domingo, 17 de julho de 2011

CRIMES ASSOLAM AS COMUNIDADES EVANGÉLICAS NO MÉXICO

A Fraternidade Nacional das Igrejas Evangélicas Cristãs (Confraternice) denunciou a violência e crimes contra pastores no México.
Segundo relatado no jornal Excelsior neste sábado, pelo menos 100 pastores têm sido sequestrados e extorquidos no atual período presidencial, Felipe Calderón.
O presidente da Confraternice, o pastor Arturo Farela, disse que o crime é forte e atinge também os jovens que fazem tratamento pelo consumo de drogas em templos cristãos.
"O crime organizado está batendo muito forte os pastores do país", disse Farela, segundo o Excelsior.
Um dos crimes mais representativos no país, foi o de um pastor reconhecido na comunidade evangélica no país, Josué Santiago Ramirez, que foi sequestrado no dia 10 de abril, em Lazaro Cárdenas, Michoacán.
Ramirez foi sequestrado por um comando quando celebrava o culto dominical na Igreja evangélica El Shaddai. O valor da recompensa exigida pelos sequestradores foi cerca de 20 milhões de pesos (cerca de 1,7 milhões de dólares hoje).
Outro caso que ficou marcado foi o assassinato do filho do pastor Eduardo García, Abraão, da cidade de Juarez. E recentemente, em março, a sua filha Griselda foi sequestrada, pela qual ele teve que pagar o resgate.
Em 2010, seis pessoas de um Centro Cristão de Reabilitação Alcance Victoria foram atacados, dos quais quatro morreram e dois ficaram feridos, de acordo com a polícia municipal da cidade de Juarez.
Dentre os motivos pelos quais os grupos criminosos fazem isso, segundo os líderes religiosos, é para gerar dinheiro. Os líderes têm denunciado que nos últimos três anos eles vendem segurança às Igrejas com valores variando entre 10 mil e 30 mil pesos ($800 e $ 2,500) em pelo menos 11 estados do país.
Os clérigos católicos não estão isentos do crime. A Agência Fides da Congregação para Evangelização dos Povos do Vaticano relatou a morte violenta de 14 líderes católicos, durante esses seis anos.
Os líderes apontam como um dos motivos a decomposição e degradação social da sociedade mexicana por causa dos valores negativos e não necessariamente tem a ver exclusivamente com o governo do atual presidente Calderón.
"é preocupante o número de sacerdotes assassinados, mas não podemos culpar o regime dos assassinatos porque as causas são variadas. São um reflexo desta violência que vai crescendo no país por tais crimes", disse Hugo Valdemaro, diretor Arquidiocesano de Comunicação Social.
As congregações cristãs evangélicas clamam aos integrantes do crime organizado a regressarem ao caminho do bem por meio do arrependimento. Já são 151 ex-assassinos e ex-sequestradores se converteram a Cristo e levam a palavra de Deus para as prisões nas cidades de Juarez.
Uma agenda de unidade nacional contra o crime que está devastando o país está sendo preparada pelas Igrejas Evangélicas para criar conscientização para superar o problema.

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