A camareira que acusou o ex-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, de agressão sexual prestou falso testemunho ao júri. Ela teria omitido o fato de que limpou outro quarto antes de transmitir ao supervisor do hotel a denúncia de que havia sido sexualmente atacada, revelaram os promotores nesta sexta-feira (1º).
- A autora da queixa desde então admitiu que este testemunho era falso e que, por trás do incidente no quarto 2086, procedeu a limpar um quarto próximo e depois voltou ao quarto 2086 e começou a limpá-lo antes de reportar o incidente a sua supervisão.
A Justiça dos Estados Unidos decidiu hoje libertar da prisão domiciliar Strauss-Kahn sem pagamento de fiança. O juiz Michael Obus justificou a decisão citando os novos fatos levantados pela promotoria.
- Entendo que as circunstâncias desse caso mudaram substancialmente e concordo que o risco de que ele não compareça aqui diminuiu consideravelmente. Eu libero o sr. Strauss-Kahn sem o pagamento de fiança.
Strauss-Kahn deixou a Corte acompanhado de sua mulher, Anne Sinclair. O juiz suspendeu a prisão domiciliar e concordou em retornar o valor pago de fiança, de R$ 1,55 milhão (US$ 1 milhão), além do seguro de R$ 7,7 milhões (US$ 5 milhões).
A Corte, porém, não devolveu o passaporte para o francês, já acusação não foi retirada e o caso permanece aberto.
Caso ainda não terminou e acusação protesta
Ao ver Strauss-Kahn sorrir no tribunal, o juiz Obus alertou para o fato de que o processo ainda não terminou.
- Este caso não terminou, embora o senhor possa ter entendido assim. Deve se apresentar neste tribunal no dia 18 de julho. Espero que o senhor assim o faça.
Segundo a agência de notícias France Presse, o procurador de Manhattan pode vir a pedir um arquivamento do caso Strauss-Kahn, admitiu um dos advogados da suposta vítima.
No entanto, ao término da audiência, o advogado de acusação, Kenneth Thompson, assinalou que "há exames médicos que evidenciam que Dominique Strauss-Kahn atacou a vítima e causou-a dano". Ela alega que entrou no quarto de hotel, onde o então chefe do FMI estava hospedado, acreditando estar vazio.
Thompson acrescentou que a alegação apresentada pela defesa de que o francês e a camareira tiveram relação sexual consentida "é uma mentira".
- Isso é a única novidade que a defesa apresentou.
Questionado sobre a alegação da defesa de que teria descoberto supostas "mentiras" da camareira guineana, de 32 anos, quando ela pediu asilo político nos Estados Unidos, Thompson assinalou que "a vítima decidiu por si mesma dizer a verdade sobre como chegou a este país".
FONTE: R7
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