Vídeo revela que “soldados” eram realmente civis
Michael Carl
Relatos provenientes da Síria indicam
que membros do Exército Sírio Livre começaram a executar cristãos enquanto
estão afirmando que estão atirando em soldados sírios.
Um vídeo de um ataque em 1 de novembro
em que rebeldes sírios vestidos de preto teriam matado 28 homens foi postado no
YouTube. Uma reportagem da Agência France-Presse sobre o ataque identificou as
vítimas como soldados sírios.
Mas William Murray, presidente da
Coalizão de Liberdade Religiosa, disse que duas das vítimas tinham ligações
oficiais com sua organização na Síria. Sua organização distribui assistência.
As vítimas não eram soldados, disse ele,
mas civis da mesma vizinhança, “de modo que todos os 28 homens eram
provavelmente cristãos”.
Ele argumentou que até mesmo um rápido
exame das fotos do ataque indica que as vítimas eram civis.
“Eles não estavam armados e nunca haviam
sido combatentes”, disse Murray.
Um ativista de direitos humanos que
trabalha na Síria cujo nome foi mantido em sigilo por razões de segurança disse
que dois dos homens eram cristãos.
“Dois dos homens tenho certeza de que
eram cristãos e foram primeiramente raptados de sua vizinhança, então levados
para o campo e mortos a tiros”, disse o ativista.
Brigitte Gabriel, fundadora e presidente
da organização Act for America, disse que todos sabem muito bem que os rebeldes
sírios estão executando cristãos.
“Os sírios estão sem dúvida executando
cristãos. Eles são notórios por aplicarem tortura tática em seus inimigos”,
disse Brigitte.
“Os homens que estão se levantando
contra Assad e estão sendo esmagados são todos da Irmandade Muçulmana, os quais
Hafez Assad, pai de Assad, esmagou 30 anos atrás em Hama”, disse Brigitte.
Brigitte acrescentou que os rebeldes se
sentem muito fortalecidos, o que só estimula seu ódio aos cristãos.
“Eles estão se sentindo muito
fortalecidos depois do que viram no Egito, Líbia e Tunísia. Eles sentem que
agora é a chance deles. Eles desprezam os cristãos que vivem na Síria e
adorariam convertê-los ou matá-los”, disse Brigitte.
Murray disse que as próprias execuções
provam que são os rebeldes que estão desencadeando as matanças.
“Quando toma prisioneiros, o Exército
Sírio os fotograva e mostra as fotos”, disse Murray.
“As matanças ocorreram enquanto Ayman
al-Zawahiri, líder da al-Qaida, disse numa mensagem de rádio para animar os
combatentes al-Shabaab, filial na Somália, que os ataques contra as instalações
dos EUA no Cairo e Benghazi eram “derrotas para os EUA”.
“Eles foram derrotados no Iraque e estão
saindo do Afeganistão, e o embaixador deles em Benghazi foi morto e as
bandeiras de suas embaixadas foram baixadas no Cairo e em Sana, e no lugar
delas foram levantadas as bandeiras de tawhid (monoteísmo) e jihad”, o líder da
al-Qaida disse, conforme reportagem de Thomas Joscelyn, jornalista e
especialista em terrorismo.
Murray disse que se alguma evidência a
mais da natureza equivocada da política fosse necessária, dá para achá-la na
edição mais recente dos relatórios do Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente
Médio (cuja sigla em inglês é MEMRI).
O MEMRI relata que os rebeldes sírios
afirmam que a derrubada de Assad é só o primeiro passo. Os rebeldes querem
impor a lei islâmica na Síria.
Murray disse que as intenções dos
rebeldes são óbvias porque eles hasteiam a bandeira negra dos jihadistas.
“Os combatentes usam lenços negros com a
inscrição da declaração islâmica de fé. Eles hasteiam a bandeira da jihad e da
al-Qaida”, disse Murray.
“Se fosse uma genuína rebelião pela
democracia, não haveria a intensa exibição de símbolos religiosos”, disse
Murray.
Murray acrescentou que mais uma vez as
evidências mostram que o governo dos EUA está sem vontade de encarar a
realidade.
“Isso prova de novo que estamos
combatendo uma entidade que realmente não compreendemos”, disse Murray.
Murray acrescentou que as execuções
junto com a reportagem do MEMRI e a mensagem de al-Zawahiri apontam para o
curso perigoso que os Estados Unidos estão adotando na Síria ao designar o
embaixador Christopher Stevens para operar o suprimento e distribuição de armas
da Líbia para a Síria por intermédio da Turquia.
Recentemente, o WND relatou que o
propósito de Stevens na Líbia era enviar armas para os rebeldes da Síria.
O envolvimento de Stevens na Líbia vinha
desde um ano atrás, quando analistas de inteligências relataram que ele havia
sido inicialmente nomeado como o representante oficial dos EUA para o exército
rebelde.
Ele foi elevado a embaixador depois da
derrubada do ditador líbio Muamar Kadafi.
Na Líbia, a grande missão de Stevens era
suprir armamento, até mesmo pesado, para os rebeldes da Síria.
WND relatou na mesma reportagem que a
missão de Stevens o colocou em contato direto com a al-Qaida e outros grupos
jihadists.
Clare Lopez, membro do Centro de
Política de Segurança, disse que Stevens e altas autoridades do governo dos EUA
sabiam que o movimento oposicionista da Líbia era formado por elementos de
vários grupos jihadistas radicais, inclusive a al-Qaida, Ansar al-Shariah e o
Grupo de Combate Islâmico Líbio (GCIL).
O guerrilheiro Abdelhakim Belhadj
organizou o GCIL em 1990 depois de voltar para casa do Afeganistão, onde ele
havia lutado junto com os combatentes afegãos contra os soviéticos.
Lopez diz que Belhadj organizou o GCIL
por um motivo — derrubar Kadafi.
O grupo de Belhadj foi assimilado pela
al-Qaida em 2007, mas Lopez acrescentou que em algum ponto do caminho, Belhadj
foi interceptado pela CIA e enviado de volta à Líbia onde Kadafi o jogou na
prisão.
Traduzido por
Julio Severo do artigo de WND: Horror in
Syria: Executing Christians
Fonte: www.juliosevero.com
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recomendada:
Muçulmanos
são os líderes mundiais em perseguição aos cristãos
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