Julio
Severo
Se
perguntassem para nós hoje como será a educação do futuro, talvez diríamos que
será uma educação que, finalmente, eliminará completamente o analfabetismo e
dará oportunidades de ensino para todos. Pelo menos, nosso desejo simples é o
bem-estar das crianças, inclusive na área educacional. Educação é parte
importante da vida. Assim, a vasta maioria dos pais espera mandar os filhos
para boas escolas.
Contudo,
e se perguntassem para Abraão, Isaque e Jacó como seria a educação do futuro?
Parece que eles não tinham preocupações com essa questão, pois eles estavam
ocupados com a responsabilidade de treinar os filhos para viver para Deus neste
mundo. Deus também não estava preocupado, pois ele sabia que Abraão e seus
descendentes cumpririam essa responsabilidade. Ele mesmo disse: “Porque o
conheço e sei que ele ordenará a seus filhos e sua casa depois dele, e eles
guardarão o caminho de Jeová, para praticarem a justiça e o juízo, a fim de que
Jeová traga sobre Abraão o que ele falou dele”. (Gênesis 18:19 Darby)
Portanto,
Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, revela que Deus estava perfeitamente
consciente de que Abraão estava capacitado para dar uma educação alicerçada no
lugar certo: nos mandamentos de Deus. Abraão, Isaque e Jacó não se preocupavam
com a educação do futuro, pois sua atenção estava voltada para a importante
missão de educar os filhos nos caminhos do Senhor. Não existia para eles
interesse educacional maior do que formar nos filhos uma mentalidade com um
profundo conhecimento e temor de Deus.
E
se perguntassem para outros homens e mulheres da Bíblia como seria a educação
do futuro? Parece que poucos teriam condições de responder, porém há dois
homens que saberiam dar uma resposta relevante: Moisés e João. Tendo estudado
nas melhores universidades do Egito, Moisés estava em condições de oferecer uma
perspectiva com base em sua experiência no sistema educacional egípcio, que não
era muito diferente do que conhecemos hoje. No entanto, parece que em nenhum
lugar da Palavra de Deus se vê uma resposta tão clara e direta quanto uma
importante revelação que se encontra no último livro da Bíblia. Em Apocalipse,
o Apóstolo João pôde ver por revelação especial como seria o sistema
educacional de um futuro que, bem provavelmente, também inclui nossa geração.
O QUE APOCALIPSE
REVELA SOBRE O FUTURO
Entre
as muitas visões que recebeu no livro do Apocalipse, João viu um sistema de
governo mundial, sob a liderança da Besta, controlando a vida de
todas as pessoas:
“[A Besta]
obrigou todas as pessoas, importantes e humildes, ricas e pobres, escravas e
livres, a terem um sinal na mão direita ou na testa. Ninguém podia comprar ou
vender, a não ser que tivesse esse sinal, isto é, o nome [da Besta]
ou o número do nome [dela]”. (Apocalipse 13:16-17 BLH)
Será
que é difícil entender essa passagem? Deus ama as pessoas simples que o amam e
lhe dão atenção. Ele escreveu sua Palavra de modo que mesmo alguém sem formação
educacional do mundo possa compreender.“A explicação da tua palavra traz luz e
dá sabedoria às pessoas simples”. (Salmos 119:130 BLH) Como
podemos então entender o que Deus está querendo nos dizer em determinados
textos bíblicos? O que precisamos fazer é comparar uma passagem espiritual com
outra passagem espiritual. Aliás, a própria Palavra de Deus nos ensina que
podemos aprender a distinguir os pensamentos, intenções e revelações do
Espírito Santo em Sua Palavra “comparando as coisas espirituais
com as espirituais”. (veja 1 Coríntios 2:13RC)
Então,
comparando o texto de Apocalipse com duas passagens no Antigo Testamento que
trazem indicação semelhante de sinal na mão e na testa, é possível entender o
que esse simbolismo significa.
“Essa festa será como um sinal para vocês,
como se fosse uma coisa amarrada na mão ou na testa, e os ajudará a se
lembrarem de recitar e de estudar a lei do Deus Eterno; pois com grande poder
ele os tirou do Egito”. (Êxodo 13:9 BLH)
“Isso será como uma lembrança, como alguma
coisa amarrada nas mãos ou na testa. E nos fará lembrar que com o seu grande
poder o Deus Eterno nos tirou do Egito”. (Êxodo 13:16 BLH)
A
repetição da festa, ano após ano, ajudaria a educar o povo de
Deus a nunca se esquecer da Palavra de Deus. Em termos bem simples, essa
repetição era um método educativo usado para marcar
profundamente a mente das pessoas, de modo que sempre se lembrassem de recitar
e estudar a Palavra de Deus.
MARCAS PROFUNDAS
“[A Besta] obrigou todos,
pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca
na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não
ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu
nome”. (Apocalipse 13:16-17 NVI)
Comprar
e vender faz parte do sistema de vida da sociedade. Para sobreviver nesse
sistema, no mínimo o cidadão precisa de um emprego. Principalmente em
cidades grandes, praticamente todos os empregos exigem determinado nível de
escolaridade. Aliás, uma das primeiras perguntas que um empregador faz a alguém
que deseja um emprego é sobre grau de escolaridade. Mais do que nunca, um
homem hoje precisa de um diploma escolar para poder ter uma ocupação no mercado
de trabalho, e as exigências mínimas de escolaridade estão cada vez mais altas,
obrigando assim crianças e adolescentes a passar o máximo de anos nas
instituições escolares. Um ser humano hoje só é valorizado de acordo com um
diploma oficial que comprova que ele passou anos estudando nas escolas e
universidades. Está se tornando quase impossível viver sem um diploma
escolar.
Essa
tendência indica que logo não será possível conseguir um emprego sem uma
escolaridade mínima aprovada pelo governo. Preocupados com os filhos e a fim de
ajudá-los a não sofrer desvantagens e portas fechadas no mercado de trabalho,
os pais fazem questão de forçá-los a passar o máximo de anos nas instituições
de ensino. As pressões sociais, políticas e legais de hoje não permitem que um
jovem consiga obter uma ocupação digna de trabalho sem um diploma escolar
aprovado pelo governo, anulando assim suas chances de sobrevivência. Sem
emprego, como é que alguém conseguirá comprar e vender para viver? É isso o que
indica o texto de Apocalipse: os que não tiverem sido marcados na mão ou na
testa não poderão fazer nada para sobreviver no mercado de trabalho. Qual então
é o significado da mão e testa marcados?
Marca na mão: A mão é a parte do corpo que age, trabalha
e realiza tarefas. O sinal na mão é um símbolo de que a pessoa recebeu uma
formação educacional tão profunda e intensa que tudo o que ela faz traz a marca
do que ela aprendeu. Ela foi ensinada a fazer as coisas de
acordo com os ideais do sistema educacional do governo. Ela foi “marcada”
para agir e se conduzir conforme a educação
que lhe foi implantada.
