Julio Severo
* No cúmulo da
hipocrisia, a revista Cristianismo Hoje (CH) diz estar preocupada com o risco
da disseminação de comportamentos anticristãos, mas dá destaque para um de seus
maiores disseminadores, cuja boca é tão suja quanto uma latrina.
* A CH se diz
também preocupada com o “perigo” e “risco” de disseminação de heresias, mas tem
evitado denunciar como heresia o avanço de posturas evangélicas progressistas
favoráveis ao “casamento” gay.
A revista Cristianismo Hoje, que nunca
conseguiu cumprir um papel minimamente decente de alerta quanto aos perigos da
agenda gay, agora entra em cena enxergando perigo em outro lugar.
Em longa matéria de capa (edição de
junho e julho de 2014) intitulada “O perigo está na rede: cresce maciçamente o
uso de redes sociais pelos crentes, mas o risco de disseminação de heresias e
comportamentos anticristãos preocupa,” a revista se diz preocupada com
“heresias,” agora que a mídia evangélica é mais livre e desmonopolizada. Para
tratar desse assunto, a Cristianismo Hoje (CH) entrevistou Danilo Fernandes,
que tem se notabilizado por um sensacionalismo gospel geralmente de caráter
esquerdista e antineopentecostal.
A CH disse:
“‘Não há nenhum outro grupo no Brasil
com mais poder de mobilização na rede social do que os evangélicos,’ destaca o
blogueiro Danilo Fernandes, editor do site Genizah, especializado em
apologética e informação para o público cristão. ‘Há um enorme poder
multiplicador, e as notícias, entre nós, se propagam rapidamente.’ De acordo
com Danilo, isso acontece porque o crente, em geral, dá muita credibilidade ao
que outro evangélicos dizem. Assim, uma notícia, novidade ou simples boato pode
ganhar força de verdade.”
Não é exatamente isso o que ocorre com o
Genizah? O público lê ali “uma notícia, novidade ou simples boato” que acaba
ganhando força de verdade. Qual é então a afinidade da CH com um notório
tabloide sensacionalista? Caio Fábio. Tanto Danilo Fernandes quanto Carlos
Fernandes, que assinou a matéria da CH, têm esse ponto em comum.
O título da matéria está totalmente
errado: “O perigo está na rede: cresce maciçamente o uso de redes sociais pelos
crentes, mas o risco de disseminação de heresias e comportamentos anticristãos
preocupa.” Se a CH está “preocupada” com a disseminação de comportamentos
anticristãos, por que abraça gostosamente um de seus maiores disseminadores?
A apologética de Danilo é a apologética
da boca suja. Muitos já foram alvos de sua boca, inclusive eu. Algumas de suas
palavras dirigidas a mim foram:
Danilo Fernandes <danilo@genizahvirtual.com> deixou um novo comentário sobre a sua
postagem “Renato Russo ou Ana Paula Valadão?”:
Julio Severo,
Voce precisa parar de enfiar este cabo de vassoura no cú! Assume esta sua
gayzisse latente, larga este broxa do Olavo de Carvalho e volta para aquele seu
amor do seminário que comia o seu cú gostoso! Quem sabe voce acaba com esta
fixacao com os gays. Vá evangeliza-los e não espezinha-los!
Postado por Danilo Fernandes no blog
Julio Severo em sexta-feira, 23 novembro, 2012
Palavras da Bíblia:
“Linguagem sã
e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que
dizer de nós”. (Tito 2:8)
“Quanto ao
mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é
justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há
alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. (Filipenses 4:8)
“E até importa
que haja entre vós facções, para que os aprovados se tornem manifestos entre
vós”. (I Coríntios 11:19)
Quando o Rev. Alberto Thieme, que é
pastor presbiteriano, tentou me defender, foi maltratado com as seguintes
palavras de Danilo: “obscuro e nojento velho gagá Thieme.”
Como Danilo se considera calvinista,
caberia aos teólogos calvinistas do Mackenzie, os quais se consideram apologetas,
abrir a boca contra a delinquência intelectual desse homem. Mas, em vez de um
genuíno trabalho apologético frente ao escândalo calvinista do Genizah,
preferem posar com seu dono.
Danilo Fernandes com diretor da ANAJURE e novo
chanceler do Mackenzie
|
É uma vergonha
a CH colocar como “formador de opinião” para a igreja brasileira um homem como
Danilo, com sua boca suja e seu comportamento descaradamente anticristão. Isso
é rebaixamento grotesco dos padrões — digno da esquerda, não do Cristianismo.
Nessa edição da CH, Magali Cunha também
teve artigo de destaque, com o título brilhando na capa: “Elementos negativos
da internet podem causar danos irreparáveis.” Magali se notabilizou em 2013 ao atacar vídeo da Dra.
Damares Alves, que vem
alertando o Brasil sobre o governo petista sexualizando as crianças. Magali,
que é professora na marxista Universidade Metodista de São Paulo, discorda, e
seus ataques foram repercutidos pelo tabloide Genizah.Magali também presta “assessoria” à chamada “Comissão da
Verdade” do governo petista, cuja
missão é também investigar as igrejas evangélicas que se opuseram ao
socialismo no governo militar. Então, uma boateira do Genizah acabou virando articulista da CH.
