Pois bem, Silas, abaixo está o vídeo. Apesar de tristes por um pastor se deixar comprar pelos ensinos heréticos da teologia da prosperidade, que nada têm a ver com o Evangelho puro e simples de Jesus Cristo, ficamos felizes por saber que somos reconhecidos como diabos (adversários) dos profetas de Mamom, dos fariseus pós-modernos, dos lobos que ensinam as ovelhas a entesourarem na terra, a colocarem seus corações nas bênçãos materiais, ao invés de buscarem unicamente, e sem maiores interesses, a Jesus.
A Deus (ao verdadeiro!) seja toda a honra e toda a glória para sempre!
Silas Malafaia vendeu a alma a Mamom: Aquele que foi um dos maiores rebatedores desta heresia, hoje anda de mãos dadas com Morris Cerrulo, Mike Murdok, Myles Munroe e outros mercenários da fé. Mas, será que isso é tão ruim assim? Será que essa tal teologia da prosperidade é mesmo tão aberrante como a gente diz? Creio que sim, pelas seguintes razoes:
Em primeiro lugar, a teologia da prosperidade esvazia Deus da sua glória onipotente, indo na contra-mão da sua soberania. “A soberania de Deus é a doutrina que afirma que Deus é supremo, tanto em governo quanto em autoridade sobre todas as coisas. Nos círculos dos “ensinos da fé” [i.e. Movivento da Confissão Positiva / Teologia da Prosperidade], ela não é levada muito a sério. Verbos como exigir, decretar, determinar, reivindicar freqüentemente substituem os verbos pedir, rogar, suplicar etc.” (ROMEIRO, Paulo: Super Crentes)
A teologia da prosperidade também é execrável porque transforma o culto a Deus em uma reunião antropocêntrica, isto é, o centro do culto não é Deus e sua glória, nem mesmo Cristo e seu poder redentor, mas o homem e suas necessidades. É um culto totalmente humano, onde o fiel é o centro das atençoes e todos os movimentos do universo devem satisfazer seu ego voraz. Ora, isso só já seria suficiente para rejeitar essa teologia apóstata.
Mas a teologia da prosperidade também parte de um pressuposto demoniaco. Ora, basta observar Mateus capítulo 4 para constatar que quem oferece o mundo em troca de adoração é o diabo, e não Deus. Por isso, não hesitamos em dizer que este evangelho moderno pregado pelo senhor Malafaia e pelos demais arautos da prosperidade, serve aos propósitos de Satanás, e não de Deus. É teologia diabólica, fabricada no coração da antiga serpente para envergonhar, confundir e condenar.
A teologia da prosperidade é herética porque esconde a cruz. Qual foi a última vez que você ouviu um desses televangelistas pregarem sobre a cruz, necessidade de arrependimento, perdão e vida eterna? Na verdade, os pregoeiros da prosperidade esconderam a cruz e anteciparam a coroa! Prometem a glória e o reino na terra, e nem de longe tratam com o problema do pecado que aflige a alma humana. É um evangelho de glórias falsas, que vende a ilusão de que os problemas desaparecerão assim que a oferta for depositada no altar.
Finalmente, a teologia da prosperidade é um capitalismo disfarçado de espiritualidade. Um consumismo travestido de culto religioso onde Mamom, divindade do panteão caldeu, é quem dita as regras do jogo. Dá muita tristeza ver a igreja, que devia promover equilíbrio social através de uma missão integral, espoliar o povo sob promessas absurdas de uma prosperidade falsa que só enriquece seus arautos.
Cada vez que leio a narrativa de Atos dos Apóstolos, fico ainda mais revoltado com o que os modernos pastores estão fazendo com o cristianismo. Nos tempos do cristianismo primitivo, ser pastor significava tornar-se alvo. Eles eram os primeiros a morrer em tempos de crise e perseguição. Hoje é diferente: ser pastor significa ter status. E os crentes? Estes eram humilhados, aprisionados e açoitados, lançados às feras; outros eram queimados vivos na ponta de uma estaca para iluminar os jardins do imperador. Vejo isso e me pergunto onde estava a prosperidade desses homens? Onde está a promessa de riqueza na vida deles? Será que eles não eram crentes? Sim, o eram. E em maior proporção que muitos de nós, que em meio à comodidade e ao luxo nos esquecemos de incluir Deus na nossa agenda diária.
E não é só na igreja primitiva que encontramos esses exemplos não: e o que dizer dos crentes de aldeias paupérrimas da África, que padecem das coisas mais necessárias e comuns? Crentes que fazem uma só refeição por dia e ainda agradecem a Deus pelo pouco que têm. Será que eles são amaldiçoados? Será que a promessa de prosperidade não se estende a eles? Quanta hipocrisia!
Quando ouço falar de pastores presidentes que vivem nababescamente com o dinheiro de dízimos e ofertas, quando vejo telepastores cuja renda mensal ultrapassa a cifra dos milhoes de reais, meu coração entristece ao ver o quanto nos distanciamos daquele cristianismo bíblico, saudável, puro e simples, que não promete riquezas na terra, mas garante um tesouro no céu.
Definitivamente, não posso compactuar com esse comércio da fé. Não posso concordar com essa doutrina diabólica e anticristã que transforma o evangelho em uma empresa religiosa, onde o distintivo do crente não é o amor, mas a folha de pagamento do “fiel”. Não consigo deixar de odiar esse sistema porco, imundo, onde o nome de Jesus é usado para ludibriar, corromper e escravizar. Também não posso deixar de desmascarar esses falsos mestres, discípulos de Balaão, que por causa da paixão pelo vil metal vão além dos limites bíblicos e profetizam o que Deus não mandou.
E se por causa disso somos chamados de “diabos”, ah… que alegria isso me dá! Chamaram meu Mestre de Belzebú, o que nao dirão de mim, um pobre candidato à servo inútil, sem méritos ou obras, cuja única glória é a cruz? Ah… me chame de diabo, de demônio, de filho do inferno se quiser! Meu esconderijo é a cruz, e Cristo é quem me justifica.
“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5.10-12)
Assista à seguir o vídeo do pastor John Piper, onde ele expõe suas razões para repudiar a teologia da prosperidade:
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