Por Roger Patterson
[Alerta de spoilers: Esta breve análise revela certos
elementos do filme Noé, mas apenas até o ponto de comunicar as preocupações com
o filme. Esta crítica pré-lançamento se baseia em informações de uma variedade
de fontes, inclusive afirmações de várias pessoas que foram à pré-estreia do
filme e publicaram artigos em vários sites, assim como informações de um membro
da equipe do Answers in Genesis que viu todo o filme na versão sem cortes em
novembro de 2013. Eu fiz o melhor que pude para representar o filme de forma
precisa com base nessas informações. Se houver algum equívoco revelado quando o
filme for lançado, eu alegremente os corrigirei como um adendo a este artigo. A
AiG publicará uma análise breve inicial em 28 de março e uma crítica completa
assim que puder.]
Ultimamente, há muita discussão sobre se cristãos deveriam investir em
certos filmes. Esses filmes vêm em vários formatos e têm níveis diferentes de
precisão bíblica. Alguns são relatos fictícios retratando a vida de cristãos,
enquanto outros presumem retratar relatos bíblicos na telona.
Minha esperança com este artigo é usar o filme Noé como um arcabouço
para discutir a questão de assistir a filmes com temas cristãos e enredos
bíblicos. Espero que você consiga entender os princípios discutidos aqui e
aplicá-los a outras situações. Por exemplo, há um filme retratando o Êxodo a
ser lançado no futuro, assim como outros que certamente virão. Eu não tenho a
menor intenção de dizer a você o que fazer ou pensar (...). Antes, peço
que você procure pensar com o filtro das Escrituras e tomar todo
pensamento cativo à obediência de Cristo segundo a sua consciência quanto a
essas questões.
Que fique claro, eu pretendo assistir o filme Noé com alguns colegas
quando este sair, mas não por entretenimento. Eu pessoalmente creio que seja
errado buscar entretenimento em meios que promovem blasfêmia (más
representações de Deus e Sua Palavra ou Seus representantes[1]) ou que celebram
os pecados pelos quais meu Salvador morreu (e.g., linguagem vulgar, fornicação,
indecência, humor impróprio e por aí vai). Porém, há aqueles no corpo de Cristo
que trabalham para ajudar outros a entender certas questões e a exercitar
discernimento. Compreendo esse como um dos meus papéis como presbítero na minha
igreja local e parte do meu papel no Answers in Genesis. Eu também dependo de outros para me
ajudar a fazer escolhas sábias e que glorificam a Cristo no que se trata de
livros, filmes, e coisas tais. Isso dito, não creio que seja sábio que todos os
cristãos saiam correndo para assistir a esse filme ou outros que aparecerão no
futuro. Não estou sendo hipócrita; estou clamando que nós, como corpo, tenhamos
sabedoria. Peço que considerem meu argumento quanto a isso abaixo.
Noé: Um Estudo
Num artigo
publicado online recentemente no Christian Post, John Snowden, o consultor
bíblico da produção, conta às pessoas da fé que elas podem aceitar o novo filme
Noé. Eu gostaria de examinar algumas das afirmações dele e chamar os cristãos a
considerar cuidadosamente se vale a pena investir nesse filme. Outros
acrescentaram suas vozes à discussão, e eu incluirei links para alguns deles
dentro do artigo.
Erros na abertura
Snowden começa seu artigo afirmando, “Infelizmente, aqueles que se sentiram compelidos a criticar o filme nessas histórias, na verdade, não o viram – então é difícil entender exatamente o que eles estão criticando. Eu assisti a Noé – na verdade, estive trabalhando nele durante os últimos dois anos como o consultor bíblico dos produtores”[2]. Bem, essa censura não é verdadeira no caso da crítica vinda do Answers in Genesis. Em novembro de 2013, um membro da equipe e outros assistiram o filme na forma bruta (rough cut)[3] e, em fevereiro de 2014, outros membros da equipe participaram de uma discussão na Convenção Nacional de Broadcasters onde o Sr. Snowden discutiu essas questões. As críticas publicadas neste site se basearam nessa sessão e na discussão, em vez de em especulação cega. Mesmo os cristãos postando em nossas páginas do Facebook a respeito do filme – supostamente nossos apoiadores – têm batido na mesma tecla dizendo que não devemos condenar um filme ao qual não assistimos. Isso não é verdade e apenas mostra que, ironicamente, as pessoas que nos criticam por criticar o filme, na verdade, não leram o que escrevemos sobre ele.
