Bebidas alcoólicas são um tema tabu entre evangélicos e
boa parte das denominações repudia, em suas doutrinas, a ingestão destas. Entre
lideranças evangélicas há quem discorde e defenda a liberdade de escolha, mas
sempre ressaltando o perigo do vício.
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No meio cristão protestante, existem três linhas principais de opinião a respeito do assunto: os abstêmios, que bebem eventualmente e não combatem quem pensa diferente; os temperantes, que também identificados como moderacionistas, e assumem beber com moderação em determinadas situações; e os proibicionistas, que condenam abertamente o consumo de álcool em qualquer circunstância.
No meio cristão protestante, existem três linhas principais de opinião a respeito do assunto: os abstêmios, que bebem eventualmente e não combatem quem pensa diferente; os temperantes, que também identificados como moderacionistas, e assumem beber com moderação em determinadas situações; e os proibicionistas, que condenam abertamente o consumo de álcool em qualquer circunstância.
O pastor Silas Malafaia publicou
um artigo sobre o assunto enfatizando casos específicos na Bíblia de reprovação
ao consumo e explicou o motivo pelo qual considera imprópria a ingestão de
álcool: “Fomos separados para Deus. Como reis e sacerdotes do Altíssimo, não
devemos ingerir bebidas alcoólicas para não dar lugar à nossa carne e ao
pecado. Além disso, em Provérbios 20.1, é dito o vinho é escarnecedor, e a
bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que por eles é vencido não é sábio”,
afirmou, complementando que “o álcool compromete nossos reflexos e nosso bom
senso, e prejudica a nossa saúde”.
Malafaia
mencionou a ação da bebida no organismo e os males à saúde causados pelo
consumo excessivo: “Essa droga psicotrópica, que atua no sistema nervoso
central, pode causar dependência e mudança de comportamento. Além da euforia e
desinibição, ela provoca falta de coordenação motora, sono e descontrole. Após
alguns anos, os efeitos agudos do álcool são sentidos no fígado, no coração,
nos vasos sanguíneos e no estômago”, ressaltou.
Silas Malafaia
rebateu os defensores da liberdade de escolha sobre o tema citando a
preocupação pela prevenção ao vício: “Há aqueles que contra-argumentam: ‘Ué,
mas Jesus não bebeu vinho? Por que os cristãos também não podem?’. Jesus e os
judeus, de um modo geral, bebiam um tipo de vinho que era resultante da
fermentação natural do sumo da uva. Além disso, a questão não é poder ou não
poder beber; é não dever. Como Paulo disse em 1 Coríntios 6.12: Todas as coisas
me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas,
mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”.
O pastor
encerra o artigo lembrando os motivos que levam a maioria das doutrinas
evangélicas a proibirem a ingestão de bebidas alcoolicas: “São pelas razões
acima expostas que nós, evangélicos, não ingerimos bebidas alcoólicas e
condenamos essa prática, que pode levar ao vício do alcoolismo, trazer danos à
saúde e aos relacionamentos, acarretando a destruição de vidas”, escreveu.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Evangélicos podem ingerir
bebidas alcoólicas?”, do pastor Silas Malafaia:
Pr.
Silas, por que os evangélicos, de um modo geral, não ingerem bebidas
alcoólicas? Na Bíblia, há alguma proibição ou restrição à ingestão delas?
Em Levítico 10.9-11, lemos:
E falou o SENHOR a Arão, dizendo: Vinho ou bebida forte tu e
teus lhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para
que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações, para
fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo, e para
ensinar aos lhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado pela
mão de Moisés.
Fomos separados para Deus. Como reis e sacerdotes do Altíssimo,
não devemos ingerir bebidas alcoólicas para não dar lugar à nossa carne e ao
pecado. Além disso, em Provérbios 20.1, é dito o vinho é escarnecedor, e a
bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que por eles é vencido não é sábio. O
álcool compromete nossos reflexos e nosso bom senso, e prejudica a nossa saúde.
Essa droga psicotrópica, que atua no sistema nervoso central,
pode causar dependência e mudança de comportamento. Além da euforia e
desinibição, ela provoca falta de coordenação motora, sono e descontrole. Após
alguns anos, os efeitos agudos do álcool são sentidos no fígado, no coração,
nos vasos sanguíneos e no estômago.
Somos templo do Espírito Santo (1 Coríntios 3.16,17). Devemos,
portanto, cuidar dele. Além de exercício físico e repouso adequado, precisamos
adotar uma alimentação mais saudável e abster-nos de bebidas alcoólicas, fumo e
do uso irresponsável e sem prescrição médica de medicamentos.
Mesmo um copo de cerveja antes de dirigir pode ser fatal. Você
sabia que um copo de cerveja demora cerca de seis horas para ser eliminado pelo
organismo? Uma dose de uísque, que é bem mais forte do que a cerveja, demora
mais tempo ainda. Por isso, a nova lei de trânsito não admite qualquer teor
alcoólico ao motorista, uma vez que, ao diminuir seus reflexos, a probabilidade
de acidentes aumenta muito.
O uso do álcool a longo prazo também pode produzir dependência
química e cirrose hepática, bem como causar problemas nos relacionamentos
interpessoais, atrapalhando o convívio na família e no trabalho.
Em Romanos 6.16, Paulo exortou: Não sabeis vós que a quem vos
apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem
obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?
Não devemos ser escravos de nada nem de ninguém, quanto mais de
bebidas alcoólicas, que nada de bom acrescentam à nossa vida!
Há aqueles que contra-argumentam: “Ué, mas Jesus não bebeu
vinho? Por que os cristãos também não podem?” Jesus e os judeus, de um modo
geral, bebiam um tipo de vinho que era resultante da fermentação natural do
sumo da uva. Além disso, a questão não é poder ou não poder beber; é não dever.
Como Paulo disse em 1 Coríntios 6.12: Todas as coisas me são lícitas, mas nem
todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma.
Para evitar problemas e mau testemunho, há muitas coisas com
aparência de mal de que o cristão deve abster-se. Jesus disse a seus
discípulos: É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles
vêm! (Lucas 17.1). Não podemos escandalizar ninguém, tampouco ser pedra de tropeço
à fé de ninguém. Foi isso o que Paulo a¬ rmou em Romanos 14.13 — Bom é não
comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece,
ou se escandalize, ou se enfraqueça — e em 1 coríntios 8.13 — Pelo que, se o
manjar escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão
não se escandalize.
São pelas razões acima expostas que nós, evangélicos, não
ingerimos bebidas alcoólicas e condenamos essa prática, que pode levar ao vício
do alcoolismo, trazer danos à saúde e aos relacionamentos, acarretando a
destruição de vidas.
Sugestões de leitura:
Levítico 10; Provérbios 20; Romanos 14; 1 Coríntios 6; 8
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