sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Dizer "não" à homofobia e à homosexualidade simultâneamente é possível?

Há alguns dias, o colunista André Petry, da revista Veja, fez uma exposição sobre o fato de os evangélicos estarem muito preocupados com a aprovação da lei que pune a homofobia com prisão. Se de fato o tal projeto de lei dissesse respeito apenas à homofobia (como definida acima), seria anormal haver essa preocupação por parte dos evangélicos. Mas o problema é que o termo “homofobia” vem sendo aplicado de maneira forçada por aqueles que desconhecem ou rejeitam os princípios e mandamentos da Bíblia.Creio que o senhor Petry, apesar de inteligente, equivoca-se ao acreditar que o projeto de lei em apreço não é prejudicial aos evangélicos. Ele também não acerta ao ignorar que, a despeito de sermos contrários à prática homossexual — posto que a Palavra de Deus a define como pecaminosa —, também não somos favoráveis à discriminação e à perseguição aos homossexuais. E isso não é uma contradição, como veremos.A discriminação ocorre quando um indivíduo, uma família ou uma instituição se voltam contra pessoas ou grupos, a ponto de quererem matá-los, feri-los ou, no mínimo, humilhá-los e ridicularizá-los, tudo por conta de estes pensarem ou agirem de modo diferente daqueles. E nenhum evangélico fiel à Palavra de Deus agiria dessa forma, haja vista saber que a Bíblia condena expressamente a discriminação, a acepção de pessoas (Tg 2.9).Ser evangélico e homófobo é um jugo desigual, pois nenhum cristão que se preza é capaz de adotar práticas homofóbicas. Por quê? Porque a homofobia, como definida pela psiquiatria, é uma aversão mórbida aos homossexuais. Se há algum evangélico que diz odiar alguma pessoa que pense diferente dele, a ponto de querer humilhá-la, matá-la ou fazer-lhe mal, esse ainda não entendeu o que é ser um servo do Senhor. E sequer pode ser chamado de cristão.O senhor André Petry afirmou: “Os evangélicos e aliados dizem que proibir a discriminação contra gays fere a liberdade de expressão e religião. Dizem que padres e pastores, na prática de sua crença, não poderão mais criticar a homossexualidade como pecado infecto e, se o fizerem, vão parar no xadrez. É uma interpretação tão grosseira da lei que é difícil crer que seja de boa-fé” (Veja, 2 de julho de 2008, p.98).Se a lei em processo de aprovação só proibisse a discriminação aos homossexuais, não haveria problemas. Mas, se a lei considerar a crítica à prática homossexual e a não realização de casamentos de pessoas do mesmo sexo como discriminação, de fato haverá perseguição aos cristãos, ainda que eles não sejam homófobos. Hoje, a maioria das igrejas evangélicas só faz casamentos de pessoas que pertençam ao seu rol de membros. E só fazem parte desse rol quem segue a doutrina esposada pela Bíblia.Mas o senhor Petry também asseverou: “Uma coisa é ser contra o casamento gay, por razões de qualquer natureza. Outra coisa é humilhar os gays, apontá-los como filhos do demônio, doentes ou tarados” (idem). Veja como o assunto é complexo. A Bíblia, que é a nossa regra de fé, de prática e de viver, classifica todas as pessoas que não servem a Deus de “filhos do Diabo” (1 Jo 3.10). Para Deus não há meio-termo. Só existem os que estão do lado de dentro e os que estão do lado de fora (Mt 13.11; Jo 1.11,12). E afirmar isso, em uma pregação, não é para um evangélico, de modo nenhum, discriminatório, posto que tal assertiva é corroborada pela Bíblia.Para os evangélicos, odiar um homossexual é pecado. Mas fazer um casamento de pessoas do mesmo sexo também é pecado! Por quê? Porque a Bíblia condena a prática homossexual: “Não erreis (...) nem os efeminados, nem os sodomitas (...) herdarão o Reino de Deus” (1 Co 6.10). E ainda: “... deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro” (Rm 1.27). Segue-se que, se os evangélicos têm como principal fonte de autoridade