sábado, 28 de julho de 2012

PORTUGAL MAÇÔNICO 1 - Simbologia maçônica oculta nas ruas de Lisboa



A maioria de vós, sabem que Lisboa é uma cidade com bastante patrimônio arquitetônico de imenso valor cultural.
Todos aqueles que já passearam por Lisboa, repararam nas imensas estátuas de Deuses Deusas nas fachadas do edifícios mas quantos de nós, já pararam para se questionar o que representam? Quem foram seus autores?
A maioria dos Portugueses sabem que em 1755 ocorreu em Lisboa um enorme terremoto que devastou quase por completo toda a baixa de Lisboa.
Tendo a baixa de Lisboa ficado completamente arrasada, iria ficar em aberto, uma imensa obra de reconstrução que a Maçonaria através do Marquês de Pombal, se encarregaria de re-erguer dos escombros,  utilizando para isso todo um conceito de Arte RealSimbolismo OcultoGeometria Sagrada e Alquimia.


DESVENDANDO A LISBOA MAÇÔNICA


Sebastião José Carvalho e Melo, que popularmente ficou conhecido por Marquês de Pombal, reconstruiu a Lisboa no pós terremoto à proporção de um grande templo e, segundo alguns autores e especialistas na matéria, à luz da Geometria Sagrada, tendo como cálculo base o Nº de ouro – 0,618033989… - ou seja, foi com base nesta proporção perfeita, que toda a baixa foi reedificada.
Assim, Lisboa atual em comparação com a Lisboa de antes do terremoto de 1755, e tendo como ponto de medida o eixo que divide a atual Rua Augusta, o mesmo foi rodado 13º em relação ao Norte.
Partindo deste pressuposto, somos levados a respeitar o elevado valor filosófico-hermético que orientaram os trabalhos de quem se dignou a erguer tamanha obra.

Decifrando Lisboa - (Lis+Boa) - teremos a resposta para a sacralidade expressa no seu nome. 
A Flor de Liz, símbolo de Iniciação e Mistério, representa o Sol Tríplice ou Santíssima Trindade, traduzida na figura pontifícia e imperial de Melki-Tsedek.
O termo “Boa” além de designar a “água” designa também a coluna salomônica Boz ou Boazpilar de Deus sito aos pés do Tejo, no Cais, portanto lugar representativo da cidade.
Indicando a Beleza Universal, nela está a Força e o Rigor com que termina o nome de Lisboa e nessa coluna, a cidade de Lisboa, aos pés do Tejo finda.


LISBOA CIDADE DAS 7 COLINAS
AS SETE COLINAS: Lisboa, como todas as cidades de sete colinasJerusalém Roma por exemplo, é considerada pela Tradição Teúrgica uma urbe sagrada.

A ENTRADA DO “GRANDE TEMPLO"
A Praça do Comércio ou Terreiro do Paço foi construído segundo o sagrado Livro de Thot, mais conhecido pelo nome de Tarot.
O CAIS DAS COLUNAS:

Para quem entrava por mar, a entrada no “Grande Templo” fazia-se pelo Cais das Colunas.
Colunas essas tão caras à simbologia maçônica e que aqui poderão representar as colunas do Templo de Salomão, as Colunas B e JBoaz Jaquin respectivamente.
As duas colunas sintetizam as duas polaridades de rigor e misericórdia, de força e beleza. 
coluna B significa a força e a coluna J a estabilidade.
coluna é um dos elementos fundamentais da arquitetura, assegurando a solidez e a estabilidade de suporte do edifício.
Existem diversas referências que consideram as Colunas B e J como uma representação das colunas antediluvianas construídas para salvar os aspectos essenciais da ciência e do conhecimento, simbolicamente toda a Praça do comércio se encontra "Entre Colunas".
P.S - Na Maçonaria "Entre Colunas" quer dizer - Em Segredo, entre Irmãos .'.
Quem estiver no Cais das Colunas e de costas para o Rio Tejo observa a oriente e a ocidente os torreões dos ministériossimbolizando igualmente as Colunas B e J. 
Aliás, pormenor que pode ser observado por foto aérea ou em planta e onde se pode reconhecer o desenho dessas letras.

