quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

CONHEÇA O NOVO DOCUMENTO DE IDENTIDADE

O Ministério da Justiça lança às 12h desta quinta-feira (30), em Brasília, o RIC (Registro de Identidade Civil), documento que deverá substituir o atual RG, principal título de identidade dos brasileiros.
O novo documento conta com uma série de mecanismos de segurança, além de um chip para armazenar dados como sexo e origem do indivíduo, data de nascimento, assinatura, impressões digitais, entre outros. O chip do RIC ainda trará dados de outros documentos nacionais, como o CPF e título de eleitor, por exemplo.
       Segundo o Ministério da Justiça, o novo RG será um dos “mais modernos documentos de identificação do mundo”. No lançamento, que contará com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo explicará como será feita a substituição da identidade dos brasileiros.
Inicialmente, o novo documento será testado nos estados do Rio de Janeiro e Bahia e no Distrito Federal. Os primeiros cartões devem ser expedidos pela Casa da Moeda. A partir daí, os governos dos estados e do DF terão o prazo de um ano para começar o cadastramento e a implementação do documento.

 No Rio de Janeiro, a base de dados será fornecida pelo Detran, que já desenvolve um trabalho de captação de informações biométricas e utiliza o mesmo cadastro de identificação eletrônica adotado pela Polícia Federal, que contém cerca de oito milhões de pessoas.
O novo documento terá o formato de um cartão de crédito, com um chip contendo dados biométricos da pessoa, como altura e impressões digitais. A nova carteira de identidade nacional não substituirá documentos como CPF, título de eleitor e passaporte, mas terá o mesmo registro em todos os institutos de identificação estaduais do país.

FONTE: r7 e G1

Faleceu Gessírio Domingos Mendes (69), Grão Mestre Estadual do GOB-MS

O Grande Oriente do Brasil em Mato Grosso do Sul está de luto, foi velado nesta quarta-feira (29) no Palácio do GOB-MS, o Grão Mestre Estadual, Gessírio Domingos Mendes, que faleceu na noite de 28 de dezembro de 2010, em Campo Grande (MS) (terça-feira).
       Na vida profana, o maçom era médico homeopata. Nascido em Tupã (SP) em em 17 de novembro de 1941, ele tinha 69 anos e lutava contra um câncer de pulmão. Obreiro na Aurora II, Gessírio ocupou vários cargos na administração da loja maçônica e estava à frente do Grande Oriente do Brasil de Mato Grosso do Sul desde 2003.
       O Palácio do GOB-MS, fica na Rua São Félix, 789, no Jardim Vilas Boas, em Campo Grande, fone (67) 3341-4939.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

PASTORES FAZEM PREGAÇÃO COM FUNDO MUSICAL DO CAPETA



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Yanni, Músico, tecladista e compositor de renome internacional e adepto da Nova Era, devoto de uma entidade espírita guerreira e tem sua música executada por diversos pregadores que como fundo musical nas pregações da palavra de Deus em várias igrejas.

Gostaria de alertar a todos sobre músicas da Nova Era sendo usada como fundo musical nas pregações em nossas igrejas.
Essa música é tocada pelo músico Yanni, especificamente no CD Tribute.
Mas de algum tempo para cá, diversos pregadores começaram a usá-las como fundo musical em suas pregações, causando assim um modismo desmedido em vários lugares.

