Palavra.
Ele usa homens imperfeitos. Mas nem por isso faz pouco casa das imperfeições.
Moisés desobedeceu a Deus e feriu a rocha com a vara ao invés de falar com a rocha. Saiu água e o povo bebeu, mas Deus castigou Moisés severamente pela desobediência. Compare Números 20.
O critério a ser usado ao avaliar nossas ações, não é o que faz o reverendo tal, qual foi o resultado, e que faz a maioria, mas: "o que diz o Senhor."
Por outro lado, cito aqui a opinião de algumas personalidades:
"Não posso ver como um cristão, quanto mais um pastor, pode adentrar essas lojas maçônicas com incrédulos. Não há mal que resulte em bem. Você nunca reformará qualquer coisa através de um jugo desigual com homens ímpios." D.L. MOODY
"Em minha opinião, a imposição dos deveres que a maçonaria exige, deveria ser proibida por lei." DANIEL WEBSTER
"Toda maçonaria é anti-cristã. Seus próprios princípios básicos são anti-cristãos. Maçonaria é secreta; Cristianismo é aberto. Maçonaria é para poucos. Cristianismo é para todos. Maçonaria exige juramentos de sangue; Cristianismo diz: Não jureis de modo nenhum. Maçonaria requer dinheiro e iniciação; Cristianismo requer arrependimento e fé. Mas de toda a obra sacrilega, anti-cristã, blasfema da maçonaria, nada é mais asqueroso e horripilante do que os chamados graus cristãos". CHARLES A. BLANCHARD
"A maçonaria se originou com o diabo e terminará com o diabo". PETER CARTWRIGHT
"Não entendo como um crente inteligente e consagrada possa pertencer a uma sociedade secreta. É óbvia desobediência ao mandado específico de Deus (II Coríntios 6:14-18). Além disso, o terrível ridículo da oração proferida na pretensa cena da ressurreição, nas cerimônias de iniciação do grau 'Master Mason', deve chocar profundamente qualquer homem verdadeiramente espiritual. Alguns dos juramentos dos graus devem ser horrivelmente inexprimíveis a qualquer homem que possua o genuíno sentimento." R.A.TORREY
"Que tremenda ironia da humanidade é a maçonaria" JOHN WESLEY
"É uma conspiração contra a Igreja e o Estado". CHARLES G. FINNEY
"Não há nada, na instituição maçônica, digno de ser associado." JOHN ADAMS
PONTO 6. - "A Maçonaria tem contribuído para construção de templos e para a aquisição de seus diferentes móveis."
Isto bem pode ser verdade. Creio que é uma triste verdade. A Igreja de Cristo não precisa de ajuda de incrédulos. Abraão disse: "Juro que nada tomarei de tudo que te pertence nem um fio, nem uma correia de sandália apra que não digas: Eu enriqueci a Abraão" (Gênesis 14:23). Abraão recusou-se a receber qualquer coisa do rei de Sodoma porque o rei era um homem incrédulo e, conseqüentemente, nenhuma ligação tinha com a obra de Deus.
A igreja de Cristo não precisa da ajuda material da maçonaria, e se ela pedir tal ajuda, envergonha o nome de Jesus Cristo, pois Ele, o Noivo e Cabeça da Igreja, prometeu suprir as necessidades da sua Igreja. "O meu Deus segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória por Jesus Cristo." (Filipenses 4:19).
Se minha esposa pedir dinheiro a um outro homem (qualquer outro homem) para comprar comida, roupa ou qualquer outra coisa, não será um vexame para mim?
PONTO 7. - A Igreja Presbiteriana Independente não é a única que toma posição contra a maçonaria.
Além disso, entre as várias denominações, inclusive a Presbiteriana, existem muitos pastores e líderes que são rigorosamente contra as sociedades secretas. Isto se percebe principalmente entre os jovens. Parece que a nova geração tem mais percepção da verdadeira vida cristã do que muitos que "consideram o tempo decorrido", deveriam ter alcançado um crescimento espiritual suficiente para perceber a incoerência dessas sociedades com a vida cristã.
Mas, vejo outros problemas muito sérios com a Maçonaria. Na revista "The New Age", órgão oficial do suprema conselho da maçonaria nos Estados Unidos, foi publicado um artigo descrevendo o "plano de Deus para a América".
Fala-se, neste artigo, da implantação de uma nova raça, uma nova religião e uma nova civilização. A maçonaria é uma força ecumênica. Dentro de suas fileiras - um católico, um maometano, um judeu e um espírita - todos se chamam irmãos. Juram fidelidade um ao outro.
A revista "Knight Templers", publicação oficial dos maçons, na edição de dezembro de 1973, lemos: "Que seja dito, para a glória da Maçonaria, que aqui está uma fraternidade que reconhece que Deus é chamado por nomes diferentes, pelos diferentes povos. A Maçonaria tem estado, e continua a estar, à frente da igreja em ecumenismo. A maçonaria inclui todos os que creêm em Deus, seja qual for o nome da sua religião".