Sr. Snowden também afirma que “as Escrituras são abertamente citadas por
vários personagens em Noé. As palavras de Deus da Bíblia são indiscutivelmente
uma parte deste filme. O filme é pró-Deus”. Então, quero tratar essa questão
neste artigo para ver se esse realmente é o caso. Intencionalmente distorcer a
Palavra de Deus e representar mal o que a Bíblia claramente ensina é blasfêmia.
Fazer um filme cheio de distorções blasfemas não é pró-Deus.
Para validar ainda mais esse ponto, Darren Aronofsky, o produtor do
filme, contou a um amigo que Noé é “o filme bíblico menos bíblico já feito”[4],
e outra fonte diz que “o filme é completamente honroso ao texto”[5]. Parece que
a “história” é o que importa, em vez de ser fiel ao que Deus revelou.
As Declarações
Depois de afirmar que o filme é mais próximo do texto bíblico do que já
foi sugerido, o Sr. Snowden sustenta a declaração, dizendo, entre outras
coisas, “Ninguém mais sobrevive o dilúvio que não devia. Há uma pomba, um
arco-íris, dois de cada animal…” Mas quem sobrevive no filme? Noé, sua esposa,
seus três filhos e uma nora. Isso não é fiel ao texto; é um erro que leva
aqueles que estão assistindo o filme a crer que a Bíblia ensina que um casal
repopulou o planeta, em vez de confiar no que as Escrituras ensinam em Gênesis
9–11. Isso também rejeita o ensinamento claro do Novo Testamento de que oito
pessoas foram salvas (2Pedro 2.5). Além disso, fica claro a partir do trailer e
do filme bruto (rought cut)[6] que mais do que dois de cada tipo de
animal foi salvo na arca. Vários que assistiram o filme se referem aos animais
sendo “apertados” para dentro da arca. Isso é uma distorção do texto e
provavelmente servirá para reforçar a ideia promovida por escarnecedores de que
não havia espaço suficiente na arca para todos os animais.
Snowden aponta para Noé buscando sabedoria com um ancião como um ponto
positivo: “Num mundo pós-moderno que diz para nunca confiarmos em quem tem mais
de 30 anos, essa história mostra Noé buscando seu avô amoroso, sábio (e
bíblico), Matusalém, para ajudá-lo a interpretar a visão que está recebendo de
Deus e a agir com base nisso. Matusalém também dá a explicação bíblica chave de
por que Deus está causando o dilúvio. Fique atento a isso.” O único problema é
que o personagem de Matusalém “é um tipo de pajé, cuja saúde mental é
questionável”, de acordo com quem viu o filme bruto. Um pajé dando explicações
bíblicas é blasfemo e só promoverá a má compreensão do caráter de Deus na mente
do espectador que não é cônscio do verdadeiro caráter de Deus revelado nas
Escrituras.
Sob o título “Noé toma uma posição firme pela justiça”, Snowden afirma,
“Um Noé hollywoodiano bonzinho seria tentado a deixar uma penca de humanos
‘bonzinhos’ ou ‘legais’ entrar no barco, ou três ou quatro girafas muito fofas
das quais ele tivesse pena. Mas Noé é firme. Sua missão é clara: Ninguém além
de sua família sobrevive.”
Então o personagem de Noé no filme só se importa com sua família e os
“inocentes” – os animais. Essa é uma forma incrível de interpretar a Bíblia, especialmente
quando sabemos a partir de 2Pedro 2.5 que o Noé bíblico era um pregador de
justiça. Qual era o assunto da pregação? Chamar as pessoas ao arrependimento.
Por que Noé pregaria sobre a justiça encontrada na graça de Deus (Gênesis 6.8)
se ele só se importava com sua família e os animais? Retratar mal um dos servos
fiéis de Deus (Hebreus 11.7) assim é total zombaria da Palavra perfeita de
Deus. Isso desconecta o Novo do Antigo Testamento, uma violação da boa
interpretação bíblica. Pregadores não apontam para longe da salvação.