os princípios e mandamentos da Bíblia, fazer um casamento de pessoas que estão em pecado, biblicamente, é também incorrer em erro.Não temos dúvidas quanto à anormalidade da prática homossexual, haja vista o Senhor Jesus ter enfatizado que no princípio Deus criou apenas homem e mulher (Mt 19.4-6). Biblicamente, ninguém é homossexual de nascimento, pois, se houvesse a possibilidade de pessoas nascerem em tal estado, Deus jamais condenaria a prática homossexual. E, desde os tempos do Antigo Testamento, esse comportamento tem sido contundentemente reprovado pelo Senhor (Lv 18.22; 20.13).Não creio que o senhor André Petry esteja contra os evangélicos. Mas, ao que me parece, a sua opinião evidencia o seu desconhecimento dos princípios e mandamentos da Palavra de Deus. Afinal, quem somos nós para proibir os homossexuais de fazerem o que bem entendem? O próprio Deus respeita a livre-vontade humana! E nós, como pessoas respeitosas, não devemos dizer que os homossexuais são doentes, monstros, vândalos, etc. Não obstante, quanto ao fato de a prática homossexual ser pecaminosa, tratando-se de uma doença espiritual, disso não temos dúvidas.Se o senhor Petry ler a Bíblia sem preconceito, descobrirá que ela condena vários pecados, levando os evangélicos a se posicionarem contra eles, ainda que o governo, a mídia ou a sociedade os incentive de alguma forma. Por exemplo, a embriaguez, o julgamento calunioso, o adultério e a mentira são pecados contra Deus (Gl 5.21; Ef 5.18; Mt 7.1,2; Ap 21.8). A reação dos evangélicos ao tal projeto de lei ocorre porque eles querem continuar tendo a liberdade de pregar, respeitosamente, contra o que a Bíblia classifica como pecado. E a prática homossexual, como vimos, é pecaminosa, à luz das Escrituras.Não sou favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas também não sou contra à livre expressão do pensamento. Nesse caso, os casais de homens e de mulheres que desejam se casar, que casem em instituições favoráveis a esse tipo de união antibíblica. Afinal, querer, usando a força de uma lei, obrigar igrejas contrárias à prática homossexual a fazerem tais casamentos trata-se de um abuso, um desrespeito a quem pensa diferente.Diante do exposto, o que eu sugiro? A lei em apreço — se é que ela é necessária — pode até ser aprovada, mas precisa de uma revisão. É necessário que ela descreva com clareza que a discriminação aos homossexuais implica zombar deles, ridicularizá-los, maltratá-los, humilhá-los, etc. Ademais, não deve considerar homofóbicas a pregação contra o pecado da homossexualidade e a negação de casamento, por parte das igrejas evangélicas, a pessoas do mesmo sexo, como demonstramos.
Respeitosamente,

Ciro Sanches Zibordi

Fonte: http://cirozibordi.blogspot.com/2008/07/dizer-no-homofobia-e-homossexualidade.html

Um comentário:

  1. casar homem com homem ou mulher com mulher como e fosse normal isso é um absurdo.e eu os declaro marido e marido ha ha ha é nojento e repulsivo .

    ResponderExcluir

Seu comentário é importante! Através dele terei oportunidade de aprender mais! Muito obrigado!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Visitas dos lugares mais distantes

Minha lista de blogs

Aborto diga não!

Aborto diga não!
1999 - Um fotógrafo que fez a cobertura de uma intervenção cirúrgica para corrigir um problema de espinha bífida realizada no interior do útero materno num feto de apenas 21 semanas de gestação, numa autêntica proeza médica, nunca imaginou que a sua máquina fotográfica registaria talvez o mais eloquente grito a favor da vida conhecido até hoje.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal.

Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX).

Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença".

Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias.

Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

Fonte:www.apocalink.blogspot.com