Marca na testa: A testa é a parte do corpo onde fica a
mente. O sinal na testa é um símbolo de que a pessoa recebeu uma formação
educacional tão profunda e intensa que tudo o que ela pensa e fala traz a marca
do que ela aprendeu. Ela foi ensinada a pensar e se expressar de acordo com os
valores do sistema educacional do governo. Ela foi “marcada” para pensar conforme
a educação que lhe foi implantada.
Se
esse simbolismo realmente representa a influência de um sistema educacional no
modo de as pessoas pensarem e agirem, então pode-se considerar essa influência
como uma marca bem forte, pois hoje uma criança é obrigada a passar anos na
escola institucional sendo marcada por muitos ensinos impostos pela educação do
governo.
MISTÉRIO DA
BESTA E SEU SIGNIFICADO
Qual
é o significado do nome e número da Besta? Há a possibilidade de que nome e número possam
ser uma referência bem simples aos conceitos básicos e essenciais de língua e matemática,
que são as colunas fundamentais da educação. Assim, no sistema da Besta todos
os cidadãos, cristãos ou não, são obrigados por lei a ir para a escola para
aprenderem o básico (ler e escrever) e, no processo, absorverem “outros
ensinos” que a Besta considerar importantes para a formação das crianças e
adolescentes.
Portanto,
a Besta mencionada em Apocalipse não é um homem, mas algum tipo de entidade
espiritual por trás de um sistema social que controlará e dirigirá o rumo e a
vida de todos os cidadãos. Assim, a Besta é um sistema operando aqui na terra
sob direção e controle demoníacos. De que maneira exatamente a Besta controlará
a vida das pessoas? Quem é a Besta?
O
termo Besta significa no original grego animal
selvagem ou pessoa má. Seguindo essa definição, é
possível entender que todas as pessoas (de qualquer condição social, religião
ou etnia) receberão uma formação educacional que as condicionará a pensar e
viver sem a ajuda dos valores morais, exatamente como fazem os animais
selvagens e as pessoas más. Em que sentido precisamente as instituições humanas
de ensino poderiam implantar na mente das crianças abertura para condutas
iguais ao comportamento dos animais selvagens ou das pessoas más?
SEXUALIDADE: UMA
DAS QUESTÕES MAIS IMPORTANTES
Deus
diz sobre a sexualidade humana: “É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua
mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa”.
(Gênesis 2:24 BLH) Aliás, o primeiro e mais importante mandamento
positivo de Deus para o primeiro casal humano foi exatamente sobre sexo,
casamento e família (veja Gênesis 1:28). Embora o homem tenha chamado
especial de Deus para deixar pai e mãe para se unir à sua mulher, serem uma só
carne, formarem uma família e dominarem o mundo, o sistema educacional moderno
basicamente educa as crianças a pensar e agir sem limites morais, exatamente
como se o ser humano fosse um animal selvagem.
Para
combater a ameaça das doenças sexualmente transmissíveis, o governo oferece a
solução da camisinha. Nas escolas públicas, os programas de prevenção a essas
doenças têm “como principal objetivo possibilitar que crianças e adolescentes
possam fazer escolhas na área da sexualidade com responsabilidade e sem culpa,
sem correr riscos de uma gravidez indesejada e de doenças sexualmente
transmissíveis”.[1] Crianças e adolescentes são ensinados a fazer “escolhas” na
área sexual [eles podem aprender a decidir o que quiserem: sexo oral, vaginal,
anal, etc.] com responsabilidade [sempre usando a camisinha e o controle da
natalidade] e sem culpa [sem se sentirem incomodados com o sexo sem compromisso
matrimonial]. É desse jeito que o governo quer que as crianças de escolas
públicas aprendam a “proteger” seu prazer sexual de possíveis “transtornos”.
Entre esses transtornos está a gravidez, que é colocada no mesmo nível das
doenças sexuais.
Para
o governo, o problema não é o sexo antes do casamento, mas a gravidez e a
criança inocente já concebida. O problema é tudo (seja gravidez ou doença) o
que atrapalha o adolescente de obter o prazer sexual, com ou sem casamento, com
ou sem valores morais. Assim, o alvo do governo é usar as escolas para preparar
os jovens para fazer sexo, não para entrar no casamento. Seu objetivo é educar
os jovens a evitar a gravidez, não o sexo fora do casamento. Sua meta é ensinar
“respeito” e “tolerância” para com a liberdade sexual, não respeito para com
todos os compromissos morais envolvidos com o sexo, inclusive casamento,
família e criação de filhos.
Ao
excluir a importância e o valor do compromisso conjugal entre homem e mulher
como única forma saudável e natural de se relacionar sexualmente, a educação
das escolas acaba abrindo espaço para escolhas sexuais anormais, inclusive a
homossexualidade. O homossexualismo tem sido apresentado e ensinado nas salas
de aula não como um comportamento sexual contra a natureza, mas como um estilo
de vida diferente, que merece respeito e tolerância. Basicamente, as escolas
agora educam a criança para pensar e agir comoanimal selvagem ou pessoa
má na área sexual. O sistema educacional da Besta faria diferente
disso?
Os
governantes entendem muito bem a importância da educação na formação dos
futuros cidadãos. Em seu governo socialista, Lula lançou um programa abrangente
inédito chamado Brasil Sem Homofobia, para cultivar nos cidadãos
atitudes favoráveis ao homossexualismo e, através de campanhas, implantar na
mente deles uma programação ideológica hostil que os faça rejeitar
espontaneamente toda opinião contrária às práticas homossexuais. Essa
programação os condicionará a ver como preconceito, discriminação e ódio toda
posição, inclusive da Bíblia, que considere o homossexualismo como pecado,
anormalidade e perversão. De que maneira ocorrerá essa sutil lavagem cerebral?
O plano do governo é treinar principalmente os professores de escolas públicas
para fazerem apresentações exclusivamente positivas da conduta homossexual para
os estudantes. Então, será de estranhar ver e ouvir, daqui a alguns anos, a
maioria dos jovens defendendo o homossexualismo com naturalidade? Tal defesa
será evidência de que os anos que eles passaram nas escolas produziram os
resultados esperados pelas campanhas “educativas”. Assim, o governo vê a escola
como elemento chave em seu esforço para formar e mudar a mentalidade das
crianças. A Besta verá as escolas de modo diferente?
