Alguém já disse que basta que os bons se omitam para que o mal vença. É verdade! Não que me julgo bom, mas sim uma pessoa de bem. Vivemos dias de grandes carências, dias de grandes inversões de valores. Vivemos dias de grandes banalidades e futilidades. O que é certo virou ridículo, o que é ridículo transformou-se em diversão, o que é moral é rotulado de radical, ser ético é ser piegas e o que é liberdade não passa de libertinagem. Vivemos dias muito parecidos com os dias do Império Romano com as imoralidades de imperadores como Nero e Calígula, por exemplo. A questão toda está no fato de que aquele que vive o momento histórico não percebe suas implicações, seus resultados nas gerações futuras. Louca e passionalmente quer experimentar de tudo, desde a droga da maconha, da cocaína, do crack às drogas que a televisão brasileira oferece.
A Rede Globo de televisão é o pior exemplo em tudo o que tenho dito até aqui. Essa empresa é o que temos de mais danoso na mídia televisiva brasileira. Não que as outras redes sejam intocáveis. Entretanto, quem conhece a Rede Globo, mesmo de fora, só de assistir, como foi meu caso por muitos anos, e que amadurece como cidadão, não pode sequer ser audiência sem que perceba as suas nuances de sedução. A questão toda é ter o maior pedaço da mídia televisa, a qualquer custo. A família, a moral, a ética, os bons costumes são mercadorias barganhadas desde que se atinjam altos níveis de audiência porque isso atrai patrocinadores. E veja que agora eles estão de “namorico” com os “evangélicos”.
Então lá vem o 12º BBB. Se já não bastassem os terríveis onze anteriores lá vem mais um. E o tal Pedro Bial já vai aparecer e embolsar mais uma grana grossa. Não vejo diferença nenhuma entre Pedro Bial e Valdomiro Santiago, R.R. Soares, Edir Macedo, Estevan Hernandez e alguns outros. O conteúdo é diferente, mas a idéia é uma só;arrancar, por meio de uma audiência composta por gente de patologias diferentes, dinheiro e enriquecer. Ver o Bial entrevistar os moradores da casa é tão medíocre quanto ver o tal Valdomiro Santiago subindo um monte com um livro de pedidos de oração nas costas como se fosse um herói do cristianismo. Figuras patéticas que só podem ser assimiladas por gente que apresenta alguma carência. Esse é o público alvo, mentes e bolsos vazios.
Você vai assistir (ou como disse alguém – dar uma olhadinha) nesse lixo do BBB? Bem se você tem estômago e não tem cérebro faça isso mesmo. Em se tratando de crente, é uma clara demonstração de que seu relacionamento com Deus é algo pueril, ínfimo, frágil, fugaz, sazonal. Não tenho a mínima dúvida em afirmar que assistir BBB é o mesmo que assistir filmes pornográficos e novelas que modelam os maus hábitos e costumes.
Agora em BBB 12 estão falando de um suposto estupro. Será mesmo que isso aconteceu? A moça, suposta vítima, disse que o ato foi consensual. É verdade que ela estava bêbada, mas, segundo ela mesma, curtiu o ato. Talvez ela possivelmente poderia até nem se lembrar (afinal, dizem que quem bebe esquece), mas nem ele e nem ela negaram o ato. Para mim isso é o que conta! Pelo amor de Deus, que proveito há em ligar a televisão, de madrugada (quando deveríamos estar dormindo e recuperando nossas energias) e assistir um ato sexual (estupro ou consensual) de um homem e uma mulher, debaixo das cobertas? Pelo amor de Deus, o que é que há de proveitoso nisso? Não há nada, absolutamente nada de proveitoso nisso. Senhores até quando?
Li em devocional de hoje (18.01.2012) as seguintes palavras de Paulo á Igreja de Roma:“Rogo-vos, pois, irmãos pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional(lógico, que tem sentido*). E não vos conformes com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12.1-2. (*) Inserção minha.
