segunda-feira, 31 de maio de 2010

SETE QUESTÕES CRUCIAIS ACERCA DO MAPEAMENTO ESPIRITUAL


Por Kjell Sjoberg

Até esta altura, tenho abordado alguns dos princípios fundamen­tais do mapeamento espiritual que temos podido respigar através de anos de orações de ação profética.
Por meio da experiência, temos obtido algum discernimento sobre o tipo de pesquisa que é mais valio­so do que outros, para conferir orientação aos pastores e intercessores, para que seja conquistada alguma cidade ou região para Deus.
Sete perguntas cruciais, que temos descoberto serem as mais úteis, têm vindo à superfície quanto ao tipo de oração de guerra que Deus usa mais consistentemente no que diz respeito a mim e aos meus colegas. Outras perguntas, contudo, poderiam ser mais úteis do que essas, para aqueles que receberem outras tarefas a cumprir.

1. Quais são os deuses principais da nação?

Quando o Senhor libertou o povo de Israel do Egito, disse: "...sobre todos os deuses do Egito farei juízos; eu sou o Senhor" (Êx 12.12).
Quando oramos pela liberdade do povo da União Soviética, primeira­mente preparamos uma lista de seus deuses e pedimos que o Senhor julgasse todos os seus deuses.
Quando vou a alguma nação, usual­mente procuro descobrir qual deus o presidente ou rei daquela nação costuma adorar, e quais deuses são adorados pelos grandes homens de negócios.
O deus grego Hermes, cujo nome romano é Mercúrio, é honrado em muitas nações pela comunidade empresarial. Podemos encontrar a sua estátua em algumas das grandes bolsas de valores do mundo.
Hermes é protetor dos homens de negócio, dos ladrões e dos oradores. De acordo com a mitologia grega, ele era o principal dos ladrões. Por detrás de muitos ídolos existem demônios que requerem adoração.
Estando em Tóquio, sentimo-nos impulsionados a orar diante da Bolsa de Valores, e, em nome de Jesus, removemos Hermes de sua posição de protetor dos ladrões.
Isso ocorreu por ocasião da cerimô­nia do Daijosi, descrita por Peter Wagner (ver o segundo capítulo deste livro).
Depois de novembro de 1990, um caso após outro de corrupção foi desmascarado na Bolsa de Valores de Tóquio. E ela nunca mais foi a mesma coisa desde então, em uma situação que prossegue, enquanto escrevo este livro. Deus odeia a ganância, e tal­vez estejamos vendo nisso um julgamento divino.

2. Quais são os altares, os lugares elevados e os templos ligados à adoração dos deuses da fertilidade?

Quando Abraão chegou à Terra Prometida, ele edificou um altar a Deus e invocou sobre ele o nome do Senhor (ver Gn 12.8).
Erigir um altar era incluir um território no pacto entre Deus e o seu povo esco­lhido. Aquele território, por assim dizer, entrava em relação de pacto com o Senhor.
Quando os pagãos edificam altares aos seus deuses, eles fazem o seu território entrar em pacto com os ídolos e com os anjos malignos que estão por detrás desses ídolos.
Eis a maneira de tomar posse da terra:
"Totalmente destruireis todos os lugares onde as nações que possuireis serviram os seus deu­ses, sobre as altas montanhas, e sobre os outeiros, e debaixo de toda a árvore verde; e derribareis os seus altares, e quebrareis as suas está­tuas, e os seus bosques queimareis a fogo, e abatereis as imaggalens esculpidas dos seus deuses, e apagareis o seu nome daquele lugar" (Dt 12.2, 3).
Essa é a chave para que nações sejam abertas para o evangelho.
Nos tempos do Novo Testamento, fazemos isso mediante a oração de guerra.
Antes de uma oração de ação profética, precisa­mos mapear todos os lugares altos e seus altares, dedicados a outros deuses.
Também devemos pesquisar para descobrir se eles foram reativados e estão sendo usados hoje em dia por grupos que seguem as artes ocultas.

3. Líderes políticos, como reis, presidentes ou chefes tribais, têm-se dedicado a algum "deus" vivo?

Isso não é tão incomum como alguns poderiam pensar.
O funda­dor de alguma nação foi exaltado para que viesse a ser adorado como se fosse uma divindade?
Temos encontrado poetas, heróis, santos e generais nacionais elevados à posição de deuses, após a sua morte.
Sempre que reis ou líderes políticos se têm tornado deuses, sendo adorados por seus súditos, eles têm tomado o lugar que pertence legitimamente a Jesus.
O imperador do Japão é um exemplo disso, conforme Peter Wagner salientou (ver o segundo capítulo deste livro).
Entre as tribos e nações que resistem ao evangelho, por muitas vezes achamos essa lealdade que serve de obstáculo à liberdade do evangelho.
Esse é um método com freqüência usado hoje em dia pe­los ditadores, para criarem uma falsa unidade e uma obediência cega da parte dos habitantes.
Deus enviou um anjo para derrubar Herodes, que estava aceitando adoração como se fosse um deus vivo. E, depois que esse empecilho foi removido, Lucas foi capaz de escrever: "E a palavra de Deus crescia e se multiplicava" (At 12.24).