Em pesquisas feitas a respeito das crenças de Yanni Chrysomallis, foi descoberto que ele e sua esposa Linda Evans estão envolvidos na meditação oriental. Eles são seguidores do famoso J.Z. Knight, quem canaliza um espírito que se identifica a si mesmo como um guerreiro de 3500 anos de idade chamado Ramta, do continente perdido Atlantis.
Está claro que o “CD Tribute de Yanni” é um tributo a uma entidade espírita (um demônio) e a música que os pregadores gostam de executar nas pregações como fundo musical se chama “Adagio In C Minor”, a número 02 do CD.
A música é muito conhecida como o tema dos Gideões Missionários da Última Hora. Essa música é da Nova Era que é um movimento anticristão que aguarda o ‘Maytreia’ ou anticristo, assim com todos os CDs de Yanni sendo assim portanto profanos.
O Evento Gideões Missionário é sem dúvida um dos maiores e mais respeitados ajuntamento de homens e mulheres de Deus aqui no Brasil, que por sua vez tem ganhado mais e mais a confiança e credibilidade do povo, o evento é um grande canal de benção em nosso país.
Porém nossa maior preocupação é com essa música, que tem circulado por quase todas as igrejas evangélicas, fora e dentro do Brasil.
Não deixemos que isso aconteça; afinal existem tantas canções evangélicas de altíssima qualidade e requinte.

Mas quem é Yanni e que música é essa?
Yanni Chrysomallis e sua ex-noiva, Linda Evans, foram e parece estarem envolvidos ainda na meditação oriental. Linda Evans é uma seguidora da famosa J.Z. Knight, que canaliza um espírito que se identifica a si mesmo como um guerreiro de 3.500 anos de idade chamado Ramta, do continente perdido Atlantis. Veja o site da escola de meditação fundada por J.Z. Knight. (http://www.ramtha.com/).


FONTE: IDA GOSPEL 



Pastor Julio Fonseca

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

COMO SERÁ ESSE BRASIL EVANGÉLICO DE 2020?

