O massacre na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, que matou 26
pessoas – 20 crianças com idades entre 6 e 7 anos e seis adultos – na
sexta-feira (14), chocou os Estados Unidos.
A identidade do
atirador foi confirmada no domingo
(16) pela polícia. Adam Lanza, de 20 anos, entrou armado na escola, disparou
contra alunos, professores e funcionários, e cometeu suicídio. Antes, ele havia
matado sua mãe, Nancy Lanza, em casa.
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Durante as horas que sucederam o tiroteio, as informações dadas pela polícia e
vazadas pela imprensa americana foram desencontradas.
Com o passar dos dias, a polícia esclareceu alguns detalhes - como a
identidade das vítimas, do atirador, e como ele entrou na escola.
Entretanto, vários pontos-chave da investigação ainda não foram
esclarecidos, entre eles, o que motivou o crime e o porquê de a escola primária
ter sido escolhida como alvo do atirador.
Sexta-feira, 14 de dezembro
- Adam Lanza atira em sua própria mãe, Nancy, na casa onde vivia e segue para
escola, na pequena cidade de Newtown, um subúrbio de Hartford, capital do
estado americano de Connecticut.
Ela é a primeira vítima morta pelo atirador. Seu corpo foi descoberto
após o massacre, quando a polícia foi até a casa do suspeito.
- Por volta de 9h20 no horário local (12h horário de Brasília), o atirador
invade a escola primária Sandy Hook. Ele dispara contra uma porta de vidro para entrar no local e, em seguida, inicia o massacre. De acordo com o porta-voz da polícia
de Connecticut, Paul Vance, o autor do ataque não foi autorizado a entrar pelos
funcionários.
- Adam encontra a diretora da escola, Dawn Hocksprung, e a psicóloga Mary
Scherlach, que foram para o corredor após ouvirem os disparos. As duas são
mortas.
- Em seguida, Lanza passa pela sala da professora Kaitlin Roig, que
havia escondido seus alunos no banheiro e fechado a porta. Ele passa reto e
acaba entrando na sala da professora Lauren Rousseau. Lauren, outra professora
e todos os alunos são mortos.
- O atirador segue para outra sala, da professora Victoria Soto. Relatos
da polícia apontam que Victoria escondeu seus alunos no armário da sala. Ela
tenta distrair o atirador, mas seis estudantes tentam fugir, e Lanza atira em
todos eles e na professora. Outros sete alunos são encontrados vivos dentro do
armário pela polícia, de acordo com a imprensa local.
- As armas usadas pelo assassino foram uma Glock 10 mm, Sig Sauer 9 mm,
e um fuzil Bushmaster- usado em quase todas as mortes. Uma quarta arma foi
encontrada no carro que ele dirigiu até a escola. Segundo a polícia, foram
encontradas centenas de balas no local do crime.
- Às 9h40 no horário local (12h40 no horário de Brasília), a polícia
recebe a primeira chamada de emergência para a ocorrência, segundo autoridades
locais. Mais tarde, o governador do estado Dan Malloy informa que a primeira
ligação de emergência foi feita por alguém ferido e que sobreviveu ao tiroteio.
- Enquanto Adam atira na segunda sala, ele ouve chegada da polícia e das
equipes de emergência e comete suicídio, segundo a imprensa americana.
- Agentes do FBI, a polícia federal americana, equipes da SWAT e polícia
local chegam à escola. Pouco tempo depois, um grande número de pais de alunos
se concentra no local em busca de seus filhos.
- Três vítimas chegam a ser socorridas com vida. Elas são levadas para o
Hospital Danbury, a cerca de 16 quilômetros dali, mas duas morrem, ambas
crianças, momentos depois. A escola é esvaziada pela polícia, e professores
pedem para que crianças fechem os olhos para não verem os colegas mortos.
- O jornal local "Newtown Bee" publica a primeira foto do
incidente. A imagem mostra crianças assustadas sendo retiradas da escola pela
polícia para encontrar seus pais em local seguro.
- Jornais e TVs americanas divulgam nome errado de suspeito. A informação foi corrigida cerca de uma hora e meia depois.
Inicialmente Ryan Lanza, irmão do atual suspeito Adam Lanza, foi apontado como
autor do crime pela imprensa americana. Ao descobrirem que ele estava vivo, a
informação foi corrigida.
- Ryan Lanza, irmão de Adam, presta depoimento à polícia e é liberado. O
pai de Adam, que inicialmente chegou a ser dado como morto, também é ouvido
pelas autoridades policiais.
- O presidente Barack Obama se
emociona ao falar pela primeira vez sobre o tiroteio.
"Sei que não existe um pai nos EUA que nao sinta o mesmo pesar que sinto.
A maioria dos que morreram hoje eram crianças. Elas tinham a vida toda pela
frente, aniversários, formaturas, casamentos, seus próprios filhos", disse
o presidente.
