O convite do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a
ex-ministra do meio ambiente, a evangélica Marina Silva, para a abertura dos
Jogos Olímpicos de Londres, causou desconforto entre os representantes do
governo brasileiro presentes no evento.
Sem o conhecimento do governo a
ex-ministra, que é reconhecida internacionalmente por seu trabalho de
defesa do meio ambiente, entrou na cerimônia carregando a bandeira com os anéis
olímpicos juntamente com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o maestro
argentino Daniel Barenboim e prêmios Nobel.
- Marina sempre
teve boa relação com as casas reais da Europa e com a aristocracia europeia.
Não podemos determinar quem as casas reais escolhem, fazer o quê? – criticou o
ministro do Esporte, Aldo Rebelo, adversário político de Marina na polêmica do
Código Florestal.
O presidente da
Câmara, Marco Maia, de disse surpreso com a presença da adversária política da
presidente Dilma, e afirmou que o COI deveria ter feito um melhor trabalho de
comunicação com o governo brasileiro.
- É óbvio que
seria mais adequado por parte do COI e da organização do evento que houvesse um
diálogo de forma mais concreta com o governo brasileiro para a escolha das pessoas
– afirmou Maia.
De acordo com o
Estadão, um membro da delegação brasileira, que pediu para não ser
identificado, chegou a afirmar que o convite do COI a Marina Silva foi o
equivalente a convidar um membro da oposição britânica para um evento no Brasil
que tenha o governo de Londres como convidado especial.
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