Por
Marcos Pinheiro
Infelizmente, igrejas
fundamentadas na Bíblia estão se tornando cada vez mais raras nestes últimos
dias. Os fundamentos da doutrina cristã estão sendo abandonados pela aceitação
do erro e da heresia.
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Obrigado! Adson Lins
A
enganação está aumentando e muitas ovelhas de Deus estão sendo enganadas por
charlatões disfarçados de ministro do evangelho. Os promotores desse quadro
decadente são os pastores-cães sempre desejosos de agradar e de alcançar a
aprovação dos homens. Esses maus líderes gostam de bajular para obter confiança
e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples. Em Filipenses
3:2 o apóstolo Paulo assinala: “Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus
obreiros”.
Uma das
passagens mais dramáticas da Bíblia é Isaías 56:11 onde o profeta dá as
características dos pastores-cães: “Estes cães são gulosos, não se podem
fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o
seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte”. Como se
observa no versículo, os pastores-cães são extremamente cobiçosos, de torpe
ganância, avarentos; sevem ao seu próprio ventre; sempre buscam a sua
satisfação pessoal deixando as ovelhas ao abandono. A idéia de um cão pastoreando
ovelhas é contraproducente ao Evangelho. Jesus enfatizou que “O bom pastor dá a
sua vida pelas ovelhas”. O bom pastor, não ladra, não rosna, não rezinga, não
ataca, não coloca o rebanho em apuros, não alarga o caminho estreito, mas fala
o que convém à sã doutrina. O objetivo primordial do bom pastor é colocar seu
rebanho sob o temor contínuo do Senhor.
Os
pastores-cães buscam os louvores de seus ouvintes e, jactando-se dos bancos
cheios aos domingos, arvoram a bandeira falsa do avivamento. Esses maus líderes
estão preocupados em solucionar as neuroses das pessoas, revestindo de açúcar
seus sermões. Esquecem eles, que o único remédio para a cura dos males que
afligem os homens, seja na mente ou no coração é a Palavra de Deus. Uma
estratégia usada pelos pastores-cães é manter um perfil discreto e dar aos
ouvintes o que eles querem, esperando que voltem no próximo domingo. Esses
enganadores fazem com que as pessoas pensem que foram curadas dos seus pecados
quando nunca souberam que estavam enfermas, eles colocam vestimenta de justiça
sobre os seus ouvintes quando nunca souberam que estavam nus. Seus sermões são
uma espécie de chá de eva-doce para acalmar os pecadores, mantê-los
confortáveis e domesticá-los. Pregam um Deus meloso, bonachão que não faz exigências.
Suas mensagens não têm a capacidade de arar a terra com profunidade, não rompe
o solo rochoso da alma humana, não vai além da superfície.
Nas
igrejas dos pastores-cães a fé virou show, a adoração virou entretenimento, a
santidade deu lugar ao “não tem nada a ver”, a cruz foi substituída por outra
mais macia, ou seja, a freqüência do povo à igreja é comparada com o número de
pessoas que vai a um parque de diversões. A igreja desses pastores-cães é a
igreja da Aceitação: o pecado não é tratado com seriedade, todos podem entrar e
permanecer pecadores contumazes. Esses maus líderes não entendem que clubes
sociais construídos sobre o nome de Jesus Cristo não são a igreja do Novo
Testamento. Um pregador que deixa de “quebrar alguns ovos” regularmente, por que
tem o objetivo de ser popular, não está qualificado para o ministério. Uma
característica marcante desses pastores-cães é que as experiências têm maior
peso que as Escrituras. Quando as pessoas desmaiam na igreja, ou riem
descontroladamente, ou latem como cachorros, ou miam como gatos, ou rugem como
leões, ou se arrastam como cobras, esses pastores acham que todas essas
manifestações são de Deus. Para esses réprobos a Bíblia somente é importante
quando não contradiz suas experiências.
O salário
altíssimo é a marca principal desses pastores-cães. A Bíblia diz que o
trabalhador é digno do seu salário. Portanto, não há nada de errado um pastor
receber um salário adequado. Mas, quando o pastor torna-se milionário e vive em
uma grande mansão com carros do último tipo conseguidos do seu rebanho, é um
lobo mercenário. Esses mercenários têm mundanizado o Evangelho. Para eles, o
sucesso de uma empresa multinacional é o modelo a ser imitado pela sua igreja.
É preciso
entender que o mundo dos negócios está preocupado com a aparência e o
lucro e não pode ser modelo para a igreja do Senhor Jesus Cristo. O verdadeiro
pastor que não é mercenário é como Moisés que “permaneceu firme como quem vê o
invisível” (Hb 11:27), ou seja, os seus olhos estavam sobre o invisível, o
reino espiritual de Deus, não no reino deste mundo.
Os
pastores-cães induzem o povo ao erro através de alianças com o que é
profano. Para isso usam de jargões atraentes e diplomáticos do tipo: “Unidade
na diversidade”, ”O amor une a doutrina divide”, “Devemos construir pontes e
não muros”, “O verdadeiro cartão de identidade do cristão é o amor”. Através
dessas frases engenhosamente bem construídas erros doutrinários grosseiros têm
sido tolerados em nome do amor. Cristianismo é acima de tudo união de gregos e
troianos, judeus e gentios, negros e brancos, ricos e pobres, todos unidos numa
só fé. Mas, o cristianismo verdadeiro não tolera a conjugação entre o certo e o
errado, a verdade e a mentira, a luz e a escuridão. A unidade não deve ser
meramente espiritual, mas acima de tudo deve ser bíblico-doutrinária. Assim
como a água e o óleo não se misturam, verdade e erro não podem combinar para
produzir algo bom. Deus é amor, mas é também santo por isso não dá para
justificar a união do santo com o profano como querem os pastores-cães.
Em 2
Tessalonicenses Paulo exorta dizendo : “Se alguém não obedecer à nossa palavra
por esta carta, notai o tal e não vos mistureis com ele”. No capítulo 16
verso 17 aos Romanos, Paulo assinala dizendo: “Rogo-vos irmãos, que noteis os
que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes,
desviai-vos deles”. No livro apocalipse há uma sentença severa para os
pastores-cães “Ficarão de fora os cães” (AP 22:15). Cabem a nós, ovelhas,
ficarmos atentos para a solene advertência: CUIDADO: PASTORES-CÃES!
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