terça-feira, 10 de julho de 2012

EM 4 DE JULHO, LEMBRE-SE: AMERICANOS NÃO SÃO FRANCESES


Ann Coulter contrasta a natureza de duas revoluções do século XVIII
Ann Coulter
Hoje em dia é moda equiparar as revoluções francesa e americana, mas elas não têm absolutamente nada em comum além da palavra “revolução”. A Revolução Americana foi um movimento baseado em ideias, meticulosamente debatido por homens sérios no processo de criar o que se tornaria a nação mais livre e mais próspera na história do mundo.

Ann Coulter
A Revolução Francesa foi uma revolta da plebe. Ela foi a primogênita dos horrores da Revolução Bolchevique, do Partido Nazista de Hitler, da Revolução Cultural de Mao, do massacre de Pol Pot e do periódico levante de massas nos EUA, desde a Rebelião de Shay até os atuais vagabundos da turma do “Occupy Wall Street”.
A Revolução Francesa é a antítese ímpia da fundação dos EUA.
Uma diferença muito importante é que os americanos de fato conquistaram a liberdade e mais direitos individuais com a sua revolução, criando uma república. A Revolução Francesa consistiu em uma brutalidade inútil e bestial, seguida da ditadura de Napoleão, seguida por outra monarquia, para finalmente, 80 anos depois, chegar a algo que se parecia com uma atual república.
Dizem que ambas as revoluções vieram das idéias dos pensadores iluministas, a Revolução Francesa informada pelos escritos de Jean-Jacques Rousseau e a Revolução Americana influenciada pelos de John Locke. Isso é como dizer que tanto Reagan quanto Obama extraíram suas idéias de economistas do século XX: Reagan dos escritos de Milton Friedman e Obama dos de Paul Krugman.
Locke estava preocupado com os direitos de propriedade privada. Sua ideia era a de que o governo deveria permitir que os homens protegessem sua propriedade em tribunais de justiça, em vez de cada homem ser seu próprio juiz e sua própria força policial. Rousseau via o governo como o receptáculo para implantar a “vontade geral” e criar homens mais morais. Por meio do poder incontrolado do Estado, o governo iria “forçar os homens a serem livres”.
O historiador Roger Hancock resumiu as teorias dos revolucionários franceses dizendo que eles não tinham respeito pela humanidade ”exceto aquilo que eles propuseram criar. Para libertar a humanidade da tradição, os revolucionários estavam prontos para transformá-la completamente em produto da nova sociedade, reconstruí-la toda para satisfazer os desejos da vontade geral”.
Ao contrário das afirmações medíocres dos esquerdistas, que desejam de coração que os fundadores dos EUA tivessem sido mais como os camponeses iníquos da França, que saltavam alegremente com cabeças humanas em espetos, os fundadores dos EUA eram tementes a Deus, descendentes dos puritanos e de outros colonos cristãos.
Como escreve Steven Waldman no seu livro decisivo sobre o assunto, “Founding Faith” (”Fé Fundadora”), a Revolução Americana foi “intensamente moldada pelo Grande Despertamento”, um reavivamento evangélico nas colônias no início do século XVIII, liderado, entre outros, pelo famoso teólogo puritano Jonathan Edwards. Aaron Burr, o terceiro vice-presidente dos Estados Unidos, era neto de Edwards.
Existem livros de sermões cristãos que incentivavam a Revolução Americana. Aliás, foi a própria irreligiosidade da Revolução Francesa que mais tarde iria atemorizar tanto americanos quanto britânicos, antes mesmo que o derramamento de sangue começasse.
Os americanos celebram o 4 de julho, data em que a nossa solicitação por escrito pela independência da Inglaterra com base no “Deus da natureza” foi lançada ao mundo.
Os franceses comemoram a Festa da Federação Nacional, homenagem ao dia em que mil parisienses armados atacaram a Bastilha, assassinaram brutalmente seis guardas, desfiguraram seus corpos e colocaram suas cabeças em espetos, tudo isso para capturar armas e pólvora para mais tumultos do tipo. Seria como se os EUA tivessem um feriado nacional para comemorar os distúrbios em Los Angeles em 1992.
Entre as citações mais famosas da Revolução Americana está a de Patrick Henry: “Dê-me liberdade ou dê-me a morte!”
Entre os slogans mais famosos da Revolução Francesa está o de Jacobin Club, "Fraternidade ou morte”, remodelado por Nicolas-Sebastien de Chamfort, um satírico da revolução, como “Seja meu irmão ou te mato”.
O símbolo revolucionário americano é o Sino da Liberdade, tocado pela primeira vez para anunciar o novo Congresso Continental, logo após as batalhas de Lexington e Concord, e tocou pela segunda vez para convocar os cidadãos da Filadélfia para uma leitura pública da recém-adotada Declaração da Independência.
O símbolo da Revolução Francesa é a “Lâmina Nacional”: a guilhotina.
Dos 56 signatários da Declaração da Independência, todos morreram de causas naturais na velhice, com exceção de Button Gwinnett da Geórgia, baleado em um duelo não relacionado à revolução.
De todos os fundadores dos EUA, apenas mais um morreu de causas não naturais: Alexander Hamilton. Ele morreu em um duelo com Aaron Burr porque, como cristão, considerava um pecado maior matar outro homem do que ser morto. Antes do duelo, por escrito, Hamilton jurou que não atiraria em Burr.
Um presidente após o outro da nova república americana morreu tranquilamente em casa por 75 anos, até que Abraham Lincoln fosse assassinado em 1865.
Enquanto isso, os líderes da Revolução Francesa todos morreram violentamente, guilhotina por guilhotina.
O Quatro de Julho também marca a morte de dois dos maiores fundadores dos EUA: Thomas Jefferson e John Adams, que morreram da mesma forma, exatamente 50 anos depois que a Declaração de Independência foi assinada.
Fizemos isso por outros quase 200 anos, até que os democratas decidiram jogar a liberdade fora e nos transformar em franceses.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil do artigo do WND: “On July 4, remember: We are not French
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