Revista diz que evangélicos serão maioria no Brasil em 2020
       O momento em que a maioria dos brasileiros será protestante fica cada vez mais próximo. Com sucessivos escândalos e teologias alienantes será que estamos prontos?
       Cena um: uma das mais importantes revistas semanais do país publicou recentemente uma extensa reportagem fazendo projeções sobre o futuro do Brasil. Apesar de tratar de diversos temas, da educação à economia, a notícia que realmente caiu como uma bomba e acabou repercutida pela imprensa, por emissoras de rádio e de televisão e por blogs e sites de discussão na internet dizia respeito à religião: o maior país católico do mundo na atualidade se tornará evangélico em poucos anos. Mais precisamente em 2020, a continuarem as impressionantes taxas de crescimento, mais da metade dos brasileiros pertencerá a alguma igreja protestante. Estima-se que já neste mês de dezembro, o número de evangélicos no Brasil chegue próximo dos 50 milhões e, pouco mais de uma década depois, atinja a marca de 105 milhões de pessoas.
       Cena dois: após realizarem uma investigação que durou mais de dois anos, promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, acusaram o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, e mais nove pessoas ligadas à denominação, pelo desvio de 8 bilhões de reais de dízimos e contribuições ofertadas por fieis. A dinheirama não teria sido usada em atividades religiosas, mas para aumentar patrimônio pessoal e conseguir lucro, com a -compra de duas emissoras de televisão, terrenos, mansões, um prédio e até um caríssimo jatinho modelo Cessna. A Justiça deu prazo para a defesa se pronunciar e pode aceitar a denúncia. Se assim for, Macedo e seu grupo tornam-se réus num processo criminal que pode condená-los por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
       Ao mesmo tempo em que os evangélicos crescem numericamente e aumentam de forma considerável sua influência em todas as esferas da vida nacional, escândalos e denúncias envolvendo dinheiro, sexo e abuso de poder multiplicam-se e maculam a imagem das igrejas e de seus líderes. Fala-se em relativização moral e secularização da fé. Em uma geração de crentes que busquem vantagens e não mais a Deus. Em que pese o fato de que por trás das últimas denúncias envolvendo a Universal exista uma guerra de interesses e de cifras na qual estão os principais grupos de comunicação do país, ou mesmo que esteja em curso uma batalha espiritual contra a expansão do Reino de Deus, as críticas e acusações sobre o que acontece nos templos de Norte a Sul do país são tão sérias que, ignorá-las, seria mesmo anti-bíblico. Na esteira do avanço protestante em terras tupiniquins, estudiosos das ciências da religião costumam avaliar que esse fenômeno pode ser muito bom, uma vez que “os evangélicos não vão apenas mudar a sociedade, mas mudarão com ela”. Tal afirmação tem causado arrepios em pastores e trazido um sério questionamento para os cristãos: diante de tal quadro já hoje: afinal, como será esse Brasil evangélico de 2020?
       Se o questionamento daqueles que não aceitam o crescimento protestante passou a ser de ordem ética e moral, citando inclusive a própria Palavra de Deus que, segundo eles, só é usada para manipular os incautos, a Universal do Reino de Deus é a vidraça da vez. De acordo com a denúncia do Ministério Público, boa parte do dinheiro recebido pela igreja era repassada em forma de “pagamentos” para empresas de fachada controladas por pessoas ligadas à cúpula da organização. Duas delas, a Cremo Empreendimentos e a Unimetro Empreendimentos receberam, entre 2004 e 2005, mais de 70 milhões de reais, embora não tenham oferecido nenhum serviço ou produto, segundo a Secretaria da Fazenda de São Paulo.
       Essas empresas enviariam o dinheiro para outras, sediadas em paraísos fiscais. Tanto a Investholding, nas Ilhas Cayman, quanto a CableInvest, nas Ilhas do Canal, Reino Unido, também pertencem a pessoas supostamente ligadas à igreja. Por fim, o dinheiro retornava ao país como empréstimos para os líderes eclesiásticos, que compravam com eles apartamentos em condomínios de luxo nos Estados Unidos e propriedades no Brasil, como uma mansão de 2 mil metros quadrados em Campos do Jordão (SP), no valor de 6 milhões de reais.