Colunas B e J. 
ARCO DA RUA AUGUSTA

Deixando toda a praça para trás temos pela frente o Arco da Rua Augusta, arco esse suportado por duas imponentes colunas.
Este obra de arte tem um profundo significado esotérico. 
Todas as cidades alicerçadas sobre sete colinas possuem o seu Arco do Triunfo ou da Salvação
O de Lisboa é a síntese sagrada e também estética dos demais espalhados pela Europa e Médio-Oriente. Designa o Umbral dos Mistérios, a passagem das trevas para a Luz, da morte para a Imortalidade, que a Sabedoria das Idades concede.
ESQUINA DA RUA DE SÃO NICOLAU

Nº 17, O ARCANO DA "ESTRELA DE MAGOS"
Portugal, país sob o biorritmo do valor 17, o Arcano da "Estrela dos Magos", é em termos astrológicos guiado por Peixes e Júpiter, enquanto Lisboa é regida por Balança e Vénus, que por sua vez tem na águia o seu símbolo supremo. É exatamente essa águia que encontramos no cruzamento da Rua de S. Nicolau com a Rua Augusta, na esquina, e configurando o Nascimento para a Luz Augusta, indicadora da Perfeição Humana.
Rua do Ouro
Na quadrícula da Baixa, sete ruas longitudinais cruzam-se com sete ruas transversais, intersectadas por três praças: assim se encontra, de novo, 17, o número da "Estrela dos Magos". E os nomes das ruas remetem para a terminologia alquímica - Rua do Ouro, Rua da Prata - que tem o seu desfecho na arquitetura da Praça dos Arcos.
Rua da Prata
OS ARCOS DO TERREIRO E OS ARCANOS DO TAROT
Centro do Terreiro do Paço
Passadas que foram as colunas de entrada no templo, encontramo-nos no centro do Terreiro do Paço. Em nosso redor temos um fabuloso conjunto arquitetônico de edifícios, edifícios esses adornados de arcadas em todo o redor. Como nada neste local foi deixado ao acaso, e porque a reconstrução da cidade foi feita por nomes ligados à maçonaria (Karl Mardel, Manuel da Maia e Eugénio dos Santos), tudo tem um propósito bem vincado(definido), apesar de alguma secreta discrição. Contando todos os arcos, reparamos que totalizam 78 arcos. Poderiam ser mais ou menos, mas não, são exatamente setenta e oito arcos.
Pormenorizando agora a contagem, os arcos estão distribuídos da seguinte forma: 

À esquerda da Rua Augusta – 11 arcos, à direita a Rua Augusta – 11 arcos, o que totaliza 22.
A ladear a Praça temos de cada lado 28 arcos, totalizando 56.
Perante estes dois conjuntos de números,
22 + 56, vamos seguir este raciocínio: 
O Livro de Thot, (Tarot) é, como se sabe, constituído por 78 cartas ou lâminas, originalmente de ouro fino ou crisopeico e prata argiopeica, pertencendo as primeiras 22 lâminas aos Arcanos Maiores, ou Esotéricos
e as restantes 56 aos chamados Arcanos Menores, ou Exotéricos
Existe uma intencionalidade na própria arcaria do Terreiro do Paço ultrapassando, sem dúvida, a sua função estrutural da sua arquitetura. Os edifícios laterais contêm 28 arcos cada um, cuja soma total é de 56 arcos, ou Arcanos Menores.
Terreiro do Paço em 1908
Na fachada principal, à direita e à esquerda do Arco da Rua Augusta, contamos, por outro lado, 22 arcos, 11 em cada direção. Ora 22 arcos correspondem, exatamente, ao número dos 22 Arcanos Maiores ou Iniciáticos.
Se aplicarmos a cada arco o arcano que lhe corresponde, obtemos a chave interpretativa de um ciclo completo de manifestação: relativamente aos 56 arcos, a manifestação profana, e quanto aos 22 arcos frontais, entre as Rua do Ouro e da Prata, a realização oculta.
Nota: Datado de 30.7.1951 e extraído da obra do Prof. Henrique José de Souza, O Livro do Loto, uma pequena nota que suporta algumas das teses sobre o que atrás se escreveu: “…Repare-se como o Arco da Rua Augusta se parece com o do Palácio da Aclamação, na capital baiana. VIRTUTIBUS MAIORUM (melhor dito, MAJORUM), é o lema da Rua Augusta. 
De cada lado do referido Arco da Rua Augusta, figuram 11 portais. Ele é, portanto, o 23.º, como primeiro Arcano Menor. A estátua do frontispício, na sua parte mais alta, coroa um Homem e uma Mulher. Em baixo também se fala num DOCUMENTO P.P.D., que antes deveria ser L.P.D. Deve ser um lema latino referente a PORTUGAL”.

