segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Neuza Itioka - O PECADO CORPORATIVO

Faço parte de uma nação chamada Brasil. Um dia tive que pedir perdão a uma colombiana. Ela me enfrentou e me acusou, dizendo que o Brasil era exportador de sexo desavergonhado e explícito através de músicas e novelas.
       Eu me calei diante da acusação e não pude fazer outra coisa a não ser pedir perdão por aquilo que a nossa nação tem feito.
       É muito sério e profundo tudo isso.
       Temos que admitir que, como Nação, pecamos através da nossa sexolatria, idolatria, feitiçaria, corrupção; prostituição infanto-juvenil, baixa qualidade na educação e a endêmica situação da saúde; e ainda através da pobreza e da condição de miséria que há em certas regiões do Brasil. Além disso, quantas coisas mais?! Seria uma lista infindável!
       Podemos afirmar, sem medo de errar, que esses são "pecados corporativos" da Nação brasileira. Ainda que você e eu individualmente não cheguemos a cometer esses pecados, como Nação fazemos parte desses atos e condutas. E somos culpados por eles.

PECADOS CORPORATIVOS NO ANTIGO TESTAMENTO

       Vejamos alguns exemplos bíblicos dos pecados corporativos no Antigo Testamento. Dentro do contexto dos pecados abomináveis, em Levítico está escrito: "Voltar-me-ei contra esse homem, e o eliminarei do meio do seu povo, porquanto deu de seus filhos a Moloque, contaminando, assim, o meu santuário e profanando o meu santo nome." (Lv 20:3) Deus chama o seu povo de "meu santuário". É uma posição muito privilegiada, como todos nós sabemos, mas da qual se requer também muita responsabilidade. Fica claro que a prática de alguns tipos de pecados, pecados de abominação — levam à contaminação de todo o povo. O lugar da habitação de Deus, o seu povo, torna-se sujeito às penalidades como um todo por causa do pecado de alguns. Isso fica mais evidente no início do texto, com relação ao sacrifício a Moloque. Depois, embora não se mencione especificamente, depreende-se que toda a listagem de pecados tem as mesmas conseqüências espirituais de profanar o nome do Senhor e o seu povo. No contexto do Antigo Testamento observamos que nessa lista, por exemplo, encontram-se lado a lado vários tipos de práticas. O sacrifício humano, a necromancia, a feitiçaria, o amaldiçoar dos pais pelos filhos, o adultério, o incesto, o homossexualismo, a bestialidade, o sexo com mulheres durante o período menstrual, a questão de animais puros e imundos. Naturalmente esta lista tem um contexto histórico que levava em consideração costumes e práticas da época e que Deus, em sua sabedoria e prudência, advertiu o seu povo a que não fizesse as mesmas coisas. Ele é bem claro em dizer que o seu povo devia ser santo porque ele mesmo é Santo (Levítico 20:7-8; 26).
       O Senhor diz que foram essas práticas, costumeiras entre os povos da vizinhança, que o fizeram "aborrecer-se deles" (Cf. Levítico 20:23). E por causa disso agora seriam lançados fora de diante dos filhos de Israel.
E o Senhor adverte: "Não andeis nos costumes dessa gente".
       Seu mandamento é bem claro: "Guardai, pois, todos os meus estatutos e todos os meus juízos e cumprios, para que vos não vomite a terra para a qual vos levo para habitardes nela. Não andeis nos costumes da gente que eu lanço de diante de vós... Eu sou O SENHOR, vosso Deus, que vos separei dos povos... Separei-vos dos povos, para serdes meus." (Lv 20:22-24,26)
       Quem deixasse de cumprir esses mandamentos seria apedrejado, e o seu sangue cairia sobre si; seria eliminado do meio do povo (Levítico 20:27)
       Neste trecho, por causa da linguagem usada, entendemos que Deus não preparou para si um povo cuja única obrigação fosse viver uma vida individual de fé.
       Denota-se assim que não somos responsáveis apenas pelos nossos próprios atos, pela nossa própria vida com Deus. Desde o Antigo Testamento fica implícito que estamos conectados uns com os outros. Existe algo que podemos chamar de "solidariedade corporativa"; isto é, temos responsabilidades que transcendem a nossa vida individual no sentido de família, de antepassados, de povo e nação.
       Ainda que muita coisa tenha sido completada por Cristo, e o Novo Testamento tenha uma outra maneira de dizer e expressar-se, uma coisa é certa: Deus nos quer hoje muito mais unidos uns aos outros do que no Antigo Testamento.
       Isso é tão claro quanto a água porque, como já vimos, a figura que Paulo emprega mostra que a nossa ligação agora é como um organismo vivo.
       Isso dispensa quaisquer outras palavras.

