As fortalezas da iniqüidade derivam-se dos pecados dos pais que produzem iniqüidades ou fraquezas para com certos tipos de pecado, nas gerações seguintes.
Minha compreensão inicial a esse respeito ocorreu quanto tive de tratar com iniqüidades pessoais que passam de uma geração para outra.
Mais tarde, cheguei a entender que essas iniqüidades também operam em culturas e acabam escravizando, algumas vezes chegando a amaldiçoar nações inteiras, devido aos pecados de seus fundadores.
E essas fortalezas também afetam denominações e igrejas, onde os pecados dos líderes tornam-se fortalezas ou iniqüidades nas gerações sucessivas daquelas denominações ou igrejas.
Pois isso pode escancarar a porta para poderes demoníacos que façam esses pecados entrarem numa igreja.
Mas essas iniqüidades com freqüência ficam escondidas por meio das tradições eclesiásticas.
A fortaleza do tradicionalismo pode produzir o legalismo.
As culturas que têm suas raízes na veneração dos ancestrais mostram-se especialmente susceptíveis a isso.
Certa igreja em outro país recusou-se a permitir que se escavasse o terreno em volta de uma gigantesca árvore apodrecida, para que esta fosse arrancada e cedesse lugar a um novo edifício, porque o fundador da igreja tinha plantado aquela árvore noventa anos antes.
Esse tipo de legalismo deixou os membros daquela igreja vulneráveis diante da servidão aos demônios.
Outra igreja era conhecida por sua história de pecado sexual.
Os pastores e demais líderes arrependeram-se desses pecados na vida da igreja deles.
Chegaram mesmo a remover a pedra de esquina de seu templo, que fora lançada pelo pastor que tinha cometido um sério pecado de natureza sexual. Puseram no lugar dela uma nova pedra de esquina, em nome de Jesus.
Então ordenaram que toda contaminação e pecado do fundador de sua igreja fossem quebrados.
Em resultado, eles conseguiram anular o poder do pecado sexual em sua igreja. E a atmosfera espiritual mudou.
As nações também cometem iniqüidades.
Os pecados dos fundadores de uma nação e os habitantes daquela nação podem atrair o juízo divino contra ela.
Muitos crentes de hoje estão orando as Escrituras, com base em 2 Crônicas 7.14: "Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra".
"Sararei a sua terra." Esse é um conceito bíblico interessante.
Daniel compreendeu bem essa questão, quando estava orando e clamando a Deus como segue: "Pecamos, e cometemos iniqüidade..." (Dn 9.5).
Neemias confessou ao Senhor: "Também eu e a casa de meu pai pecamos" (Ne 1.6).
E ele também confessou os pecados de Israel, sua nação.
Os pecados das nações podem produzir fortalezas espirituais de âmbito nacional, e estas afetam muitos aspectos da cultura do povo que vive naquele país.
Esses pecados também podem dar aos poderes demoníacos territoriais o direito legal de demonizarem a cultura daquela nação.
Em coisas assim é que consistem as portas do inferno.
Poderemos postar-nos de pé na esquina de uma rua, o dia inteiro, gritando para que o diabo abandone a nossa cidade.
Mas estaremos agindo por pura presunção e apenas fazendo barulho, se Satanás tiver o direito legal de governar, mediante os pecados dos habitantes daquela cidade.
Quais são os pecados nacionais capazes de produzir fortalezas espirituais?
Como podemos descobrir as iniqüidades de uma nação?
Quais passos devemos tomar em oração, a fim de abandonarmos os nossos caminhos ímpios e quebrar as iniqüidades que escravizam as nossas nações?
Essas são perguntas fundamentais em um mapeamento espiritual. Algumas das respostas serão descritas, detalhadamente, nas próximas publicações.
Fonte: Dest. Fort., Cap. 3 – C. Peter Wagner
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