RISCOS
ESPIRITUAIS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA
Além
da sexualidade, é a vontade do governo que a educação pública também inclua,
disfarçadamente, elementos religiosos. Embora o Ministério da Educação (MEC)
não tenha o mínimo interesse em ensinar as crianças a conhecer, ler e respeitar
a Bíblia, tal não é o caso com as práticas de feitiçaria. O MEC acredita que o
candomblé e outras religiões ocultistas provindas da África são expressões
culturais legitimas dos negros brasileiros e quer doutrinar sistematicamente as
crianças de escolas públicas a não desprezar nem rejeitar as práticas dessas
religiões. Assim, os alunos são ensinados a respeitar o ocultismo africano como
cultura. Qualquer oposição a essa “cultura” é considerada como racismo. O
sistema educacional da Besta faria menos que isso?
Uma
das preocupações mais fortes de todo pai e mãe que ama é garantir a segurança
física, espiritual e moral dos filhos. Até os animais protegem seus filhotes. No
entanto, em muitas escolas públicas a criança é exposta a drogas e outras
situações que lhe colocam em perigo a saúde moral e espiritual e às vezes a
própria vida. Muitos alunos estão também desprotegidos de más influências e de
ensinos que desrespeitam os princípios morais e bíblicos aprendidos no lar e na
igreja. É na escola que muitas vezes adolescentes e crianças são expostos a
modelos e exemplos errados de namoro e conduta sexual. É de admirar então que
tantos jovens evangélicos caiam sob as pressões de suas amizades e se desviem
do Senhor depois de passar anos sob tal influência e socialização negativa? O
sistema educacional da Besta faria diferente disso?
No
sistema educacional da Besta, as crianças serão condicionadas, em
alguns aspectos, a viver e ver a si mesmas como um animal. Enquanto na Bíblia o
ser humano é mostrado como claramente distinto, diferente e mais importante do
que os animais, nas escolas do sistema da Besta as crianças aprenderão que o
ser humano teve origem não em Deus, mas nos animais. Não é exatamente isso o
que está acontecendo em nossa própria época? Nas escolas de hoje, os
professores recebem ordem do governo para ensinar que o homem veio do macaco,
igualando assim o ser humano aos animais. A mente de crianças inocentes é marcada
com uma mentira contra Deus, o Criador. Se o homem é igual aos animais em
essência, então por que seu comportamento sexual não pode se igualar ao dos
animais também? Assim, se os animais não precisam se casar antes de fazer sexo,
por que valorizar o casamento entre os seres humanos? Por que esperar até o
casamento para fazer sexo? É de estranhar então que as propagandas contra a
AIDS do governo e a educação nas escolas enfatizem só a preparação para o sexo,
não para o casamento? Será que o sistema da Besta agiria diferente disso?
A
VULNERABILIDADE DO ESTUDANTE NA ESCOLA
A
influência que uma criança recebe na escola pode marcá-la para o resto da vida.
Um importante exemplo é o que aconteceu com um rapaz na Alemanha. Ele vivia
bebendo e gastando o dinheiro do pai, que era um advogado descendente de
rabinos. Para a alegria do pai, o rapaz se converteu ao Cristianismo e
abandonou os maus hábitos. Ele passou até a escrever poemas sobre suas
experiências cristãs. Contudo, quando foi estudar num estabelecimento de ensino
ele caiu debaixo da influência de um professor que o introduziu num nível
avançado de satanismo e idéias políticas radicais. A partir daí, o rapaz
adquiriu uma nova mentalidade e crescente interesse no satanismo. Sua nova
inspiração o levou a escrever poemas e livros sobre assuntos bem diferentes dos
ensinamentos de Jesus. Em seu poema O Jogador, ele escreveu:
Vapores do inferno se levantam e enchem o
cérebro,
Até que eu enlouqueça e meu coração mude
completamente.
Vê a espada?
O príncipe das trevas a vendeu a mim.
Para mim ele supera o tempo e dá os sinais.
Danço cada vez mais ousadamente a dança da
morte.[2]
Em
outro escrito, ele declarou:
Todas as minhas palavras são fogo e ação.[3]
O
rapaz foi tão marcado pela influência que recebeu que acabou se tornando autor
de obras que até hoje influenciam e inflamam nações e líderes mundiais: O
Capital e O Manifesto Comunista. O nome do rapaz? Karl
Marx, o fundador do socialismo, um sistema de governo criado para ocupar o
lugar de Deus na vida dos cidadãos e controlar e determinar tudo o que fazem,
principalmente na área da educação e família. Talvez nenhuma ideologia tenha
trazido tanto derramamento de sangue para a humanidade quanto as idéias
socialistas. De fato, as palavras de Marx se tornaram fogo e ação, incendiando
e matando. Milhões de vidas inocentes foram destruídas na Rússia e na China
comunista. Milhões de cristãos ao redor do mundo sofreram e sofrem cruelmente
em países controlados por ideologias socialistas radicais, como Cuba, China e
Coréia do Norte. Em países onde floresce um socialismo mais “brando” — como
Suécia, Holanda, Canadá e Alemanha — as igrejas cristãs estão murchando e os
direitos fundamentais dos cristãos estão sendo aos poucos suprimidos em favor
de privilégios e direitos especiais para o comportamento homossexual, aborto e
outras práticas contrárias aos princípios cristãos e morais mais básicos. Pais
evangélicos que obedecem à Palavra de Deus e disciplinam fisicamente os filhos
são alvo de discriminação, preconceito e hostilidade das autoridades suecas e
canadenses, enquanto militantes homossexuais radicais adotam crianças e recebem
espaço e permissão legal para poderem promover o homossexualismo até mesmo para
crianças das escolas. O sistema da Besta faria menos que isso?
SOCIALISMO PARA
TODOS, ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO
Apesar
de toda a realidade cruel envolvendo o comunismo, socialismo, esquerdismo e
todos os seus parentes ideológicos, em muitas escolas e faculdades do Brasil o
socialismo é apresentado da maneira mais benigna e favorável possível. Um jovem
evangélico me contou que ao estudar informática numa faculdade de Brasília, a
leitura de O Capital, de Karl Marx, e outros livros socialistas era
obrigatória, muito embora essas obras ideológicas nada tenham a ver com o
assunto de informática. Será que um jovem estudante pode ser contaminado e
marcado por idéias e influências erradas numa escola? Karl Marx é um exemplo
trágico e real do que pode acontecer com um rapaz num ambiente escolar.
