A BATALHA DE TODA MULHER PELA INTEGRIDADE EMOCIONAL E SEXUAL.
A Batalha Náo É Só Do Homem!
A Batalha Náo É Só Do Homem!
Tropeçarão em dia claro e à noite...
O meu povo é destruído
porque
não me conhece...
Oséias 4:5,6
Numa determinada época eu estava tendo casos
extraconjugais com cinco homens diferentes. O primeiro foi Scott. Eu o
conheci quando trabalhava como voluntária num acampamento de verão. Scott era
extrovertido e conversador. O que me atraiu primeiro para ele foi sua
facilidade em bater papo com qualquer um, não só para conversas superficiais,
mas para assuntos profundos e significativos. Quando eu entrava na sala ele me
dava muita atenção, perguntando tudo sobre como iam as coisas e como eu estava
me sentindo. Meu marido, em comparação, era um homem de poucas palavras, o tipo
forte e silencioso.
Em seguida veio meu treinador de mergulho, Mark. Com
seu cabelo volumoso e grisalho, ele parecia com Lloyd Bridges. A experiência e
amor de Mark pelo mergulho me intrigavam. Ele incentivou-me a vencer o medo e
ajudou-me a descobrir o meu lado aventureiro debaixo d'água. Sentia-me segura
perto dele, como uma filha sente-se segurança junto do pai. Meu
marido, por sua vez, era apenas alguns anos mais velho que eu, e não
despertava em mim um sentimento de proteção e segurança como
Mark.
Tom era meu professor de contabilidade na universidade. O que me
deixava atônita com ele eram seu espírito brincalhão e sua inteligência. Eu esperava
que contabilidade fosse a mais tediosa de todas as matérias, mas Tom conseguia
torná-la a parte mais divertida e interessante do meu dia. Meu
marido também era um contador inteligente, mas não me fazia rir como Tom.
Sua espirituosidade era pálida em comparação com a de Tom.
Ray veio mais tarde. Fomos namorados antes de me casar com Greg. Ray
era um romântico à moda antiga, enchia-me de elogios e me atordoava com sua
paixão arrebatadora. Experimentei ao lado de Ray uma centelha mágica que o
relacionamento com meu marido parece nunca ter tido. Ray havia estabelecido um
padrão de romantismo que meu marido não podia alcançar.
Por último havia o Clark. Ele tinha uma beleza rude, mas
ao mesmo tempo suave e gentil. Eu ficava à espera de encontrar-me com ele todas
as noites de sexta-feira. No momento em que eu chegava ao balcão da locadora, o
dono ia automaticamente para a seção de clássicos e pegava qualquer filme de Clark
Gable. Qualquer um servia. Eu gostava de todos. Mesmo com seus dois
metros de altura, meu marido não era páreo para o Clark.
Embora eu não estivesse tendo relações sexuais com qualquer desses outros homens, mesmo
assim estava tendo um caso com cada um deles, um caso mental e/ou
emocional.
Minhas fantasias de ser a amada de Clark Gable, lembranças de meu
relacionamento romântico com Ray, fascinação pela
espirituosidade de Tom, a maturidade de Mark e os talentos comunicativos de
Scott afetavam o meu casamento de um modo tão danoso quanto uma relação sexual.
Eu estava ignorando as inúmeras qualidades de meu marido
por estar focando os atributos negativos dele ou me
concentrando nos atributos positivos de um desses outros
homens.
Pelo fato de viver com Greg, eu via não só o que era bom, como
também o que era mau e feio nele.
Ele deixava a tampa da privada levantada de madrugada.
Roncava e tinha mau hálito pela manhã.
Escovava os dentes e deixava pasta na pia.
Eu sentia às vezes que Greg não era capaz de fazer nada que
me agradasse.
Com todas as minhas críticas, ele provavelmente achava que
não podia mesmo fazer nada que me satisfizesse.
Os defeitos dos outros homens, porém, estavam fora
de alcance para mim. Olhava para eles e não via nada além de suas brilhantes
qualidades, do tipo das que inicialmente vira em Greg, mas
que esquecera com o passar dos anos por causa de
todas as minhas comparações.
Eu me sentia distante e
desiludida.
Ele poderia excitar-me como os outros homens faziam?
Eu ainda o amava?
Será que algum dia ele corresponderia aos meus sonhos?
Eu poderia algum dia viver bem com meu parceiro "menos que
perfeito"?
Felizmente, as respostas positivas para essas perguntas emergiram
no momento em que terminei aqueles casos e mudei meu
padrão de medida.
Alegro-me por poder dizer que nosso casamento de treze anos
continua forte e nunca esteve melhor (embora, como qualquer outro
casal, temos nossos momentos difíceis).
Sou agradecida por nunca ter trocado Greg
por outro modelo e ainda mais grata porque ele também não desistiu de mim.
