quinta-feira, 28 de julho de 2011

O TERRORISMO DO MAL E DO PECADO: A TRAGÉDIA NA NORUEGA

27de julho de 2011 (Notícias Pró-Família) — A Noruega é um dos lugares mais belos da terra. Um paraíso nórdico de fiordes, litoral, geleiras e florestas. Os noruegueses têm merecidamente orgulho de sua sociedade pacífica e próspera.
Pois bem, hoje a Noruega está num estado de choque total e absoluto depois de um dos atos de terrorismo mais cruéis e a sangue frio desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 contra os EUA. Os noruegueses estão desesperadamente tentando explicar essa matança sem lógica. O assassino tem sido descrito como um extremista de direita, um cristão fundamentalista, um fanático anti-imigração e mentalmente doente. O mais provável, em minha opinião, é que ele seja um fascista.
Mas há duas razões básicas desse ato horrível que poucos na Noruega, ou no resto do mundo ocidental inclusive, reconhecerão: o mal e o pecado.
Entenda: a Noruega é um dos países mais seculares da Europa ocidental. Quase nada restou da fé cristã que no passado dominava o país.
Por isso, sem a compreensão cristã da natureza humana caída, o povo da Noruega fica apenas com o luto, mas sem uma explicação para o horror que lhes sobreveio.
Tudo o que posso pensar é numa visita que fiz a uma prisão de segurança máxima fora de Oslo na década de 1980. Conto-lhe esse caso no meu livro How Now Shall We Live? (Como viveremos agora?) Fui cumprimentado pela carcereira, que era psiquiatra. Ela me guiou num passeio pelo lugar, que parecia mais um laboratório do que uma prisão. Vimos tantos outros psiquiatras que perguntei à carcereira quantos dos presos ali eram casos de doença mental.
Ela respondeu: “Todos eles, é claro”.
Fiquei espantado, e perguntei: “Verdade?”
“Veja bem”, disse ela, “qualquer um que comete um crime violento tem obviamente um desequilíbrio mental”.
Essa era a expressão máxima do modelo terapêutico. As pessoas, assim segue esse tipo de raciocínio, são basicamente boas, de modo que qualquer um que faça algo tão horrível quanto isso só pode ser doente mental. E a solução é terapia. É uma maneira tragicamente falha e inexata de ver a natureza humana. E, conforme fiquei sabendo apenas alguns dias mais tarde, é uma maneira muito perigosa.
Durante essa visita preguei o Evangelho aos presos. Eles estavam completamente insensíveis à mensagem. Mas quando eu estava indo embora, uma funcionária cristã da prisão veio até mim. Ela disse que havia orado para que alguém confrontasse os presos com a mensagem sobre pecado e salvação. Ela estava frustrada com o sistema prisional da Noruega, onde não havia nenhum conceito de responsabilidade pessoal. Portanto, não havia nenhuma razão para os presos buscarem uma transformação pessoal.
Alguns dias mais tarde, fiquei sabendo da notícia trágica: a jovem funcionária com quem eu havia conversado foi incumbida de escoltar um preso para fora da prisão para assistir a um filme como parte da terapia dele. No caminho de volta para a prisão, ele a matou.
A questão importante é esta: quando tentamos dar razões convincentes sobre o mal moral, fracassaremos em nossos esforços de reprimi-lo. Não podemos dar explicações sobre a conduta humana sem reconhecer que somos criaturas caídas propensas ao pecado.
Como um triste comentário final sobre a tragédia de Oslo, a sentença máxima que um criminoso pode receber na Noruega é 21 anos. Por isso, a não ser que ocorra algo fora do comum, o terrorista de Oslo estará de volta às ruas em 2032. Uma porta-voz da polícia de Oslo explicou desta forma: “O que o mundo precisa compreender sobre a Noruega é que esse incidente representa nossa perda da inocência, pois temos sido um país muito seguro de se viver, até agora”. Ela então acrescentou: “Não existe nenhuma razão para se manter as pessoas a vida inteira na prisão”.
Mas há e sempre haverá. Chama-se pecado.
Publicado com a permissão de Breakpoint
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
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