O exemplo de Acã

       Uma outra história de um pecado cometido por um indivíduo e que foi considerado um pecado corporativo foi o pecado de Acã. Na verdade ele criou um problema horrível para ao povo de Deus. "Prevaricaram os filhos de Israel nas coisas condenadas; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá, tomou das coisas condenadas. A ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel. "(Is 7:1)
       Os planos para a tomada da cidade de Ai foram se estabelecendo. Os espias foram ver a terra. E com a constatação de que a cidade de Ai era relativamente fácil de ser conquistada; disseram que bastariam apenas uns 2000 ou 3000 homens para aquela peleja. "Não fatigueis ali todo o povo, porque são poucos os inimigos." (Josué 7:3).
       Mas o exército de Israel e o seu grande comandante saíram derrotados. E o autor do livro de Josué diz que "o coração do povo se derreteu e se tornou como água" (Josué 7:5).
       Quando Josué, em prantos, perguntou a Deus por que ele permitiu que o seu povo sofresse aquela humilhação terrível, sendo derrotados daquela forma diante de um inimigo tão fraco, a resposta de Deus foi:
"Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o rosto? ISRAEL PECOU, e violaram a minha aliança, aquilo que eu lhes ordenara, pois tomaram das coisas condenadas, e furtaram, e dissimularam, e até debaixo da sua bagagem o puseram. Pelo que os filhos de Israel não puderam resistir aos seus inimigos; viraram as costas diante deles, porquanto Israel se fizera condenado; já não serei convosco, se não eliminardes do vosso meio a coisa roubada." (Is 7:10-12)
       Um só homem tinha pecado e o seu pecado foi considerado por Deus não um pecado pessoal, mas sim de toda a nação, corporativamente. E então veio a derrota.
       Foi Acã quem pecou, mas o Senhor declarou de maneira clara, para não deixar nenhuma dúvida: "Israel pecou". E esse pecado teve conseqüência em todo o povo.

O exemplo de Neemias

       Dentro das promessas de bênção e maldição, Deus havia dito a Moisés que, se o povo não levasse a sério os seus mandamentos, além de todas as maldições prenunciadas em diversos textos da Bíblia, o povo e o rei que, no futuro, seria constituído, seriam levados para uma terra longínqua. E ali seriam obrigados a adorar deuses de pedra e pau (Deuteronômio 28:36).
       Isso acabou acontecendo. Os antepassados de Neemias, desobedecendo os mandamentos de Deus, provocaram uma situação de tanta rebeldia a ponto de obrigar Deus a levantar nações inimigas para subjugar Israel e Judá.
       E o povo de Deus foi levado cativo, ao exílio. Judá foi levado à Babilônia; e Israel foi para a Assíria.
       Estando Neemias no exílio, apesar de estar servindo ao Rei Artaxerxes como copeiro, o seu coração anelava em ver a cidade amada, Jerusalém. Foi quando ele ouviu o relato de que o povo que escapou do cativeiro vivia num estado miserável de abandono e pobreza, e que a cidade estava com os seus muros caídos e as portas queimadas, sem nenhuma sombra da sua glória passada, que tinha sido o orgulho de muitos israelitas.
       Neemias, que além de copeiro do rei era profeta de Deus, passou dias de angústia, lamentando e sofrendo pela realidade do seu povo e da cidade amada.
       Levado a jejuar e orar, em sua angústia ele confessou diante de Deus, assumindo os pecados corporativos dos seus antepassados:
       "Ah Senhor Deus dos céus, Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos! Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para acudires à oração do teu servo, que hoje faço à tua presença, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, os quais temos cometido contra ti; pois eu e a casa de meu pai temos pecado. "(Ne 1:5-6)
       Esta confissão de Neemias acerca da iniqüidade do seu povo e dos seus antepassados abriu-lhe a porta para uma viagem a Jerusalém. Uma vez removida a culpa por meio da confissão, o próprio Deus passou a empenhar-se em fazer mudar a sorte de seu povo. Neemias foi vitorioso em reconstruir os muros e as portas de Jerusalém, completando o trabalho que já tinha sido iniciado na época de Esdras, o qual tinha reconstruído o templo.

