Nas bolsas de apostas de Londres, dom
Odilo aparece como o quarto nome mais cotado para assumir o trono de Pedro.
Nesta sexta-feira (8), os apostadores que acreditaram no cardeal brasileiro de
ascendência alemã levariam de 8 a 12 libras a cada libra apostada -a depender
da casa de apostas- caso fosse ele o eleito.
Segundo infográfico do jornal "Folha de S. Paulo",
pagavam menos que dom Odilo apenas os nomes do atual camerlengo, o italiano
Tarcísio Bertone, o cardeal de Gana Peter Turkson e, como favorito, o também
italiano Angelo Scola. Acertar uma aposta no nome de Scola renderia nesta
sexta-feira 4 libras a cada libra apostada.
O "retorno" da aposta é menor
quanto maior for o número de palpites num mesmo nome. Daí surge a leitura das
casas de aposta como uma espécie de índice do favoritismo de cada um dos
cardeais.
Na maior parte do tempo voltadas a
especular sobre resultados do esporte, a renúncia de Bento 16 levou as casas
inglesas a criar bolsas de apostas onde se pode palpitar não só o nome do
cardeal eleito, mas também qual será o nome religoso do futuro pontífice
(Pedro, favoritíssimo, pagava apenas uma libra a cada outra apostada), sua
idade e o país de origem do futuro papa.
Conclave
começa na terça-feira
O conclave que irá escolher o sucessor
de Bento 16 terá início no dia 12 de março. Uma missa para eleger o novo papa
("Pro eligendo Romano Pontífice") será celebrada na Basílica de São
Pedro na manhã de terça e os cardeais eleitores ingressarão na Capela Sistina à
tarde. A informação foi
confirmada pelo Vaticano na tarde desta sexta-feira (8).
A escolha do novo pontífice será
realizada por 115 cardeais --todos já estão no Vaticano, inclusive os cinco
brasileiros que participarão da votação: dom Raymundo Damasceno Assis, 76; dom
Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e
dom João Braz de Aviz, 64.
Funcionamento
do conclave
Durante o conclave, todos os eleitores
ficam confinados na Capela Sistina. Na hora da votação, cada cardeal escreve o
nome do candidato escolhido em uma cédula sob a frase "Escolho como sumo
pontífice" e deposita seu voto em uma urna.
Os nomes escritos nas cédulas são lidos em voz alta pelo
cardeal camerlengo, Tarcisio Bertone, e seus três assistentes.
É
declarado papa aquele que obtiver dois terços mais um dos votos dos cardeais.
Nesta eleição, com um colégio de cardeais de 115 eleitores, o próximo pontífice
terá que receber ao menos 77 votos.
Após a escolha, o novo papa é apresentado aos fiéis com a frase "Habemus
Papam!".
Enquanto
durar o conclave, os cardeais ficarão hospedados na Casa Santa Marta,
alojamento que fica próximo à Capela Sistina, onde acontecem as votações.
A fim
de garantir o sigilo do conclave, um esquema de segurança será montado para
permitir que os cardeais façam o trajeto entre a Casa Santa Marta e a Capela
Sistina sem serem incomodados.
Lombardi ressalvou que nem todos os cardeais gostam de pegar a van para ir de
um lugar a outro e preferem fazer o percurso a pé.
Se
nenhum cardeal receber a quantidade necessária, as cédulas são queimadas, uma
fumaça preta sai da chaminé da Basílica de São Pedro e a votação é retomada.
Se os
cardeais não chegarem a um consenso até o quarto dia de votação, uma pausa é
feita para oração e diálogo entre os eleitores.
A
votação reinicia no sexto dia e vai até o 12º. Outras pausas são feitas no
sétimo e décimo dia. Após 12 dias e 34 votações, o sistema muda e a escolha
passa a ser entre os dois mais votados no 34º turno. No entanto, permanece o
quórum de dois terços.
Quando
o novo papa é escolhido, uma fumaça branca sai da chaminé e soam os sinos da
basílica como sinal de que a votação chegou ao fim.
FONTE: http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/03/08/dom-odilo-esta-entre-favoritos-a-proximo-papa-em-sites-de-aposta.htm
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