       A denúncia do Gaeco não é propriamente uma novidade. Desde 1992, quando a Universal comprou a Rede Record, houve mais de dez processos contra a igreja. Já em 1995, depois que Macedo apareceu em um vídeo ensinando pastores a tirar ofertas, autoridades fazem varreduras nas contas da organização, mas não conseguem provas. “A tese de que pastores tenham pegado dinheiro de ofertas, mandado para o exterior e financiado recursos para enriquecer, não é nova. Em 1993, houve denúncia apócrifa e, de lá para cá, a Polícia Federal, a Interpol, o FBI, a Receita Federal e, finalmente, o Supremo Tribunal Federal concluíram que as denúncias não tinham fundamento e inocentaram os acusados. Também essa denúncia não será aceita, pois trata-se de calúnia, injúria e infâmia”, afirmou em pronunciamento o senador Marcello Crivela (PRB/RJ), bispo licenciado da igreja. A principal reclamação de Crivella e da Universal é que alguns dos maiores veículos da mídia nacional estejam aproveitando a investigação do Ministério Público para criar um factóide e, com isso, lutar contra o crescimento de audiência da TV Record. Dentre aqueles que deram mais publicidade ao caso estão o jornal Folha de S. Paulo, que há dois anos enfrentou uma enxurrada de processos judiciais movidos por fiéis da igreja por conta de uma reportagem sobre as finanças da denominação, e a Rede Globo, principal interessada na guerra de audiência. Mas se a motivação é questionável, os veículos garantem que as acusações procedem. Apesar das afirmações de independência da emissora, somente no ano passado a Universal teria repassado 400 milhões de reais para a Record. O valor entra com a compra de horários nas madrugadas, o que é perfeitamente legal. O problema é que enquanto a Globo fatura 50 mil reais, com 6 pontos no ibope, a Record, com audiência bem menor, cerca de 1,4 ponto, recebe mais de 200 mil por hora. Tudo da igreja, tudo bem acima dos valores de mercado.
Evangelho da prosperidade
       Assim como a Record, com suas 23 emissoras de TV, 42 emissoras de rádio e várias outras empresas, a Universal também é seu modo uma potência. Em 32 anos, a igreja tornou-se a terceira maior denominação no Brasil, atrás apenas da Igreja Católica e da Assembléia de Deus. Afirma congregar 8 milhões de pessoas em seus 4500 templos espalhados pelo país. Além daqui, está presente em outras 171 nações e tem em seu corpo ministerial 9600 pastores e outros 4400 obreiros voluntários. Seu trabalho social e espiritual é digno de nota, uma vez que oferece a Palavra de Deus e mensagens de encorajamento para gente de todas as origens e classes econômicas, sendo uma porta de entrada para o Evangelho e para a libertação de multidões afundadas em vícios, criminalidade e falta de perspectivas na vida. É perfeitamente coerente e razoável que, como qualquer outra igreja – inclusive a Católica – ou religião, possa empregar os meios de comunicação, recursos e estrutura na tarefa evangelística. Mas a verdade é que o centro da crise não está aí e também não se restringe somente à Universal.
       O NOVO CRENTE
       O espantoso crescimento evangélico nas últimas décadas já provoca uma crise de valores e de doutrinas em várias igrejas. O novo crente adotou regras menos rígidas e passou a procurar a religião não apenas como forma de obter benesses na eternidade, mas alcançar a prosperidade aqui e agora. E nada representa mais esse novo momento do que a Teologia da Prosperidade. Surgida por volta de 1940, nos Estados Unidos, ela radicaliza o ensino de que o sacrifício de Cristo deu àqueles que o seguem direito a uma saúde perfeita, riquezas materiais, triunfo sobre o Diabo e vitória sobre todo e qualquer sofrimento (conheça mais essa história na reportagem Teologia do Abracadabra à página 47). Basta decretar ou determinar e colocar a fé em ação. “Para bancar suas ambições institucionais, proselitistas e econômicas, as igrejas atrelam a doação financeira à retribuição divina de bênçãos materiais. Cada culto procura convencer o fiel A FIRMAR RELAÇÕES DE TROCA COM O CRIADOR E COMPROVAR A FÉ DANDO DINHEIRO. Quando a Universal começou a usar tais métodos, eles pareceram polêmicos e heterodoxos, mas agora os líderes de outras denominações perceberam a eficiência dessas práticas e, para adquirir vantagens competitivas, copiam todas elas”, explica o sociólogo Ricardo Mariano, da PUC do Rio Grande do Sul, autor do livro Neopentecostais (Edições Loyola).