Juntos, descobrimos um nível de intimidade que não sabíamos existir, tudo porque deixei de
comparar e criticar, passando a aceitar a singularidade de meu marido.
Durante a última década em que vim buscando minha cura desses (e de
outros) problemas, e passei a ensinar sobre o tema da pureza
sexual e restauração, compreendi finalmente que de uma ou de outra maneira a integridade
sexual e emocional é uma batalha que toda mulher trava.
Muitas mulheres, entretanto, estão lutando com os olhos
fechados porque não percebem sequer que estão travando uma batalha.
Muitas delas crêem que só porque não estão envolvidas sexualmente, não
têm problemas com a integridade sexual e emocional.
Como resultado, deixam-se levar por pensamentos e comportamentos que
comprometem sua integridade e lhes roubam a verdadeira satisfação sexual e
emocional.
Deixe-me mostrar o que quero dizer, apresentando a você algumas
mulheres cujos olhos estão fechados para as concessões que
estão fazendo.
A HISTÓRIA DE REBECA
Rebeca tem um casamento feliz há mais de dez anos e diz
que o marido é muito delicado e carinhoso na cama.
Craig tem se mostrado tão cuidadoso com o meu prazer quanto com o dele.
Sinto que é importante para ele que eu tenha um orgasmo, portanto, na maior
parte do tempo em que estamos fazendo amor, eu só fecho os olhos e imagino
estar com outro homem.
Não se trata de um homem que conheço.
É só um rosto e um corpo imaginários que me excitam por
serem desconhecidos e parecerem perigosos, entendeu?
A idéia de ser seduzida por este estranho em
algum lugar exótico me faz desejar o sexo.
Parece que não posso sentir esse desejo em casa sentada com meu marido.
Não se trata de ele não ser atraente, mas fico mais
excitada quando penso numa ligação perigosa com alguém
cujas meias eu não tenha de recolher do chão.
De fato, eu poderia nunca fazer tal coisa (pelo menos penso que não
faria), mas me sinto obrigada a atingir um clímax, e fantasiar outros homens
parece ser a única maneira de chegar lá.
Não vejo nada errado no que faço, mas outro dia brinquei a
respeito disso com Craig, e agora ele está criando uma tempestade num copo
d'água.
Diz que se sente traído por eu não estar "mentalmente presente"
com ele enquanto fazemos amor.
Diz que não há diferença entre o que estou fazendo e ele ver
pornografia, mas não concordo.
Não há nada de errado com isto se eu nunca for realmente
infiel a ele, há? Toda mulher age desse modo, não é?
A HISTÓRIA DE CAROL
Carol é uma mulher muito atraente, está na metade da casa dos quarenta
e casada há vinte anos. (?)
Ela e o marido, Chris, são líderes na igreja e servem como
conselheiros para os casais da congregação que precisam de ajuda no
relacionamento. Chris, entretanto, viaja muito por
causa do emprego e Carol fica sozinha em algumas situações de aconselhamento bem complicadas.
Há alguns meses, Carol recebeu um chamado, às
nove da noite, de Steve, membro antigo de sua classe da escola dominical. Todos
sabiam que a mulher de Steve era alcoólatra há anos
e naquela noite sua embriaguez fizera Steve procurar ajuda. Ele perguntou a
Carol se podia ir até sua casa e conversar um pouco com ela e Chris.
Eu sabia que não era prudente convidar Steve para nossa casa na ausência de
Chris. Afinal, ele estava muito vulnerável e era bastante atraente. Sugeri que nos
encontrássemos para um café numa confeitaria
próxima. Sua angústia tocou realmente as cordas do meu coração. Conversamos até
depois da meia-noite, sugeri que orássemos juntos e
depois fôssemos
Quando Carol inclinou a cabeça com as mãos entrelaçadas sobre a
mesa, ela sentiu as mãos fortes de Steve cobrirem as suas e
ouviu enquanto ele derramava o coração ao orar: "Senhor, ajude a minha
esposa a ver como as coisas seriam se ela apenas ficasse sóbria.
Ajude-a a ser mais paciente e atenciosa... como a Carol".
Meses depois, havia noites em que Carol ficava imaginando
tornar-se ainda mais íntima de Steve. Na verdade, o clima entre ela (Carol) e Chris entrou em
curto-circuito, à medida que Carol muitas vezes se mostra zangada ou
deprimida sem razão aparente.
Na escola dominical, toda vez que ouço(Carol) Steve falar, parece
que me sinto presa a cada palavra e imagino o que mais poderia fazer para aliviar
sua dor sem levantar suspeitas de que agora tenho sentimentos
fortes em relação a ele.
Em certas ocasiões digo a mim(Carol) mesma que deveria confessar isto ao
Chris e ao nosso pastor, e abandonar o aconselhamento matrimonial por algum tempo.
