No
passado dia 14 de Abril, quarta-feira, do ano corrente de 2010, o Preceptório Madras do Grande Priorado Templário do
Brasil, na cidade de São Paulo, pelas 22:00 horas, em sessão magna
conferiu no seu Templo o DIPLOMA Mérito
de Honra e a CRUZ
TEMPLÁRIA Mérito
Madras ao
conterrâneo português Vitor Manuel Adrião, escritor, professor e dirigente da Comunidade
Teúrgica Portuguesa.
A iniciativa da homenagem ao ilustre autor lusitano partiu de Wagner
Veneziani Costa, detentor de alto Grau na Maçonaria Templária Brasileira e
proprietário da Madras Editora, a maior empresa editorial e distribuidora
de literatura espiritualista na América do Sul.
Acompanhado da sua esposa, Ilda Esperança Carreiras, Vitor
M. Adrião recebeu as homenagens dos confrades brasileiros confessando-se, no
final, comovido, tendo atribuído um significado profundo ao nobre gesto
afirmando que «estreitou mais ainda a
relação humana e espiritual entre Portugal e o Brasil, a Teosofia e a Maçonaria, a Teurgia e o Templo, assim fincando o
EQUILÍBRIO Passado – Presente – Futuro».
Vindo diretamente da Capital Espiritual do Brasil, São
Lourenço (Sul de Minas Gerais), para a capital paulista, a caminho de Portugal,
quis a Lei de CAUSALIDADE que Vitor Manuel Adrião recebesse os meritosos
galardões precisamente em 14 de Abril, data do RENASCIMENTO
DE AKBEL, e numa quarta-feira, dia de MERCÚRIO,
consequentemente, consagrado ao mesmo AKBEL como
Luzeiro desse Globo. Mais uma prova indiscutível da ligação
espiritual do autor ao Luzeiro na pessoa do saudoso Professor HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA,
consignado MESTRE JHS por Teúrgicos, Teósofos, Eubiotas, Maçons, Rosacruzes, etc.
Após,
Vitor Manuel Adrião predicou de improviso dirigindo-se à assembleia com
saudações iniciais aos dignitários do Preceptório:
FONTE: LUSOPHIA
Antes da imposição e entrega da cruz e diploma, o Senescal do
Preceptório Madras, Wagner Veneziani Costa, fez a apresentação do
ilustre visitante português aos presentes, descrevendo a sua biografia e obra.
– Eminentíssimo e Supremo Grão-Mestre, Sr. Mário Sérgio Nunes da
Costa.
– Senescal Sr. Dr. Wagner Veneziani Costa.
– Exmos. Srs. Grão-Mestres Passados
Santiago Ansaldo
Manoel de Oliveira
– Eminente Preceptor do Preceptório Madras,
Gerson Magdaleno.
– Demais Autoridades, Respeitáveis Cavaleiros
Tribunos do Edifício Magno do Grande Arquitecto Do Universo!
– NON NOBIS, DOMINE, NON NOBIS, SED NOMINE TUO DA GLORIAM!
Iniciou com a evocação da frase do Salmo 115:1 de David, que a
primitiva Ordem dos Cavaleiros Pobres de Cristo e do Templo de Salomão adoptara
por divisa: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Teu Nome dá a Glória”.
Interessante causalidade: no reverso da cruz templária imposta a
V.M.A., o designer da mesma gravou-lhe exactamente o número 115!
Prosseguiu
desenvolvendo em síntese os nove (eis outra causalidade, a ver com a data do
dia marcada no M. A.) artigos seguintes:
Primeiro –
Fundação em 1118, a pedido de Hugues de Payens a Balduíno II, nas estrebarias
das ruínas do Templo de Salomão em Jerusalém, da Ordem Militar dos Cavaleiros
Pobres de Cristo e do Templo de Salomão, por nove cavaleiros penitentes
europeus, dos quais o nono, Arnaldus ou Arnaldo, seria possivelmente português.
Segundo – S.
Bernardo de Claraval, a Regra, os Estatutos. Reconhecimento oficial da Ordem em
1128, aquando do Concílio de Troyes, com a presença do mesmo S. Bernardo, primo
do Conde D. Henrique de Borgonha, pai de D. Afonso Henriques, primeiro rei de
Portugal.
Terceiro – Findar
trágico da Ordem em 23 de Abril de 1312, após o papa Clemente V, “capataz” do
ambicioso e cruel rei de França, Filipe IV, ter emitido a bula Vox
Clamantis que aboliu
a Milícia.
A sexta-feira 13 é data para sempre considerada
azarenta pela crença popular, desde que na madrugada de sexta-feira de 13 de
Outubro de 1307 começou a prisão em massa dos cavaleiros templários em Paris.