ESTÁTUA DE EL-REI D. JOSÉ À IMAGEM DE S. JORGE

Num pequeno exercício interpretativo podemos descobrir para além do simbolismo superficial e explorar o verdadeiro significado da escultura que embeleza a bela praça da baixa pombalina. Até porque, quer quem idealizou, quer quem esculpiu, possuía no seu caráter a arte e o saber iniciático de confrarias esotéricas, fossem elas (Neo) Templárias ou Maçônicas.

O cavaleiro da estátua, empunhando o cetro imperial mandatário e cobrindo-se com um manto, semelhante aos que usavam os cavaleiros da ordem de Cristo e cuja montada branca esmaga a seus pés as vis serpentes, eternos símbolos de forças inferiores e demoníacas, sugere ser a própria imagem de S. Jorge, o Vigilante Silencioso da Pátria Lusitana. É curioso observar que D. José traja da mesma forma que os imperadores romanos. Todos estes aspectos nos remetem para a sacralidade o seu portador. Igualmente curioso, é observar que o cavaleiro possui uma farta cabeleira em cachos soltos, dando um aspecto de uma personagem do Norte da Europa.
Se recuarmos ao cerco da cidade de Lisboa, pelas tropas de D. Afonso Henriques, sabe-se que alguns templários estiveram envolvidos na preciosa ajuda da tomada da cidade. Estes cavaleiros eram na sua maioria oriundos de Inglaterra. No campo de batalha, estes cavaleiros ingleses, gritavam o nome do seu santo protetor – Saint George – sendo que a infantaria de D. Afonso Henriques os seguia nesses cânticos quando dos assaltos à cidade. Adotando este grito e adaptando-o à língua portuguesa, rapidamente passou a ser o Santo a quem todos atribuíram a libertação da cidade de Lisboa, dos infiéis e das tais serpentes. De Saint George a S. Jorge, salvador da cidade, foi algo que ocorreu naturalmente. Interessante Ainda o fato de que na maioria das representações de S. Jorge, é comum vermos um santo cavaleiro de longos cabelos loiros, a cair em cachos sobre os ombros, numa montada branca a exterminar algum réptil.


