Conforme divulgado na postagem passada, hoje fomos ao Expocenter Norte, para “recepcionar” os pastores e demais lideranças gospel que participariam do culto inaugural da Expocristã 2010 (ou Expomamom, para os mais íntimos). O pregador seria nada mais, nada menos do que nosso velho amigo, o Pr. Silas Malafaia.
Estávamos apenas em três pessoas: eu, o Paulo e o Pablo Silva. Se o culto tivesse ocorrido ontem, feriado, muitas pessoas poderiam participar. Mas, estatisticamente falando, houve um acréscimo de 200% em relação ao ano passado, quando apenas uma pessoa participou do protesto na feira. Estamos evoluindo! Além do que, o protesto continuará no final de semana, quando todos poderão participar (e após o qual disponibilizaremos a segunda parte desse artigo).
Bom, estendemos nossa singela faixa às 8 horas da manhã. Algumas pessoas já haviam chegado, mas o “grosso” do pessoal ainda estava por vir. Ficamos encostados na grade da entrada do Expocenter Norte, de frente com a saída principal do estacionamento, mas também com visibilidade para quem chegava à direita ou à esquerda. Eu e o Paulo ficamos na faixa, e o Pablo ficou atrás da câmera, registrando tudo e colhendo depoimentos.
A impressão que tive não foi das melhores. Sou péssima em estatística (aliás, estou em depê nessa matéria), mas creio que uns 80% dos líderes e seus acompanhantes nos olharam com desprezo, alguns com raiva, outros fingiam que não havia nada na sua frente. Dos 20% restantes, uns 10% nos cumprimentaram (um grande avanço, acreditem!), e os outros 10%, além de nos cumprimentar, demonstraram concordância com os dizeres da nossa faixa e camisetas. Alguns até se permitiram dar depoimentos pessoais, devidamente registrados pelo Pablo, e que estarão no ar nos próximos dias.
Uma senhora em especial me chamou muito a atenção pela forma como passou pela gente. O olhar dela sobre nós e sobre a faixa (não necessariamente nessa ordem) me fez sentir uma leprosa-marginal. Era um olhar de puro nojo com medo, como se fôssemos lhe fazer um grande mal. Talvez instintivamente, ela agarrou a bolsa com mais força. Houve outros olhares de desprezo, mas o daquela senhora foi especial para mim.
Algumas mulheres de líderes também foram um caso à parte, tamanha a arrogância que apresentavam. E tinha cada modelito de fazer o Victor Valentim morrer de inveja!
Aos poucos, passamos a dividir a calçada com os cabos eleitorais contratados pelos candidatos-pastores, que distribuíam “santinhos” dos seus candidatos aos líderes que chegavam ao local. Com o tempo, os seguranças do Expocenter Norte (ou da Expomamom, não sei bem) os retiraram, levando-os a ocupar uma “ilha” no meio da rua, e vieram conversar conosco, de modo que tivemos que deixar o conforto do encosto na grade e nos postar na beiradinha da rua (onde tiramos a foto), afinal, pelo menos a rua é pública. Calma, gente, ninguém atropelou nossos pés, embora uns táxis que estacionavam desembarcando líderes tenham chegado bem perto disso.
Muitos e muitos líderes, olhares e depoimentos depois, era por volta de 9:30h e estávamos já decidindo ir embora. De repente, como uma aparição, surgiu de um táxi o Pr. Silas Malafaia, o preletor da manhã. Surgiu à minha direita. Quando me voltei a ele, vi que estava com um olhar no mínimo atônito. Então começou a andar em direção à entrada. Ia passar por detrás da nossa faixa (lembrem-se, estávamos na beiradinha da rua), e então nos voltamos para ele e abrimos a faixa no meio da calçada, bem à sua frente, quase que barrando-lhe o caminho (o que seria meio impossível, pois a calçada é bem larga, mas…). Todos os olhares se dirigiram para o Malafaia: os nossos, os dos cabos eleitorais, os dos seguranças da Expo, os dos outros líderes que estavam também chegando. Então, o Malafaia soltou uma exclamação meio sem graça:
E saiu andando rapidamente, até sumir de nossos olhares.
