Dezenas de milhares de pessoas no mundo ocidental foram literalmente expostas aos métodos de medicina holística [Que reivindica tratar a pessoa "inteira" - corpo, mente e espírito] ou fazem uso deles. O reavivamento do ocultismo e a insatisfação com os tratamentos médicos tradicionais, algumas vezes justificada, abriu a porta para uma grande variedade de terapias alternativas na sociedade. De fato, a revista Time (4 de novembro de 1991) publicou que a medicina alternativa é "hoje uma indústria de 27 bilhões de dólares por ano [nos EUA]", notando que 30 por cento dos pesquisados haviam experimentado uma terapia não-convencional.
Segundo o Medical World News (Notícias do Mundo Médico; 11 de maio de 1987), o custo total da suposta fraude dos tratamentos de saúde está chegando aos 30 bilhões de dólares anualmente. Os patrocinadores das técnicas holísticas de saúde e a Nova Medicina prosperam, oferecendo aos pacientes soluções simples para doenças complexas, assim como práticas e remédios declarados como não apresentando efeitos colaterais. Em nossos dias, milhares de médicos e enfermeiras estão fazendo uso desses métodos.
Não temos certamente nada contra qualquer método de tratamento médico cuja segurança e eficácia tenham sido confirmadas. Nossa preocupação diz respeito à promoção difundida de métodos que não foram provados ou que são discutíveis em outros campos (físico ou espiritual).
Embora não minimizemos os problemas do tratamento médico convencional, nossa pesquisa mostra que o movimento holístico de saúde como um todo se baseia em grande parte em métodos ineficazes e/ou potencialmente perigosos que não têm o interesse do paciente como alvo. De maneira geral, os métodos holísticos rejeitam o que se sabe a respeito de como o corpo humano funciona, e são quase sempre opostos a uma abordagem científica dos cuidados médicos.
Quando a Nova Medicina afirma "funcionar", nenhuma das razões caracteristicamente citadas pelos seus patrocinadores causa o seu funcionamento. As coisas podem funcionar e ser mesmo assim perigosas, como acontece com os carros-bombas. As coisas podem funcionar e continuar sendo erradas e perigosas, tais como as práticas que se apóiam nos métodos ocultistas. Finalmente, as coisas podem ser falsas e somente aparentar que funcionam. Inúmeros tratamentos holísticos parecem a princípio dar certo com base em seus princípios declarados, mas na realidade funcionam apenas por razões ligadas à psicologia humana (o efeito placebo) ou ao elemento tempo (capacidade natural de cura do corpo).
Muitos praticantes da saúde holística supuseram erradamente que os seus tratamentos são eficazes, com base em interpretações deturpadas da medicina empírica (experiência apenas) em lugar de testes científicos cuidadosos. Dada a natureza variável do processo da doença em si, qualquer tratamento de saúde holístico pode gabar-se de um número significativo de histórias de "sucesso", mesmo no caso de moléstias graves.
É vital, portanto, determinar (1) se um dado procedimento funciona ou não com base em seus princípios declarados, (2) a relativa credibilidade desses princípios, e (3) a verdadeira razão para a sua eficácia, quando o método é eficaz. Se algo funciona ou parece funcionar, é essencial saber a razão disso. Deixar de responder a essa pergunta pode custar muito caro.
Outra séria preocupação é que o ocultismo e a influência espírita são freqüentemente a fonte do poder por trás da origem e/ou dos tratamentos de inúmeras práticas holísticas específicas de saúde. Além da sua falta de credibilidade científica, essas práticas devem ser questionadas por causa do seu envolvimento com os métodos ocultistas sobre os quais a Bíblia adverte (Deuteronômio 18.10-12). Os poderes ocultos podem de fato curar fisicamente o indivíduo (pelo menos temporariamente), mas apenas a um custo espiritual e psíquico maior.
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