       Copiar não é força de expressão nem se resume à nova visão em relação ao dinheiro. Depois do sucesso da Fogueira Santa de Israel, do Vale do Sal e das rosas ungidas, fazer campanhas passou a ser algo praticamente obrigatório em todo meio neopentecostal e em parte do pentecostalismo clássico. Diante da renovada pressão por exposição midiática e crescimento, algumas igrejas históricas que adotaram a renovação carismática passam a rever a forma e o conteúdo de suas mensagens e deixam em polvorosa os mais tradicionais. Como tantos outros modismos, substituem a ênfase na santidade e no relacionamento com Deus pelo emocionalismo desprovido de mudança de vida e baseado na política do “toma lá, dá cá”.
       “Estamos vivendo uma espécie de ‘síndrome de Éfeso’. Como no caso dos crentes que viviam naquela cidade nos tempos bíblicos, as pessoas correm atrás de novidades. Por outro lado, passou a ser inconveniente e fora de propósito falar em ‘sofrer por amor ao Evangelho’, ‘entregar tudo a Deus’ e ‘buscar em primeiro lugar os valores do Reino’. O único sacrifício válido é o financeiro. Infelizmente, pouco há em comum entre essas novas igrejas e a Reforma Protestante que deu origem aos movimento evangélico”, lembra o professor Lourenço Stelio Rega, diretor da Faculdade Teológica de São Paulo e especialista em Ética. Nessa nova realidade do meio religioso brasileiro, textos bíblicos tradicionais ganham novas interpretações, nas quais um Deus visto apenas como Senhor e Salvador já não atende à demanda dos fieis. Antes de mais nada, ele é um negociador e os líderes eclesiásticos, seus despachantes. Ai de quem bobear nessa tarefa: a concorrência é cada vez maior.
       Um quadro vívido de como anda o movimento evangélico pode ser encontrado na periferia das grandes cidades. Nesses locais, proliferam igrejas, a maior parte congregações independentes, com templos quase vizinhos. Em São Paulo, a Avenida Celso Garcia, no Brás, uma das vias mais tradicionais da metrópole, passou a ser conhecida como “avenida da fé”. Em uma cidade onde um novo templo é aberto a cada dois dias, a Celso Garcia ganhou pelo menos nove novas igrejas nos últimos tempos, algumas com templos enormes e suntuosos, separados por poucos metros. E se antigamente as igrejas transformavam cinemas em lugares de culto, hoje supermercados e lanchonetes da rede Mc Donald’s são adaptados para funcionarem como templos. “É o fast food da religião.
       Como a concorrência é enorme, cada um tenta vender melhor seu peixe. Só falta pendurar uma faixa na entrada proclamando: ‘Esta igreja funciona. Sabemos como fazer Deus trabalhar para você’. Isso, a teologia já não explica mais. Procurar recompensa pelo menor preço é coisa para a economia clássica. PIOR É QUE NÃO HÁ DIFERENCIAÇÃO: TODOS SÃO VISTOS COMO EVANGÉLICOS”, completa Rega.
Na ponta do lápis
AVIVAMENTO?
       Há quem veja o fenômeno do crescimento evangélico como um avivamento. Outros não aceitam tal interpretação, afinal, para um avivamento não basta o aumento quantitativo, é preciso também o qualitativo. De um jeito ou de outro, o fato é que o Brasil caminha a passos largos para se tornar em um futuro bem próximo uma nação de maioria evangélica. Percurso inverso ao da Europa, que abandonou o cristianismo e agora corre sério risco de se tornar um continente islâmico (leia matéria à página 48). Nesse exercício, não há nada de adivinhação, vontade ou futurologia. É questão de fazer cálculos. “A continuar a taxa de crescimento que os evangélicos tiveram nas últimas décadas, no final deste ano, 25,4% de um total de 196,5 milhões de brasileiros, ou seja, quase 50 milhões serão evangélicos. Já em 2020, metade da população será protestante”, observa a matemática e crente presbiteriana Eunice Stutz Zillner, do Ministério Apoio com Informação (MAI), responsável por análises e projeções no campo religioso.
       Apesar da fé ser a motivação para o trabalho – ela e o marido, o engenheiro eletrônico Marcos Zillner, são missionários e pretendem que os números incomodem e estimulem as igrejas a evangelizar –, nada de ser tendencioso ou enveredar pela empolgação dos líderes denominacionais e seus números “evangelásticos”. As contas, literalmente, são feitas na ponta do lápis. As projeções do MAI têm como ponto de partida os censos periódicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelo levantamento de 1991, por exemplo, sabe-se que os evangélicos eram 13 milhões na época ou 8,9% da população brasileira. Nove anos depois, em 2000, os evangélicos dobraram de tamanho e passaram a ser 26,1 milhões, 15,45%. “Tudo bem que a tendência mais para frente é que esse aumento venha a se estabilizar. Mas levando em conta a taxa de crescimento anual dos evangélicos, que é mais de três vezes o da população do país, podemos dizer que hoje um em cada quatro brasileiros é protestante”, confirma Eunice. Nesse contexto, todos crescem, mesmo os históricos. Mas sobretudo as denominações neopentecostais.