Todavia, há muitos outros dias em que penso: Não está fazendo nada para
prejudicar o casamento deles, portanto, deixe de sentir-se culpada! Só porque
acha Steve atraente, não significa que não deve tentar ajudá-lo.
A HISTÓRIA DE SANDRA
Com 28 anos e solteira, Sandra vem se masturbando com
freqüência há mais de quinze anos. Seu problema começou aos doze, quando
encontrou um dos romances da mãe. Leitora voraz, Sandra logo passou a
devorar vários livros por semana, tornando-se sexualmente excitada e
usando a masturbação para "aliviar-se". Sandra
confessa:
Na época em que me formei no
ensino médio, eu costumava segurar firmemente o livro com uma
das mãos e estimular-me com a outra. Embora sentisse no íntimo que agia errado,
sempre justificava minha atitude. Afinal, a Bíblia não proibia isso. Deus fizera meu corpo receptivo e certamente
não me negaria esse prazer, não é? Uma vez que não me dera um marido, senti
que tinha esse direito. Ele com certeza não esperava que eu fosse esperar tanto
tempo, concorda? Quem eu
estava prejudicando? Não
havia mais ninguém envolvido.
No entanto, sempre senti que
havia uma barreira entre mim e Deus. Senti que ele me chamava para abandonar
esse comportamento, para afastar-me disso. O desejo,
entretanto, é muito
forte. Deixei de ler os romances
há vários anos, mas continuo fantasiando quando estou deitada sozinha e geralmente
acabo me masturbando. Sempre digo a mim mesma: Vou ser obediente amanhã ou na próxima
semana, mas no momento tenho necessidade disso. Algumas vezes até fico zangada
com Deus e penso: Se o Senhor me desse um marido eu não teria este problema!
A HISTÓRIA DE LACY
Lacy está casada há sete anos e tem dois filhos pequenos.
Embora ela e o marido, David, se entendessem muito bem enquanto namorados, as
coisas entre eles gradualmente pioravam depois do casamento por causa de pressões
financeiras. Por ter ficado desempregado no ano anterior, David
se viu obrigado a fazer bicos para chegar ao fim do mês. Aceitou um trabalho de entregador de
jornais num bairro do outro lado da cidade. Ele levanta às quatro da manhã
para cumprir suas responsabilidades de entrega dos jornais e depois fazia
qualquer trabalho que a agência de empregos temporários indicasse para aquele
dia. Lacy reclama:
David só pensa em trabalhar, jantar e depois ir direto para a cama.
Ele mostra pouco interesse em passar tempo comigo ou me ajudar com as
crianças. Ainda bem que não queremos mais filhos porque agora raramente
fazemos sexo.
Fico com inveja quando vejo outros maridos fazendo compras no
supermercado com as esposas, indo à igreja com a família, levando os filhos ao parque e coisas desse tipo. Confessei isso a
uma amiga, certo dia, e ela me disse que a grama sempre é mais verde do
outro lado da cerca. Pregou um pequeno sermão para mim sobre cobiçar o
marido da vizinha e então me calei.
Embora eu nunca tenha pedido divórcio porque levo a sério meus votos
de casamento, muitas vezes imagino se David morrerá
antes de mim para que eu possa algum dia ter a chance de viver um
casamento mais feliz e bem-sucedido com um marido
atencioso. Sonho com isso freqüentemente, e na maioria das vezes quando
ainda estou deitada pela manhã depois de David já ter saído para a entrega dos
jornais. Naquele momento em que estou meio acordada e meio dormindo, sonho sair
com um outro homem que deseje nos levar para comer fora ou com um novo
marido que esteja na cozinha fazendo preparativos para me trazer
café na cama.
Embora nenhuma dessas mulheres pudesse ser julgada num tribunal
por infidelidade e condenada por adultério, será que elas não estiveram semeando
as sementes da transigência? As Escrituras nos advertem justamente sobre
isso:
Se ele [ela] plantar a fim de
agradar aos seus próprios desejos maus, estará plantando as sementes do mal e
logicamente fará uma colheita de ruína espiritual e morte...
Gálatas 6:8
... a tentação é a fascinação
dos próprios pensamentos e desejos maus dos homens [mulheres]. Estes maus
pensamentos levam às más ações e, depois disso, ao castigo da morte aplicado
por Deus.
Tiago 1:14,15
Nessas passagens somos chamadas para uma vida reta.
O princípio é este: a busca de satisfação dos desejos carnais sempre
acabará em morte. Quando plantamos as sementes da transigência emocional e mental,
nossa colheita será a destruição relacionai. Pergunte a Jean.
A BATALHA DE TODA MULHER PELA INTEGRIDADE EMOCIONAL E SEXUAL. (PARTE 2)
FONTE: A batalha de toda mulher - Shannon Ethridge
Leia também:
A BATALHA DE TODA MULHER PELA INTEGRIDADE EMOCIONAL E SEXUAL. (PARTE 2)
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