Em decorrência disso, o nome desse artigo, por sugestão do Paulo, seria “Silas Malafaia apóia a volta ao Evangelho puro e simples”. Seriiiiiiiiiaaaaa… até chegarmos em casa e lermos o resumo do culto, no site da Expocristã:
Poxa, estávamos tão felizes, achando que o Malafaia seria mais um estendendo a bandeira da volta ao verdadeiro Evangelho de Cristo, e aí ele faz uma dessas… Nós sabemos que o pastor “não está nem aí para os críticos, hehehe“, porém fala deles programa televisivo sim, outro não, mas perder parte do tempo da pregação para chamar quem luta contra o mercantilismo gospel e outras heresias do nosso meio de “medíocres”, talvez tentando influenciar negativamente as demais lideranças que o assistiam, foi de lastimar.
Porém, vendo por outro lado, realmente estamos evoluindo! Pois o Ap. Estevam Hernandes disse que éramosinsignificantes, e o Pr. Malafaia já nos promoveu a “medíocres”. Quem sabe num próximo protesto não passamos a ser “servos inúteis”? Não somos pokemóns, mas estamos evoluindo, glória a Deus!
Um tempo depois, fomos embora. Felizes, por termos conseguido, pela Graça de Deus, estar ali levando a mensagem da volta ao Evangelho de Jesus. Mas também muito tristes, pela arrogância e imaturidade espiritual demonstrada por muitos ali. Temos que lembrar que nesse evento só havia lideranças gospel, e alguns políticos, e a banda da polícia militar (quando chegou o ônibus deles, cheio de fardados, achei que finalmente ia andar de camburão). Se as lideranças agiram dessa forma, o que dirá seus liderados? Repetindo a pergunta que o Pablo fazia para estimular os depoimentos: “o que a frase da faixa tinha de tão negativo, a ponto de fazer algumas pessoas nos hostilizarem?”
Ainda não tenho essa resposta. Quem sabe no próximo domingo, quando estaremos de novo na Expomamom, mas dessa vez lá dentro, visitando os estandes da feira?
Estávamos apenas em três pessoas: eu, o Paulo e o Pablo Silva. Se o culto tivesse ocorrido ontem, feriado, muitas pessoas poderiam participar. Mas, estatisticamente falando, houve um acréscimo de 200% em relação ao ano passado, quando apenas uma pessoa participou do protesto na feira. Estamos evoluindo! Além do que, o protesto continuará no final de semana, quando todos poderão participar (e após o qual disponibilizaremos a segunda parte desse artigo).
Bom, estendemos nossa singela faixa às 8 horas da manhã. Algumas pessoas já haviam chegado, mas o “grosso” do pessoal ainda estava por vir. Ficamos encostados na grade da entrada do Expocenter Norte, de frente com a saída principal do estacionamento, mas também com visibilidade para quem chegava à direita ou à esquerda. Eu e o Paulo ficamos na faixa, e o Pablo ficou atrás da câmera, registrando tudo e colhendo depoimentos.
A impressão que tive não foi das melhores. Sou péssima em estatística (aliás, estou em depê nessa matéria), mas creio que uns 80% dos líderes e seus acompanhantes nos olharam com desprezo, alguns com raiva, outros fingiam que não havia nada na sua frente. Dos 20% restantes, uns 10% nos cumprimentaram (um grande avanço, acreditem!), e os outros 10%, além de nos cumprimentar, demonstraram concordância com os dizeres da nossa faixa e camisetas. Alguns até se permitiram dar depoimentos pessoais, devidamente registrados pelo Pablo, e que estarão no ar nos próximos dias.
Uma senhora em especial me chamou muito a atenção pela forma como passou pela gente. O olhar dela sobre nós e sobre a faixa (não necessariamente nessa ordem) me fez sentir uma leprosa-marginal. Era um olhar de puro nojo com medo, como se fôssemos lhe fazer um grande mal. Talvez instintivamente, ela agarrou a bolsa com mais força. Houve outros olhares de desprezo, mas o daquela senhora foi especial para mim.
Algumas mulheres de líderes também foram um caso à parte, tamanha a arrogância que apresentavam. E tinha cada modelito de fazer o Victor Valentim morrer de inveja!
Aos poucos, passamos a dividir a calçada com os cabos eleitorais contratados pelos candidatos-pastores, que distribuíam “santinhos” dos seus candidatos aos líderes que chegavam ao local. Com o tempo, os seguranças do Expocenter Norte (ou da Expomamom, não sei bem) os retiraram, levando-os a ocupar uma “ilha” no meio da rua, e vieram conversar conosco, de modo que tivemos que deixar o conforto do encosto na grade e nos postar na beiradinha da rua (onde tiramos a foto), afinal, pelo menos a rua é pública. Calma, gente, ninguém atropelou nossos pés, embora uns táxis que estacionavam desembarcando líderes tenham chegado bem perto disso.
