Soltos no sábado, o governador do Amapá, Pedro Paulo (PP), e o candidato do[br]PDT ao Senado, Waldez Góes, participam de comício e carreata em Macapá
Milhares de pessoas recepcionaram ontem o governador Pedro Paulo Dias (PP) e seu antecessor, Waldez Góes (PDT), candidato ao Senado no Aeroporto de Macapá. Os dois chegaram às 18 horas a bordo de um jatinho particular.
Coordenadores da campanha calcularam que havia 50 mil pessoas, mas o comando da Polícia Militar estimou a multidão em 20 mil. Ambos haviam sido presos pela Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, que deteve mais 16 pessoas no último dia 10.
Todos são acusados de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de bens, tráfico de influência, fraude em licitações públicas e formação de quadrilha. O esquema, segundo a PF, seria comandado pelo governador, candidato à reeleição, e por Waldez Góes.
Pedro Dias foi o primeiro a descer do avião. Waldez Góes, acompanhado da esposa Marília Góes, que também foi presa pela PF, saiu logo depois. Chorando, Góes subiu num trio elétrico, promovendo uma carreata até o centro da cidade.
Do aeroporto, Pedro Dias também seguiu em carreata para o comício na Praça Beira Rio, mas uma forte chuva desabou em Macapá. "É São Pedro me saudando e saudando o povo do Amapá", disse o governador. Dias - que passou oito dias presos na superintendência da Polícia Federal em Brasília - afirmou que o povo sabe da sua dignidade e do quanto ele quer o melhor para o Estado. "Não vou falar mais nada porque estou emocionado." Ele e Góes foram soltos no sábado
Não houve manifestações de protesto na recepção no aeroporto nem por onde a carreta passou nem durante o comício. Pedro Dias, que legalmente reassumiu o governo na hora em que desembarcou em Macapá, só vai hoje ao palácio do governo.
Alcinéa Cavalcante ESPECIAL PARA O ESTADO MACAPÁ - O Estado de S.Paulo
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