segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A BATALHA DE TODA MULHER (PARTE 1)


A BATALHA DE TODA MULHER PELA INTEGRIDADE EMOCIONAL E SEXUAL. 
A Batalha Náo É Só Do Homem!

Tropeçarão em dia claro e à noite...
 O meu povo é destruído porque
não me conhece...
Oséias 4:5,6

Numa determinada época eu estava tendo casos extraconjugais com cinco homens diferentes. O primeiro foi Scott. Eu o conheci quando trabalhava como voluntária num acampamento de verão. Scott era extrovertido e conversador. O que me atraiu primeiro para ele foi sua facilidade em bater papo com qualquer um, não só para conversas superficiais, mas para assuntos profundos e significativos. Quando eu entrava na sala ele me dava muita atenção, perguntando tudo sobre como iam as coisas e como eu estava me sentindo. Meu marido, em comparação, era um homem de poucas palavras, o tipo forte e silencioso.
Em seguida veio meu treinador de mergulho, Mark. Com seu cabelo volumoso e grisalho, ele parecia com Lloyd Bridges. A experiência e amor de Mark pelo mergulho me intrigavam. Ele incentivou-me a vencer o medo e ajudou-me a descobrir o meu lado aventureiro debaixo d'água. Sentia-me segura perto dele, como uma filha sente-se segurança junto do pai. Meu marido, por sua vez, era apenas alguns anos mais velho que eu, e não despertava em mim um sentimento de proteção e segurança como Mark.
Tom era meu professor de contabilidade na universidade. O que me deixava atônita com ele eram seu espírito brincalhão e sua inteligência. Eu esperava que contabilidade fosse a mais tediosa de todas as matérias, mas Tom conseguia torná-la a parte mais divertida e interessante do meu dia. Meu marido também era um contador inteligente, mas não me fazia rir como Tom. Sua espirituosidade era pálida em comparação com a de Tom.
Ray veio mais tarde. Fomos namorados antes de me casar com Greg. Ray era um romântico à moda antiga, enchia-me de elogios e me ator­doava com sua paixão arrebatadora. Experimentei ao lado de Ray uma centelha mágica que o relacionamento com meu marido parece nun­ca ter tido. Ray havia estabelecido um padrão de romantismo que meu marido não podia alcançar.
Por último havia o Clark. Ele tinha uma beleza rude, mas ao mesmo tempo suave e gentil. Eu ficava à espera de encontrar-me com ele todas as noites de sexta-feira. No momento em que eu chegava ao balcão da locadora, o dono ia automaticamente para a seção de clássicos e pegava qualquer filme de Clark Gable. Qualquer um servia. Eu gostava de to­dos. Mesmo com seus dois metros de altura, meu marido não era páreo para o Clark.
Embora eu não estivesse tendo relações sexuais com qualquer desses outros homens, mesmo assim estava tendo um caso com cada um deles, um caso mental e/ou emocional.
Minhas fantasias de ser a amada de Clark Gable, lembranças de meu relacionamento romântico com Ray, fascinação pela espirituosidade de Tom, a maturidade de Mark e os ta­lentos comunicativos de Scott afetavam o meu casamento de um modo tão danoso quanto uma relação sexual.
Eu estava ignorando as inúmeras qualidades de meu marido por estar focando os atributos negativos dele ou me concentrando nos atributos positivos de um desses outros homens.
Pelo fato de viver com Greg, eu via não só o que era bom, como também o que era mau e feio nele.
Ele deixava a tampa da privada levantada de madrugada.
Roncava e tinha mau hálito pela manhã.
Escovava os dentes e deixava pasta na pia.
Eu sentia às vezes que Greg não era capaz de fazer nada que me agradasse.
Com todas as minhas críticas, ele provavelmente achava que não podia mesmo fazer nada que me satisfizesse.
Os defeitos dos outros homens, porém, estavam fora de alcance para mim. Olhava para eles e não via nada além de suas brilhantes qualida­des, do tipo das que inicialmente vira em Greg, mas que esquecera com o passar dos anos por causa de todas as minhas comparações.
Eu me sentia distante e desiludida.
Ele poderia excitar-me como os outros homens faziam?
Eu ainda o amava?
Será que algum dia ele corresponderia aos meus sonhos?
Eu poderia algum dia viver bem com meu parceiro "menos que perfeito"?
Felizmente, as respostas positivas para essas perguntas emergiram no momento em que terminei aqueles casos e mudei meu padrão de medida.
Alegro-me por poder dizer que nosso casamento de treze anos continua forte e nunca esteve melhor (embora, como qualquer outro casal, temos nossos momentos difíceis).
Sou agradecida por nunca ter trocado Greg por outro modelo e ainda mais grata porque ele também não desistiu de mim.
