segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O UNIVERSO OCULTISTA DE DAVID BOWIE E O SIGNIFICADO DE “BLACKSTAR”


Em meio à morte de David Bowie, seu último álbum, “Blackstar”, é o seu último canto, um fechamento enigmático para uma carreira pontuada por alter-egos de outro mundo e simbolismo esotérico. Nós iremos analisar o significado de “Blackstar” no contexto da carreira de David Bowie.
Poucos artistas podem se vangloriar de uma longevidade como a de David Bowie na indústria da música, visto que sua carreira se estendeu por mais de cinco décadas e produziu 28 álbuns. Ao longo das décadas, Bowie migrou de um gênero musical a outro, e até mesmo de uma persona para outra, mas uma constante permaneceu: uma que estava cercada por uma aura sobrenatural.
Por meio de seu trabalho, Bowie se transformou em um “mestre ascensionado” da música, uma figura meio gnóstica-cristã, que alcançou um elevado nível de iluminação e que procurou transmitir uma mensagem codificada para a humanidade. Embora muitas das excentricidades de Bowie pudessem ser atribuídas às drogas e ao rock and roll, não se pode pintar um quadro completo do artista sem mencionar sua obsessão mais duradoura: o ocultismo ocidental.
David Bowie, nascido como David Robert Jones em 1947, é visto por alguns como uma espécie de “Homem Renascentista”, cuja ‘universalidade’ professa é uma tentativa de mostrar o ápice da evolução por remontar as peças fragmentárias da nossa sociedade. Assim, ele se assemelha a muitos ocultistas.

No entanto, ao contrário da maioria dos ocultistas, Bowie tem riqueza considerável, aclamação crítica, inteligência penetrante e boa aparência duradoura; ele parece estar pronto para atingir alturas e realizações ainda maiores. Qual será a próxima, divindade? Há um elemento de Fausto/Mefistófeles aqui. De que outra forma se pode explicar o auge absoluto da trajetória mundana desse homem? Na verdade, há pessoas que estão convencidas de que seu sucesso gigantesco não existe sem algum tipo de assistência de outro mundo. (…)


No entanto, não se pode ignorar que Bowie construiu sua persona pública de várias peças do quebra-cabeça que são as raízes do ocultismo moderno. Ele estava invocando algumas dessas peças na mais tenra idade de 16 anos. 
 – Peter R. Koenig, The Laughing Gnostic – David Bowie and the Occult
Ao longo de sua carreira, Bowie muitas vezes se transformou em um mero recipiente vazio, visto que ele emprestava seu corpo a várias personas que falavam por ele, muitas vezes comunicando mensagens de profundo significado oculto.
O último álbum de Bowie, “Blackstar”, não é exceção. Na verdade, ele é um capítulo final “meticulosamente planejado”  para o “Livro de Bowie”, que confirma o verdadeiro significado de sua obra e a inspiração oculta por trás dele. Portanto, para compreender “Blackstar”, é preciso primeiro entender algumas de suas imagens mais icônicas.
Bowie Oculto
Se tivéssemos de escolher uma frase que adequadamente resumisse o David Bowie oculto, ela provavelmente seria esta:
Eu estou mais perto da Golden Dawn
Imerso no uniforme de Crowley
Eu não sou um profeta ou um homem da idade da pedra
Apenas um mortal com potencial de um super-homem– Quicksand
Nessas quatro linhas, Bowie revela a fonte de sua visão de mundo esotérica: a sociedade secreta Golden Dawn.

“A Golden Dawn era uma sociedade secreta mágica, uma coroa de glória do renascimento do ocultismo que floresceu no final do século 19 e ensinou uma mistura única de misticismo judaico (chamado Cabala, que também pode ser encontrada no simbolismo de Bowie), viagem astral, magia, yoga, (também praticado por Bowie) e como se comunicar com os anjos e demônios. Para essa última comunhão, é primeiro necessário esvaziar a mente, para dar espaço para o desconhecido entrar – algo que tem uma forte semelhança com o método de Bowie de escrever letras.”
– Ibid.
Quando Bowie afirma que ele está “imerso no uniforme de Crowley”, ele está se referindo a Aleister Crowley, o ocultista britânico dos século 20 que era um membro da Golden Dawn e um dos fundadores da OTO (Ordo Templi Orientis). Ele foi conhecido principalmente pelo seu trabalho nos reinos de Magia Sexual, Magia Negra e sua filosofia, a Thelema .