Ademais, o filme retrata Noé como um homem ríspido e perverso. Não há
dúvida de que o Noé verdadeiro era um pecador (ele era um descendente de Adão),
mas Deus descreve Noé com estas palavras: “Esta é a história da família de Noé:
Noé era um homem justo, íntegro entre o povo da sua época; ele andava com Deus”
(Gênesis 6.9). No filme bruto, apresenta-se um retrato diferente da personagem
de Noé:
“Noé a princípio é retratado como um homem humilde, contudo forte e
bom — um pai e um marido que protegia a sua família do mal que sobreviera a
terra. Porém, ao ajudar a construir a arca, ele era retratado mais como um
maluco que estava convencido de que a sua família era a última geração. Ele
repetia vez após vez que Deus não permitiria que eles repopulassem, visto que
Deus replantaria o Éden sem o homem e a perfeição se reestabeleceria com os
‘animais inocentes’ que Deus trouxera à arca. Mesmo quando o filho de Noé
trouxe à família na arca a notícia de que sua esposa estava grávida, o Noé do
filme disse, essencialmente, ‘Se for macho, ele viverá. Se for menina, eu a
matarei porque não é a vontade de Deus que o homem repopule’.”
Outra distorção apresentada no filme é a de que Noé não entende
claramente a mensagem de Deus a ele. Isso está em clara contradição do texto de
Gênesis 6–7, onde Deus clara e diretamente Se comunica com Noé. Não foi uma
série de sonhos enigmáticos que Noé tinha que decifrar. Snowden apresenta essa
luta interna na personagem de Noé. “É saudável que Noé lute para compreender
exatamente o que Deus está dizendo, porém, a despeito disso, Noé confia e age
com fidelidade. A luta nem sempre é fácil de ver, especialmente em partes
posteriores do filme, mas os valores que saem dessa narrativa são especiais.”
Como um humano, Noé provavelmente teve momentos de dúvida, mas Deus falou
claramente a Noé. Sugerir o contrário é representar mal a Palavra de Deus.
Sugerir o contrário é afirmar que Deus manteve Noé no escuro, sem Se comunicar
claramente com ele. Isso é uma má representação do caráter de Deus conforme é
revelado a nós na Bíblia.
Ademais, os animais na terra não eram inocentes:
“Ora, a terra estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de
violência. Ao ver como a terra se corrompera, pois toda a humanidade havia
corrompido a sua conduta, Deus disse a Noé: ‘Darei fim a todos os seres
humanos, porque a terra encheu-se de violência por causa deles. Eu os
destruirei juntamente com a terra’.” (Gn 6.11-13)
Toda carne enfrentava o juízo de Deus como extensão da maldição que
sobreviera aos animais assim como à humanidade.
A intenção de Deus em trazer os animais à arca era salvá-los e repopular
a terra (Gn 8.17). O filme bruto retrata um homem frustrando os planos de Deus:
“Um Tubal-Caim entra às machadadas na arca em mais ou menos dez minutos e se
esconde lá dentro… Tubal-Caim sobrevive alimentando-se de lagartos que
hibernavam”. Como animais impuros, os lagartos teriam sido representados
por um par. Ao comer os lagartos, ele teria frustrado o plano de Deus de manter
aqueles lagartos vivos para repopular a terra. Isso apresenta Deus como um
desastrado que não consegue realizar os Seus planos. Isso pode parecer
picuinha, mas é exatamente esse tipo de coisa que zombadores usam para tirar
sarro da Bíblia e de Deus, sugerindo que Noé ou os tigres podem ter sentido
vontade de comer uma carninha e feito uma refeição de alguma outra criatura a
bordo. Mas a Bíblia revela que homens e animais ainda estavam comendo uma dieta
vegetariana, e só após o dilúvio Deus permitiu que se comesse carne (Gn
1.29-31; 9.3-4).
Snowden também indica em seu apelo que o filme retrata a intervenção
sobrenatural de Deus. “Um Deus ativo com um plano frequentemente se moverá em
poder para fazer milagres acontecerem. Nosso Deus torna conhecido o fim desde o
começo; Seus propósitos permanecerão e Ele fará tudo que Lhe agrada, inclusive
curar os fisicamente afligidos para realizar o Seu plano.” Isso aparentemente
faz referência a essa descrição (a partir da apresentação do filme bruto) de
uma menina sendo curada de um ferimento, mas não de forma sobrenatural que dê
glória a Deus:
“Por exemplo, os principais personagens no filme são Noé, sua esposa
e três filhos – e uma garotinha que eles salvaram depois que toda a família
dela foi assassinada por uma tribo perversa. Ela estava gravemente ferida
quando a encontraram, mas a esposa de Noé passou um néctar curativo na barriga
dela, e ela cresceu para se tornar depois a esposa do filho mais velho. Por
bastante tempo ela foi estéril até que a esposa de Noé convenceu Matusalém de
abençoar o ventre dela – contra a vontade de Noé.”