       Uma quantidade tão expressiva de pessoas transformadas pela Palavra de Deus leva a crer que haverá um forte impacto na sociedade brasileira, certo? Errado. Pelo menos, segundo os especialistas ouvidos pela semanal Época, a revista que fez inicialmente a projeção sobre o futuro do país. Para a antropóloga Christina Vital, do Instituto de Estudos da Religião (Iser), a flexibilidade e a adoção de regras menos rígidas é a razão do exponencial crescimento evangélico. “Enquanto os católicos não aceitam coisas como a camisinha, os evangélicos adaptam-se aos costumes da sociedade. Há igrejas que aceitam gays, por exemplo. Essa tendência deve continuar”, prevê ela.
       A potencialidade numérica também não garantirá que um presidente evangélico seja eleito, já que tradicionalmente a representação política no Congresso fica bem aquém da porcentagem de crentes na população. O Brasil também será muito diferente dos Estados Unidos, onde a moral conservadora é parte essencial da crença e do culto. “A religião foi abrasileirada. Não tem um foco tão grande no moralismo”, analisa o antropólogo Ari Pedro Oro, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Continuando, os especialistas acreditam que o aumento da população protestante levará ainda à diminuição do consumo de álcool, com a oposição costumeira dos crentes, e ao aumento da escolaridade, já que as crianças são incentivadas a ler a Bíblia. Com relação à violência, continuará havendo tolerância e o motivo para se acreditar nisso está nas favelas do Rio de Janeiro, onde pastores e traficantes convivem bem. Há respeito para com os religiosos e os bandidos atendem apelos eventuais. Mas o tráfico permanece.
       Visto com esperança por uns, o panorama causa desconfiança e provoca arrepios em outros. Especialmente em que acredita na máxima bíblica de que o crente “não pode se conformar ao mundo, mas deve transformá-lo pela fé” e que defende os valores expressos na Palavra de Deus sem restrições. “A Igreja evangélica desprovida da ética cristã não consegue impactar a sociedade. Aliás, não precisamos esperar o futuro para ver o que acontecerá. Podemos observar hoje. Décadas atrás, falávamos em católicos nominais. Agora, já temos os evangélicos nominais, aqueles que frequentam os cultos apenas atrás de bênçãos. Sem querer generalizar, mas vivemos uma crise de conversões no Brasil, já que vemos quase somente adesões”, alerta o pastor e pesquisador Paulo Romeiro, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
       Para ele, aqueles que usam a mídia para anunciar uma mensagem de salvação são raros e a situação só mudará caso esses líderes mais éticos tenham maior visibilidade. “A justiça, em todos os seus sentidos, não é mais preocupação de grande parte da Igreja cristã. Em parte, isso ocorre porque não há uma estrutura de poder que coíba abusos e manipulação de um líder carismático que manda sozinho lá no topo, coisa muito comum nessas denominações que mais crescem. Está na hora do trigo aparecer, para que a sociedade veja a diferença”.
       Preocupação semelhante tem o também pastor e jornalista Silas Daniel. Nos últimos meses, o jornal do qual ele é o editor, o Mensageiro da Paz, órgão oficial de comunicação das Assembléias de Deus no Brasil, publicou uma série de matérias sobre o Brasil evangélico em 2020 e perguntou a algumas das principais lideranças assembleianas se AINDA É POSSÍVEL MUDAR TAL QUADRO. A RESPOSTA É SIM, MAS O TEMPO ESTÁ CADA VEZ MAIS CURTO. “Apesar das denominações neopentecostais terem mais visibilidade, por causa da mídia, o crescimento evangélico também atinge as organizações históricas e pentecostais. Essas precisam resgatar a mensagem sobre santidade, renúncia e humildade no lugar da auto-ajuda e dos discursos feitos para massagear o ego que tomaram de assalto os púlpitos. Só com ênfase renovada na exposição sadia da Palavra de Deus e na oração, culto após culto, poderemos virar o jogo”, adverte. Se o futuro não for assim, a velha figura do evangélico com a Bíblia debaixo do braço será mesmo coisa do passado.
Fonte: Revista Eclésia/ Folha Gospel

