sábado, 11 de setembro de 2010

Polícia federal ouve presos da Operação Mãos Limpas em Brasília

       O advogado do governador do Amapá, Cícero Bordalo Júnior, chegou à noite desta sexta-feira (10) à Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, para tentar conversar com o seu cliente, Pedro Paulo Dias de Carvalho. Ele e mais 17 pessoas presas nesta sexta-feira no Amapá, pela Operação Mãos Limpas, chegaram ao aeroporto de Brasília e foram encaminhados para a Superintendência da PF.
       Segundo a PF, o objetivo é que todos sejam ouvidos durante a madrugada deste sábado (11). Os suspeitos vão passar por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Segundo a PF, esse é um procedimento padrão para garantir a integridade física dos presos durante a transferência de custódia, já que 16 deles vão ser levados para o Presídio da Papuda.
Entenda o caso
       A prisão foi consequência da Operação Mãos Limpas, que desarticulou um esquema criminoso de desvio de dinheiro público envolvendo políticos, empresários e servidores públicos do Amapá.
       Entre os presos, estão o ex-governador Waldez Góis (PDT) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, José Júlio Miranda. Os dois permanecerão presos na Superintendência da PF.
       O advogado Bordalo Júnior, que também representa alguns  empresários envolvidos no esquema, disse que se reuniu hoje com o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha.
       - O ministro informou que vai entregar [aos advogados] uma cópia da decisão judicial do STJ, impreterivelmente, na segunda-feira (13).
       Noronha foi quem expediu os 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão. Segundo Bordalo Júnior, a investigação é extremamente delicada, pois envolve acusações muito graves. Os acusados deverão permanecer presos em Brasília por cinco dias.
       Segundo o advogado, “já estou ajuizando pedido de liberdade provisória e de revogação da prisão temporária”. Até o momento, Bordalo Júnior ingressou com o pedido de liberdade provisória em favor do empresário Eric Lucena.
       Ele espera a conversa com o governador para saber como vai proceder em sua defesa.
FONTE: R7

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