As técnicas de Magia tornaram-se popularizadas através dos escritos de Aleister Crowley, que foi uma vez membro da Golden Dawn, e mais tarde da Ordo Templi Orientis (OTO), que estava (e ainda está) profundamente envolvida com a magia sexual. A percepção pública tanto da Golden Dawn quanto da Ordo Templi Orientis são organizações pseudo-maçônicas, onde o aspirante (ou membro) passa por estágios de iniciação cerimonial vestindo trajes semi-egípcios – similares ao que Bowie usava para uma sessão de fotos com Brian Ward em 1971.
– Ibid.
Aleister Crowley (esquerda) e David Bowie (à direita) na parte interna da versão em CD de “Space Oddity”.
Em 1976, Bowie declarou:

“Meu interesse principal era na Cabala e no Crowleyísmo. Aquele completamente sombrio e bastante temível mundo dos mortos do lado errado do cérebro”.
– David Bowie, de “Bowie em Bowie: Entrevistas e Encontros com David Bowie” por Sean Egan
Em uma entrevista de 1983, Bowie acrescentou:

“Eu tinha mais que um interesse passageiro em egiptologia, no misticismo e na Cabala. No momento em que parecia transparentemente óbvio qual era a resposta para a vida. Toda a minha vida seria transformada neste mundo de fantasia niilista bizarro de desgraça iminente, personagens mitológicos e totalitarismo iminente.”
– David Bowie, Musician,  maio de 1983
Considerando a importância do ocultismo na vida de Bowie, as personas mais emblemáticas de sua carreira assumiram um nível adicional de significado, um nível que é reforçado em “Blackstar”.
Major Tom
Em 1969, Bowie lançou “Space Oddity”, um single que foi inteligentemente lançado apenas nove dias antes da aterrissagem lunar da Apollo II, tornando-se o tema não oficial desse evento histórico. A canção introduziu Major Tom, um astronauta que foi lançado no espaço e cujo destino final permaneceu incerto. A canção de fato termina com as palavras:

Aqui estou flutuando em volta da minha lata
Muito acima da Lua
Planeta Terra é azul
E não há nada que eu possa fazer
– Space Oddity
Em um nível esotérico, Major Tom representa a ascensão dos mortais em direção à divindade – uma interpretação que é aparentemente confirmada no vídeo de 2015 para a música “Blackstar”.
Em 1972, Bowie introduziu um novo alter-ego que, ao invés, desce à terra dos céus.
Ziggy Stardust
As duas formas de Ziggy Stardust. Na esquerda ele enfatiza o sinal do “um olho” (do álbum Alladin Sane) e a outra enfatiza a glândula pineal, também conhecida como o terceiro olho (da The Riseand Fall of Ziggy Stardust and The Spiders of Mars).
Para seu quinto álbum, Bowie lançou o alter-ego Ziggy Stardust, uma estrela do rock alienígena andrógina que foi enviada pelo “Infinitos” para anunciar a vinda dos “Starmen” para a Terra.
Na performance visionária de Bowie, a civilização estava desmoronando e os ‘Infinitos” chegariam. Ziggy Stardust foi enviado para anunciar a vinda desses ‘starmen’ trazendo esperança. Ziggy é seu profeta, o messias que se leva para alturas espirituais incríveis, e é mantido vivo pela devoção de seus discípulos. Quando os Starmen finalmente chegarem, eles pegarão pedaços de Ziggy para que eles possam manifestar-se como seres físicos reais. Eventualmente eles o destruirão em pedaços no palco durante a performance da música “Rock’n’Roll Suicide”. No momento da morte de Ziggy, os Starmen assumiriam a sua essência, e se tornariam visíveis.– Ibid.
Com Ziggy Stardust, Bowie encarnou o arquétipo do “deus que morre”, um salvador enviado de cima, que acaba por sacrificar a sua vida.
A natureza andrógina de Ziggy Stardust representa ocultamente um estado de nível espiritual mais elevado. No ocultismo, o mais alto estágio de iluminação é alcançado através da interiorização da dualidade e o equilíbrio entre forças opostas – o bem e o mal, ativa e passiva, sexo masculino e feminino. Esse conceito é simbolicamente representado pelo hermafrodita de chifres, deus Baphomet. Ele também é representado no simbolismo alquímico como o Andrógino alquímico.
Este símbolo do Turbæ Philosophorum (1750) representa uma figura hermafrodita como a realização da obra-prima. Os princípios ativos e passivos da Natureza foram muitas vezes representados por figuras masculinas e femininas, e quando esses dois princípios foram harmoniosamente conjugados em qualquer uma natureza ou corpo era costume simbolizar esse estado de equilíbrio perfeito 
pela figura composta mostrada acima.
Ziggy Stardust também encarna a oposição dos mundos espirituais e materiais: Embora ele represente um alto nível de iluminação espiritual, ele também é uma estrela do rock bissexual, promíscua e voltada ao uso de drogas pesadas.
Ao contrário do Major Tom que subiu da terra para o céu, Ziggy Stardust desce dos “céus”. Ele é um “ser superior” que toma a forma de um ser humano, a fim de comunicar uma mensagem, não muito diferente de Jesus Cristo.
Station to Station
Em 1976, Bowie lançou “Station to Station”, um álbum que ele alegou mal se lembrar da gravação, principalmente devido ao uso pesado de cocaína. Ele ainda acrescentou que era o trabalho de “uma pessoa completamente diferente”.

