Julio Severo
A eleição presidencial de 2014 nem
começou, e os embates políticos estão pegando fogo. Vários sites noticiosos,
inclusive o Portal RIUS,
destacaram o apoio velado de Marina Silva ao chamado “casamento” gay no último
final de semana.
Tudo começou quando Marina, que é a fundadora
do Rede Sustentabilidade, não gostou de uma tuitada do deputado federal Jean
Wyllys, do PSOL do Rio. Na mensagem de Twitter, o deputado supremacista gay
acusou-a de ser a favor de um plebiscito para o povo decidir a união civil gay
no Brasil.
Wyllys também a acusou de “velho
conservadorismo”. Marina, que detesta ser chamada de “conservadora”, disparou:
“Eu sou a favor que todos os brasileiros tenham os mesmos direitos. Essa
questão não demanda plebiscito”.
Para não deixar nenhuma dúvida, em nota
pública o Rede Sustentabilidade explicou: “Em nenhum momento Marina defendeu a
realização de plebiscito sobre o casamento homoafetivo”.
“Homoafetivo” uma ova! Esse tipo de
relação é simplesmente homoerótica. Homoafetividade é a relação normal de
amizade e afeto entre um pai e seu filho e um homem e seu amigo, conforme
mostra meu artigo “Sou Homoafetivo”.
Apesar da posição confundindo
“homoafetividade” com homoerotismo, a ex-militante do PV, que luta para
consolidar o Rede Sustentabilidade e se lançar candidata presidencial em 2014,
aposta numa imagem “pró-vida”, torcendo para que o público se esqueça de que em
2010 ela foi criticada pelo movimento pró-vida por ter condenado a onda
conservadora contrária ao aborto e ao homossexualismo que se levantou na
eleição presidencial daquele ano.
O problema desta semana surgiu quando
ela foi criticada por defender a realização de plebiscitos populares para
decidir a regulamentação da utilização de drogas como a maconha e até para
decidir o aborto — posição não diferente de alguns setores evangélicos.
Foi aí que Jean Wyllys entrou na briga, afirmando que o novo partido de Marina
faria um plebiscito sobre “casamento gay”.
Para o socialista gay, a socialista
verde deixou claro: A questão do “casamento” gay não pode ser decidida em
plebiscito.
Wyllys pode, pois, descansar tranquilo.
Marina não negocia valores para ela inegociáveis, inclusive meio-ambiente e
“casamento” gay. Podem colocar em plebiscito aborto e drogas, mas aquelas duas
questões sagradas, jamais.
Não sei o que mais pesa nesses valores.
O passado dela como militante comunista, ou seus conselheiros espirituais: o
ex-católico Leonardo Boff e o ex-presbiteriano Caio Fábio.
Seja como for, a imagem “pró-vida” não
cai bem nela. O título de “conservadora” (alguém que se opõe à cultura da morte
em sua totalidade) lhe cai muito pior, pois o histórico dela nada tem a ver com
conservadorismo.
Mesmo assim, os marqueteiros e
estrategistas de Marina estão trabalhando duro para vender a imagem dela como
“pró-vida” entre cristãos desavisados. E entre evangélicos, alguns líderes
fazem questão de promover a imagem de uma Marina piedosa. Na eleição
presidencial passada, a líder neopentecostal Valnice Milhomens tentou fazer
propaganda dessa imagem no púlpito de uma igreja, mas foi cortada pelo Apóstolo
Hudson Teixeira, um líder neopentecostal internacional, que pontuou que púlpito
não era lugar para propaganda eleitoral gratuita.
Por que não usam nos púlpitos a imagem
dela como militante comunista? Não. Preferem o quadro da Marina (supostamente)
piedosa.
Ouvi dizer que ela estava, tempos atrás,
dando aulas de escola dominical numa igreja Assembleia de Deus em Brasília. Se
for da mesma denominação do bispo Manoel Ferreira, o amigo do
Rev. Moon, não é de assustar ninguém. Mas se não for, o pastor
dessa igreja deveria ter seu registro pastoral cassado e, como castigo, sentar
no banco para ouvir o Evangelho.
Para Marina, deveriam dar a escolha:
sentar no banco para conhecer o verdadeiro Evangelho, ou apodrecer no falso
evangelho de Leonardo Boff e Caio Fábio. Mas desgraçadamente, para ela, a
Teologia da Libertação é o único “evangelho” da vida dela, conforme documentado
neste vídeo de Caio Fábio: http://youtu.be/CvyaYNI6dbo
Questões como “casamento” gay e aborto
são, para os seguidores de Jesus Cristo, inegociáveis. Quer o nazismo ou o
comunismo imponham esses valores estatais sobre a sociedade, a defesa do
verdadeiro casamento e da vida é missão do cristão. Ele não defenderia o tal
“casamento” gay, ou adoção de crianças por duplas gays, ou o aborto nem que
isso lhe custasse a vida.
Evidentemente, os valores inegociáveis
de um militante de ideologia marxista não são os mesmos valores inegociáveis de
um seguidor de Jesus Cristo.
Se Jean Wyllys tivesse tido um confronto
comigo ou outro cristão conservador, seria muito fácil responder: “Defendo o
casamento normal e o ‘casamento’ gay é contra a família natural”.
De forma igual, é muito fácil dar uma
resposta sobre pedofilia ou adoção de crianças por duplas gays.
É fácil e simples.
Simples porque o cristão não tem
ideologias e mestres estranhos a quem agradar. Para o cristão verdadeiro,
estando ele atuando na política ou não, só há um Mestre a quem servir. Na
política, ele faz como Daniel e seus colegas Sadraque, Mesaque e Abednego: ele
não se prostra diante dos ídolos estatais, ainda que se chamem aborto e
“casamento” gay.
Entretanto, para Marina, não é tão
simples assim. Apesar de sua fachada verde, ela nunca conseguiu ser menos
vermelha do que cristã. E não dá para mudar isso da noite para o dia.
Fonte: www.juliosevero.com
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