Há outros elementos do filme que são apresentados como mágicos ou
fantasiosos. Isso também mina a autoridade das Escrituras, fazendo o relato
depender de um Noé com uma pulseira de superpoderes e criaturas de pedra
gigantes que não estão em nenhum lugar do texto. Em cima disso, a criação dos
animais é descrita por Noé como um processo evolutivo, não uma criação especial
de Deus, e os tons ambientalistas são altos, para não dizer retumbantes.[7]
Uma plataforma para o evangelho
Snowden sugere que em “uma época em que conversas sobre a cultura pop
tende a focalizar entretenimento que apresenta super-heróis, vampiros e zumbis,
todo o país está alvoroçado por uma história que abraça temas das Escrituras”.
Mas ela ainda distorce a Palavra de Deus. Ela pode abraçar um tema bíblico, mas
ela abraça a verdade sobre o Deus que inspirou a Bíblia?
Snowden encerra com:
“Se você está preocupado que um descrente vai aprender a história com
detalhes errados, eu o encorajo a reler a lista acima e começar a ter conversas
lindas sobre fé para acompanhar um pouco de pipoca e refrigerante de forma não
ameaçadora com pessoas com as quais você nunca teria essa oportunidade de outra
forma. O Evangelho por si só é boa nova com ou sem um filme, mas quando
perguntas teológicas começam a emergir de dentro de qualquer pessoa, eu
preferiria muito que você e eu ouvíssemos em vez de criticar. Lembre-se: é a
responsabilidade da igreja anunciar o evangelho – não de Hollywood. Que Noé dê
início a uma conversa sobre Deus e Seu plano de salvação para nós é uma bênção
ponderável.”
Eu concordo que esse filme abrirá oportunidades para as pessoas se
engajarem em conversas, mas isso não significa que todo cristão precisa
assistir o filme para ter uma conversa. Eu duvido que o sr. Snowden encorajaria
as pessoas a assistirem a um filme que maldissesse a mãe dele da forma como
esse filme faz para com a verdade da Bíblia e o caráter de Deus – mesmo que
viesse com um aviso de isenção na introdução. Podemos engajar as pessoas numa
conversa perguntando o que elas aprenderam sobre Noé ou Deus ou sobre outros
aspectos do filme e as ouvindo. Porém, por causa da natureza muito antibíblica
da história, há de haver alguma crítica – erros precisarão ser apontados ou a
verdade não será revelada. A verdade sempre critica a mentira.
Ao fazer boas perguntas, podemos extrair as ideias apresentadas no filme
e então convidar as pessoas a se sentarem conosco com uma Bíblia aberta.
Podemos ler para elas as palavras inspiradas das Escrituras que entesouramos e
guiar as pessoas até a magnífica graça de Deus revelada em todas as Escrituras,
mas finalmente à vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo em favor dos
pecadores.
Muitos cristãos sugerem que se eles não assistiram o filme, não serão capazes
de falar com credibilidade com um descrente. Isso é um falso argumento – você
não diria a mesma coisa sobre ver pornografia, ficar bêbado ou outros atos
impiedosos a fim de falar deles com mais credibilidade. Em cada um desses
casos, tudo que você precisa fazer é comparar essas coisas com a verdade da
Palavra de Deus. Você não precisa experimentar a embriaguez para poder falar
com um beberrão sobre a verdade. O mesmo é verdadeiro sobre qualquer filme –
seja ele baseado na Bíblia ou não. Não engula essa falsa linha de raciocínio se
você está convencido que não vale a pena assistir a esse filme. Você pode tomar
essa decisão inicial lendo uma resenha do filme escrita por alguém em quem você
confia e que escolheu assistir o filme, e então usar esses elementos para
discutir com outros. Além disso, não julgue seus irmãos e irmãs que optam por
assistir a filmes que você acha impróprio com base em questões da consciência
que não são questões claras de pecado (Rm 14.5-13).
Na verdade, responder a alguém que lhe pergunta se você assistiu o filme
com, “Eu decidi não assistir porque soube de uma fonte fidedigna que ele
retrata mal as Escrituras e o Deus a quem amo tanto”, pode ser um testemunho
forte para eles. Diga-lhes, com graça e verdade, que você escolheu tomar uma
posição quanto a suas convicções e evitar algo que você considera blasfemo.
