Na manhã deste sábado, o governo de Angola determinou o fechamento da maioria das igrejas evangélicas brasileiras
que funcionam no país.
Rui Falcão, secretário do bureau político do Movimento
Popular de Libertação de Angola (MPLA), afirmou à Folha de São Paulo, que as
“igrejas de origem brasileira (...) brincam com as fragilidades do povo
angolano e fazem propaganda enganosa”.
No
fim do ano passado, 16 pessoas morreram durante um culto da Igreja Universal do Reino de
Deus na capital
do país, Luanda, o que levou à suspensão das atividades da igreja em fevereiro.
Depois
de uma investigação da polícia angolana, além a IURD, foram fechadas as igrejas
Mundial do Poder de Deus, Mundial do Reino de Deus, Mundial Internacional,
Mundial da Promessa de Deus, Mundial Renovada e Igreja Evangélica Pentecostal
Nova Jerusalém. No entanto, aIURD tem seu funcionamento permitido por
ser a única reconhecida pelo governo.
Falcão
afirma que as igrejas fechadas podem ainda receber reconhecimento do governo do
país para voltarem a funcionar, mas muitas podem continuar
fechadas. “Essas igrejas não obterão reconhecimento do Estado, principalmente
as que são dissidências, e vão continuar impedidas de funcionar no país”.
O secretário garante que essas
igrejas, especialmente as dissidências, “são apenas um negócio” e que “ficam a
vender milagres” ao povo.
Atualmente,
Angola tem mais da metade da população de católicos e cerca de 15% é
evangélica, mas esse número está em constante crescimento. A IURD, única igreja
ainda com permissão de funcionamento no país, tem 230 templos e aproximadamente
500 mil fiéis.
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