Basicamente,
o socialismo — em todas as suas formas — prega a submissão e dependência total
de cada cidadão no governo e suas instituições. Na maioria das nações da
Europa, a população vem sendo sistematicamente condicionada, por diversas
estratégias educativas, a não ser “intolerante”, “discriminadora” e
“preconceituosa” contra o aborto, homossexualismo e outras perversões. Eles
estão sendo condicionados a ver como natural o governo ocupando na vida deles
um controle que só Deus deveria ter. Eles permitem que suas vidas sejam
dominadas do nascimento até a morte. No passado, quando havia problemas
nacionais e familiares, muitos europeus recorriam a Deus. Hoje, eles apelam
para o governo. Se precisavam de emprego, buscavam mais a Deus. Agora, eles
foram “ensinados” a pensar que é a responsabilidade do governo
dar emprego para todos. O governo educou os cidadãos a vê-lo como o Grande
Provedor. É de admirar então que a Europa esteja se esquecendo de Deus e
experimentando um esvaziamento das igrejas cristãs?
O
condicionamento do socialismo “brando” na Europa, através das escolas e dos
meios de comunicação, programa todos para pensar que é o
governo que tem o dever de suprir solução para tudo e para todos. Em
resumo, os europeus aprenderam a depender mais do governo do que de Deus para
suprir suas necessidades mais básicas. Para os pervertidos, o governo dá leis
favoráveis ao homossexualismo, em vez de proteger os cidadãos contra condutas
prejudiciais à saúde física e moral. Para as feministas, leis a favor do
aborto, em vez de tomar uma posição firme contra o assassinato de bebês
inocentes e indefesos. Para as esposas, condições para trabalhar fora, em
vez de condições para elas não serem obrigadas por pressões econômicas a sair
do lar para trabalhar e complementar a renda da família. Para as crianças, creches,
em vez de condições para as mães poderem cuidar de seus próprios filhos no lar.
Para os idosos, asilos, em vez de trabalhar para promover o bem-estar da
família, que é o lugar mais saudável para acolher os seres humanos mais
vulneráveis, inclusive idosos. Sem mencionar que as leis de freqüência
obrigatória à escola mantêm crianças vulneráveis muitas horas diárias afastadas da
família e seus valores e próximas do governo e seus valores. E
toda a sociedade vê como normal o papel do governo e suas políticas socialistas
que substituem as funções mais essenciais da família. Essas políticas tornam a
família até certo ponto irrelevante e descartável. Pense bem: O sistema da
Besta faria menos que isso?
As
escolas de hoje, por imposição dos conceitos de “tolerância” e “pluralidade
cultural” do governo, promovem o socialismo, evolução, homossexualismo e sexo
sem necessidade de casamento e responsabilidade moral. Depois de passar dia
após dia e ano após ano debaixo dessa influência “educacional”, como as
crianças conseguirão deixar de ser marcadas? O sistema educacional da
Besta faria diferente disso?
Um
pergunta intrigante então é: a educação do futuro já está aqui? A educação
revelada em Apocalipse já está acontecendo?
ESCOLA PARA
TODOS, POR VONTADE OU POR FORÇA
A
questão de hoje não é só que uma pessoa precisa receber uma boa educação,
mas onde todos são obrigados a recebê-la. O único tipo de
educação aceita para que alguém tenha um bom emprego é a educação das
instituições de ensino que seguem as normas do governo. Se uma criança cristã
receber uma educação completa, no lar, tudo o que será necessário é um justo
reconhecimento. Mas o governo tem seus motivos e interesses para não dar tal
reconhecimento. O governo vê uma educação controlada pelos pais como ameaça a seus
objetivos ideológicos.
Esse
controle sobre as crianças em idade escolar segue o rastro do socialismo e do
nazismo. No passado, a educação pública nunca foi alvo de políticas
governamentais compulsórias, porém as maiores ditaduras assassinas que o mundo
já conheceu tinham interesses especiais. A Rússia socialista e a Alemanha
nazista estão entre as primeiras nações modernas a controlar completamente as
escolas, a não permitir uma educação exclusivamente cristã, a obrigar os
professores a ensinar que o homem veio do macaco e a colocar o ser humano e sua
vontade no centro de tudo na educação e na sociedade. Nessa questão, não há
diferença ideológica significativa entre nazismo e socialismo. Aliás, a maioria
dos membros fundadores do nazismo era formada por ex-militantes comunistas e
sabe-se que o Partido Nazista — forma abreviada de Partido dos Trabalhadores
Nacional Socialista — foi um movimento político composto, com Hitler e sua
elite, por muitos homossexuais ocultos. A maior calamidade humana da história —
a Segunda Guerra Mundial — começou quando os socialistas russos e os
socialistas nacionais alemães fizeram um acordo para repartir, invadir e
saquear a indefesa Polônia. Depois disso, o mundo viu tragédias e destruição em
massa. Com esse exemplo cruel, as nações deveriam ter aprendido que um sistema
de governo que obriga todas as crianças a freqüentar somente escolas aprovadas
pelo governo está, literalmente, no caminho da destruição.
Sem
dúvida alguma, as leis de freqüência obrigatória à escola da Alemanha nazista e
da Rússia comunista teriam recebido total aprovação da besta. No entanto, será
que o desejo governamental de controlar as crianças em idade escolar acabou?
Infelizmente, não.
Já
há leis compulsórias que forçam no Brasil e em muitos outros países todas as
crianças a ir para a escola, e as tendências sociais, legais e políticas
indicam que logo nenhuma criança poderá ficar fora das instituições de educação
aprovadas pelo governo. Será então que a educação obrigatória revelada em
Apocalipse já está começando a se tornar realidade? Hoje, todas as
crianças — independente de raça, religião e condição social — são obrigadas a
freqüentar a escola e receber uma educação de acordo com as determinações do
governo. A criança pode estudar muito bem e até adquirir uma formação
educacional excelente, porém se não receber sua educação através
de instituições determinadas pelo governo, as autoridades lhe negarão um
justo diploma, a fim de que as famílias nunca tenham a coragem de assumir a
responsabilidade de controlar a educação dos próprios filhos através do ensino
em casa. Essas ações do governo deixam a criança sem oportunidades e chances
para entrar no mercado de trabalho mais tarde. A questão não é só que o governo
quer que as crianças recebam uma educação, mas também que recebam um diploma
que comprova que elas foram sistematicamente doutrinadas de acordo com os
princípios aceitos pelo governo.
Um
efeito colateral importante provocado pela posição da educação no pedestal
social é que os jovens são obrigados a passar o máximo de anos estudando, sem
nem mesmo poder pensar em casamento. Nos tempos bíblicos e até recentemente, a
grande maioria dos jovens podia se casar logo que sentisse muita necessidade.
Hoje, mesmo em grande necessidade, eles são forçados a esperar longos anos para
se casar, devido às pressões sociais em suas vidas, pois todos temem que eles
não conseguirão sustentar uma família sem um diploma aprovado pelo governo. Sem
mencionar que as pressões do ambiente universitário para namorar cedo e
para não casar cedo são tão grandes que se pode considerar um
grande milagre se um rapaz ou moça conseguir terminar a universidade virgem.