Fale que você ama seu Deus mais do que o entretenimento. Esse é um testemunho
radical em nossa cultura.
Pergunte a eles qual é o propósito da arca no filme. Pergunte como era
Noé. Peça que lhe contem e depois abra a fonte de verdade e esperança com eles
e mostre o que Deus realmente disse e como Ele realmente é. Diga-lhes que Ele
abriu um caminho para eles serem perdoados dos seus pecados, assim como Noé
foi, ao confiar no Salvador para receber perdão.
Temas ou Verdade
Um padrão fica claro no artigo – sr. Snowden está mais interessado nos
“temas” das Escrituras a serem retratados do que na sua veracidade. Certamente
há temas na Bíblia, mas esses temas são alicerçados na verdade. Essa verdade se
alicerça no caráter de Deus. Esse filme apresenta um Deus que não cumpre aquilo
que a Bíblia claramente diz que Ele Se propôs a fazer nem Se comunica
claramente com Seus filhos. Apresenta Noé não como um homem reto, justo e fiel
que é perfeito em meio a sua geração, mas como um homem iracundo e perturbado
que pretende assassinar sua neta pra exterminar o futuro da humanidade.
“Pessoas de fé” talvez possam aceitar esse filme, mas eu sinceramente
peço que você considere se um cristão que confia na Palavra inspirada,
infalível, inerrante e suficiente de Deus pode aceitá-lo. Muitos ditos cristãos
não creem que Noé foi uma pessoa real da qual todos descendemos. Muitos creem
que o dilúvio foi apenas um evento regional. Outros creem que o dilúvio é
apenas uma alegoria que comunica um certo tema que todos aceitamos. Eu oro para
que todos nos posicionemos ao lado da autoridade da Palavra de Deus e busquemos
defender Sua honra a todo custo, mesmo à custa do nosso próprio entretenimento.
A Paramount Pictures quer o seu dinheiro, e querem que você creia, como
um aviso acrescentado ao material promocional diz, que Noé “é inspirado pela
história de Noé. Por mais que a licença artística tenha sido tomada, cremos que
o filme seja fiel à essência, aos valores e à integridade de uma história que é
a pedra angular de fé para milhões de pessoas por todo o mundo. A história
bíblica de Noé se encontra no livro de Gênesis.”[8] Deixarei a seu encargo
decidir se eles estão contando a verdade ou uma estória. Antes de você comprar
um ingresso, leia Efésios 4.17–5.21 e peça por sabedoria do Espírito Santo,
para que você caminhe em obediência a seu Senhor, Jesus Cristo.
____________
Notas:
[1] O dicionário bíblico Tyndale inclui esta explicação sob o verbete
“Blasfêmia”: “A forma mais comum de blasfêmia no Novo Testamento é a blasfêmia
contra Deus. Pode-se insultar Deus diretamente ( Ap 13.6; 16.9), zombar da sua
palavra (Tt 2.5), ou rejeitar sua revelação e seu portador (At 6.11)” (Tyndale
Bible Dictionary, Logos Version 2001, s.v. “Blasphemy”).
[2] John Snowden, Why People of Faith Can Embrace the
‘Noah’ Movie, Christian Post, February 26, 2014.
[3] Para ler uma
resenha da pré-estreia, veja Ken Ham, Don’t Be Taken in by the
Noah Movie’s Promotion, Around the World with Ken Ham. Embora seja possível que algumas
pequenas mudanças tenham sido feitas desde que o filme bruto foi apresentado em
novembro, é impossível que todos esses elementos antibíblicos tenham sido
removidos, visto que são centrais para o enredo do filme.
[4] Darren Aronofsky Gets Biblical,
The New Yorker, March 10, 2014.
[5] Darren Aronofsky: Noah is the perfect film to bring
believers and non-believers together, Christianity Today, March
11, 2014.
[6] A partir do filme bruto, “parece que todas as espécies foram
apertadas para dentro da arca em vez de só os tipos de animais, assim zombando
do relato da arca da mesma forma que os secularistas fazem hoje”.
[7] Ed Stetzer, Noah: Five Negative Features about the
Film, Christianity Today, March 3, 2014.
[8] Kim Masters, Aaron Couch, ‘Noah’ Marketing
Tweaked at Urging of Religious Group (Exclusive), The Hollywood
Reporter.
***
Traduzido por: Tirzah Fernandes Pinto
Confira o original, clicando aqui!
Imagem: Tuporém
Fonte: Tuporém
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