O exemplo de Daniel

       Uma outra pessoa que fez a confissão do pecado corporativo diante de Deus pedindo, na terra do exílio, perdão pelas iniqüidades dos seus antepassados, foi Daniel. Ele tinha sido levado cativo à Babilônia para servir ao rei Nabucodonosor, Dario e outros.
       Esse grande estadista de Deus levava uma vida irrepreensível nas terras do cativeiro e orava todos os dias, com as janelas voltadas para Jerusalém. Mas quando percebeu, pelos livros de Jeremias, que o tempo do cativeiro deveria findar depois de 70 anos, começou a interceder perante Deus.
       Daniel foi então levado a pedir perdão pelos pecados dos seus antepassados, cuja conseqüência foi eles terem sido banidos para a terra do exílio. A confissão do pecado corporativo feita por Daniel é longa, mas podemos ver apenas alguns versículos no capítulo 9 do livro do profeta:
       "Ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos; temos pecado e cometido iniqüidades, procedemos perversamente e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos;... Ó Senhor, a nós pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos nossos príncipes e aos nossos pais, porque temos pecado contra ti. Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos temos rebelado contra ele ... Ó Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte, porquanto, por causa dos nossos pecados e por causa das iniqüidades de nossos pais, se tornaram Jerusalém e o teu povoopróbrio para todos os que estão em redor de nós. (Dn 9:4-5,8-9,16)
       Assim como Neemias, Daniel não havia pecado, nem cometido contra Deus nenhuma ofensa. Mas colocou-se na brecha para interceder como se ele próprio houvesse praticado aquelas iniqüidades.
       Os pecados corporativos podem ser pecados da atualidade ou terem sido herdados dos antepassados, como neste caso.
       Assim, aprendemos que Deus não fala a nível individual quando trata de alguns assuntos. Por exemplo, mandamentos, promessas, bênçãos, julgamentos, profecias também são dados para o povo como um todo. Ou seja, Deus se refere todos, levando em conta uma "responsabilidade corporativa" ou "comunitária".
       Quanto a isso, observe o seguinte texto, e veja que sua linguagem é quase sempre no plural:
       "Se andardes nos meus estatutos, guardardes os meus mandamentos e os cumprirdes, então, eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo; e a terra dará a sua messe, e a árvore do campo, o seu fruto ... Estabelecerei paz na terra; deitar-vos-eis, e não haverá quem vos espante; farei cessar os animais nocivos da terra, e pela vossa terra não passará espada. Perseguireis os vossos inimigos, e cairão à espada diante de vós. Cinco de vós perseguirão a cem, e cem dentre vós perseguirão a dez mil; e os vossos inimigos cairão à espada diante de vós. Para vós outros olharei, e vos farei fecundos, e vos multiplicarei, e confirmarei a minha aliança convosco. (Lv 26:3-4,6-9)

PECADOS CORPORATIVOS no Novo TESTAMENTO

Se a questão da responsabilidade corporativa no Antigo Testamento está
muito clara, como está ela no Novo? É o que vamos ver agora.

A visão do apóstolo Paulo

Sabemos que, no Novo Testamento, o apóstolo Paulo declara que o conjunto de todos os crentes é o Corpo de Cristo. E Paulo também considera que os casos de pecados individuais afetam toda a comunidade. Por exemplo, quando Paulo fala de dissensões entre os irmãos, ele entende que é uma falha que afeta a todos:
       "Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, HAVENDO ENTRE VÓS ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? " ( 1 Co 3:1-3)
       Paulo exorta duramente a igreja, e diz explicitamente que "um pouco de fermento leveda toda a massa" (Gálatas 5:9). E não há como a igreja ter associação com a impureza daquela forma, e nisso o apóstolo não está falando da impureza do mundo, mas da que existe dentro do próprio Corpo de Cristo.
       Da mesma forma, quando Paulo se referiu à igreja de Gálatas com
respeito à questão do legalismo, ele o fez corporativamente. "Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. "(Gl 1:6-7)
       O ponto de que, como corpo, somos então todos ligados, uns aos outros, fica muito claro quando Paulo escreve à igreja de Cristo em Corinto:
       "Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito  Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos." (1 Co 12:12-14)
       Diz ele ainda, enfatizando como todos sofrem pelo problema de um dos membros desse corpo:
       "... para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os
membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam. Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo. "(1 Co 12:25-27)