Muitos e muitos líderes, olhares e depoimentos depois, era por volta de 9:30h e estávamos já decidindo ir embora. De repente, como uma aparição, surgiu de um táxi o Pr. Silas Malafaia, o preletor da manhã. Surgiu à minha direita. Quando me voltei a ele, vi que estava com um olhar no mínimo atônito. Então começou a andar em direção à entrada. Ia passar por detrás da nossa faixa (lembrem-se, estávamos na beiradinha da rua), e então nos voltamos para ele e abrimos a faixa no meio da calçada, bem à sua frente, quase que barrando-lhe o caminho (o que seria meio impossível, pois a calçada é bem larga, mas…). Todos os olhares se dirigiram para o Malafaia: os nossos, os dos cabos eleitorais, os dos seguranças da Expo, os dos outros líderes que estavam também chegando. Então, o Malafaia soltou uma exclamação meio sem graça:
“Maravilha!”
E saiu andando rapidamente, até sumir de nossos olhares.
Em decorrência disso, o nome desse artigo, por sugestão do Paulo, seria “Silas Malafaia apóia a volta ao Evangelho puro e simples”. Seriiiiiiiiiaaaaa… até chegarmos em casa e lermos o resumo do culto, no site da Expocristã:
“A dupla Eduardo e Silvana cantou uma de suas músicas abrindo a pregação do pastor Silas Malafaia. Ele, primeiramente, falou sobre rumores de uma ‘nova reforma protestante’, fruto de uma reportagem publicada na Época. Ao comentar o assunto, disse que ficou indignado com a situação e denominou como ‘mediocres’ estes ministérios que, segundo ele, querem implantar essa nova ‘denominação’.” (grifo nosso)
Poxa, estávamos tão felizes, achando que o Malafaia seria mais um estendendo a bandeira da volta ao verdadeiro Evangelho de Cristo, e aí ele faz uma dessas… Nós sabemos que o pastor “não está nem aí para os críticos, hehehe“, porém fala deles programa televisivo sim, outro não, mas perder parte do tempo da pregação para chamar quem luta contra o mercantilismo gospel e outras heresias do nosso meio de “medíocres”, talvez tentando influenciar negativamente as demais lideranças que o assistiam, foi de lastimar.
Porém, vendo por outro lado, realmente estamos evoluindo! Pois o Ap. Estevam Hernandes disse que éramosinsignificantes, e o Pr. Malafaia já nos promoveu a “medíocres”. Quem sabe num próximo protesto não passamos a ser “servos inúteis”? Não somos pokemóns, mas estamos evoluindo, glória a Deus!
Um tempo depois, fomos embora. Felizes, por termos conseguido, pela Graça de Deus, estar ali levando a mensagem da volta ao Evangelho de Jesus. Mas também muito tristes, pela arrogância e imaturidade espiritual demonstrada por muitos ali. Temos que lembrar que nesse evento só havia lideranças gospel, e alguns políticos, e a banda da polícia militar (quando chegou o ônibus deles, cheio de fardados, achei que finalmente ia andar de camburão). Se as lideranças agiram dessa forma, o que dirá seus liderados? Repetindo a pergunta que o Pablo fazia para estimular os depoimentos: “o que a frase da faixa tinha de tão negativo, a ponto de fazer algumas pessoas nos hostilizarem?”
Ainda não tenho essa resposta. Quem sabe no próximo domingo, quando estaremos de novo na Expomamom, mas dessa vez lá dentro, visitando os estandes da feira?
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Vera Siqueira não se prostou a este evangelho barato e denuncia os abusos da liderança apóst ata aqui e no blogEstrangeira no Mundo [conheça!]
FONTE:PÚLPITO CRISTÃO
Paz do Senhor, tudo bem?
ResponderExcluirGostaría de saber o que estava escrito nesta faiza e pelo quê exatamente vocês estavam protestando.
att sua irmã em Cristo Renata
Na faixa estava escrito: "Voltemos ao evangelho puro e simples. O $how tem que parar!"
ResponderExcluirObrigada por este esclarecimento, e oque há neste evento que não traduz o evangelho puro e simples. Nunva fui a nenhuma expo.
ResponderExcluiratt Renata