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Trabalho Maçónico - Símbolos da Maçonaria Operativa em Sintra - Parte I


Dos traços da Maçonaria em Sintra, já em 1903 o Conde de Sabugosa, António Maria Vasco de Melo Silva César e Meneses, sobre eles escrevia em seu belo livro “O Paço Real de Sintra”, como se pode abaixo ler:

Siglas"

Sigla significa em portuguez: lettra inicial que indica abreviatura no escripto.
E em architectura é o sinal gravado em cada pedra pela mão do canteiro, com um fim ou maçonico, que servia para os adeptos se corresponderem mysteriosamente, ou com um fim apenas industrial e economico para cada um marcar o seu trabalho, e ser pago por elle.
O emprego d’estes signaes convencionaes foi effectivamente, no começo, exclusivo dos livre maçons, corporações de constructores e operarios que na idade media trabalhavam na construcção das grandes cathedraes e dos edificios de caracter civil.
Para se entenderem entre si tinham signaes (
SÍMBOLOS, SINAIS), que eram apenas conhecidos de um pequeno numero de iniciados, e serviam só aos grandes dignatarios.

O Conde de Sabugosa pretendia mostrar assim, as várias interpretações que quem estava de fora poderia fazer, acerca dos ditos sinais gravados em pedra, que se podem encontrar em vários monumentos ao longo de todo o território português. Desde a comunicação à prova de trabalho concluído, o Conde de Sabugosa atribuia no entanto, o seu uso apenas à mão-de-obra dos pedreiros, o que não se pode dizer que seja algo explícito ou absolutamente concreto na análise que se possa fazer deste caso. Se atentarmos à ideia que a maior parte das pessoas tem acerca da Maçonaria no geral, perceberemos que alude sempre a um pedreiro (mão-de-obra) com profundo conhecimento do seu trabalho - para além dos outros conhecimentos implícitos na Maçonaria e que a ver têm com muito do que incorre dentro do Universo.

Essa imagem implicaria no entanto, a inexistência de uma hierarquia não só na Maçonaria, mas na própria sociedade, e para tal, basta simplesmente tentar compreender o processo de construção de uma estrutura imóvel, desde a sua idealização e concepção, à sua execução e remates finais: todo um processo que passa - e sempre passou - por várias classes dentro de hierarquias, que atribuem responsabilidade a quem executa os trabalhos, assim como a quem os concebe. De outro modo os pedreiros teriam sido capazes de ter tido a capacidade para lidar por exemplo com o rei, estabelecerem projectos, trabalharem a pedra, assentarem-na, no espaço a que os dias se cingem, e igualmente no curto espaço a que a vida se cinge.

Maçonaria Operativa em Sintra - Palácio da Vila

Existe assim uma idealização não plausível, daquilo que seriam os maçons da Maçonaria Operativa (a que era colocada em prática também através da profissão), de onde surgiu o denominação de “pedreiro-livre” não por ter toda a liberdade como a falaciosa idealização poderá induzir, mas por a mão-de-obra ser paga consoante o trabalho feito em uma empreitada.

Relativamente a este último facto que tem que ver com o termo “pedreiro-livre” e que envolvia trabalhos a prazo, é perfeitamente plausível a ideia de sindicância que possa surgir. A sindicância poderia ajudar na protecção dos conhecimentos, da continuidade do ganha-pão, e de os melhores executantes se manterem sempre próximos dos trabalhos mais importantes - o que na altura, seriam concerteza por toda a Europa, as empresas mais importantes pois o tempo e os gastos levariam a que se construissem grandes obras de arte arquitectónicas, libertando gastos e encurtando o tempo que com erros, poderia ser extremamente longo.

Podendo ter sido um dos primeiros grupos com as noções actuais de “sindicato”, e assim sendo um corpo estranho ao clero que tudo dominava - ainda para mais trabalhando nas obras de Deus, como catedrais ou igrejas, ou outras obras para o rei, que era encarado como de descendência divina - seria natural que tivessem que se proteger entre si como fraternidade, usando para isso o sigilo e o segredo.