Juntos, descobrimos um nível de intimidade que não sabíamos existir, tudo porque deixei de comparar e criticar, passan­do a aceitar a singularidade de meu marido.
Durante a última década em que vim buscando minha cura desses (e de outros) problemas, e passei a ensinar sobre o tema da pureza sexual e restauração, compreendi finalmente que de uma ou de outra maneira a integridade sexual e emocional é uma batalha que toda mulher trava.
Muitas mulheres, entretanto, estão lutando com os olhos fechados porque não percebem sequer que estão travando uma batalha.
Muitas delas crêem que só porque não estão envolvidas sexualmente, não têm problemas com a integridade sexual e emocional.
Como resultado, deixam-se levar por pensamentos e comportamentos que comprome­tem sua integridade e lhes roubam a verdadeira satisfação sexual e emocional.
Deixe-me mostrar o que quero dizer, apresentando a você algu­mas mulheres cujos olhos estão fechados para as concessões que estão fazendo.
A HISTÓRIA DE REBECA
Rebeca tem um casamento feliz há mais de dez anos e diz que o marido é muito delicado e carinhoso na cama.
Craig tem se mostrado tão cuidadoso com o meu prazer quanto com o dele. Sinto que é importante para ele que eu tenha um orgasmo, portan­to, na maior parte do tempo em que estamos fazendo amor, eu só fecho os olhos e imagino estar com outro homem.
Não se trata de um homem que conheço.
É só um rosto e um corpo imaginários que me excitam por serem desconhecidos e parecerem perigosos, entendeu?
A idéia de ser seduzida por este estranho em algum lugar exótico me faz desejar o sexo.
Parece que não posso sentir esse desejo em casa sentada com meu marido.
Não se trata de ele não ser atraente, mas fico mais excitada quando penso numa ligação perigosa com alguém cujas meias eu não tenha de recolher do chão.
De fato, eu poderia nunca fazer tal coisa (pelo menos penso que não faria), mas me sinto obrigada a atingir um clímax, e fantasiar outros ho­mens parece ser a única maneira de chegar lá.
Não vejo nada errado no que faço, mas outro dia brinquei a respeito disso com Craig, e agora ele está criando uma tempestade num copo d'água.
Diz que se sente traído por eu não estar "mentalmente presente" com ele enquanto fazemos amor.
Diz que não há diferença entre o que estou fazendo e ele ver pornografia, mas não concordo.
Não há nada de errado com isto se eu nunca for real­mente infiel a ele, há? Toda mulher age desse modo, não é?
A HISTÓRIA DE CAROL
Carol é uma mulher muito atraente, está na metade da casa dos qua­renta e casada há vinte anos. (?)
Ela e o marido, Chris, são líderes na igreja e servem como conselheiros para os casais da congregação que precisam de ajuda no relacionamento. Chris, entretanto, viaja muito por causa do emprego e Carol fica sozinha em algumas situações de aconselha­mento bem complicadas.
Há alguns meses, Carol recebeu um chamado, às nove da noite, de Steve, membro antigo de sua classe da escola dominical. Todos sabiam que a mulher de Steve era alcoólatra há anos e naquela noite sua embria­guez fizera Steve procurar ajuda. Ele perguntou a Carol se podia ir até sua casa e conversar um pouco com ela e Chris.
Eu sabia que não era prudente convidar Steve para nossa casa na ausên­cia de Chris. Afinal, ele estava muito vulnerável e era bastante atraente. Sugeri que nos encontrássemos para um café numa confeitaria próxima. Sua angústia tocou realmente as cordas do meu coração. Conversamos até depois da meia-noite, sugeri que orássemos juntos e depois fôssemos
Quando Carol inclinou a cabeça com as mãos entrelaçadas sobre a mesa, ela sentiu as mãos fortes de Steve cobrirem as suas e ouviu enquanto ele derramava o coração ao orar: "Senhor, ajude a minha esposa a ver como as coisas seriam se ela apenas ficasse sóbria. Ajude-a a ser mais paciente e atenciosa... como a Carol".
Meses depois, havia noites em que Carol ficava imaginando tornar-se ainda mais íntima de Steve. Na verdade, o clima entre ela (Carol) e Chris entrou em curto-circuito, à medida que Carol muitas vezes se mostra zangada ou deprimida sem razão aparente.
Na escola dominical, toda vez que ouço(Carol) Steve falar, parece que me sinto presa a cada palavra e imagino o que mais poderia fazer para aliviar sua dor sem levantar suspeitas de que agora tenho sentimentos fortes em relação a ele.
Em certas ocasiões digo a mim(Carol) mesma que deveria confessar isto ao Chris e ao nosso pastor, e abandonar o aconselhamento matrimonial por algum tempo. Todavia, há muitos outros dias em que penso: Não está fazendo nada para prejudicar o casamento deles, portanto, deixe de sentir-se culpada! Só porque acha Steve atraente, não significa que não deve tentar ajudá-lo.