Mas a Bíblia diz que: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Romanos 10:12) e "Não há salvação em nenhum outro, dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos".(Atos 4:12).
O ecumenismo, a união de religiões, está na moda, mas não é programa de Deus e sim plano de Satanás. O verdadeiro cristão não está tentando unir todas as religiões, mas levar o mundo a Cristo. Cristo, então, pelo poder do Espírito Santo vai enxertar as pessoas na videira e serão unidas - uma união orgânica e não de organização (conferir Romanos 11:13-19).
Cada maçom se ajoelha perante um altar e ora ao deus universal de todas as religiões pedindo a este deus para dirigir a sua vida. Cada maçom é sepultado e ressurreto para a novidade da vida em nome de Hiram Abif e não no nome do Senhor Jesus Cristo.
Os maçons chama seu deus de "O Grande Arquiteto" - chamam a si mesmos de "Os Construtores". Não é curioso lque a Bíblia diz que "Este Jesus é a pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular" (Atos 4:11)? Construir, tendo Jesus como "uma das pedras", é absurdo - Ele é a pedra de esquina, o único fundamento (conferir I Coríntios 3:11).
Há mais ainda. Uma das palavras-chave das maçonaria é LUZ. O iniciante entra pela porta com os olhos vendados e faz uma declaração dizendo que se encontra nas trevas e procura luz.
A maçonaria alega ter uma luz superior aos profanos (como são chamados os não membros da organização).
Esta luz é mantida em segredo e revelada somente aos adeptos. Jesus Cristo disse: "Eu sou a luz do mundo". Esta luz foi revelada e não escondida. Só posso encarar a alegação da Maçonaria, de ter ainda mais luz do que a própria luz (Jesus),c omo ofensa muito grande à pessoa de Jesus Cristo, senão blasfêmia. Em II Coríntios 11:13-35 vemos que Satanás procurar se apresentar como anjo de luz.
O crente maçom pode crer que o Grande Arquiteto é Deus Jeová das Escrituras, mas Albert Pike, outro maçom, o chamou de Lúcifer.
A carta que me foi dirigida termina com estas palavras "Das coisas terrenas, a mais bela e sublime é a Maçonaria" O Rev. Jorge Buarque Lira disse, também: "Ficamos dentro dos limites de uma filosofia puramente humana" (pág.220).
Admitindo, como foi dito, que a maçonaria é a coisa mais bela e sublime da terra, devemos dizer, ainda, que é coisa deste mundo. Sendo coisa deste mundo, não é coisa de Deus (Leia I João 2:16). Não é a nossa intenção combater a maçonaria.
A maçonaria, para o homem incrédulo, poderia até ser coisa boa. Mas não se dá o mesmo com o homem crente.
O homem verdadeiramente convertido, torna-se membro de uma família real, de uma família divina; ele passa a fazer parte da Igreja que é a noiva de Jesus Cristo.
Se minha esposa, por exemplo, saísse com outro homem que fosse ladrão, assassino, mentiroso e sem cultura eu ficaria grandemente ofendido. Se ela traçasse um namoro com um homem culto, inteligente e bondoso, eu ainda ficaria ofendido.
Não é o fato do homem ser bom ou ruim que determina a ofensa. A ofensa reside no fato de que se trata de outro homem e não do marido. O apóstolo Paulo, escrevendo em II Coríntios 11, disse: "Zelo por vós com o zelo de Deus, visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo"(v.2). A maçonaria é, para o crente, adultério espiritual. Não somos deste mundo, somos cidadãos do céu (Filipenses 3:18-20) - noiva de Cristo.
O homem incrédulo ser maçom, não há problema algum -"ele está na dele". Mas para o homem que é crente em Jesus Cristo, não é compatível.
A maçonaria é, de fato, coisa deste mundo. Tiago disse: "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quer ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus" (4:4). E o próprio Jesus Cristo disse: "Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens" (Mateus 15:9 e Marcos 7:7). E ainda o apóstolo Paulo: "Expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época que se reduzem a nada" (I Coríntios 2:6).
A Bíblia é clara ao dizer que a sabedoria dos homens é loucura para Deus. É absurdo para o crente que conhece a Deus e a Verdadeira Sabedoria, estar envolvido em sociedades que se baseiam somente na sabedoria dos homens.
Há ainda muitos outros motivos para o crente em Cristo não se identificar com sociedades secretas, mas o espaço não permite detalhes. Mas creio que o que foi dito é suficiente para o homem de Deus que procura a dedicação e a santificação na sua vida, sem ambições de grandeza, poder e influência.
Portanto, meus queridos colegas pastores e líderes evangélicos, em atenção ao pedido para que eu mude minha opinião sobre a maçonaria, só posso dizer o seguinte: Mudei.
Antes era indiferente a essas sociedades secretas; isto é, pouco sabia a respeito. Hoje, depois de investigar os seus ensinos, sua história e suas práticas, cheguei a uma convicção firme de que a maçonaria pode ser uma coisa boa para os incrédulos, mas para o crente é infidelidade ao nosso Senhor Jesus Cristo. É adultério espiritual.
