A Palavra Maçom, no sentido literal significa
pedreiro, construtor e os seus primeiros integrantes eram mesmo ocupantes deste
ofício, bastante venerados no período medieval, já que as constantes guerras
travadas entre os povos da época provocavam destruições completas de prédios,
inclusive templos religiosos, oportunidade em que eram solicitados
constantemente para o processo de reconstrução.
No século XIV, mais precisamente no ano de 1356, a
influência da igreja já era praticamente totalitária e o soerguimento das
catedrais se tornava prioritário, ao ponto em que os pedreiros foram absorvidos
pelo clero e passaram a se dedicar exclusividade ao mesmo, em troca de proteção
e dispensa de tributos. A organização de maçons de ofício foi tamanha que eles
passaram a constituir uma sociedade com normas pré-estabelecidas e cujas
reuniões aconteciam nos pátios das construções e nos adros das igrejas. Essa
organização despertou interesse de muitos, uma vez que o caráter sigiloso de
suas reuniões, com a aquiescência do clero, não sofria a interferência do poder
governamental, coisa impensável à época, pois tal comportamento poderia cheirar
a conspiração.
No século XVII, mais precisamente no ano 1600, foi
introduzido o primeiro maçom não pedreiro, após um período de cortejo de
pensadores e intelectuais, despojados da liberdade de exprimir abertamente os
seus pensamentos, dando um dom filosófico à organização, antes específica de
construtores. Estava, portanto, tendo início uma nova fase que se mantém até os
dias de hoje, a Maçonaria dos aceitos, formada por pedreiros sociais.
A Loja Augusto Simões que tem o número 12,
jurisdicionada à Sereníssima Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba e que
teve como primeiro Venerável o obreiro Norberto Baracuhy, foi fundada em Patos
no dia 07 de julho de 1946, por Antônio Firmino de Macedo, natural de Picuí,
onde nasceu em 03 de maio de 1905 e radicou-se nesta cidade desde 1945.
Jornalista e poeta de sensibilidade deixou vários trabalhos em prosa e verso,
muitos dos quais publicados em revistas maçônicas. Morreu no dia 13 de maio de
1972, época em que ocupava o cargo de orador da Loja Patoense, da qual foi
Venerável por duas vezes.
A denominação de Augusto Simões constituiu homenagem a
um dos grandes maçons da época, secretário da Inspetoria Federal de Obras
contra as Secas, considerado não apenas um batalhador comum, mas um verdadeiro
baluarte incansável da Maçonaria, um Cirineu que sonhava com quem necessitava
de seu auxílio, para fazer o bem. Conhecido em todos os quadrantes do Universo,
através de sua ação benfeitora, faleceu em plena atividade no dia 24 de agosto
de 1944, quando se encontrava numa hora de máximo esplendor, presidindo uma
sessão na Loja Branca Dias. Sentindo-se mal foi socorrido pelos irmãos para a
sua residência onde não resistiu. Augusto Simões foi fundador e organizador da
Grande Loja da Paraíba, da qual era Grão Mestre.
Um dos trabalhos mais destacáveis da Loja Maçônica
Augusto Simões reside no campo da Educação. O Instituto Dr. João Tavares teve
sua fundação em 13 de maio de 1952. A construção foi edificada em terreno doado
pelo Prefeito Bivar Olintho e até os dias de hoje atende crianças carentes na
faixa etária do ensino fundamental.
A cidade de Patos conta também com a Loja Maçônica
Dionísio da Costa, que além de uma Escola mantém diversos cursos
profissionalizantes para adultos, a exemplo de Corte e Costura, Cabeleireiro e
Datilografia. No campo assistencial implantou um consultório odontológico para
atendimento aos carentes. Na referida Loja, outras unidades de maçons,
inclusive provenientes de municípios vizinhos têm se reunido, a exemplo das
Lojas: Pedro Cruz Guedes, Estrela da Serra e Santa Luzia.
Vale salientar que dentro da parte social as esposas
dos maçons, denominadas “Damas da Fraternidade”, promovem um permanente
trabalho assistencial junto às comunidades mais pobres. Como clubes menores
estão os Lowtons (filhos de 8 a 14 anos, que constituem a perspectiva de
futuros maçons) e os Demoleys (Jovens de 14 a 20 anos), sendo que nesta unidade
podem fazer parte pessoas de outros segmentos, a exemplo das Filhas de Jó
(mulheres filhas de maçons e integrantes de outros setores da sociedade), todos
mantendo a mesma filosofia de ajudar ao próximo.
A cidade de Patos também é servida pelo Lions, que
aqui chegou em 1964 e mantém a Escola Adjalma Medeiros, que funciona desde
1978, com o atendimento de alunos no Bairro de Belo Horizonte, além de um Clube
de Mães no São Sebastião. Os seus membros estão sempre trabalhando em torno da
assistência à comunidade, constituindo em nível mundial uma das maiores
organizações, com mais de 14 milhões de associados.
Já o Rotary Internacional, que chegou a Patos em 10 de
maio de 1947, conta com três clubes em funcionamento, perfazendo mais de 100
associados, desenvolvendo uma série de atividades voltadas para a assistência
social. No RC-Centro, a primeira unidade, durante muito tempo funcionou uma
padaria e uma usina de leite de soja, com distribuição nas comunidades de menor
poder aquisitivo. No Rotary Norte, fundado em 06 de outubro de 1981, é mantida
durante o dia uma escola do ensino fundamental e à noite alfabetização de
adultos. Por iniciativa do referido Club foi instituído o Dia Municipal da
Solidariedade, que constitui uma ampla arrecadação de donativos no período
natalino para distribuição com as comunidades carentes. Em 2003, ano do
Centenário de Patos, foram distribuídas 240 cadeiras de rodas, conseguidas no
exterior. O Rotary Sul, fundado em 25 de novembro de 1996, também está engajado
nas inúmeras campanhas desenvolvidas, ajuda aos abrigos, distribuição de
alimentos e enxovais, sem falar na constante cobrança por soluções junto às
autoridades. Os clubes mantêm ainda o Rotaract e Interact que a exemplo das
Damas da Casa da Amizade, promovem várias ações solidárias.
Outro importante trabalho é desenvolvido pelo GIAASP
Grupo Independente de Análise e Ação Social e Política, fundado em 08 de maio
de 1991, entidade não governamental, de caráter suprapartidária, integrada por
pessoas de diferentes segmentos da sociedade, tendo por objetivo a realização
de um trabalho no sentido de melhorar as condições de vida da população,
através da discussão dos seus problemas e de uma ação visando solucioná-los
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