Charles T. Studd – que deu sua fortuna e saúde por Cristo – foi um
missionário inglês que fielmente serviu seu salvador na China, Índia e África.
Seu lema era: “Se Jesus Cristo é Deus e morreu por mim, então nenhum sacrifício
que eu fizer será grande demais para Ele”.
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A maioria dos missionários pioneiros tiveram o início de suas vidas tanto em humildes quanto em obscuras circunstâncias, com recursos financeiros limitados e poucas oportunidades de uma educação adequada. Mas Charles T. Studd é uma exceção a essa regra. Seu pai, Edward Studd de Tidworth, Inglaterra, fez fortuna na Índia e aposentou-se na Inglaterra para desfrutá-la.
O
pai de Charles T. Studd converteu-se a Cristo através do ministério de D.L.
Moody e Ira Sankey em Londres, no ano de 1877. Logo a ambição pelo turfe
(nobres corridas de cavalo) foi trocada pelo desejo de servir e honrar a
Cristo.
Charles
T. Studd nasceu na Inglaterra, em 02 de dezembro de 1860. Ele (e seus irmãos)
foram levados a Igreja, mas C.T. Studd – como ele era chamado – considerava que
ir a Igreja era como ter uma grande dor de dentes. Ele disse: “Eu nunca
encontrei uma pessoa realmente convertida”.
Charles
T. Studd e seus dois irmãos foram mandados para o Colégio Eton, uma das mais
famosas escolas inglesas. Quando Charles T. Studd tinha apenas 16 anos de
idade, ele se destacou no jogo de críquete e em 1879 se tornou o capitão do
time.
Após
sua conversão, Edward Studd se tornou extremamente preocupado com a conversão
de seus filhos. Ele os levou para ouvir as perscrutantes mensagens de D.L.
Moody. Um evangelista que foi convidado a se hospedar na casa dos Studd foi
usado por Deus para levar o jovem Charles T. Studd para Cristo. Em 1880 Charles
T. Studd ingressou na Universidade de Cambridge, na qual ele continuou seus
estudos até o ano de 1883. Foi durante esse período que ele dedicou sua vida e
toda a fortuna que herdaria para Cristo.
Quando
James Hudson Taylor – fundador da Missão no Interior da China – visitou a
Inglaterra, o candidato a missionário, Charles T. Studd, ofereceu a si mesmo
para o trabalho na China. Aquele foi o passo inicial para o que ficaria famoso
como “Os Sete de Cambridge” (grupo de sete estudantes da universidade que foram
como missionários à China), entre os quais merece ser citado D.E. Hoste, que
anos mais tarde se tornaria o diretor geral da Missão no Interior da China.
Aos
05 de fevereiro de 1885 eles velejaram para Shangai, China, chegando em 18 de
março de 1885. Três anos depois Charles T. Studd casou-se com Priscilla
Livingstone Stewart. Em 1894 os Studds, seriamente doentes, voltaram para a
Inglaterra. Eles cortaram sua ligação com a Missão no Interior da China e
entregaram à missão o prédio que eles haviam adquirido lá.
Em
1912 Charles T. Studd recebeu seu chamado de ir para a África. O missionário que
havia servido tão fielmente na China agora formou a “Missão ao Coração da
África” e, como um pioneiro juntamente com seu genro, Sr. Alfred Buxton e
outros, velejou para o novo “campo” na África. A Sra. Studd e duas de suas
filhas permaneceram em casa para cuidarem das responsabilidades secretariais
tanto da base quanto do campo missionário.
Em
16 de outubro de 1913 o grupo chegou ao território de Niangara, junto ao rio
Welle, no próprio “coração” da África. Deus abençoou grandemente seus esforços
para ganhar almas. O primeiro culto batismal foi realizado quando 12
convertidos pagãos declararam publicamente sua fé em Cristo.
Gilbert
Barclay, outro genro do Sr. e Sra. Studd, ingressou em seu serviço missionário
em 1919. Com a visão de que seus trabalhos deveriam ser mundiais, eles
rebatizaram a missão para “Cruzada Mundial de Evangelização”. A missão
continuou crescendo, ganhando confiança entre o povo de Deus nas suas próprias
nações e estendendo-se para os mais remotos e duros campos de esforço missionário.