4. Tem havido derramamento de sangue, um poluente da terra?

Durante o reinado de Davi, a fome se instalou no país por três anos sucessivos. Davi buscou a face do Senhor, e o Senhor disse:
"É por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas" (2 Sm 21.1).
Davi tratou da culpa de sangue, que estava provocando escassez de alimentos, segundo as normas do Antigo Testamento, e Deus respondeu às orações em favor da terra. A colheita foi salva de posteriores destruições.

5. Como foi lançada a pedra fundamental da cidade ou nação em pauta?

"E os que de ti procederem edificarão os lugares, antigamente asso­lados; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar" (Is 58.12).
Um grupo de pesquisas estudou a história de Sidnei, na Austrália, e descobriu que toda uma tribo de aborígines fora varrida do mapa quando a cidade foi construída.
Outra cidade tinha sido fundada medi­ante documentos forjados. O fundador da cidade precisara fugir quando se descobriu que aqueles que tinham vendido aquelas terras tinham sido enganados.
Em certa área tribal foi fundada uma cidade median­te um tratado feito com uma tribo. Mas pouco depois o tratado foi quebrado, mas aqueles que tinham violado o tratado com a tribo em foco subseqüentemente fizeram ruas serem chamadas por seus no­mes. E quando as pessoas da tribo percorrem hoje em dia por aquelas ruas, são lembradas das pessoas desonestas que as iludiram.
Aalborg, na Dinamarca, foi originalmente fundada como um mer­cado de escravos, onde os vikings podiam vender seus prisioneiros de guerra como escravos.
Uma cidade fundada em cima de tanto sangue e crime naturalmente está debaixo de uma maldição.
Não admira que as igrejas não possam crescer em um solo amaldiçoado ou que algum anjo negro de Satanás tenha podido estabelecer ali o seu trono, desde o começo da cidade.
Disse o Senhor por meio de Ezequiel:
"Derriba­rei a parede que rebocastes de cal não adubada, e darei com ela por terra, e o seu fundamento se descobrirá..." (Ez 13.14).
Por intermédio do mapeamento espiritual, o Senhor está hoje deixando desnudos os alicerces, conforme Víctor Lorenzo demonstra acerca de La Plata, Argentina (ver o sétimo capítulo deste livro).

6. Como têm sido recebidos os mensageiros de Deus?

"E, se ninguém não vos receber, nem escutar as vossas palavras, sa­indo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés" (Mt 10.14).
Esse ato fará o julgamento de Deus sobrevir a uma cidade que se mostre assim pouco acolhedora.
Um pastor de Mallakka, na Malásia, disse-me que a sua igreja não crescia, e que outras igrejas da cidade também não cresciam.
Alguma coisa estava bloqueando os seus esforços evangelísticos.
Então veio um profeta da Inglaterra a Mallakka, que tinha lido a história de como o missionário católico-romano, Francisco Xavier, havia deixado a cidade de Mallakka. O povo não deu ouvidos a Xavier, pelo que ele subiu a um monte e literalmente sacudiu o pó de seus pés.
O profeta inglês levou um grupo de pastores de Mallakka até ao mesmo monte, onde arrependeram-se em lugar dos antigos habitantes, porque a ci­dade não tinha recebido um servo de Deus fazia mais de quatrocentos anos.
Assim a maldição foi interrompida e o pastor disse que a partir daquele dia a sua igreja começou a crescer.
Existem outras igrejas e cidades debaixo do julgamento de Deus, por não terem recebido ser­vos de Deus, razão por que aquele solo é tão estéril.

7. Como foram edificadas as antigas sedes de autoridade?

O mapeamento espiritual, com vistas às orações de ação profética, nos conduz a novas áreas.
Para exemplificar, em algumas nações africanas, onde já há uma elevada porcentagem de crentes nacionais, o tempo está maduro para que mais nacionais sejam postos em posições de liderança.
Quando oramos em favor de eleições e de candidatos evangélicos, temos des­coberto que precisamos desmantelar as antigas sedes de autoridade, para que haja líderes piedosos em posições de autoridade.

Precisamos da mais elevada precisão de pontaria para atingir o inimigo, em seu ponto mais vulnerável.
Na batalha, a sabedoria consiste em obter a vitória sem desperdiçar munição.
As antigas sedes de autoridade com freqüência foram edificadas mediante acordos com os ídolos.
O ofício presidencial talvez tenha sido dedicado ao mais poderoso espírito territorial do presente, como também aos mortos — seus ancestrais.
Desse modo, uma sede de poder foi dedicada a um deus após outro, e todos eles têm certas reivindicações sobre o ofício.
Antes de um golpe que vise a derrubar um presidente, cobras e rãs podem ter sido sacrificadas a fim de que o golpe tenha sucesso.
Talvez tenha havido conselhos de algum médico-feiticeiro, que recebeu uma nova limusine Mercedes quando o golpe obtivesse bom êxito.
Logo, precisamos mapear as sedes nacio­nais de poder, para que possamos orar com maior eficácia.
Precisa­mos, portanto, indagar: "Se as sedes de autoridade têm espíritos, po­dem elas ser identificadas?"

Fonte: Destruindo Fortalezas, Cap. 4 – C. Peter Wagner

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