“O próprio Bowie se lembra de quase nada da produção do álbum, nem mesmo do estúdio, depois de admitir:” Eu sei que foi em Los Angeles, porque eu li que era”.


Apesar desse fato, o álbum tratava de simbolismo oculto pesado. A música “Station to Station”, referia-se a viajar através da Árvore da Vida Cabalística.
Aqui estamos nós
Um movimento mágico
de Kether a Malkuth– Station to Station
“Kether” e “Malkuth” são dois dos 10 elementos da Árvore da Vida Cabalística – as partes mais altas e mais baixas, respectivamente.
Se você seguir o caminho descrito por Bowie acima, Keter a Malkhut descreve a descida da Divindade para o reino físico. tema da “descida dos céus” sempre foi o cerne do trabalho de Bowie.  
Em uma entrevista de 1997, Bowie se expande sobre o significado “mágico” da canção e como nenhuma fonte mainstream nunca falou sobre isso.
“A faixa ‘Station to Station’ em si está muito preocupada com as estações da cruz. Todas as referências dentro da peça têm a ver com a Cabala. É o álbum mais próximo de um tratado de magia que eu escrevi. Eu nunca li um comentário que realmente o pegasse. É um álbum extremamente escuro. Tempo miserável de se viver, devo dizer.”– Q Magazine, ChangesFiftyBowie, 1997
Na arte da capa do álbum encontramos Bowie desenhando a Árvore da Vida Cabalística:
Bowie desenhando a árvore da Vida cabalística.
Várias décadas depois, em 2015, Bowie é confrontado com sua própria mortalidade e sente a necessidade de oferecer aos fãs uma oferta final. “Blackstar” toma todos os elementos mencionados acima (e mais) para criar um drama final enigmático e ritualístico.
Blackstar
Lançado dois dias antes de sua morte, “Blackstar” é o último canto de David Bowie em que ele embrulha-se da mitologia que ele cultivou durante cinco décadas. O vídeo do mesmo nome é um amontoado de imagens sombrias. No centro de tudo: um ser humano se tornando um deus.
O vídeo começa com um astronauta morto em um planeta remoto.
É este o Major Tom? Será que estamos vendo o seu lugar de descanso final? Uma menina abre o capacete do astronauta e encontra um crânio ornamentado.
 O crânio incrustado de pedras preciosas representa a ascensão do astronauta em divindade.
O crânio é então reverenciado como algum tipo de artefato dos deuses.
A “grande sacerdotisa” guardara o crânio entre duas fileiras de mulheres que não conseguem parar de tremer na sua presença.
Cantado num ritmo de encantamento, a letra da primeira estrofe alude a um ritual oculto:
Na vila de Ormen, na vila de Ormen
Há uma vela solitária, ah-ah, ah-ah
No centro de tudo, no centro de tudo
Seus olhos
No vídeo, os homens e mulheres são separados, o que transmite a ideia de duas energias opostas (masculina e feminina). Ambos os grupos acabam fazendo-nos assistir a um ritual de magia sexual indireto.
De um lado, as mulheres “assumem a posição”.
Por outro, os três espantalhos crucificados (que parecem ser animados por uma força profana), movem os quadris de uma forma sugestiva.
A combinação de magia sexual com a distorção da crucificação de Cristo dá ao vídeo uma forte direção “Crowleyiana”.
Em uma entrevista, o diretor do vídeo, Johan Renck, discute Crowley.
