terça-feira, 11 de setembro de 2012

CHALITA CRITICA RUSSOMANNO: 'IGREJA NÃO PODE SER BATALHÃO ELEITORAL'


Celso Russomanno (PRB) foi criticado esta semana pelo candidato Gabriel Chalita do PMDB à Prefeitura de São Paulo pelo apoio que o candidato vem recebendo das igrejas evangélicas.

Na última sexta-feira, durante um culto, o pastor Marcos Galdino, do ministério Santo Amaro da igreja Assembléia de Deus, pediu votos explicitamente a Russomanno. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o candidato tem recebido também apoio de um comitê informal para cabos eleitorais de um templo da Igreja Universal.

Chalita, que também não esconde sua religiosidade, afirma que a igreja não pode ser colocada em uma disputa como um "batalhão eleitoral". Para ele, Celso Russomanno tem ligação com a Igreja Universal e possui um exército da denominação trabalhando para ele.
Acho que ele deveria falar a verdade. Se é verdade o quer os jornais publicaram, de fato ele tem um exército da Universal trabalhando pra ele. Deveria dizer: 'olha, eu realmente sou candidato da Igreja Universal e tenho um exército de gente trabalhando pra mim'”.
Para Chalita, a acusação de que o pastor teria pedido votos a Russomanno deve ser investigada, porque vai contra as leis eleitorais. Além disso, ele diz que é "ruim para a democracia".
"Isso tem que ser apurado. Sou contra isso. Encontro evangélicos que me perguntam se vou perseguir a igreja. A igreja tem autorização constitucional, uma série de benefícios. Da mesma forma que é incorreto perseguir igrejas, tem que respeitar o culto religioso, mas é incorreto a igreja se transformar em um batalhão eleitoral. Isso é ruim para cidade. É lamentável que a discussão se resuma a um ponto religioso. Isso é ruim pra democracia", explicou.
Chalita afirmou que também é religioso, mas que não usa suas visitas a igrejas para pedir votos. O candidato marcou presença ao lado de Padre Marcelo no último fim de semana.
"Eu também visitei igrejas e nunca escondi que sou religioso, mas nunca transformei nenhuma visita minha em pessoas com metas de fazer voto. Estive no Padre Marcelo e não pedi voto. Na outra semana participarei de mais um evento, em que todos os candidatos foram convidados. É melhor do que ser candidato de uma igreja específica e essa igreja ter uma meta para eleger o prefeito de são Paulo", criticou.
Falando sobre a campanha de Russomano, Chalita disse que não conhece nenhuma proposta do candidato do PRB para melhorar a cidade de São Paulo.
"Uma coisa ruim que ele vem fazendo, ele só agradece que está em primeiro lugar, como se ele já estivesse ganho as eleições. Qual é a proposta real dele pra melhorar São Paulo? O que ele pensa? Vi no debate a pergunta do Haddad sobre o bilhete único e ele diz 'ah se for bom eu coloco também'. Agora ele fala sobre escola em tempo integral. Eu não quero criticar, mas esse é o momento de ter propostas. O que vai fazer para melhorar o transporte e a saúde? E cada candidato tem uma linha, mas sinto que na campanha dele não tem proposta e isso é ruim", concluiu.

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