Apologista contesta número de fiéis das “igrejas inclusivas” divulgados
pela matéria da BBC Brasil, no dia 27 de Abril, dizendo que o número foi
superestimado.
Em matéria publicada pela BBC Brasil sobre o crescimento das
igrejas inclusivas no Brasil, intitulada “Desafiando preconceito, cresce número
de igrejas inclusivas no Brasil”, o número de congregações de igrejas
existentes são dez e o número de atendentes somem 10 mil.
O fundador do Instituto de Pesquisas Religiosas (INPR), Johnny Bernardo, contesta os números em uma breve análise
disponível em seu site. Em entrevista ao The Christian Post, o pesquisador e
apologista explicou sobre o exagero nos números e como chegou a essa conclusão.
Em um breve levantamento realizado, o
pesquisador aponta que as únicas duas denominações de expressão nacional, a
Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) - com seis filiais concentradas nas
principais metrópoles e cidades do Brasil, possui em torno de 1400 membros;
enquanto que a Igreja Cristã Contemporânea (ICC), concentrada no Estado do Rio
de Janeiro, deve chegar a ter 1000 membros.
Ele aponta ainda, outras igrejas de
menor expressão, como a Comunidade Cristã Refúgio (CCR), possui em torno de 400
membros, que inclui os da sede, em São Paulo somado ao um grupo que está em
formação no Paraná; e a Igreja Mel, na qual, segundo sua pesquisa, não deve
passar de 300 membros. Sem valor estatístico, ele afirma, há ainda ainda
pequenos grupos (células) presentes em estados como Rio G. do Sul, Paraná, São
Paulo etc. não filiadas a uma denominação oficial.
Bernardo também discutiu a problemática
em torno da ideia que o nome “igrejas inclusivas” passa, visto que o ele
implica que igrejas tradicionais seriam “exlusivas”, excluindo uns e acolhendo
outros, enquanto que as “igrejas inclusivas” seriam então as que abraçariam a
todos.
Segundo ele, as “igrejas inclusivas” passam a ideia de que as
igrejas evangélicas não são simpáticas ao movimento LGBT, exigindo que os novos
convertidos passem por tratamento psicológico.
Líderes como Troy Perry, fundador da
ICM, Marcos Gladstone, fundador da ICC e Lanna Holder (fundadora da CCR)
apoiam-se em tais argumentos como a discriminação e desprezo da sociedade para
arregimentar adeptos descontentes com o modelo tradicional de confissão de fé,
diz o apologista.
O também apologista e pastor João Flávio Martinez
afirmou recentemente ao CP que a atitude dessas igrejas “inclusivas” não é de inclusão, mas de “apostasia e desrespeito” ao
corpo de Cristo. Ele defende que as igrejas tem que amar e receber a todos, mas
não perder a firmeza e a convicção.
Adeptos das igrejas “inclusivas”, entretanto, alegam discriminação e falta de liberdade de expressão, segundo a BBC Brasil, e se sentem
livres para manifestar sua fé nessas igrejas independemente de sua opção
sexual. Josiane de Souza, 25 anos, travesti, é um destes casos que aderiu à tais igrejas. Segundo ela,
ela foi expulsa de sua igreja quando começou a se vestir como mulher, de acordo
com a publicação.
Para
Martinez o problema com os homossexuais é o fato de que eles não quererem admitir que homossexualidade seja pecado,
passando por cima dos ensinamentos Bíblicos. “Cristo ama o pecador, mas não
aceita o pecado”, afirmou ele ao CP.
“A
igreja atual acha politicamente incorreto falar contra o pecado, mas não temos
opção, somente pela potência da palavra de Deus teremos pessoas livres do
pecado e redimidas pela Graça do senhor”.
Bernardo também não nega que haja a
discriminação de alguns membros de igrejas evangélicas. Mas ele esclarece que
“não há discriminação quando determinada igreja ou líder evangélico incentiva
que homossexuais assumam seus papeis originais, ou seja, o de homem e mulher,
para então fazerem parte da comunidade cristã”.
“É
uma questão de conduta, de padrão moral e religioso nas quais as igrejas
evangélicas estão inseridas. O homossexualismo é algo avesso a sociedade, que
rompe com os laços familiares tradicionais. Caso o homossexualismo fosse algo
natural, seriam três e não dois os gêneros sexuais criados por Deus”, disse
ele ao CP.
Apesar disso, Bernardo pede cautela às
igrejas evangélicas ao encarar o homossexuais, urgindo que elas não restrinjam
o acesso deles aos seus locais de culto. Seu incentivo é de que se “ame o pecador, mas que se abomine o pecado”.
“É
através da prática do amor e do acompanhamento, que não somente os
homossexuais, mas também os viciados em drogas e álcool, mudarão de vida e de
atitude perante a igreja e a sociedade. Sem amor não chegaremos a lugar nenhum!”
Recrutamento
Segundo
Johny Bernardo, nas “igrejas inclusivas” não
há “conversão”, mas sim, “recrutamento”.
A parada gay, realizada em diversas
cidades do Brasil, diz ele, são eventos onde os agentes das “igrejas inclusivas” recrutam novos adeptos. De acordo com ele, há
também em torno disso a questão do interesse
econômico.
“Não
somente o mercado hoteleiro e turístico, mas o próprio movimento LGBT percebeu
há muito o potencial econômico dos homossexuais - potencial esse agora
explorado pelas igrejas ‘inclusivas’”, apontou.
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