UMA PERSPECTIVA MAÇONICA DAS RUAS DA BAIXA POMBALINA
Passeando agora calmamente pelas ruas da baixa, podemos também questionar qual o seu significado.
Vejamos agora o que nos reservam as três ruas que compõem o conjunto do Grande Templo, não sem antes passarmos pelo nomes, Ouro, Prata e Augusta.
OURO: O Ouro puro, objectivo alquímico final era representado pelo glifo(1) do Sol. Quando pensamos em ouro, pensamos também em luz,pensamos em dia, em força que por associação nos leva a elemento masculino – Homem. (1) – Glifo: Círculo com um ponto no meio
PRATA: Na Alquimia, a Lua simboliza um outro metal importante, a prata. A prata era tida como feminina e lunar pois é frágil e por corroer-se facilmente sendo colocada em contacto com qualquer ácido ou agente agressivo (masculino). Outro processo que estava associado ao símbolo lunar é a “Unio Mystica”, processo onde a prata é acrescentada à obra alquímica que objectiva o ouro (sol). Esta união é o que na astrologia chamamos de preencher as carências da Lua através do Sol.
Assim, pensar em prata é pensar em Lua, escuridão, negro, noite, obscuridade, passividade, emotividade, em Mulher.
AUGUSTA: O que será algo augusto? Augusto significa ser-se supremo, ser-se superior, o mais importante.
Uma pequena passagem histórica pode interligar estes três elementos da toponímia da baixa pombalina: 
Segundo os cânones diplomáticos, Pombal regressa a Lisboa em 21 de Dezembro de 1743. Em 14 de Setembro de 1744 recebe instruções de embarque para a corte de Viena onde chega em 17 de Julho de 1745. É nessa cidade que é iniciado maçon por influência do Imperador Franz I, um dos maiores maçons da Germânia.
Então o que é um Imperador senão uma Augusta e Suprema persona. Como maçon que era, Marquês de Pombal, e prestando obediência ao imperador, figura por quem nutria elevada estima e respeito, decidiu homenagear com a Rua Augusta, simbolicamente, a sua imponente figura, ladeadas por tão importantes símbolos maçônicos, o Sol e a Lua.
Um pequeno trecho do Livro de José Braga de Gonçalves "O Maçon de Viena", ilustra-nos pouco mais sobre a simbologia maçônica oculta nas ruas da baixa:
“(…) Assim se satisfaziam todos os gostos e requisitos maçônicos no tocante a pares de colunas à entrada do Templo-alto: duas para quem vem do Tejo, duas para quem entra na praça por terra e duas, monumentais e apenas visíveis na planta geral, demarcando a antecâmara da Cidade-Templo, a Praça do Comércio.
Fosse por onde fosse, passando duas colunas, surgiam em frente as três portas frontais do Templo de Salomão: a do meio para os Mestres e, de cada lado, uma para os companheiros e outra para os aprendizes, formadas pelas embocaduras das ruas Augusta, do Ouro e da Prata.
Depois, franqueando aquelas, surgiam três fiadas de prédios dispostos horizontalmente, por oposição aos seguintes cinco, dispostos verticalmente.
A interpretação tornava-se subitamente cristalina. 
As três primeiras fiadas de prédios na horizontal representavam os três passos de entrada em Loja do aprendiz, passos ritualmente curtos e receosos ante o desconhecido.
As outras cinco fiadas de prédios, dispostos na vertical, significavam os cinco passos de entrada em Loja dos companheiros. A soma dos dois dava o número de passos de entrada em Loja dos mestres. (…)”
O CADUCEU DE MERCÚRIO

No entanto, se nos quisermos soltar um pouco da simbologia maçónica e olhar para todo este complexo conjunto de simbologia, podemos observar o seguinte:

Do Terreiro do Paço partem as principais artérias: Rua Augusta, Rua do Ouro e Rua da Prata. Quando dizemos artérias aplicamos o termo próprio, pois é de artérias que se trata. As Ruas do Ouro e da Prata, com a Rua Augusta, representam o caduceu de Hermes, ou de Thot, e como é sabido, o caduceu compõe-se duma coluna central em torno da qual sobem duas serpentes, uma dourada e outra prateada, respectivamente uma solar e outra lunar. As duas serpentes significam igualmente as duas energias fundamentais do universo, os contrários que se contemplam, atraem e repelem. 
Estas serpentes representam e são as artérias pelas quais flui a energia serpentina vital, desdobrada nos seus dois aspectos complementares: o lunar que é frio e passivo, enquanto o solar é quente e ativo.
Na simbólica tradicional o ouro expressa o Sol e a prata a Lua. Torna-se claro que a Rua do Ouro corresponde ao aspecto solar do caduceu, a Rua da Prata ao lunar e que, finalmente, a Rua Augusta simboliza o bastão central, canal de fusão e síntese destas duas forças polares.
Através do caduceu pombalino temos acesso às sete colinas ou selos da Boa Liz: S. Vicente, em Alfama; St.º André, na Graça; S. Jorge, na Mouraria; S. Roque, no Bairro Alto; St.ª Catarina, a partir do Camões; Santana, sobre o Largo da Anunciada, e Chagas, no Carmo. Interpretar estes sete padroeiros é interpretar o enigma críptico de Lisboa… 
Retirado de;http://lusophia.wordpress.com/
Penso que tudo este Ocultismo, toda esta simbologia descrita, não deve ter sido feita só por capricho,existe conhecimento por trás de toda esta arquitetura que continuando oculto,de certa forma,deve servir para algo.
Não será á toa que toda a base do Poder Governativo se mantém desde essa altura neste local..aqui se reúnem todos os Ministérios Governamentais.
No Próximo Capitulo, escreverei,como e quando a Maçonaria implantou a suas doutrinas em Portugal, tendo o domínio absoluto a partir daí.


FONTE: ESPIRRA VERDADES



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