O engajamento de lideranças cristãs em defesa de princípios pregados a
partir de conceitos bíblicos, em questões como o debate a respeito de leis para
combater a homofobia, por exemplo, fez com que a oposição a essa defesa
ganhasse contornos mais explícitos, na visão dessas lideranças.
O termo usado por muitos para se referir a esse movimento contrário às
posturas cristãs é “cristofobia”, que embora não conste dos dicionários, tem o
sentido de representar a aversão aos princípios pregados por igrejas cristãs.
A Redação do Gospel+ entrou em contato com
alguns representantes do movimento evangélico brasileiro para consultá-los
sobre o que é a cristofobia e o que ela representa, em termos nacionais.
Entrevistamos o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), a psicóloga
clínica Marisa
Lobo e o blogueiro e ativista cristão Julio Severo.
Para a
psicóloga Marisa Lobo, há imparcialidade por parte da grande mídia, que
apresenta os casos que resultam em cristofobia como exemplos do politicamente
correto: “A mídia é tendenciosa e quer vender, e se passar por ‘politicamente
correta’ sabe que os cristãos são o povo mais perseguido no mundo, como também
sabe que somos um entrave para o sucesso da agenda gay, e que a mesma não deve
ser afetada por essas notícias. Então quando noticia, ameniza, suprime os
dados, para não mostrar a realidade que é assustadora em todo mundo: somos
perseguidos pelas maiorias islâmica, por homossexuais, por ateus, por outras
religiões e pela minoria no Brasil, porém uma minoria fortalecida que tem a
cumplicidade de uma mídia desleal totalmente perversa e antiética”.
O pastor Marco Feliciano acredita que a cristofobia no Brasil seja um
movimento que se articula silenciosa e estrategicamente nos bastidores: “No
mundo ela é declarada. Basta ver os países muçulmanos que assassinam cristãos e
ateiam fogo em igrejas. No Brasil, declaradamente não, mas de maneira
sorrateira, com ‘passos de algodão’, de maneira subliminar via mídia secular e
ativistas do aborto e gays. Estes fazem de tudo para que tudo que lhes
prejudique sejam os cristãos os culpados”, afirma o deputado federal.
Já o ativista cristão e blogueiro Julio Severo relata sua experiência
pessoal de exílio para ilustrar o tamanho da perseguição e aversão aos
princípios cristãos e ao direito de fé, crença e expressão: “Os supremacistas
gays já agiram várias vezes contra mim por minhas posturas cristãs públicas. A
Associação da Parada do Orgulho Gay de São Paulo fez uma queixa oficial contra
meu blog em 2006. Toni Reis, da ABGLT, fez semelhante queixa contra meu blog em
2007. Campanha intensa de grupos gays fechou meu blog em 2007, o qual foi
reaberto somente depois da intervenção de Olavo de Carvalho e um procurador de
Brasília. E em 2011, mediante campanha de pressão de um bem financiado grupo
gay dos EUA, o PayPal fechou minha conta, numa tentativa óbvia de impedir que
leitores contribuíssem para mim e minha família, que vivemos hoje no exterior
devido às próprias perseguições que sofremos”.
Confira abaixo, a íntegra das respostas dos três entrevistados sobre o
tema:
Você acredita que
exista a cristofobia?
Marisa Lobo: Sim com certeza, existe e é manifestada e pode ser claramente observada,
em declarações de militantes GLBTT, quando ridicularizam nossa fé, nossos
profissionais, nossos políticos. Na mídia, na imprensa geral, somos motivos de
chacotas e ou de mau caráter. As falas são generalizadas e negativas para com
isso reforçar suas lutas por direitos.
Pastor Marco Feliciano: R: No mundo ela é declarada. Basta ver os países muçulmanos que
assassinam cristãos e ateiam fogo em igrejas. No Brasil, declaradamente não,
mas de maneira sorrateira, com “passos de algodão”, de maneira subliminar via
mídia secular e ativistas do aborto e gays, estes fazem de tudo para que tudo
que lhes prejudique sejam os cristãos os culpados.
Julio Severo: A cristofobia sempre existiu, mas como etapa inicial antes do ódio a
Cristo. Primeiro, vem a fobia. Depois o ódio. Os países com raízes cristãs,
como EUA e Brasil, inclusive a Europa, estão em menor ou maior grau na estapa
inicial agora, criando leis politicamente corretas que privilegiam o islamismo,
a bruxaria e até a sodomia, em detrimento dos cristãos e seus valores.
O que gera a
cristofobia?