Como é que a
CH quer confrontar boatos no meio evangélico se notórios boateiros estão em
destaque em sua revista? O artigo de Magali e a manchete de capa da CH mostram
nitidamente que a esquerda evangélica, que tem trabalhado sutilmente para abrir
caminho para suavizar aspectos da agenda gay no meio evangélico, está
preocupada com o avanço da única força de oposição que pode detê-los: os
evangélicos conservadores que atuam nas redes sociais.
Não há dúvida
de que nessa visão, Julio Severo, Damares Alves e outros “Elementos negativos
da internet podem causar danos irreparáveis.” Essa é a visão da esquerda
evangélica sobre os conservadores.
CH e seus
aliados estão numa posição confortável, recebendo muito, muito dinheiro. Mesmo
assim, se sentem inseguros que seus boatos possam cair em descrédito, ameaçando
assim sua segurança financeira. Estão acostumados com o monopólio do que eles
rotulam de “notícia.”
O boateiro Fernandes já fez um grande
favor à CH.
Em março de 2012, em sua edição online,
a CH publicou uma matéria especial onde o entrevistado era Caio Fábio e o
entrevistador era Danilo Fernandes, tornando-o um membro especial da família
CH. Na entrevista, Caio comentou que o que prevalecia nas igrejas evangélicas
brasileiras até meados da década de 1980 era a Teologia da Missão Integral
(TMI), cujo avanço, segundo o ex-reverendo presbiteriano, foi detido pelo
neopentecostalismo e sua Teologia da Prosperidade.
Essa é a própria linha do tabloide Genizah:
defesa descarada da marxista TMI e ataques ao neopentecostalismo.
Carlos Fernandes, responsável pela atual
matéria de capa da CH, era funcionário de confiança de Caio Fábio nos
“gloriosos” tempos da VINDE. Assim, seja por Caio Fábio, pelo esquerdismo, pela
TMI ou pelo antineopentecostalismo, os dois Fernandes estão em “casa” na CH. Se
Carlos disser que o outro Fernandes é especialista em “apologética,” Danilo
devolverá a bajulação dizendo que a CH é a revista evangélica que tem o
jornalismo mais “ético” do Brasil.
Agora, os dois Fernandes se unem, sob o
senhorio de seu patrono espiritual Caio Fábio, para lidar com o que é
aparentemente para eles o “perigo,” a “heresia” e o “comportamento anticristão”
(frases sugestivas da matéria de capa da CH). Nessa matéria, os dois dizem:
“Para Danilo Fernandes, um dos maiores
perigos dessa busca religiosa pelas redes sociais é justamente a falta de
controle e a disseminação de heresias. ‘Isso está em todo lugar. Até gente com
perfis fake atraem seguidores,’ aponta. Conhecido por sua mensagem radical, o
bloqueiro Julio Severo é um desses livre-pensadores que expõem, na grande rede,
as mais diversas ideias. Ninguém conhece seu verdadeiro nome, como se sustenta
e como vive sua fé. A pregação furiosa contra o homossexualismo já lhe rendeu
diversos problemas — em entrevista a CRISTIANISMO HOJE, há cerca de cinco anos,
ele se disse perseguido pelo governo brasileiro e ameaçado de morte — e sua
homepage reúne os próprios textos, além de colaborações e citações de outros
autores. ‘Ele é o cara que ninguém sabe, ninguém viu, mas faz um barulho
danado,’ brinca Danilo. Mesmo assim, tem milhares de seguidores — gente que não
só reproduz o que posta, criando verdadeiros virais, como o defende com unhas
de dentes.”
Um Fernandes diz que ninguém nunca viu
Julio Severo, o outro concorda, e tudo vai na “brincadeira” — ao estilo de
deboche do tabloide que é rotulado de especialista em apologética, sendo levado
a sério em seus boatos. Quando, é claro, a verdade vem à tona, o Fernandes se
safa com a resposta conveniente: “Foi tudo brincadeira!”
Essa brincadeira de mau gosto é, ao
mesmo tempo, uma brincadeira criminosa, pois já fui palestrante em assembleias
legislativas no Brasil, inclusive sendo filmado ao vivo. Os boateiros e
“brincalhões,” é claro, não saberiam explicar como dei palestras para
importantes pastores e líderes políticos e fiz várias viagens aéreas sem ter
nenhuma identidade e sem que ninguém me visse.
Nesse sentido, a apologética virou
sinônimo de brincadeira maliciosa. Virou defesa da mentira esquerdista e
deboches aos opositores dessa mentira. A CH não tem do que reclamar em sua
obsessão e ambição liberal: os dois Fernandes não seguem linhas diferentes nem
têm patronos diferentes.
Quem dá muita credibilidade à CH acaba
engolindo um Genizah — termo que significa “lixo.” E o que acontece com quem dá
muita credibilidade ao “lixo”? Acaba engolindo a CH.