Quarto –
Evangelhos sinópticos e gnósticos.
Quinto – Gnose
cristã e Islão sufi.
Sexto –
Baphometh e Carvoarias.
Sétimo – Ideia
gnóstica de Jesus Cristo, Maria Madalena e o Santo Graal.
Oitavo – A
frota templária, o almirante D. Fuas Roupinho e a busca da Ilha Brasil.
Neste artigo oitavo, Vitor Adrião descreveu:
«O nome Ínsula Brasil já era conhecido de há muito,
por certo graças à herança documental e cartográfica dos antigos navegadores
fenícios e árabes que a Marinha Templária possuiria e depois a Escola Náutica
de Sagres ligada à Ordem de Cristo através do Infante D. Henrique, seu
Administrador Geral. Com efeito, os cartógrafos medievais destacam nas suas
cartas náuticas o nome da terra Brasil, como é o caso da
Carta de Pizigano, de 1367, do Atla de Andrea Bianco, de 1436, ou da Carta de
Bartolomeu Pareto, 1455. Por seu turno, aquando da viagem à Índia do almirante
Vasco da Gama, em 1498, ele navegou para Ocidente e ancorou defronte a terra
firme e larga, que os historiadores consideram hoje ter sido o Brasil, antes de
retomar a marcha para Oriente. Já antes, em 1487 e 1488, Pedro Vaz da Cunha, o
“Bizagudo”, e João Fernandes de Andrade navegaram do Golfo da Guiné para o
Brasil. Duarte Pacheco Pereira, autor do famoso Esmeraldo
de Situ Orbis, também para aí se dirigiu várias vezes antes de
Pedro Álvares Cabral em 1500, data oficial da sua Descoberta (vd. a minha História
Secreta do Brasil (Flos Sanctorum Brasiliae), Madras Editora, S.
Paulo, 2004). Antes de todos esses e segundo Assis Cintra baseado nos escritos
do jesuíta Manuel Fialho, o capitão de mar Sancho Brandão, que pertencera à
Marinha de Guerra da Ordem do Templo e terá se transferido para a de Cristo,
teria chegado numa expedição de reconhecimento à “Ilha perdida do Mar do
Ocidente”, mais além das Canárias e apontada como o Brasil, notícia comunicada
por D. Afonso IV de Portugal ao Papa Clemente VI em 12 de Fevereiro de 1343 (St. Brendan´s Search for Paradise,
in A brief history of the European Mith of de Garden.
Press American Studies and the University of Virginia, 2001). Muito
possivelmente já nos anteriores séculos XII e XIII haveriam navegações de longo
no Mar Ocidental à Ínsula Brasil, pois esse
nome era muito comum nas falas lisboetas do século XIII por ser aplicado para
designar os carvoeiros da cidade como os “brasis”, certamente alcunha
comparativa entre esses que manuseiam o carvão e o estado sujo, lastimoso em
que regressavam à terra aqueles marinheiros de mar alto que a História traz
esquecidos.»
Nono – Ode ao
Brasil.
Aqui o autor exaltou o Brasil, «Terra das Brasas do Fogo Sagrado
(AGNI), Santuário de Iniciação do Género Humano a caminho da Sociedade futura»,
evocando em encómio o Padre António Vieira, arauto do V Império da Humanidade,
Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”, protomártir da Liberdade,
Fernando Pessoa, Agostinho da Silva e HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA, «que
singularmente lavrou e juntou as Quinas de Portugal com as Estrelas do Brasil
por uma Sabedoria de Deuses que, a falarem português, bem poderão conclamar, os
homens também, que DEUS É BRASILEIRO»!
Levantando
a destra, terminou abençoando a assembleia:
– Em Nome do Divino Espírito Santo, em Nome do Cristo Universal de
quem sou Sacerdote segundo a Ordem e Rito de Melkitsedek, vos abençoo a todos
conclamando-vos a Obreiros da Evolução do Homem que começa por vós mesmos!
Sim, em Nome da Augusta e Santíssima Ordem do Santo Graal, dos
Poderes Únicos da Montanha Sagrada de Sintra, vocacionada à Realização de Deus
no mesmo Homem, assim como também em Nome da Comunidade Teúrgica Portuguesa,
onde também sou Vigilante Silencioso mesmo falando alto a Voz de Deus que aqui
me traz, vos abençoo a todos, a guisa de amorável retribuo em receberdes minha
humilde pessoa na grandeza de vosso ilustre meio!
A Paz da Pax seja convosco! Ad Majorem Dei Gloriam! Adveniat Regnum
Tuum! Bijam.
Muito obrigado pela graça das vossas atenções. Tenho dito.
FONTE: LUSOPHIA
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