Pesquisas
indicam que por causa dos estudos universitários, rapazes e moças agora se
casam cada vez mais tarde na vida. No entanto, eles não deixam de sentir
desejos sexuais. Enquanto os jovens da Bíblia canalizavam esses desejos para o
sexo dentro do casamento, os jovens de hoje também canalizam para o sexo, mas
não no casamento, em parte por causa da imposição social que os impede de se
casar antes de uma formatura. É um dilema importante, em que muitas vezes um ou
outro é sacrificado, embora na grande maioria das vezes o sacrificado seja a
família e o casamento. Assim, até mesmo muitos jovens cristãos, ao priorizar a
educação na frente do casamento quando sentem necessidade sexual urgente,
acabam envolvidos em situações bem parecidas com o que sofrem os jovens
descrentes: sexo e gravidez antes do casamento e, tragicamente, até aborto. O
governo soluciona esses “problemas” treinando os professores das escolas para
falar sobre questões sexuais (inclusive métodos de controle da natalidade,
camisinha e homossexualismo) num nível distante dos valores bíblicos e
familiares. Tudo o que o governo tem feito, em seus esforços para ajudar a
“cuidar” das necessidades sexuais das crianças e adolescentes, é ensinar os
estudantes a fazer sexo sem gravidez e casamento.
Não
é novidade alguma que o governo tem um interesse obsessivo na educação de todas
as crianças. Sua meta, obviamente, é formar a mentalidade dos futuros cidadãos
desde cedo.
ALTERNATIVA
DIVINA
Contudo,
a Palavra de Deus revela que Deus também tem um interesse profundo e especial
na questão da educação das crianças de famílias cristãs. A orientação de Deus é
que os pais têm a responsabilidade de dar para a criança uma educação completa
no lar, onde ela poderá aprender muito mais do que só ler, escrever e fazer
contas. Deus diz:
“Portanto, amem o Eterno, o nosso Deus, com
todo o coração, com toda a alma e com todas as forças. Guardem sempre no
coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos
seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e
quando se levantarem. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para não
esquecerem delas; e as escrevam nos batentes das portas das suas casas e nos
seus portões”. (Deuteronômio 6:5-9 BLH)
Em
Deuteronômio, amarrar as leis e os ensinos nos braços e na testa é um sinal e
símbolo usado para descrever a educação total que as crianças recebem em casa,
sob a direção do pai e da mãe. Quem escreveu esse texto foi Moisés e ele sabia
muito bem o que era ser marcado pela educação, pois ele mesmo havia recebido
tal marca. A questão da educação é tão vitalmente importante que Deus, através
de Moisés, repete para as famílias a mesma orientação:
“Lembrem-se desses mandamentos e os guardem
no seu coração. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para que não esqueçam
delas, e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e
fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem, e as escrevam nos
batentes das portas das suas casas e nos seus portões. Assim vocês e os seus
descendentes viverão muitos anos na terra que o Deus Eterno jurou dar aos
nossos antepassados. Enquanto o mundo existir, vocês viverão naquela terra”.
(Deuteronômio 11:18-21 BLH)
Outra
versão é ainda mais clara:
“Coloquem essas palavras em seus corações.
Implantem-nas profundamente em vocês. Amarrem-nas nas mãos e testa como
lembretes. Ensinem essas palavras para seus filhos. Conversem sobre elas onde
quer que vocês estejam, sentados me casa ou andando na rua; conversem sobre
elas desde o momento em que se levantarem de manhã até o momento em que vocês
forem dormir a noite”. (Deuteronômio 11:18-19 MSG)
Essa
passagem deixa claro que as crianças e o ambiente do
lar em que a família vive devem ser profundamente marcados pela
educação. Evidentemente, o centro dessa educação são os mandamentos de Deus.
Sem esses mandamentos, toda educação, dentro ou fora do lar, é inútil.
Os
pais foram colocados na posição de professores naturais de seus filhos, com a
oportunidade e responsabilidade de ensinar espontaneamente do começo ao fim do
dia, onde quer que estejam. Assim, enquanto as crianças estão em sua fase
vulnerável, sua companhia educacional mais importante e próxima deve ser os
próprios pais e seus valores. É desejo de Deus que as crianças fiquem
totalmente expostas o dia inteiro, todos os dias e em todos os lugares ao
exemplo e influência educacional dos pais, a fim de lhes marcar completamente
as atitudes e pensamentos.
EDUCAÇÃO DE DEUS
X EDUCAÇÃO DA BESTA
Quando
Deus usou Moisés para orientar os pais a educar os filhos no lar, já existia um
“excelente” sistema educacional fora do ambiente familiar. Hoje esse sistema
ocupa uma posição de controle e respeito social tão grande que ninguém acredita
que no lar a criança possa receber um mínimo de educação adequada. A idéia
geral é que “ninguém consegue viver decentemente sem passar por uma escola
institucional”. Assim, a educação das escolas ocupa um pedestal de divindade
social que ninguém ousa questionar.
Embora
não freqüentassem escolas públicas, as crianças das famílias de Deus na Bíblia
recebiam uma educação excelente, principalmente nos mandamentos de Deus. Os
professores não eram pessoas estranhas, mas o pai e a mãe. A escola era o
próprio lar.
Naquela
época não havia lápis, caneta, borracha, caderno, livros, etc. Hoje, com todos
os recursos de que dispomos, os pais acham que, diante dos professores de
escolas públicas, são incapacitados e inferiores para educar os filhos.
Contudo, possuindo somente a Palavra de Deus e seguindo a orientação de
Deuteronômio 11:18-21, os pais e as mães da Bíblia conseguiram educar e
treinar filhos para o Senhor. Se era possível dar aulas em casa naquele tempo,
por que não agora? Hoje há menos impedimentos para se dar aulas escolares em
casa. Há computadores, vídeos e muitos outros meios que facilitam grandemente a
instrução da criança. Portanto, do ponto de vista tecnológico, não há barreiras
para que a educação da criança seja dada no próprio lar. A única barreira é o
governo, que teme perder a oportunidade de marcar a criança com suas
ideologias. Do ponto de vista e chamado de Deus, os pais e as mães têm a
responsabilidade, com ou sem barreiras, de assumir a educação total de seus
filhos.
A
educação no lar não é impossível. Jesus mesmo disse: “O que é impossível para
os homens é possível para Deus”. (Lucas 18:27 NVI) Eu e minha esposa
educamos nossos filhos por esse método, sacrificando tudo para que Deus e seus
projetos sejam prioridade absoluta na vida deles. Comprovamos por experiência
própria que um menino aprende a escrever e ler melhor e mais rápido sob a
instrução direta dos pais. Mas não estamos, de forma alguma, sozinhos. Há
muitas famílias evangélicas no Brasil ensinando os filhos em casa, mesmo sem
nenhum apoio e aceitação do governo. Nos EUA, o número de crianças evangélicas
na educação escolar em casa — movimento conhecido lá como homeschooling — já
chega a 2 milhões e não pára de crescer. Contudo, mesmo que
estivéssemos sozinhos, não valeria a pena? Afinal, Deus é fiel e ele sempre
honra os que o honram acima de tudo.
