(Foto: DM)
SÃO PAULO - Apenas cinco
ovelhas do rebanho da Indy se reuniram para ouvir a pregação de
ontem do capelão Bob Hills, que é diretor do Ministério
da Indy, no dia da corrida. Às 10h30, duas
horas antes da largada da São Paulo Indy 300, boa parte dos fiéis teve de se
entregar a seus afazeres, na correria que envolve as equipes da Indy para
preparar seus carros depois do warm-up. Parte dos católicos, no entanto,
pode ter se afastado por outro motivo. Phil DeRea, o padre que
criou o Ministério da Indy, e que esteve no Brasil na primeira edição da
corrida paulista, em 2010, teve de se afastar. Ele responde à Justiça por ter
sido acusado de abuso sexual de um menor.
Um homem do estado de Maryland ingressou
com uma ação contra DeRea em Chicago no ano passado, acusando-o de tê-lo
abusado ao longo de oito anos, desde que tinha 11 anos.
DeRea iniciou seu trabalho no Ministério
da Indy há 30 anos, a convite de Mario Andretti. O ex-piloto da F-1 o conheceu
na cidade onde fixou residência nos Estados Unidos, em Nazareth.
O padre, que usava uma estola
quadriculada como uma bandeira de chegada de automobilismo, realizou o
casamento de Dario Franchitti e Christian Fittipaldi e
batizou a filha de Helio
Castroneves. Chegou também a iniciar o curso de noivo de Greg Moore, mas acabou
sendo o responsável pelo funeral do piloto canadense, que morreu em 99, após um
acidente em Fontana.
(Foto: CARAS )
Hills, que não é um padre ordenado pela
Igreja, mas um devoto que trabalha como capelão, herdou a função de procurar
transmitir conforto e guiar espiritualmente os fiéis da Indy. 'Padre Phil está
tendo uns problemas', disse ele, sem dar detalhes.
Mais à vontade para falar sobre seu
trabalho, Hills recorda que trabalhou em seis situações de 'administração de
crises'. A última foi em outubro do ano passado, quando o britânico Dan Wheldon
faleceu, vítima de um acidente em Las Vegas. 'Nós procuramos confortar os
familiares, acompanhamo-nos no hospital, no enterro.'
No ano passado, quando veio pela
primeira vez ao Brasil, Hills tratou de fazer uma visita ao Cemitério d o
Morumbi. 'A primeira providência que tomei, assim que cheguei a São Paulo, foi
pegar um carro e visitar o túmulo de Ayrton Senna, para honrar esse grande
piloto. Procurei entender a relação dos brasileiros com o automobilismo e no
caminho pude compreender melhor certas questões da cidade, como trânsito e a
segurança.'
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