Julio Severo
O estado caótico em que o Brasil está
desanima muitos cristãos de quererem se envolver nos assuntos nacionais. O que
eles querem é se desligar de tudo. Afinal, com tanta corrupção, malandragem,
bandidagem e sujeira das mais elevadas autoridades políticas do Brasil, o que
uma ou duas formiguinhas bem-intencionadas podem fazer diante da imensidão de
iniquidade política?
A vontade de muitos cristãos é imitar o
avestruz: enfiar a cabeça no buraco da terra para não ver os problemas que
estão ao redor.
É óbvio que não temos o poder para mudar
o país. Mas temos o privilégio de ser canal de bênção e mudança onde pisamos os
pés, seja na nossa própria casa, local de trabalho, cidade e pais.
O profeta “Elias era uma pessoa frágil
como nós” (Tiago 5:17 KJA). Embora os livros o retratem como um homem com quase
superpoderes sobrenaturais, consideremos a realidade: O que foi que
Elias mudou na política de Israel?
Ele vivia num país, o antigo Israel, que
estava em estado de muito mais decadência espiritual, política e moral do que o
Brasil. A idolatria ao deus Baal era generalizada. Era uma idolatria carregada
de prostituição, sacrifício de bebês recém-nascidos e sacerdotes homossexuais.
A política de Israel estava a serviço
dessa idolatria.
O que foi que então Elias mudou de fato
na política de Israel? Praticamente nada. Mas Deus sempre o estava usando para
falar poderosamente aos políticos. Elias não tinha nem perfil nem personalidade
política. Mas mediante as ministrações de Elias, havia toques fortes de Deus
entre os políticos de Israel.
Elias fazia a parte dele: orava, jejuava
e clamava.
Mesmo que não vejamos nenhum resultado
visível, precisamos da fé de Elias num Brasil que, sob Dilma e sua gangue
socialista, está determinado a seguir os caminhos de Acabe e Jezabel.
Podemos não ter forças para mudar o
país, mas podemos fazer como Elias fazia: orar, jejuar e clamar.
Entre outubro e novembro, muitos grupos
e indivíduos cristãos, inspirados por desafios de oração da Dra. Neuza Itioka,
Hudson Teixeira e outras lideranças cristãs, dobraram os joelhos e clamaram
pelo Brasil num compromisso de oração e jejum de 40 dias.
Depois dos 40 dias, que terminaram em 15
de novembro, alguns resultados foram aparecendo:
1. A votação do PLC 122, marcada para 20 de
novembro, foi suspensa. O Senado recebeu mais de 3 milhões de
e-mails pedindo o arquivamento do projeto de tirania gay.
4. Veio à tona a grande esquema de corrupção da
prefeitura -300 funcionários envolvidos em desviar 600 milhões.
5. Mesmo sob o governo da bandidagem petista, 25
mensaleiros petistas foram condenados. O Brasil nunca viu coisa semelhante.
Se dependesse do PT, essas condenações
jamais ocorreriam. Se dependesse de Dilma Rousseff e Lula, os petistas
mensaleiros seriam libertos o mais rápido possível — e se não houver mais
oração, de fato serão libertos. Se dependesse da esquerda católica e
evangélica, essas condenações jamais ocorreriam. Aliás, de acordo com uma
colunista do GospelMais que é fã obcecada de Caio Fábio (um antigo aliado do
petismo), tanto Leonardo Boff quanto Caio Fábio não gostaramde ver o
petista José Genoíno ser preso.
Ambos ajudaram, um do lado católico e o
outro do lado evangélico, o PT a subir ao poder. E agora que a lama de todos
sobe sem parar, católico esquerdista e evangélico esquerdista querem
“misericórdia” para um petista e seus crimes, talvez na esperança de um dia
receberem semelhante “misericórdia.”
Se o PT, Leonardo Boff e Caio Fábio não
estão satisfeitos com a condenação dos petistas mensaleiros, por que apesar de
tudo ocorreu?
Ocorreu porque a justiça de Deus tem
sido clamada, e Ele não é surdo.
Esse pequeno sinal é um encorajamento
para orarmos e jejuarmos mais. Se com poucas pessoas orando, petistas foram
condenados contra a vontade do PT e contra a vontade das esquerdas católicas e
evangélicas, o que acontecerá se multidões de brasileiros orarem e jejuarem?
Elias não viu Israel ser transformado
depois de suas ministrações proféticas. Mas ele tinha um chamado e fez sua
parte, e seu testemunho ficou na história, para nosso encorajamento.
Mesmo que nunca venhamos a ver o Brasil
ser transformado, se temos de fato um chamado, precisamos fazer nossa parte,
sem nos preocupar com os resultados.
Olhemos para o Deus de Elias, não para o
Israel que nunca foi mudado pelas ministrações dele.
Olhemos para o Deus de Elias e nunca nos
desanimaremos em nosso chamado de ministrar. Pelo contrário, em vez de nos
preocuparmos em ver resultados de grandes transformações nacionais, oraremos,
jejuaremos e faremos tudo o mais que pudermos para agradar e servir a Deus em
nossas vidas, famílias, igrejas e nação.
Mesmo que o Brasil nunca mude, assim
como Israel não mudou, muitos saberão que Deus esteve operando no meio da nação
por meio de homens e mulheres entregues a Ele mediante oração e jejum.
Ainda que Israel do tempo de Elias nunca
tenha sido transformado, os toques de Deus para os políticos de Israel foram
marcantes.
Com homens e mulheres com o testemunho
de oração de Elias hoje no Brasil, os toques de Deus para os políticos
brasileiros serão marcantes.
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