A entrevista que Carlos Fernandes me
fez, em nome da CH em 2009, supostamente para alertar o público evangélico
sobre os perigos da agenda gay, foi um misto de má-fé e “apologética”
esquerdista — a CH ficou na defesa do governo petista, tachando minhas
denúncias desse governo como “suposições,” transformando meus alertas
praticamente em “boatos.” A entrevista completa original está neste link: http://bit.ly/XRENbx
Assim, onde há
boatos (ou do Danilo ou da Magali), a CH santifica os boateiros como indivíduos
competentes e referências cristãs. Onde há alertas genuínos, a CH se empenha em
seu desserviço de “boatizar” os avisos.
O desserviço, porém, vai muito além. Num
artigo intitulado “O perigo da mordaça gay,” que parecia trazer um texto de
alerta, a CH louvou como “conquista” o fato de que o ministro Joaquim Barbosa obrigou os cartórios a realizar
o “casamento” gay.
A CH, quase que soltando fogos de
artifício, disse sobre a medida ditatorial de impor o “casamento” gay no
Brasil: “É o casamento gay, finalmente, sendo reconhecido, após uma batalha
ideológica travada, nos últimos anos, pelos movimentos de afirmação homossexual
— sobretudo em relação à Igreja cristã, sejam as evangélicas ou a Católica.” Da
parte do “jornalista,” nada de condenar a ditatura e a imposição gay. O resto
do texto é muito mais malícia e desconversações, enquanto a revista esquerdista
deixa claro que os beneficiados diretos da medida ditatorial não são pecadores
nem praticantes de abominações, mas simplesmente “homoafetivos,” um termo
inofensivo e politicamente correto que não condiz nem com a Bíblia nem com a
realidade, pois homens que praticam o homossexualismo não são movidos por amor
e afeição, mas por lascívia e pecado. Para entender a diferença entre
homoafetividade e homoerotismo, leia este artigo: http://bit.ly/13Vmnfq
Para aparentar neutralidade, o texto
traz as falas de alguns evangélicos preocupados. Mas a fala do “jornalista,”
que predomina imperiosamente no artigo, não insinua nenhuma preocupação com o
“perigo” que ele mesmo destacou no título. O “jornalista cristão” está à
vontade com os “homoafetivos” e suas conquistas, que são destacadas e
celebradas sem o menor pudor. Há pois uma nítida tensão e contraste entre a
total despreocupação e celebração do “jornalista” e as falas de alguns
evangélicos entrevistados.
E quem é que acredita que a Cristianismo
Hoje leva a sério “O perigo da mordaça gay”? Anos atrás, na entrevista comigo,
o mesmo “jornalista,” Carlos Fernandes, praticamente disse que tal perigo era
pura alucinação minha e de outros cristãos. (A entrevista completa está aqui: http://bit.ly/XRENbx) Fernandes só usará o termo “O perigo da mordaça gay” como arapuca para
atrair a cristãos desavisados. Se fosse sincero, o “jornalista” escreveria um
título em conformidade com suas ideias predominantes no texto: “Venham conhecer
e celebrar comigo as conquistas do movimento homossexual!”
O único motivo por que os apóstatas
estão sempre em evidência é porque as revistas esquerdistas lhes dão holofotes.
Nem sempre a Cristianismo Hoje foi
esquerdista. Em 1956, Billy Graham fundou a revista Christianity Today (cuja
versão brasileira é a Cristianismo Hoje) para fazer frente ao esquerdismo da
The Christian Century, a maior revista protestante nos Estados Unidos da década
de 1950. Mas a Christianity Todayacabou também sendo levada pelas
mesmas poderosas forças esquerdistas que estão engolindo as grandes
denominações protestantes americanas, muitas das quais já está ordenando
pastores gays. Um dos famosos editores da Christianity Today, Philip Yancey, é um escritor progressista com notável
abertura à agenda gay.
A CH tem ou
não tem uma postura a favor do “casamento” gay? Em abril de 2014, o Christian
Post publicou um artigo favorável aos evangélicos esquerdistas que apoiam tal
“casamento.” O papel de desserviço da CH foi retuitar o artigo do Christian
Post. A denúncia desse escândalo está registrada aqui: http://bit.ly/1mLbvs0
As “brincadeiras,” as “boatizações” e os
desserviços da CH, sejam em prol do “casamento” gay, sejam contra seus
opositores — inclusive contra Julio Severo —, são apenas sinais da decadência
do mundo editorial evangélico.
As duas maiores editoras evangélicas do mundo pertencem hoje ao
grupo editorial que publica a Bíblia de Satanás nos EUA. Uma dessas editoras é
a Thomas Nelson, que no
Brasil está sob a direção Omar de Souza, outrora um dos homens fortes de Caio
Fábio, e que em 1995 ajudou a lançar a revista Vinde, que teve
papel midiático importante na esquerdização do público evangélico.
A apostasia chegou, e está deitando e
rolando entre os que publicam revistas e livros evangélicos. Chegou para
combater o “perigo,” a “heresia” e o “comportamento anticristão.” Só na fachada
e no faz-de-conta, claro.
Fonte: www.juliosevero.com
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