O
alvo da educação pública é formar a mentalidade de um menino e menina de acordo
com os valores aprovados pelo governo e transmitir para eles tudo o que esses
valores consideram como importante. O alvo de Deus, quando ele orienta os pais
a educar em casa, é transmitir para a criança tudo o que a Palavra de Deus vê
como importante. Naturalmente, o governo não tem disposição de permitir que
Deus e sua Palavra ocupem o centro da educação na vida das crianças. Aliás, o
sistema social e político de hoje quer que acreditemos que é possível educar a
criança sem misturar “religião”, embora nas escolas públicas haja crescente
espaço para a expressão das religiões afro-brasileiras sob a máscara da
valorização da cultura negra. A educação completa que o governo exige para as
crianças é obrigatória e não inclui a Palavra de Deus
no centro de tudo, não muito diferente da educação revelada em Apocalipse:
“[A Besta]
obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a
receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse
comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o
número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17 NVI)
Enquanto
em Apocalipse se menciona o “marca na mão direita ou na testa”, Deuteronômio
menciona amarrar as leis de Deus “nos braços e na testa”. Esse simbolismo
bíblico se refere a uma educação completa e marcante na mente e nas atitudes
das crianças, mas com uma diferença: Deuteronômio apresenta o plano de Deus
para formar os filhos no lar, porém a futura formação da humanidade que
Apocalipse revela ocorrerá fora da influência e controle da família e seus
valores. Sua ligação mais importante será os valores da Besta, e a maneira mais
eficaz de transmitir esses valores é aproveitando as oportunidades em que as
crianças estão longe da supervisão direta dos pais.
Qual
é o lugar em que um menino e menina passam mais horas, diariamente, fora dos
olhares e proteção moral da família?
Qual
é o lugar que eles, em seus anos vulneráveis, passam mais tempo distantes da
esfera de influência dos pais?
Qual
é o lugar em que eles ficam, durante anos, mais próximos do governo e seus valores?
Resposta:
O ambiente da escola institucional. Apocalipse mostra que, através da educação,
os valores escolhidos pela Besta serão implantados em todas as crianças e
adolescentes: religiosos e ateus, pobres e ricos, pretos e brancos, empregados
e patrões, etc. Um desses valores, por exemplo, é a tolerância, respeito e
aceitação como normal de comportamentos como o homossexualismo. Essa educação
será, na opinião dos maiores educadores futuros, completa porque o ser humano e
sua vontade estarão no centro de tudo.
No
entanto, de que adiantará para a humanidade alcançar níveis elevados em sua
“qualidade” de educação, sem a Palavra de Deus? “Pois, que adiantará ao homem
ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em
troca de sua alma?” (Mateus 16:26 NVI) Noah Webster, autor do famoso
Dicionário Webster, declarou: “A educação é inútil sem a Bíblia”.[4] Uma
educação sem a Bíblia valeria o sacrifício da alma de nossos filhos? Martinho
Lutero declarou: “Temo que as escolas acabem mostrando no final que são as
grandes portas do inferno, a não ser que elas se dediquem diligentemente ao
trabalho de explicar as Escrituras Sagradas, gravando-as no coração dos jovens.
Não aconselho ninguém a colocar seu filho num lugar em que a Bíblia não reine
de modo supremo. Toda instituição em que as pessoas não se ocupam mais e mais
com a Palavra de Deus está condenada a se corromper”.[5]
Lutero
estava errado? Hoje quase todos os exemplos de famílias evangélicas em que há
filhos desviados do Senhor, os filhos começam a se distanciar dos pais e seus
valores durante o período em que freqüentam uma escola institucional. Eles
se desviam por influência dos amigos, principalmente no convívio do ambiente
escolar, onde muitas vezes não há respeito pelos valores morais da Palavra de
Deus. Além disso, na escola institucional de hoje a criança e o adolescente
absorvem novos valores e aprendem basicamente independência da família e seus
valores.
MOISÉS
E AS MELHORES ESCOLAS, DO PONTO DE VISTA HUMANO
Deus
precisa da educação controlada pelo governo para construir e usar um homem ou
uma mulher? Talvez ninguém tenha experimentado tanto de uma educação desse tipo
quanto Moisés. Como filho adotivo da filha do faraó, o governante do Egito,
Moisés passou considerável parte de sua vida recebendo educação nas melhores
universidades egípcias, que eram consideradas as mais avançadas da época. Em
termos modernos, seria como estudar nas melhores universidades americanas.
Livros de história modernos confirmam que a educação no Egito era avançada:
Muitos dos ideais e crenças modernos, assim
como grande parte do conhecimento sobre o homem, tiveram sua origem no Egito.
Os antigos egípcios desenvolveram o primeiro tipo de governo nacional do mundo.
Produziram uma arte e uma literatura expressivas. Introduziram a arquitetura
baseada na pedra e fabricaram o primeiro material adequado para a escrita, o
papiro. Estabeleceram o ano de 365 dias, e os métodos básicos de
geometria e cirurgia.[6]
Moisés
passou quase 40 anos de sua vida estudando! Sua formação educacional
nas universidades egípcias foi tão abrangente que ele se tornou, com todo o
conhecimento e treinamento que ganhou, um homem com a capacidade de falar com eloqüência e realizar grandes obras e
empreendimentos na área política, científica, social, filosófica e
militar. “Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios e veio a ser
poderoso em palavras e obras”. (Atos 7:22 NVI) Muito antes de
ser usado por Deus, ele adquiriu uma fama e influência impressionante como pensador,
filósofo, orador e empreendedor. Pelos padrões humanos, que valorizam apenas os
diplomas, ele estava destinado ao sucesso das grandes carreiras.
Com
toda a educação especial que recebeu, ele estava mais do que preparado para
dirigir um povo, na esfera política e militar. Um dos seus primeiros atos,
depois de anos de treinamento nas instituições de ensino egípcias, foi matar um
egípcio que estava maltratando um hebreu. Embora muitas vezes dirija
militarmente seus líderes, Deus não precisava do treinamento educacional e
militar egípcio para usar Moisés para liderar o povo hebreu na sua saída do
Egito. Por isso, Deus o levou para o deserto para remover dele a educação e
preparação do Egito e lhe dar a educação e preparação do Senhor. Ali, depois de
anos trabalhando com rebanhos de ovelhas e sem acesso a livros e outros meios
para alimentar o vasto conhecimento cultural que ele havia adquirido nas
universidades egípcias, ele perdeu sua capacidade para falar com eloqüência e
coragem para realizar grandes obras (veja Êxodo 4:10,13). Quarenta anos de
“treinamento” no deserto, sem acesso ao elevado conhecimento humano do Egito ao
qual ele estava tão acostumado, o deixaram humilde em suas palavras e ações! Os
longos anos que Moisés passou nas universidades egípcias foram também, na mesma
proporção, os mesmos longos anos que Deus escolheu para moldá-lo e remover dele
as marcas que a educação egípcia havia deixado no seu modo de pensar e agir.