A HISTÓRIA DE SANDRA
Com 28 anos e solteira, Sandra vem se masturbando com freqüência há mais de quinze anos. Seu problema começou aos doze, quando encon­trou um dos romances da mãe. Leitora voraz, Sandra logo passou a devorar vários livros por semana, tornando-se sexualmente excitada e usando a masturbação para "aliviar-se". Sandra confessa:
Na época em que me formei no ensino médio, eu costumava segurar firme­mente o livro com uma das mãos e estimular-me com a outra. Embora sentisse no íntimo que agia errado, sempre justificava minha atitude. Afi­nal, a Bíblia não proibia isso. Deus fizera meu corpo receptivo e certa­mente não me negaria esse prazer, não é? Uma vez que não me dera um marido, senti que tinha esse direito. Ele com certeza não esperava que eu fosse esperar tanto tempo, concorda? Quem eu estava prejudicando? Não havia mais ninguém envolvido.
No entanto, sempre senti que havia uma barreira entre mim e Deus. Senti que ele me chamava para abandonar esse comportamento, para afastar-me disso. O desejo, entretanto, é muito forte. Deixei de ler os romances há vários anos, mas continuo fantasiando quando estou deitada sozinha e geralmente acabo me masturbando. Sempre digo a mim mesma: Vou ser obediente amanhã ou na próxima semana, mas no momento tenho necessidade disso. Algumas vezes até fico zangada com Deus e pen­so: Se o Senhor me desse um marido eu não teria este problema!
A HISTÓRIA DE LACY
Lacy está casada há sete anos e tem dois filhos pequenos. Embora ela e o marido, David, se entendessem muito bem enquanto namorados, as coisas entre eles gradualmente pioravam depois do casamento por cau­sa de pressões financeiras. Por ter ficado desempregado no ano anterior, David se viu obrigado a fazer bicos para chegar ao fim do mês. Aceitou um trabalho de entregador de jornais num bairro do outro lado da cida­de. Ele levanta às quatro da manhã para cumprir suas responsabilida­des de entrega dos jornais e depois fazia qualquer trabalho que a agência de empregos temporários indicasse para aquele dia. Lacy reclama:
David só pensa em trabalhar, jantar e depois ir direto para a cama. Ele mostra pouco interesse em passar tempo comigo ou me ajudar com as crianças. Ainda bem que não queremos mais filhos porque agora raramente fazemos sexo.
Fico com inveja quando vejo outros maridos fazendo compras no supermercado com as esposas, indo à igreja com a família, levando os filhos ao parque e coisas desse tipo. Confessei isso a uma amiga, certo dia, e ela me disse que a grama sempre é mais verde do outro lado da cerca. Pregou um pequeno sermão para mim sobre cobiçar o marido da vizinha e então me calei.
Embora eu nunca tenha pedido divórcio porque levo a sério meus votos de casamento, muitas vezes imagino se David morrerá antes de mim para que eu possa algum dia ter a chance de viver um casamento mais feliz e bem-sucedido com um marido atencioso. Sonho com isso freqüentemente, e na maioria das vezes quando ainda estou deitada pela manhã depois de David já ter saído para a entrega dos jornais. Naquele momento em que estou meio acordada e meio dormindo, sonho sair com um outro homem que deseje nos levar para comer fora ou com um novo marido que esteja na cozinha fazendo preparativos para me trazer café na cama.
Embora nenhuma dessas mulheres pudesse ser julgada num tribunal por infidelidade e condenada por adultério, será que elas não estiveram semeando as sementes da transigência? As Escrituras nos advertem justamente sobre isso:
Se ele [ela] plantar a fim de agradar aos seus próprios desejos maus, esta­rá plantando as sementes do mal e logicamente fará uma colheita de ruí­na espiritual e morte...
Gálatas 6:8
... a tentação é a fascinação dos próprios pensamentos e desejos maus dos homens [mulheres]. Estes maus pensamentos levam às más ações e, depois disso, ao castigo da morte aplicado por Deus.
Tiago 1:14,15
Nessas passagens somos chamadas para uma vida reta.

O princípio é este: a busca de satisfação dos desejos carnais sempre acabará em mor­te. Quando plantamos as sementes da transigência emocional e mental, nossa colheita será a destruição relacionai. Pergunte a Jean.

FONTE: A batalha de toda mulher - Shannon Ethridge
Leia também:

A BATALHA DE TODA MULHER PELA INTEGRIDADE EMOCIONAL E SEXUAL. (PARTE 2) 

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