Faço agora o meu apelo, nas palavras do apóstolo Paulo: "Retira-vos do meio deles, não toqueis em coisas impuras e eu vos recebereis e serei vosso Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor todo poderoso." (II Coríntios 6:14-18).
E aos jovens crentes que amam ao Senhor faço o seguinte apelo: À medida que você se desenvolver na vida e assumir posições de responsabilidades na sociedade, não atenda aos convites para se tornar membro desta ou de qualquer outra sociedade secreta.
Ser membro, poderá, sem dúvida, ser-lhe beneficente em termos de lucros, posição, poder, etc. Mas, o verdadeiro crente está ocupado demais na casa de Deus para ter tempo de flertar e cuidar da casa do inimigo.
E ele sabe que está no mundo como forasteiro, embaixador do Rei dos reis e que vive não para promover a si mesmo, mas para promover a causa de Cristo (leia Gálatas 2:20 e II Coríntios 5:20).
E se o seu pastor ou presbítero, ou irmão na fé estiver ligado com esta sociedade secreta, "Não o considerais por inimigo, mas adverti-o como irmão" (II Tes. 3:15). Ore por ele e dê-lhe todo apoio para que tenha coragem de se desligar daquilo qeu somente pode desagradar o nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo, o nosso Noivo, que quer para si um Noiva virgem, pura e imaculada.
Creio, com toda a sinceridade, que se afastarmos de nosso meio esta infidelidade, Deus haverá de abençoar ainda muito mais a sua igreja.
Quem sabe veremos uma igreja que dedique suas atividades para ganhar almas ao invés de se envolver com brigas políticas. Quem sabe teremos uma igreja que seja cristã - não somente de nome, mas também em todo o poder de Deus.
Pastor Haroldo Reimer
Doutor em Teologia pela Kirchliche Hochschule Bethel, Alemanha (1986-1990); Professor titular no Departamento de Filosofia e Teologia na Universidade Católica de Goiás (UCG); Docente permanente no Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Ciências da Religião (Mestrado e Doutorado) da UCG; Docente permanente no Programa de Pós-graduação em História (Mestrado); Professor horista no Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás; Avaliador ad hoc do INEP-MEC (institucional e de cursos de graduação); Avaliador ad hoc da Fundação de Amparo a Pesquisa de Goiás; Bacharel em Teologia pela Escola Superior de Teologia (EST), São Leopoldo, RS (1980 a 1984); Licenciado em Filosofia pela Universidade Católica de Goiás (2002 a 2004); Graduando em Direito na Universidade Católica de Goiás (2006-...); Participação em programa de estudo em Arqueologia pela Universidade de Tel Aviv, Israel (1987) e em Teologia na República Democrática Alemã (1988); Ex-professor nas Faculdades Integradas Bennett, no Rio de Janeiro (1994 a 2000) e na Faculdade Batista do Rio de Janeiro (2000 a 2006); Pastor voluntário da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil na Comunidade de Goiânia; Vice Pastor Sinodal do Sínodo Brasil Central da IECLB; Editor da revista Fragmentos de Cultura (UCG-Goiânia); Membro de Conselho Editorial da Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana (RIBLA - português e espanhol) e da revista Caminhos; Líder de grupo de pesquisa no CnPq; Pesquisador nos temas: Biblia, Antigo Testamento, Hermenêutica, Ecologia, Religião e Direito na Antiguidade; Autor de vários livros e muitos artigos.
Doutor em Teologia pela Kirchliche Hochschule Bethel, Alemanha (1986-1990); Professor titular no Departamento de Filosofia e Teologia na Universidade Católica de Goiás (UCG); Docente permanente no Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Ciências da Religião (Mestrado e Doutorado) da UCG; Docente permanente no Programa de Pós-graduação em História (Mestrado); Professor horista no Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás; Avaliador ad hoc do INEP-MEC (institucional e de cursos de graduação); Avaliador ad hoc da Fundação de Amparo a Pesquisa de Goiás; Bacharel em Teologia pela Escola Superior de Teologia (EST), São Leopoldo, RS (1980 a 1984); Licenciado em Filosofia pela Universidade Católica de Goiás (2002 a 2004); Graduando em Direito na Universidade Católica de Goiás (2006-...); Participação em programa de estudo em Arqueologia pela Universidade de Tel Aviv, Israel (1987) e em Teologia na República Democrática Alemã (1988); Ex-professor nas Faculdades Integradas Bennett, no Rio de Janeiro (1994 a 2000) e na Faculdade Batista do Rio de Janeiro (2000 a 2006); Pastor voluntário da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil na Comunidade de Goiânia; Vice Pastor Sinodal do Sínodo Brasil Central da IECLB; Editor da revista Fragmentos de Cultura (UCG-Goiânia); Membro de Conselho Editorial da Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana (RIBLA - português e espanhol) e da revista Caminhos; Líder de grupo de pesquisa no CnPq; Pesquisador nos temas: Biblia, Antigo Testamento, Hermenêutica, Ecologia, Religião e Direito na Antiguidade; Autor de vários livros e muitos artigos.
Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).
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