- A polícia confirma a morte de 26 pessoas na escola primária e de uma
mulher, apontada como mãe do suspeito, que foi encontrada morta em casa.
- Defensores do controle de armas fazem vigília em frente à Casa Branca
e prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, pede uma legislação de controle do
porte de armas.
- Durante a madrugada, corpos das vítimas são retirados da escola para
serem periciados.
Sábado,
15 de dezembro
- Barack Obama pede aos
americanos que sejam solidários com os familiares das vítimas do massacre e alerta para a necessidade de
"medidas decisivas" que possam evitar estas "tragédias". A
declaração é transmitida durante programa de rádio e internet semanal do
presidente.
- A identificação dos corpos das vítimas é concluída, e as famílias são
notificadas. A perícia no local prossegue. Os corpos são retirados da escola.
- Em entrevista coletiva, o porta-voz da polícia local, Paul Vance,
informa que os policiais conseguiram recolher provas importantes que permitirão
reconstruir o crime e elucidar como e por que o massacre ocorreu.
"Encontramos evidências muito boas, que os nossos investigadores poderão
usar em, espero, definir o quadro completo sobre como, e mais importante por
que isto ocorreu", afirmou.
- A polícia divulga lista com os
nomes das vítimas. Em coletiva de imprensa, o
chefe do departamento de medicina legal, o médico Wayne Carve revela que mortos
no tiroteio foram atingidos mais de uma vez. De acordo com Carve, todos
morreram de ferimentos de bala, e os casos foram classificados como homicídio.
- Ao longo do dia, moradores
prestam homenagens em frente à escola primária Sandy Hook. Um memorial para as vítimas do
massacre surge no local da tragédia e parentes depositam flores, ursinhos de
pelúcia e mensagens de condolências.
- O pai de uma
menina morta no tiroteio dá
um depoimento emocionado à imprensa. “Ao
seguirmos em frente a partir do que aconteceu aqui, o que aconteceu com tanta
gente, que isso não seja algo que nos defina, mas que nos inspire a ser
melhores, que tenhamos mais compaixão e sejamos mais humildes”, diz Robbie
Parker, pai de Emilie de seis anos.
- Petar
Lanza, pai do suposto atirador, divulga
comunicado expressando condolências para as famílias das vítimas do massacre.
“Nossa família está sofrendo junto com todos os que foram afetados por essa
grande tragédia. Não há palavras capazes de expressar o tamanho dessa dor.
Estamos em choque e tentando encontrar respostas para o que aconteceu.”
Domingo, 16 de dezembro
7h30 - A comunidade de Newtown, em Connecticut,comparece em
peso às igrejas da cidade para recordar as 26 vítimas do
massacre, horas antes da chegada do presidente Barack Obama.
- Uma igreja
católica romana é esvaziada após uma ameaça de bomba ter sido relatada por autoridades durante uma
missa. A igreja fica a 1,6 quilômetro do local onde ocorreu o tiroteio.
- Autoridades confirmam pela primeira vez a identidade do atirador e que
ele cometeu suicídio. Pouco se sabe até o momento sobre Adam Lanza. Os
primeiros amigos e conhecidos entrevistados o descreveram como uma pessoa
inteligente, educada e quieta.
- O porta-voz da polícia, Paul Vance, faz advertência sobre informações
publicadas nas redes sociais, lembrando que a polícia é a única fonte confiável
sobre a investigação do massacre. "Isto é um problema para nós, porque há
informações falsas publicadas nas redes sociais", disse. Vance fez alusão
a pessoas que se fizeram se passar pelo assassino (Adam Lanza) ou que
publicaram informações fazendo-se passar por policiais.
Segunda, 17 de dezembro
Terça, 18 de dezembro
O que ainda não foi esclarecido:
Motivo
do crime
Ainda não se sabe o que levou o atirador a entrar na escola armado e atirar em
alunos e professores. A casa do suspeito Adam Lanza foi vistoriada pela polícia
logo após a tragédia, mas nenhum bilhete de suicídio foi encontrado. A polícia
tem evitado revelar os elementos de provas que explicariam as razões de Lanza
para cometer o massacre. As autoridades tampouco deram detalhes sobre os fatos
da sexta-feira (14), explicando que a investigação está em curso.
Relação com a escola
Inicialmente, a imprensa americana divulgou que a mãe do atirador trabalhava na
escola primária de Sandy Hook. No sábado, o porta-voz da polícia, Paul Vance,
negou a informação e o rumor de que o atirador tenha se envolvido em uma briga
na escola, antes do massacre. "Não há relatos de qualquer briga na escola
envolvendo esse individuo".
Sobreviventes
De acordo com a polícia, dois adultos foram feridos, mas sobreviveram.
PUBLICADO NO G1 EM 16/12/2012
22h28 - Atualizado em 18/12/2012
17h04
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