quarta-feira, 17 de agosto de 2011

POR QUE TEMOS MEDO DE JULGAR?

QUEM É VOCÊ PARA JULGAR?
Autor: Erwin W. Lutzer
Aprendendo a distinguir entre as Verdades, as Meias-verdades e as Mentiras
Ouve um tempo em que a verdade importava!
A verdade ainda é importante?
As vezes, a verdade importava tanto que o amor ficava em segundo plano.
Se formos pesquisar os escritos dos reformadores descobriremos que com muita freqüência a verdade se sobrepunha ao amor(caridade) e a pessoa ter razão sempre era mais importante que ser amável.
O que é preocupante é o fato de hoje em dia estarmos mais inclinados ao oposto extremo.
O amor tem substituído a verdade, e no que diz respeito a unidade, tem sido considerado mais importante que qualquer doutrina, inclusive a mensagem do evangelho.
O argumento é: “melhor tolerar a heresia do que parecer desamoroso para o mundo”.
Sob o lema da unidade, quase toda a divergência doutrinária é tolerada e a imoralidade é prontamente perdoada.
Nós podemos não concordar com todas as atitudes dos reformadores, mas o exemplo deles é um antídoto necessário para nossas atitudes e estilos de vida permissivos.
Os reformadores diriam que ninguém jamais conseguiu o céu só porque era amoroso; se alguém deseja ir para o céu precisa da verdade não de amor!
Jesus mesmo demonstrou que um espírito amoroso não é incompatível com as advertências acerca do erro e até mesmo denúncia de falsos mestres.
É será que temos falsos mestres hoje por ái?
Onde colocamos o limite? Em que ponto precisamos dizer: Basta!
Já chega!
Não devemos divergir nas questões dispensáveis; não devemos tratar os outros crentes com uma atitude arrogante, como se fôssemos os únicos a estar certos.
Mas, ao mesmo tempo, devemos de soar a trombeta; devemos de conclamar a Igreja para que ela seja diferente do mundo.
Precisamos valorizar e defender a verdade, mesmo quando corrermos o risco de sermos mal-entendidos ou causar um rompimento na comunhão pessoal.
É tempo de buscarmos discernimento! E o que seria isso? Competência para distinguir o falso do verdadeiro, ou melhor, o falso do meio-verdeiro.
Nossa tarefa é refletir sobre como as dimensões religiosas e morais de nossa cultura tem afetado a Igreja e o que fazer a respeito.
Por que temos medo de julgar?
O mundo está se infiltrando na igreja tão rapidamente que ficamos imaginando quanto tempo ela resistirá.
Aceitamos os valores do mundo; seu entretenimento, sua moral, suas atitudes.
Temos aceitado do mundo a sua tolerância, sua insistência em nunca desafiarmos as convicções particulares das pessoas quer dentro quer fora da Igreja.
Existem pessoas e igrejas que estão causando grande impacto em favor do evangelho, glória a Deus!
Mas na maioria dos casos nos colocamos numa posição confortável que exige pouco e faz pouca diferença no mundo.
Quando o mundo vem em nossa direção nós o abraçamos sem nenhum peso na consciência.
Acontece que a igreja que anda de mãos dadas com o mundo é incapaz de influenciá-lo para alguma mudança.
Hoje existe a idéia de que vários pontos de vista devem ser aceitos.
Se você parar alguém na rua e perguntar o que ele pensa de Jesus Cristo, provavelmente receberá uma resposta favorável.
Essa pessoa descreverá Jesus Cristo como um bom meste ou como alguém que ensinou sobre o amor. Coisas assim.
O fato é que o mundo fala bem de Jesus Cristo, porque na verdade não compreende quem de fato foi (e é) Jesus, e por que ele veio a terra.
Ouça as próprias palavras de Jesus: “Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece” (Jo 15:18,19)
Lembre-se deste principio: Quanto mais o mundo entende o propósito da vinda de Jesus, mais o odeia.
O que o mundo valoriza, Cristo menospreza; o que Ele ama, o mundo odeia.
O comentarista F. B. Meyer escreveu: “Entre tais opostos irreconciliáveis como a Igreja e o mundo não pode haver senão antagonismo e discussão. Cada um estima e busca o que o outro rejeita e menospreza. Cada um é dedicado a fins que são hostis aos mais preciosos interesses do outro”
E o fato é que hoje em dia, a maioria dos cristãos acha que é possível seguir Jesus sem abandonar os princípios que o mundo apresenta.
No passado uma vida de piedade era definida como coisas que não devíamos fazer. (futebol, cinema, álcool, cigarro, etc.)
Mas pelo menos éramos ensinados que algumas coisas eram certas e outras, eram erradas; havia uma tentativa, ainda que imperfeita, de distinguir a Igreja do mundo.
E aí surgiu uma geração que afirmou ser mais sábia que seus pais. Que diziam que a lista de “pecados mundanos” era artificial e que tinham que tomar suas próprias decisões sobre esses assuntos.
Os cristãos mais velhos (experientes), que conheciam o coração melhor que esta geração, avisaram que se começássemos a tolerar o mundanismo chegaria o tempo em que a Igreja ficaria cheia de “crentes mundanos”.
E esse dia chegou! Esse dia é hoje!
A igreja está cheia de “crentes mundanos”
Pesquisas informam que a diferença entre a igreja e o mundo é, de certa forma, indistinguível.
Os pecados do mundo estão na Igreja: imoralidade, pornografia, entretenimento picante, materialismo, etc.
Oficialmente acreditamos que sem confiar em Jesus como Salvador as pessoas estão perdidas; extra-oficialmente, agimos como se o que as pessoas crêem e o modo como realmente se comportam não tem importância.
Nossa luz já não ilumina mais e nosso sal perdeu o sabor!
Muitos afirmam que não temos o direito de julgar o estilo de vida ou crenças de quem quer que seja.
O fato é que perdemos a competência de julgar o mundo porque perdemos a competência de nos julgar.
Afirmamos e defendemos certos princípios e, depois, agimos como se ele não importassem.
Não é de admirar que o versículo mais citado da Bíblia não seja “Porque Deus amou o mundo” (Jo. 3:16), mas “ Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt. 7:1).
Mesmo no meio evangélico chegamos a ouvir: “Quem é você para julgar?”
A implicação prática deste tipo de pensamento é que não temos o direito de dizer: “Este estilo de vida é errado”, ou: “Isto é heresia”, ou ainda: “Este pregador é um falso mestre”.
A frase que melhor que descreve nossa atitude é: “Qualquer coisa serve”.
E como chegamos a esta situação? Por que achamos tão difícil dizer que algumas opiniões religiosas são erradas? Ou alguns tipos de comportamentos são pecaminosos?
Por que permitimos que tanto de Hollywood e novelas, entre em nossas casas, fingindo que nós e nossas famílias não somos influenciados pelos produtos oferecidos pela indústria do entretenimento?
Por que permitimos que falsos mestres e profetas prosperem sem advertirmos o povo de Deus?
Por que há várias formas de ocultismo em prática?
Bibliografia
LUTZER, Erwin. Quem é você para julgar: Aprendendo a distinguir entre as verdades, as meias-verdades e as mentiras. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. 13 p.

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