Do GospelPrime
O pastor Silas Malafaia publicou um vídeo em seu canal oficial no
Youtube (https://youtu.be/mL6cNsTq8Wo) criticando o
projeto de Lei 3722/2012, que deseja revisar a questão do acesso às armas no
país. Ele acredita que a proposta seria um “lobby da indústria armamentista”.
Fez um apelo público para que os deputados da bancada evangélica não
votassem a favor. Lembrou que os cristãos são “a favor da vida”, e listou uma
série de medidas que deveriam ser tomadas para minimizar os crimes. Mas
mostrou-se contrário à possibilidade de que o cidadão comum tenha até 6 armas
em casa e 100 munições anuais, por arma.
O Projeto em questão é de autoria do deputado federal Peninha Mendonça
(PMDB/SC), e pretende rever algumas questões no Estatuto do Desarmamento. A
idade mínima para se portar armas passaria a ser de 21 anos e não mais 25.
Além de facilitar a obtenção de portes de armas de fogo, tornaria mais
fácil a importação de munições. Prevê ainda que se alguém disparar arma de
fogo, mesmo que machuque outra pessoa, não seria presa em flagrante caso
“houver indícios” de que seja em legítima defesa.
A manifestação de Malafaia causou diversas reações na internet. Muitos
criticaram a sua postura. Entre as várias colocações nas redes sociais,
lembravam que o pastor Silas dirige uma Mercedes blindada.
De Julio Severo
Compreendo a postura de Malafaia, como pastor, de não querer ter arma
para defesa pessoal. Se sua motivação é exclusivamente bíblica, ele deve ter
uma fé tão grande na proteção de Deus que ele não precisa não trancar nem
portas nem janelas na casa dele. Mas, infelizmente, a maioria, até mesmo dos
evangélicos, não tem essa fé colossal.
Outra razão de Malafaia poderia ser a cultura. O evangélico brasileiro
é, em parte, fruto da cultura brasileira, onde desde o Império até o governo
militar, não era comum o cidadão comum ter arma. Era um luxo dispendioso
geralmente reservado aos mais ricos. É um quadro muito diferente dos EUA, nação
de maioria evangélica onde comprar arma sempre foi como comprar aspirina.
Qualquer cidadão americano comum sempre teve acesso a armas. O evangelista
Billy Graham tem uma coleção notável de rifles e revólveres.
O evangélico americano nasce numa cultura americana majoritariamente
evangélica tradicionalmente favorável ao porte e uso de armas para defesa por
parte do cidadão comum.
O evangélico brasileiro nasce numa cultura brasileira majoritariamente
não evangélica tradicionalmente desfavorável ao porte e uso de armas para
defesa por parte do cidadão comum.
O que fazer? Nesse assunto, sempre rejeitei a cultura brasileira e dei
preferência para a cultura americana majoritariamente evangélica. Se Malafaia
pensa diferente, ele não deveria portar armas. Mas fica inconveniente e até
antibíblico ele impedir outros evangélicos de ter e usar armas para defesa.
Eu não condeno nenhum evangélico que é contra o uso de armas. Mas acho
que quem é contra, não deveria impedir quem é a favor.
O Brasil hoje é um pais dominado pela violência de criminosos armados.
Para combatê-la, o cidadão de bem precisa muito mais do que só janelas e portas
trancadas. Ele precisa de uma arma. Se sempre deu certo para os evangélicos
americanos, por que não vai dar certo para os evangélicos brasileiros?
O cidadão de bem porta arma porque ele é pró-vida. Um dos piores
pesadelos é uma família totalmente desarmada ver um pai assassinado na frente
dos filhos e esposa, ou a esposa ou filha sofrendo estupro dentro do próprio
lar. Uma arma em casa dá chance de se defender a vida e a integridade do pai,
esposa e filhas.
Para combater a violência desenfreada no Brasil, o cidadão precisa no
mínimo de acesso econômico, fácil e garantido ao porte e uso de armas.
Portar arma em casa é lutar pela vida.
Silas, lute pela vida! Não lute contra os que lutam por ela!
Fonte: www.juliosevero.com
Leitura recomendada sobre desarmamento:
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