Marisa Lobo: Claramente preconceito e a agenda GLBTT, que querem impor a força
valores e conceitos contrários aos que cremos e aceitamos como legítimos os da
Bíblia Sagrada, que é o manual de conduta de nossa fé, não apenas no que se
refere à homossexualidade, mas a todas as ações que ferem a família, como
liberação de aborto, drogas, eutanásia, sexualidade explícita, dando a entender
claramente na frase “toda forma de amor vale a pena” como: faça sexo sem se
importar com o que, ou quem ou quantos, o que importa é prazer sexual. Como se
isso fosse realmente sinônimo de felicidade. Somos impedimento para seus
objetivos. É preconceito e intolerância religiosa, não acreditam em Deus, e
querem se intrometer no que cremos é uma violência psicológica moral e social.
Pastor Marco Feliciano: Nossa filosofia, nossos dogmas, nossa crença no conservadorismo. Isto
provoca a ira dos que nos veem como uma barreira para as suas agendas.
Julio Severo: Em países como EUA, a decadência da civilização cristã. No caso
específico do Brasil, a sociedade brasileira é grande imitadora da decadência
americana. Se os EUA têm cristofobia, o Brasil não vai querer ficar de fora.
Você acredita que
o Brasil pode se tornar cristofóbico?
Marisa Lobo: Já está se tornando, percebemos isso nas faculdades, escolas,
bullyng virtual, a maneira como a mídia trata nosso povo, de forma pejorativa,
na maneira como esses militantes nos tratam com total desrespeito e acusações,
tentando manipular a opinião pública contra o povo cristão, nos fazendo algozes
das minorias, nos imputando um crime que não cometemos, o da homofobia, por
exemplo.
Pastor Marco Feliciano: Se não houver uma união de todos os cristãos e não dermos repostas
quando somos acusados, por exemplo, de sermos homofóbicos, poderemos sim passar
por uma perseguição religiosa. O sonho dos ativistas é que aconteça algo
horrendo, uma tragédia, para porem a culpa nos cristãos fundamentalistas.
Julio Severo: A Parada do Orgulho Gay de São Paulo em 2011 usou temas bíblicos e
enormes cartazes retratando santos católicos e bíblicos em posições
homoeróticas. Pela Constituição, tal ato descaradamente anticatólico configurou
crime de ultraje a culto. Mas ninguém foi preso. Os orgulhosos do sexo anal
agora sentem orgulho de afrontar a Constituição e a majoritária fé católica do
Brasil. O único que protestou contra o crime foi o Pr. Silas Malafaia, e seu
protesto foi alvo de ação do Ministério Público Federal. No final, Malafaia
ficou isento de crime, provavelmente por causa de suas poderosas conexões
políticas, mas o caso mostra que um cristão hoje que protesta contra um crime
contra a fé cristã pode sofrer ações do MPF, enquanto os criminosos ficam à vontade.
Se ele não tiver as poderosas conexões de Malafaia, ele pode passar por
sofrimentos legais.
Você já foi vítima
de cristofobia ou preconceito religioso?
Marisa Lobo: Nossa! Claramente. Inclusive sou o caso legal, constituído de
cristofobia, preconceito religioso, o primeiro oficial decretado pela OAB do
Paraná, como descabido e inconstitucional.
Pastor Marco Feliciano: Já fui humilhado em audiência pública quando o assunto feria a igreja,
ao me posicionar, fui xingado por palavras de baixo calão e já recebi ameaças
de morte.
Julio Severo: Os supremacistas gays já agiram várias vezes contra mim por minhas
posturas cristãs públicas. A Associação da Parada do Orgulho Gay de São Paulo
fez uma queixa oficial contra meu blog em 2006. Toni Reis, da ABGLT, fez semelhante
queixa contra meu blog em 2007. Campanha intensa de grupos gays fechou meu blog
em 2007, o qual foi reaberto somente depois da intervenção de Olavo de Carvalho
e um procurador de Brasília. E em 2011, mediante campanha de pressão de um bem
financiado grupo gay dos EUA, o PayPal fechou minha conta, numa tentativa óbvia
de impedir que leitores contribuíssem para mim e minha família, que vivemos
hoje no exterior devido às próprias perseguições que sofremos. O gigantesco
site conservador americano WND fez uma reportagem sobre meu caso específico,
mantendo-o como manchete durante dois dias. Entre as dez perseguições mais
sérias aos cristãos nos EUA em 2011, a campanha de pressão sobre o PayPal ficou
em quarto lugar, conforme notícia da revista americana Charisma.