Um exemplo prático: o caso de João

       Vou contar um exemplo prático: João era um estudante crente que estava muito animado. Percebia o poder da oração e da intercessão gerada no meio do grupo de universitários agindo entre os colegas que ainda não conheciam Jesus.
       Muitos deles sucumbiam diante do poder de Deus, da inquestionável presença dele, do mover do seu Espírito nas reuniões e estudos bíblicos de evangelização.
       E convertiam-se. O próprio João tinha sido alcançado por um colega evangélico que estudava na sua escola. Que coisa mais tremenda! E ele havia trocado a su luta ideológica marxista para seguir uma pessoa viva, Jesus de Nazaré. Estava apaixonado pelo novo Senhor.
       Ele notou que, enquanto havia unidade no meio dos irmãos do grupo, agora discípulos de Jesus, o Espírito Santo fluía para converter os colegas (João participava de um grupo da Aliança Bíblica Universitária).
       As mensagens compartilhadas, pela ação do Espírito, convencia do pecado, do juízo e da justiça os que as ouviam. Mas quando havia problemas e conflitos não resolvidos entre eles, João sentia o testemunho enfraquecer muito, deixando de produzir o efeito esperado. Com isso aprendeu, na prática, verdade bíblicas a respeito de como o pecado de alguns pode influenciar o bom desempenho do grupo todo. Parecia que as desavenças "tolhiam" o mover do Espírito e da Palavra em todos.
       Mas, sem dúvida, o que mais o surpreendeu foi o estado da igreja cristã na sua terra natal. Voltando em férias para a sua cidade, João verificou que a igreja evangélica de seus pais não vibrava como aquele grupo de evangelização na faculdade.
       Intrigado, procurou conhecer um pouco da história daquela igreja. E descobriu que, havia onze anos, aquela comunidade não via uma única alma converter-se. Curiosamente notou também que fazia exatamente onze anos que duas esposas de presbítero tinham brigado feio, e não mais conversavam entre si.
       Domingo após domingo as duas estavam presentes no culto da igreja, mas com o coração endurecido, e fincadas cada uma em suas próprias razões. E nunca mais trocaram uma só palavra.
       João, apesar de seu pouco tempo de conversão, começou a relacionar uma coisa com a outra. Como ele já tinha visto e sentido algo semelhante na faculdade, então ele pôde entender o que estava acontecendo naquela igreja. No seu grupo, logo as desavenças eram contornadas; mas no caso da igreja de seus pais, o pecado das duas havia se tornado o pecado da comunidade evangélica daquela cidade. Porque muito embora todos fossem conhecedores do evangelho, parece que ninguém havia se posicionado de maneira correta para tentar resolver aquele impasse que já perdurava por onze anos. E isso era o que devorava toda a vitalidade espiritual, tirando a força e a autoridade diante de qualquer testemunho.
       A igreja, assim, estava se tornando quase um sepulcro caiado.

Um outro caso: uma igreja com pecados históricos

       Um certo pastor, vendo que havia problemas de ordem espiritual, pois era muito difícil haver conversões, resolveu então pesquisar a história da igreja. E ele ficou muito preocupado com o que descobriu. Constatou que tinha havido sérios comprometimentos com as trevas no passado daquela igreja. E que muitos maçons tinham sido membros e chegaram a ter um papel preponderante na liderança da igreja, em décadas passadas.
       Há algum tempo ele tinha se convencido de que a maçonaria é um braço do Satanismo, e ele não se conformava por que a igreja tinha permitido que tais pessoas comprometidas com as trevas tivessem tomado a liderança. Por isso as coisas eram tão amarradas e não fluíam, como ele gostaria de ver. Parecia que Jesus não tinha lugar naquela igreja. Resolveu ele então convidar o nosso ministério para um seminário de libertação, a nível individual e a nível de cura da igreja. E esperou com muita ansiedade o seminário. Nesse tempo convocou os membros da igreja para orar e buscar a face do Senhor, o que é inclusive um dos requisitos para a sua realização.
       Finalmente aconteceu o seminário. No último dia do seminário, além de todas as bênçãos que já tinham ocorrido, e no meio de um quebrantamento geral, quando toda a igreja ajoelhou-se e chorou na presença de Deus, reconhecendo os seu pecados corporativos, alguns diáconos e membros foram à frente para publicamente confessar os seus pecados.
       Houve pedidos de perdão coletivos. O pastor tomou a iniciativa para confessar os pecado históricos da igreja, com respeito à participação da maçonaria no passado. E, logo em seguida, muitos diáconos e líderes foram à frente e pediram perdão uns aos outros e reconciliaram-se entre si.
       Mas, o que mais encheu de alegria o povo foi quando um homem muito bom, com espírito de servo e que estava sempre à disposição do povo daquela igreja, foi à frente e publicamente renunciou a sua lealdade à maçonaria para dizer que na ignorância ele havia feito aquele pacto, mas que naquele momento ele o estava desfazendo!
       Deus levou a sério a confissão que foi feita e, assim, a saúde espiritual voltou, e houve uma explosão de crescimento. Em pouquíssimos meses a igreja cresceu mais do que mil por cento, e o pastor não sabia o que fazer, pois o local ficou abarrotado de gente e abriram-se várias congregações de trabalho!
       Quando se arrepende dos pecados corporativos para limpar o Corpo local e se leva a sério a confissão e a reconciliação, Deus se move de maneira extraordinária!
FONTE: A NOIVA RESTAURADA, Cap. 9 – O Pecado Corporativo, Neuza Itioka

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