“Bem, eu sou um grande fã Crowley, sempre fui. Eu tentei fazer um filme sobre a sua vida há alguns anos atrás, mas nós não conseguimos organizá-lo. Eu amo Crowley por ser um homem audacioso em determinado ponto no tempo. Acho que ele foi muito mal compreendido. Ele era um bom rapaz, mas ele foi retratado como um homem mau e ele não era.”– Vice News, Behind “Blackstar”: uma entrevista com Johan Renck, o Diretor de David Bowie’s Ten-Minute Short Film
O nome do álbum em si, “Blackstar”, refere-se a um conceito oculto importante: o Sol da Meia-Noite.
“Apuleius disse ao descrever sua iniciação:” À meia-noite eu vi o sol a brilhar com uma luz esplêndida.” O sol da meia-noite também foi parte do mistério da alquimia… Ele simbolizava o espírito no homem que brilha através da escuridão de seus organismos humanos. Ele também se referiu ao sol espiritual no sistema solar, o que o místico podia ver, bem como à meia-noite quanto ao meio-dia, sendo a terra material impotente para obstruir os raios desse orbe Divino. As luzes misteriosas que iluminavam os templos dos mistérios egípcios durante as horas noturnas foram ditas por alguns como reflexos do sol espiritual recolhidos pelos poderes mágicos dos sacerdotes. A luz estranha vista dez milhas abaixo da superfície da terra por EU-SOU-O-HOMEM naquela notável alegoria maçônica Etidorfa (Afrodite soletrado de trás pra frente) pode muito bem se referir ao sol da meia-noite misterioso dos antigos ritos”. – Manly P. Hall, The Secret Teachings of All Ages
Tendo em mente a morte iminente de Bowie, a letra da canção assume um significado muito pessoal:
Alguma coisa aconteceu no dia em que morreu
Espírito subiu um metro e afastou
Alguém tomou o seu lugar, e gritou bravamente
(Eu sou uma estrela negra, eu sou uma estrela negra) – Blackstar
Bowie está se referindo a sua própria morte? Ele está se referindo ao seu corpo sem espírito sendo tomado por uma “estrela negra”? Esta é mais uma alusão a Bowie sendo “tomado” por um ser misterioso, que afirma:
Eu sou o Grande Eu Sou (eu sou uma estrela negra)
“Eu Sou o que Sou” é a resposta de Deus usada na Bíblia hebraica, quando Moisés perguntou seu nome.
No vídeo, Bowie interpreta o papel de três personagens distintos.
 O “seguidor cego” com botões ao invés de olhos. Este personagem representa o homem simples, ignorante.
O pregador propagando o “Livro de Blackstar” – com seguidores estupefatos atrás dele. 
O “malandro flamboyant” que parece ter tomado conta do corpo envelhecido de Bowie com maneirismos excêntricos.
Por isso, o vídeo retrata as várias camadas associadas com o conhecimento oculto. Há aqueles que estão em contato direto com a sua “verdadeira fonte” enquanto as massas cegas são fascinadas por uma versão bastarda da mesma, vendida por figuras carismáticas. David Bowie indica que ele é, simultaneamente, um homem simples, cego e um iniciado oculto – um “blackstar”.
Lazarus
O vídeo final de Bowie mostra o nome de uma figura bíblica significativa: Lázaro.
“A Ressurreição de Lázaro”, de Rembrandt
No Novo Testamento, Lázaro morreu de uma doença e foi ressuscitado quatro dias depois por Jesus Cristo. No contexto da doença terminal de Bowie, o título Lázaro transmite a ideia da imortalidade, enquanto brinca com a ideia constante de ele ser de “um outro mundo”.
No vídeo, Bowie interpreta o papel dos mesmos personagens como em “Blackstar”.
No papel do “homem cego” Bowie é um ser humano velho que está fisicamente fraco, colocado em seu leito de morte e com medo do que está por vir.