Você acredita que
a mídia esteja dando uma cobertura imparcial sobre a perseguição que cristãos
sofrem no Brasil e no mundo?
Marisa Lobo: A mídia é tendenciosa e quer vender, e se passar por
“politicamente correta” sabe que os cristãos são o povo mais perseguido no
mundo, como também sabe que somos um entrave para o sucesso da agenda gay, e
que a mesma não deve ser afetada por essas notícias. Então quando noticia,
ameniza, suprime os dados, para não mostrar a realidade que é assustadora em
todo mundo: somos perseguidos pelas maiorias islâmica, por homossexuais, por
ateus, por outras religiões e pela minoria no Brasil, porém uma minoria
fortalecida que tem a cumplicidade de uma mídia desleal totalmente perversa e
antiética. Pois em nada tem de imparcial.
Pastor Marco Feliciano: A mídia sequer fala em tal assunto.
Julio Severo: A mídia pertence majoritariamente às elites esquerdistas, que não se
importam com a perseguição cristã no mundo em geral e no Brasil em particular.
O sentimento dessas elites se reflete nas atitudes de desprezo ou censura aos
cristãos que sofrem.
Para você o que
pode ser feito para acabar com a cristofobia que vem crescendo no Brasil?
Marisa Lobo: Reivindicar nossos direitos .Exigir a
Aplicabilidade para nosso povo também os direitos humanos que tanto
pregam, bem como a liberdade de expressão, igualdade, não permitir que
direitos humanos sejam usados como bandeira ideológica de minorias
contra as maiorias por exemplo. é Fundamental que nós os cristãos
comecemos a entender a nossa importância, força e lutar pelos nossos direitos,
de sermos respeitados pela nossa fé. Abrir a boca, se expor como
profissional pessoa humana, respeitar o outro e exigir esse respeito para sí
próprio, lutar pelas causas , participar ativamente na política, pois ela é que
faz e muda as leis que prejudicam e ou apoiam as causas da família que são as
de Deus, participar mais e criticar menos e buscar acima de tudo conhecimento e
entendimento bíblico bem como científico através do estudo e das
profissões.
Pastor Marco Feliciano: Os cristãos assumirem que são cristãos e discutirem em nível intelectual
os assuntos polêmicos que ferem a família brasileira. Mostrar o que somos, quanto
somos, e que representamos uma parcela gigante desta grande nação. Que somos
consumidores, fornecedores, estudantes, professores, que estamos no
legislativo, no executivo e no judiciário, que movemos a economia desse país.
Que não somos mais um “zé-povinho”.
Julio Severo: A maioria cristã do Brasil precisa votar de acordo com seus interesses e
necessidades, não de acordo com os interesses, necessidades e mentiras de
políticos esquerdistas. A esquerda brasileira, que imita a cristofobia
americana, é sustentada pelo voto de milhões de cristãos. Sem esquerda, não
haverá cristofobia no Brasil. É preciso derrotar as esquerdas nas urnas. Do
contrário, elas perseguirão os cristãos e literalmente comerão bebezinhos,
mediante sua obsessão de aborto legal.
Gostaria de
acrescentar mais alguma coisa sobre o tema cristofobia?
Marisa Lobo: Somos um povo bom de fé e boa índole, mas temos que começar a
creditar e viver essa verdade na pratica, não apenas em nossas redes
sociais em nosso mundo imaginário. Nossas orações tem que ser transformadas em
ações.
O diabo deve
rir de nossa cara, somos tantos e não imaginamos o poder de nossa força social
e política. Muitos tem lutado sozinhos, outros querem lutar sozinhos porque não
sabem partilhar , ou seja não temos cultura de unidade, falamos mas nem sabemos
o que é isso, essa é e verdade, temos que nos unir a homens que estão fazendo,
sem ego, ajudar simplesmente , pois Deus queridos, está vendo
principalmente o motivo que nos leva a lutar.
Se Deus é por nós quem, povo, será contra nós? A resposta é você mesmo,
só você pode impedir com seu medo o agir de Deus, em sua vida e na sociedade
por falta de ação, o medo paralisa nos torna covardes.
Não tenha medo de amar as pessoas como elas são e não tenha medo
de lhes falar a verdade. A cristofobia já é um fato, pela nossa omissão e de
não assumirmos nossa posição verdadeira na sociedade de um cristão de honra.
Pastor Marco Feliciano: Está de bom tamanho. Abraço e contem sempre comigo.
Julio Severo: Com cristofobia ou não, precisamos proclamar Cristo e Sua Palavra, em
tempo e fora de tempo.
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