A Reforma Protestante não é um
fato histórico para ser simplesmente lembrado ou narrado. Lições preciosíssimas
podem ser extraídas deste evento singular na história da humanidade.
1. Existem duas maneiras de ser viver na
história: como espectador ou ator da mesma. Nossos reformadores, juntamente com
todos que se envolveram e labutaram por esta justa causa, são exemplos de
excelentes atores, gente comprometida com a transformação de uma sociedade
dominada pela injustiça e opressão generalizada.
2. Não importa qual é o seu papel
(protagonista, ator coadjuvante ou figurante), o que importa é atuar, agir,
mobilizar-se, realizar, fazer acontecer para a glória de Deus.
3. Atores correm riscos. Vida sem
riscos, sofrimentos, adversidades, incompreensões, perseguições e propósitos
definidos, é vida medíocre.
4. A Igreja não foi estabelecida por
Jesus para governar o mundo, mas para influenciá-lo.
5. Movimentos reformistas produzem
marginais, hereges, contraventores e loucos (visão da classe dominante).
6. Movimentos reformista revelam
profetas ousados, homens de Deus comprometidos com o Senhor e sua causa (visão
de Deus).
7. Quando a política secular e
eclesiástica ganham preeminência no alto e baixo clero, gerando facções,
disputas, traições, corrupções, alianças espúrias, nepotismos, busca por
vantagens pessoais e por cargos, tudo isso em detrimento da evangelização,
socorro aos necessitados, ministração aos enfermos e fracos na fé, fidelidade
doutrinária e outras atividades semelhantes, é sinal que uma Reforma torna-se
urgente e imperativa.
8. Reformas não são movimentos de um só
homem, é fruto da associação de mentes críticas, inteligentes, questionadoras,
e de corações que ardem em zelo, inclinados para buscar, conhecer e fazer valer
a vontade de Deus para uma geração, custe o que custar.
9. Reformas não acontecem da noite para
o dia, antes, são resultados de um processo que se inicia com o reencontro do
cristão com a Palavra de Deus, que desencadeia uma tomada de consciência,
arrependimento genuíno, conversão ação e mobilização.
10. A última coisa que se rende ante
qualquer tipo de corrupção, seja ela moral ou espiritual, é a nossa
consciência.
"Considerando que vossa soberana
majestade e vossos honoráveis demandais desejam uma resposta plena, isto digo e
professo tão resolutamente quanto posso, sem dúvidas e nem sofisticações, que
se não me convencerdes através do testemunho das Escrituras (pois não dou
crédito nem ao papa e nem aos seus concílios gerais, que têm errado muitas
vezes, e que têm sido contraditórios contra si mesmos), a minha consciência
está tão ligada e cativa destas Escrituras que são a Palavra de Deus, que não
me retrato nem posso me retratar de absolutamente nada, considerando que não é
piedoso nem legítimo fazer qualquer coisa que seja contrária à minha
consciência. Aqui estou e nisto descanso: nada mais tenho a dizer. Que Deus
tenha misericórdia de mim!”. (Martinho Lutero)
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