Olha aqui, eu estou no céu
Eu tenho cicatrizes que não podem ser vistas
Eu tenho drama, não pode ser roubado
Todo mundo me conhece agora– Lazarus
A partir de uma cômoda no canto da sala (possivelmente simbolizando um portal para outra dimensão), surge outro Bowie, o flamboyant, eternamente jovem Bowie.
 Este Bowie não está morrendo – ele até mesmo dá alguns passos de dança. 
 O traje vestido por este Bowie refere-se a uma relíquia específica de seu passado.
 Bowie usa a mesma roupa, como visto na capa de “Station to Station”, no qual ele está desenhando a Árvore da Vida Cabalística.
Tal como indicado acima, de acordo com Bowie, esse álbum de 1976 foi escrito “por uma pessoa totalmente diferente”.
Em “Lazarus”, nós testemunhamos o retorno desse ser imortal.
Com maneirismos teatrais, este Bowie escreve fervorosamente, como se estivesse animado por uma força superior. É esta a fonte de inspiração de Bowie ao longo dos anos?
Em um ponto, vemos o crânio de Blackstar, o que implica que é este Bowie que possui o conhecimento oculto secreto.
Embora o corpo mortal de Bowie tenha sucumbido à doença física (que é o destino final de todos os seres humanos), outra parte dele vive, esse ser sobrenatural que assumiu seu corpo ao longo de sua carreira.
O vídeo termina com o Bowie oculto recuando de volta para o armário e fechando a porta.
Em “Lazarus”, portanto Bowie despede-se do mundo físico, mas nos lembra que uma parte dele continua vivendo… aquela mesma parte dele que subiu ao espaço como Major Tom e desceu à Terra como Ziggy Stardust. Esse Bowie viaja a partir do físico para o mundo espiritual com a mesma facilidade como ele viaja de “Station to Station”, através da Árvore da Vida Cabalística.
Conclusão
Embora a carreira de David Bowie tenha durado várias décadas, produzido 28 álbuns, e explorado todos os tipos de conceitos enigmáticos, um aspecto manteve-se constante: ele projetou a aura de um ser de outro mundo, aquele que realmente não pertence à Terra, que às vezes parecia ser tanto espiritualmente iluminado quanto possesso por demônios.
Seu último álbum, “Blackstar”, é uma continuação direta do “mitos de Bowie”. Meticulosamente planejado para transformar sua morte em uma obra de arte. “Blackstar” une vários momentos icônicos da carreira de Bowie em uma narrativa final, que confirma a extrema importância do ocultismo em seu trabalho.
“Lazarus”, o presente de despedida final de Bowie, transmite uma mensagem importante: Bowie era uma vaso para algo maior, algo mais profundo, algo mais escuro, e algo mais profundo do que a maioria já percebeu. Alegando ser o “Eu sou o Grande Eu Sou”, esse Ser deu a Bowie inspiração para se tornar um ícone imortal e levar seus fãs a apoiarem a declaração de que “Bowie é Deus”.
Bowie foi realmente influenciado por forças ocultas invisíveis ou era simplesmente um artista brilhante com uma propensão para o teatro? Nós não temos que nos perguntar. Bowie respondeu a essa pergunta há muito tempo:
Eu estou mais perto da Golden Dawn
Imerso em uniforme de Crowley
Eu não sou um profeta ou um homem da idade da pedra
Apenas um mortal com potencial de um super-homem

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é importante! Através dele terei oportunidade de aprender mais! Muito obrigado!