Depois
de passar 40 anos no deserto e ser “desmarcado” e “descontaminado” da
educação egípcia, Moisés pôde ter o que todos os anos de estudo nunca lhe
deram: abertura e sensibilidade para ouvir e atender à voz de Deus. Para
remover dele toda socialização negativa que ele teve nas instituições de
ensino, Deus o colocou numa situação em que não havia quase nenhum contato
social, a não ser sua esposa, filhos e… a presença de Deus. Buscando a Deus
profundamente na solidão do deserto foi uma experiência importante que o ajudou
a se tornar um homem sensível e aberto ao Espírito Santo. Ouvindo a voz do
Senhor, ele foi aprendendo sua vontade e foi poderosamente usado pelo Espírito
Santo para ensinar o povo de Deus. Aliás, foi através dele que o Senhor deu a
orientação de Deuteronômio 6:5-9, onde os pais são instruídos a assumir a
educação total dos próprios filhos, marcando suas mentes para pensar e suas
vidas para agir conforme o Senhor determina.
Moisés
conhecia, de experiência própria, a educação em escolas institucionais.
Conforme descreve o escritor Filo, da Antigüidade, ele estudou matemática, geometria,
ciência, astronomia, poesia, música, medicina, hieróglifos, etc. Ele estudou
tudo o que as universidades egípcias tinham para oferecer. Embora a instrução
que ele recebeu no Egito o tenha marcado fortemente para falar e agir de acordo
com a educação das melhores instituições de ensino daquele tempo, Apocalipse
alerta que o sistema da Besta vai superar a educação egípcia, marcando muito
mais profundamente o modo de as pessoas falarem e agirem. Naturalmente, o
condicionamento da Besta na mente e vida das pessoas virá sob o disfarce de
excelente educação humana.
Em
Deuteronômio, Deus usa Moisés, um homem que tinha vasta experiência nas
instituições humanas de ensino, para mostrar aos pais que a melhor educação
ocorre no lar. Em Apocalipse, a Besta mostrará e obrigará todas as pessoas a
aceitar como fato que a melhor educação ocorre nas escolas institucionais, fora
da esfera da família e seus valores. O sinal ou marca na mão e na testa que a
Bíblia revela indica o poder de uma educação sistemática que marca
profundamente os estudantes em seu modo de pensar e agir. A diferença é onde cada
sistema opera para marcar a vida das pessoas.
A
freqüência obrigatória às escolas institucionais é cada vez mais a escolha do
governo para as famílias. No entanto, a escolha de Deus nos dá a opção de
escolher um jeito melhor de treinar nossos filhos academicamente, livres de
interferência governamental.
A
educação aprovada por Deus tem o lar como escola essencial, mas a educação
futura ocorrerá longe da família e sua supervisão e acompanhamento moral e
espiritual na vida das crianças. Essa educação futura ocorrerá sob a
responsabilidade de governos e leis inspirados por uma potestade espiritual que
quer condicionar os seres humanos a pensarem e agirem, em alguns aspectos, como
animais ou como indivíduos maus, que não seguem nem respeitam os mandamentos de
Deus, principalmente nas questões de sexo, família, filhos, aborto,
homossexualidade, etc.
JOÃO
BATISTA E A MELHOR EDUCAÇÃO, DO PONTO DE VISTA DE DEUS
A
atual geração precisa das visitações de Deus. E a verdade é que ele tem prazer
em visitar as pessoas para trazer cura, libertação, transformação e salvação.
Se queremos criar e educar filhos que terão uma estrutura de vida
espiritualmente forte para preparar as visitações que o Senhor deseja realizar
neste mundo desesperado e necessitado, precisamos ter a disposição e abertura
espiritual que o casal Zacarias e Isabel tinham. Eles estavam dispostos a
sacrificar tudo por Deus e seus projetos divinos. Por causa dessa disposição,
Deus lhes deu a honra e oportunidade de se tornarem os pais de João Batista, o
homem que Deus usou para preparar o coração das pessoas para a vinda de Jesus
Cristo.
João
foi treinado de modo bem especial, desde o começo de sua vida. Ele nasceu bem
na época do próprio nascimento de Jesus, e quase foi morto, pois em sua fúria
contra a chegada do menino Jesus ao mundo o rei Herodes lançou uma campanha de
perseguição contra as famílias da cidade de Belém, matando todos os bebês, na
esperança de acabar com o Messias que havia nascido. Para salvar seu bebê da
morte, Zacarias e Isabel pegaram João e fugiram para o deserto, onde passaram a
viver escondidos das autoridades. Eles já eram muito idosos e provavelmente
passaram seus últimos anos no deserto, protegendo e treinando seu menino
especial.
Zacarias
e Isabel, que eram pessoas muito dedicadas a Deus e vinham de famílias de
sacerdotes, estavam muito bem capacitados para ensinar tudo sobre Deus e sua
Palavra poderosa. Eles implantaram fortemente em João as verdades e mandamentos
de Deus e lhe deram instruções básicas de como sobreviver no deserto. Pelas
atitudes rústicas de João, nota-se que ele cresceu sem um convívio social
“normal”. Mas Deus escolheu exatamente essas circunstâncias para treiná-lo para
crescer diferente das outras pessoas. Homens e mulheres que têm uma missão
especial de Deus em suas vidas são treinados, desde a infância, num modo de
vida especial e diferente das pessoas “normais”. O treinamento especial de João
mudou sua vida, fortaleceu seu chamado e moveu o Espírito Santo para derramar
sobre ele a poderosa unção de Elias, um homem de oração que vivia nos desertos
com Deus, um homem que foi profeticamente usado pelo Senhor para tocar uma
nação inteira.
Do
ponto de vista humano, João pode ter perdido muitas oportunidades de contato
social, mas não houve perdas reais, conforme confirma Jesus: “Se alguém quiser
acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser
salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a
encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua
alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma? Pois o Filho do homem
virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um de
acordo com o que tenha feito”. (Mateus 16:24-27 NVI) Sua
falta de contato social “normal” foi preenchida por Deus com um treinamento
especial que o envolveu em contatos muito especiais: a maioria dos apóstolos de
Jesus já seguia João muito antes de conhecerem Jesus. Ele teve o privilégio de
dirigir o treinamento espiritual inicial de Pedro e outros discípulos de
Jesus! Do ponto de vista espiritual, a educação que João recebeu foi muito
útil e lhe deu uma estrutura forte que o capacitou a preparar o coração dos
homens que fariam parte importante do ministério de Jesus.
