HISTÓRICO
O território de Taquara fez parte da
sesmaria concedida em 1814 a Antônio Borges de Almeida Leães, que em 20 de
junho de 1845 vendeu a Tristão José Monteiro e Jorge Eggers.
No ano seguinte,
em 04 de setembro de 1846, o território passou a ser propriedade exclusiva de
Tristão Monteiro, quando iniciou-se o processo de colonização. Em 07 de
setembro de 1846, chegaram os primeiros imigrantes alemães que deram início à
colonização da Fazenda do Mundo Novo:
Família Ritter
Família Lahm
Família Schirmer
Família Krummenauer
Família Klein
Família Raimundo (Italiana)
Em 24 de setembro de 1880, foi instalada
a 1º Comarca de Taquara. O município surgiu com a Lei Provincial nº 1568 de 17
de abril de 1886. Através do Decreto Estadual nº 1404 de 10 de dezembro de
1908, a vila de Taquara recebeu o título de cidade.
Taquara tem seu nome proveniente da
cerrada vegetação de bambus silvestres (taquarais) que na época de sua
colonização cobria as margens do Rio dos Sinos, um dos cursos d´água que banha
a cidade e abriga em seu território, atividades que surgiram a partir dos
empreendimentos familiares dos imigrantes, em grande parte de origem germânica,
ligados em sua maioria aos setores industrial e comercial que detém um elevado
percentual da economia de Taquara.
Conforme os dados do IBGE, em 2010,
Taquara possui 54.656 habitantes, que, em sua maioria, residem na área urbana.
O Município de Taquara está localizado na Encosta Inferior da Microregião Colonial
da Encosta da Serra Geral, e dista 72 Km de Porto Alegre; 40 Km de Gramado; 48
Km de Canela; 40 Km de São Francisco de Paula; 36 Km de Novo Hamburgo e 89 Km
de Tramandaí, o que ocasiona um clima subtropical onde o inverno é rigoroso e
com características européias, também possui como uma de suas principais
características a privilegiada localização geográfica: o município é ponto de
ligação entre importantes regiões do Rio Grande do Sul, como a Serra Gaúcha,
Litoral, Região Metropolitana e Vale do Sinos.
Devido a seu peso histórico, Taquara
exerce papel de pólo regional em diversas áreas. Uma delas é a do comércio, que
apresenta notória diversificação em todos os ramos, podendo se comparar à
estrutura dos grandes centros. Outro setor muito desenvolvido é o da prestação
de serviços, onde se inclui a localização de diversos órgãos públicos de
atuação regional. O município também é considerado pólo no setor de ensino e da
saúde, com estabelecimentos de alto nível que prestam atendimento à população
de diversas cidades vizinhas.
Na área da educação, além de uma notável
rede pública, possui estabelecimentos particulares de grande porte, entre as
quais uma instituição de ensino superior, que são as Faculdades de Taquara
-FACCAT.
No setor industrial, Taquara se
encaminha para a diversificação. Atualmente, os segmentos mais importantes são
os de calçados, produtos plásticos e laticínios. A produção agrícola, alavanca
econômica na época da colonização, ainda ostenta um razoável desenvolvimento,
com destaque para a produção leiteira, piscicultura e criação de gado de corte.
Por se situar próximo a cidades com
forte fluxo turístico, como Gramado e Canela, o município também apresenta um
grande potencial nesta área. A beleza arquitetônica dos prédios antigos na área
central é uma das tantas atrações que turistas do país inteiro e até do
exterior já estão descobrindo. Um exemplo é o Palácio Municipal Coronel Diniz
Martins Rangel - onde está estabelecida a Prefeitura Municipal - construção em
arquitetura neoclássica que data do início deste século XX.
Outro cartão postal são os templos das
Igrejas Católica e Evangélica, construídos frente a frente na principal rua da
cidade e as construções no estilo enxaimel encontradas no interior do
município, que encantam os visitantes. Na localidade de Morro da Pedra, no
interior do município, está situada a Vila Naturista Colina do Sol, a segunda
maior área do Brasil para a prática desta filosofia de vida.
No incentivo às práticas esportivas, o
município conta com o Parque do Trabalhador, que ocupa uma área arborizada de 4
hectares, localizado no centro da cidade. O parque oferece à população um
ginásio de esportes, uma quadra para a prática de futebol de areia, duas
quadras de vôlei, um campo de futebol onze, vestuários e instalações
sanitárias, playground e academia de ginástica ao ar livre, possuindo ainda um
lago artificial que serve de moradia aos patos, cisnes e gansos.
Junto com as cidades vizinhas de Parobé,
Igrejinha, Três Coroas, Rolante e Riozinho, Taquara forma o Vale do Paranhana,
uma região que se destaca principalmente pela sua indústria de calçados,
responsável pela produção de algumas das marcas de sapatos mais famosas do
Brasil.
A pesquisa realizada pelos alunos Artur
Passos, Camila Gusmão, Cristina Marques, Eduardo Esprandel, Grazielle Pinotti,
Igor Marques, Juliano Oliveira, Tauane Friedrich e Ygor Albuquerque, da turma
221, intitulada “Patrimônio Oculto: Simbologia na arquitetura taquarense” foi escolhida como o melhor trabalho da terceira mostra de
Saberes do Santa, tanto na avaliação popular, quanto técnica.
Coordenados
pelo professor Maicon Diego Rodrigues, o trabalho na área de ciências humanas buscou revelar
detalhes que passam despercebidos em antigas residências do município, e
associá-los à Maçonaria. Muitos símbolos se encontram no topo de casarões e prédios. De acordo com o
orientador Maicon, detalhes como Anjos, conchas e Ramos, são desconhecidos como
símbolos Maçônicos pela maioria das pessoas. Um dos símbolos revelados pela pesquisa
foi o triangulo que dá o formato à Praça
Marechal Deodoro. Com o antigo chafariz posicionado ao centro, o logradouro
possuía a forma do símbolo chamado “Olho Que Tudo Vê”. Este símbolo significa, na maçonaria, um lembrete de que sempre são observados pelo Grande Arquiteto do Universo. Símbolo semelhante aparece na torre da Igreja
Católica, exibido em todas as direções um triângulo com um círculo central.
Os
alunos também procuraram informações sobre o fundador de Taquara, Tristão Monteiro, que através de entrevistas e pesquisas, foi apontado como adepto da maçonaria. De
acordo com o professor Maicon, maçonaria é a palavra que surgiu do idioma
francês maçonnerie, que pode significar pedreira ou alvenaria. Um dos símbolos apresentados na pesquisa foi descoberto por
acaso.
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