Igreja de São Martinho em Sintra - Maçonaria Operativa

Voltando à conjunção inicial, dos traços da Maçonaria em Sintra, encontramos outro autor que fala das “siglas”, símbolos ou assinaturas maçônicas, que é Félix Alves, em três artigos de 1935 publicados no Diário de Notícias, focando-se todos eles na igreja de São Martinho de Sintra e evocando o arquitecto e arqueólogo Possidónio da Silva (Mémoire de l’archéologie sur la véritable signification des signes qu’on voit gravés sur les anciens monuments du Portugál (Lisboa, 1872) par le Chevalier J.P.N. da Silva (Lisbonne)), J.A. Brutails, autor da obraL’Archéologie du Moyen Age (J.A. Brutails - L’Archéologie du Moyen Age, et ses Methodes, pág. 205, Paris, 1900), e Rackzynski - Les Arts en Portugal, pág. 333, Paris, 1846.

Assinatura de Canteiro - Igreja de São Martinho em Sintra

”Para activar as construções e para pagar a cada canteiro o trabalho executado, este marcava os seus silhares ou outras cantarias com o seu sinal próprio, a maior parte das vezes analfabético, marca mais ou menos rude, mais ou menos ingénua e infantil, umas vezes constituida por linhas rectas, mais raras vezes por curvas, de variedade infinita, mas quase sempre muito simples, principalmente se se tratava de pedras resistentes, como o granito.”

Félix Alves faz a sua própria interpretação em muito influenciada por Possidónio da Silva, não sendo contudo completamente satisfatória a sua explicação. As
assinaturas ou os símbolos maçônicos utilizados - como se poderá ver em outro post - não dão a certeza de que eram utilizados apenas por um pedreiro, ou - menos ainda - que representassem apenas um único pedreiro. A descrição que faz das ditas assinaturas ou símbolos maçónicos é também muito simplista, visto que utiliza termos como “rude”, “ingénuo”, “infantil”, “analfabético”, para descrever os mesmos, quando alguns deles conseguem ser encontrados em vários alfabetos e quando para se ser pedreiro, ou pelo menos para executar certos trabalhos em pedra, seria necessário conhecer pelo menos os caracteres e algarismos correntes que constassem dos planos de execução - e faria todo o sentido, usarem-se algarismos ao invés de “rudes” ou “infantis” rabiscos.

Assinatura de Canteiro - Palácio Nacional de Sintra ou Palácio da Vila

”Nos monumentos não aparecem marcados todos os silhares; atribui-se esta circunstância ao facto de uma pedra marcada por um artífice poder indicar uma fiada consecutiva, até à primeira pedra marcada por outro canteiro.”

Também este argumento aos olhos do Caminheiro de Sintra parece falacioso, pois nesse caso, teriam de existir muitos mais símbolos visíveis do que o número que na realidade existe. Isso acarretaria ainda outro problema: faces interiores de construções ou fiadas, dificilmente poderiam ser observadas no momento, para além de que seria sempre necessário aguardar por conclusões ou avanços de outros pedreiros, antes que esses assinassem o seu trabalho e o mesmo fosse comprovado. Ter-se-ia encontrado também caso assim fosse, pedras com símbolos em faces interiores, que se tornariam visíveis aquando de reconstruções ou desmoronamentos, do que, não existe qualquer tipo de relato conhecido. (continua na parte II)


O Caminheiro de Sintra


Créditos das fotografias:
1ª fotografia: autor Flickr NiaD
Restantes fotografias: autor O Caminheiro de Sintra

FONTE: PALÁCIO DE SINTRA
PARTE 2
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Aborto diga não!

Aborto diga não!
1999 - Um fotógrafo que fez a cobertura de uma intervenção cirúrgica para corrigir um problema de espinha bífida realizada no interior do útero materno num feto de apenas 21 semanas de gestação, numa autêntica proeza médica, nunca imaginou que a sua máquina fotográfica registaria talvez o mais eloquente grito a favor da vida conhecido até hoje.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal.

Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX).

Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença".

Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias.

Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

Fonte:www.apocalink.blogspot.com