Deus
achou que era necessário que João fosse criado no deserto, com muitos
sacrifícios para ele e para seus pais, a fim de que ele pudesse ficar distante
de todo tipo de socialização e influência negativa que o desviasse do chamado
divino para ele. A única educação que João experimentou em seu isolamento no
deserto foi a instrução bíblica e pessoal que seus pais lhe passaram. Não havia
mais nada para distraí-lo. Não havia nenhum outro tipo de influência
educacional. Seu contato mais importante era a presença do Espírito Santo, os
próprios pais e seus valores. E ele não foi o único homem de Deus a “perder” em
favor de metas mais importantes. O próprio Apóstolo Paulo diz: “E não
somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com
aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o
meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a
Cristo”. (Filipenses 3:8 BLH)
Zacarias
e Isabel morreram logo, porém seus ensinamentos e valores espirituais jamais
morreram. “Filho, faça o que o seu pai diz e nunca esqueça o que a sua mãe
ensinou. Guarde sempre as suas palavras bem gravadas no coração. Os seus
ensinamentos o guiarão quando você viajar, protegerão você de noite e
aconselharão de dia. As suas instruções são uma luz brilhante, e a sua
correção ensina a viver”. (Provérbios6:20-23 BLH) Eles mesmos deram
aulas escolares para seu filho. Essas aulas foram ministradas juntamente
com os ensinos da Palavra de Deus. A educação projetada por Deus tem o
lar como escola e a Palavra de Deus como centro da educação, sob a supervisão e
acompanhamento direto dos pais. Até mesmo distintos homens reconhecem
que a melhor educação vem da Bíblia. Theodore Roosevelt, Presidente dos Estados
Unidos, declarou: “Um conhecimento profundo da Bíblia vale mais do que uma
educação universitária”.[7] Reconhecer uma verdade é uma coisa; pagar o preço
para vivê-la é outra. Os pais de João Batista sacrificaram tudo para priorizar
a Palavra de Deus na educação de seu filho.
Tudo
o que Zacarias e Isabel ensinaram para João permaneceu vivo na alma dele,
guiando-o na sua importante missão de anunciar e preparar a vinda do Messias.
Com a educação no lar que recebeu dos pais, João pôde fazer o que, aos olhos de
Deus, é o alvo mais importante de todo ser humano: viver a vontade e o chamado
de Deus na terra.
A
educação moderna e suas instituições formais podem parecer muito mais
atraentes, sofisticadas e importantes do que a instrução cristã no lar, mas a
educação institucional é um oásis traiçoeiro — cheio de promessas enganosas —
cada vez mais controlado por governos para doutrinar sistematicamente as
crianças. Esse controle e doutrinação é a principal característica do sistema da
besta revelado no livro do Apocalipse. Em contraste, a educação escolar no lar
oferece liberdade para as famílias fortalecerem e protegerem seus filhos moral
e espiritualmente. Essa educação é realizável? No exemplo de Moisés e João
Batista, Deus mostra que até mesmo no deserto, onde há escassez de recursos
educativos e onde ninguém vê esperança de sucesso, ele pode educar e levantar
grandes homens de caráter, integridade, sabedoria e coragem para liderar uma
nação, treinar líderes e, principalmente, honrar o nome de Jesus Cristo. Assim,
se Deus pode trabalhar no deserto para educar um homem ou mulher, quanto mais
em casa!
Para
as famílias cristãs, a educação no lar é essencial porque seu controle não
pertence ao governo, mas aos pais. A educação escolar em casa dá aos pais a
preciosa liberdade de colocar Deus e sua vontade no centro de tudo e treinar e
capacitar a criança para se tornar um adulto equipado para fazer a vontade
de Deus, glorificar a Pessoa de Jesus Cristo e ajudar a avançar, na sociedade e
na vida das pessoas, um governo mais elevado: o Reino de Deus e seus valores.
Assim, as crianças cristãs educadas no lar ganham a oportunidade maravilhosa de
conhecer e obedecer a seu Mestre, Professor, Senhor e Rei e são treinadas, como
foi João Batista, para ajudar homens e mulheres a se tornarem seguidores
apaixonados de Jesus. Tal educação é perfeitamente possível quando se dá espaço
livre e plenas oportunidades para Deus ser seu Capacitador.
Versões
bíblicas usadas:
BLH: Bíblia na Linguagem de Hoje (CD-Rom
Módulo Básico da Sociedade Bíblica do Brasil).
Darby: Tradução literal do Antigo e Novo
Testamento feita por John Nelson Darby (1800-82).
MSG: THE MESSAGE, versão em inglês da
Bíblia em Linguagem Contemporânea. Copyright 2002 by Eugene Peterson.
NVI: Nova Versão Internacional.
Copyright 2000 Sociedade Bíblica Internacional.
Copyright 2004 Julio
Severo. Proibida a reprodução deste artigo sem a autorização expressa de seu
autor. Julio Severo é autor do livro O Movimento Homossexual, publicado
pela Editora Betânia. Ele escreve principalmente sobre questões de vida e
família e seu trabalho tem sido mencionado no Congresso Nacional e em
importantes revistas evangélicas, inclusive Revista Show da Fé, Eclesia, Enfoque
Gospel, etc. Além disso, seus artigos têm aparecido em muitos sites e
publicados (inclusive três matérias de capa) na Defesa da Fé,a
principal revista apologética para líderes evangélicos. Ele também é um líder
no movimento de educação escolar em casa (veja a seção brasileira do site
da Home School Legal Defense Association: www.hslda.org). Se desejar publicar este artigo em
seu site ou revista, entre em contato com o autor. Para mais informações: www.juliosevero.com
Notas:
[1] Noticia
fornecida pelo gabinete do deputado federal Josué Bengston via email datado
de 11 de abril de 2002.
[2] William T. Still, New World Order (Huntington
House Publishers: Lafayette, Louisiana, 1990), p. 131.
[3] William T. Still, New World Order (Huntington
House Publishers: Lafayette, Louisiana, 1990), p. 131.
[4] William J. Federer, America’s God and
Country (Fame Publishing, Inc.: Coppell, Texas, 1994),
p. 676.
[5] William J. Federer, America’s God and
Country (Fame Publishing, Inc.: Coppell, Texas, 1994),
p. 405.
[6] 2002 Enciclopédia
Koogan-Houaiss Digital.
[7]
CITIZENLINK, 14 de abril de 2004.
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