terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dia do Evangélico é criado pelo governo, mas é criticado pelos próprios líderes evangélicos.

Líderes evangélicos se mostraram surpresos  ao saber que a lei 12.328 — que institui o dia 30 de novembro como Dia do Evangélico — foi sancionada quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O decreto foi publicado ontem no Diário Oficial da União. O projeto é do deputado do Partido Republicano Brasileiro (PRB-MA), Cléber Verde.
       — É uma iniciativa simpática, mas, todavia, a República nasceu laica e precisa continuar laico. Defendo a separação entre Igreja e Estado para que haja democracia. O presidente precisa despertar para esse aspecto da Constituição — explica o presidente da Catedral Presbiteriana do Rio e da Academia Evangélica de Letras do Brasil, Reverendo Guilhermino Cunha.
       O diretor-geral da Convenção Batista Carioca, Pastor Walmir Vieira, concorda:
       — Não há necessidade disso. O dia do evangélico é todo dia, quando damos testemunho de uma vida cristã e bonita. Se existe um dia do evangélico, será preciso haver um para os católicos, para os espíritas.
Teólogo e professor de Filosofia, o pastor Alexandre Marques também destaca a importância de não privilegiar nenhuma religião:
       — Será preciso haver um dia para as tradições orientais e africanas, que foram demonizadas e atacadas.

Fonte: Extra Online / Gospel+

Via: O Verbo

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