Sempre quando medito nesse texto rico, vem à minha mente a expressão em latim que diz: Mens sana in corpore sano (Mente sã, corpo são). A alma do ato é o pensamento. É no pensamento, na mente, que tudo começa. E às vezes começa de forma simples, sem nenhum traço de dolosidade. Em meu consultório recebi um jovem que me disse, após confessar o adultério: - Pastor eu mal supunha que aquele simples olhar pudesse produzir uma admiração pela beleza dela. Esse pensamento foi alimentado e cresceu em minha mente e em meu coração de uma forma tal, que eu só podia pensar em tê-la em meus braços. Esse pensamento me consumiu até que eu a conquistei. Após o ato parece que escamas caíram dos meus olhos. Ela continuava a ser linda, mas já não era desejável. Estou terrivelmente arrependido.
Hoje, mais do que nunca é muito perigoso assistir televisão porque nela, por meio de imagens prontas, nossa mente é alimentada e seduzida em transformar em um desejo coisas que não tem nada a ver com nossas reais necessidades. Nossa necessidade primordial (pelo menos a dos cristãos verdadeiros) é sermos santos à semelhança daquele que pagou o alto preço do nosso pecado, para nos dar a eternidade em Sua presença. Mas Jesus também pagou um alto preço para fazer com que evitemos uma existência aqui, medíocre, fútil e banal. O cristão tem que primar por viver de forma excelente assim como foi excelente Aquele que o redimiu.
Até onde vai a sociedade hodierna com essa puerilidade, essa falta de bom senso, de siso, de sanidade, de sabedoria, de critério, de inteligência, de bom gosto, quando se trata de escolher o que ouve, o que lê, o que vê? Para onde caminha essa sociedade hodierna que se apaixona pelo ridículo, pelo que é xulo, de baixo padrão moral, que revela um gosto ruim?
BBB, Faustão, Xuxa, Gugu, Pânico, A Fazenda, O Caldeirão do Huck, a grande maioria das novelas, O Aprendiz, etc…etc….Infelizmente é esse lixo que permitimos que as emissoras joguem em nossos lares, em nossa retina e em nossos ouvidos. Já que não há censura aproveitaram a liberdade para descambar para a libertinagem nas imagens de mau gosto, no linguajar que revela mesmo que Jesus tinha razão ao dizer, a boca fala do que está cheio o coração (Mateus 12.34). É o homem entregue a si mesmo, senhor de si mesmo, deus de si mesmo, é o homem sem o temor do único e verdadeiro Deus de quem vem a sabedoria necessário para se viver realmente com alegria, paz e felicidade.
Ah! Já sei…vão me rotular de um bocado de coisas. Vão me chamar de desatualizado (garanto que não sou), obsoleto (muito menos), radical (sim, muito, principalmente quando se trata do pecado). Podem me adjetivar, fiquem à vontade. Não faz mal! Eu não vou te odiar por isso. Não seria um cristão de verdade se fizesse isso. Tampouco posso dizer que sinto pena de você. Você foi criado à imagem e semelhança de Deus, e Ele tem te permitido viver. Eu também sou um pecador como você, mas tenho o poder de desligar a televisão e não assistir a esses programas que moldam nossa forma de pensar a vida, de opinar e de praticar coisas indecentes. Sim, eu faço isso, não porque eu simplesmente sei dos resultados, mas faço assim porque elas são abominação para mim, na sua essência. Tenho nojo, asco delas.
O tal do Daniel estuprou ou não? Não sei! O que eu sei é que quando alguém está onde não deveria estar com grande probabilidade vai acabar fazendo o que não deveria fazer. A Monique foi estuprada? Não sei (ela sabe), mas o que eu sei é que algumas amizades podem determinar nosso modus vivendum como diz o ditado: “Diga-me com quem tu andas que eu te direi o que tu és” (e o que tu fazes também) e normalmente aquilo que você é determina aquilo que você faz.
Que tristeza devem sentir os pais ao assistir uma cena em que o filho é acusado de estuprar. Que tristeza devem ter os pais de uma moça que nega o estupro, mas admite o sexo irresponsável, como dois animais que se deixam mover simplesmente pelo instinto, sem nenhum traço de juízo e racionalidade.
Vivemos em um mundo onde o relativismo admite modelos de condutas que são adaptáveis à cada cultura e em uma sociedade onde o que vale é o sucesso que cobra o preço da dignidade que se tem perdido tão facilmente como se perdeu a vergonha.
Daniel estuprou ou não? Monique deixou, concordou com o ato? Aqui fica a dúvida. Mas para mim pouco importa. O que eu penso é que tanto um quanto o outro deveriam ter juízo o que não revelaram ter e quanto a isso eu não tenho dúvida nenhuma
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