As
orações de Charles T. Studd eram para que ele pudesse morrer a morte de um
soldado no campo de batalha para Cristo e não ser um peso para outros, durante
meses e anos como um inválido. Em 1927 a Sra. Studd fez uma breve visita a
África, quando ela viu seu marido pela última vez. Ela morreu (enquanto estava
na Espanha) em 1929. Charles T. Studd morreu na estação da missão, em 16 de
julho de 1931. A última palavra sua que pôde ser entendida foi: “Aleluia”! No
dia de seu funeral lá estavam perto de sua sepultura cerca de 50 missionários e
2000 homens negros, incluindo vários chefes tribais.
Talvez
seja bom dizer que ele deu alegremente sua saúde e sua fortuna para ganhar
almas para Cristo. A vida e obra de Charles T. Studd para Cristo será sempre
uma exortação contra toda forma de Cristianismo que procura por conforto
egoísta e facilidade.
Abaixo,
algumas frases de Charles T. Studd:
“Eu
não posso lhe contar a alegria que tive ao levar minha primeira alma ao Senhor
Jesus Cristo. Eu experimentei quase todos os prazeres que esse mundo pode dar.
Eu não consigo lembrar se houve algum prazer que não tenha experimentado, porém
eu posso lhe dizer que aqueles prazeres não são nada em comparação com a
alegria que a salvação daquela única alma me deu”.
“Eu
compreendi que minha vida deveria ser simples – semelhante à fé de uma criança
– e que a parte que me cabia era crer, e não fazer. Eu deveria confiar e Ele
trabalharia em mim para que eu fizesse seu bom prazer. A partir desse
entendimento minha vida foi diferente”.
Expressando
a liderança agressiva que lhe era peculiar em seus empenhos espirituais,
Charles T. Studd escreveu:
“Preguem
as bandeiras no mastro! Essa é a coisa certa a fazer e, portanto, é o que
devemos fazer, e fazer agora. Que bandeira? A bandeira de Cristo, o trabalho
que Ele nos deu a fazer: a evangelização de todos os não-evangelizados. Cristo
não deseja os homens que beliscam o possível, mas cobiçosos do impossível, pela
fé na onipotência, fidelidade e sabedoria do Todo-Poderoso Salvador que deu a
ordem. Há uma parede em sua vereda? Pelo nosso Deus nós iremos saltar sobre
ela! Existem leões e escorpiões em seu caminho? Nós os pisaremos debaixo de
nossos pés! Uma montanha barra seu progresso? Dizendo: “Lança-te ao mar” nós
marcharemos em frente. Soldados de Jesus: Nunca se rendam! Preguem a bandeira
no mastro!”
Em
uma carta escrita pouco antes de sua morte, Charles T. Studd reviu sua vida com
esse resumo:
“Como
creio que estou perto de partir desse mundo, tenho apenas algumas coisas pelas
quais me regozijar:
1.
Que Deus me chamou a China e eu fui a despeito das extremas oposições de todos
os meus amados.
2.
Que eu alegremente agi como Deus disse para o jovem rico agir.
3.
Que eu deliberadamente – diante do chamado de Deus – quando sozinho no vapor
(navio) Bibbly em 1910, entreguei minha vida para esse trabalho, que deve
prosseguir não apenas pelo Sudão, mas por todo o mundo não-evangelizado.
Minhas únicas alegrias, portanto, são
que quando Deus me deu um trabalho para fazer, eu não o recusei”.
“(…)
eu não digo “Não participe de jogos ou do críquete e assim por diante”. Por
todos os meios, jogue-os e se alegre neles. Apenas tome cuidado para que os
jogos não se tornem um ídolo para você como eles foram a mim. Que bom propósito
há para qualquer um no mundo vindouro ter sido o melhor jogador que já existiu?
E, então, pense acerca da diferença entre isso (os jogos) e o ganhar almas para
Jesus”.
Traduzida
da versão de Stephen Ross, para WholesomeWords.org do livro Pioneer
Missionaries for Christ and His Church (Missionários Pioneiros por
Cristo e Sua Igreja) por Thomas John Bach. Wheaton, Ill: Van Kampen Press,
1955. Todos os direitos reservados. Biografia protegida por direitos autorais.
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