Parte 1: A "Igreja" Global Emergente
Um evangelho aguado, sem a verdade bíblica ofensiva e focado na dignidade do homem, em vez de na justiça de Deus, encaixa-se perfeitamente bem com a visão da UNESCO em sua Declaração Sobre o Papel da Religião na Promoção de uma Cultura de Paz.
"A primeira Reforma esteve relacionada com as crenças. A Reforma de agora precisa estar relacionada com o comportamento... Já tivemos uma Reforma, o que precisamos agora é de uma transformação." [1] Rick Warren.
"A transição... para uma cultura de paz é um processo de transformação individual, coletiva e institucional." [2] Programa Cultura da Paz, da UNESCO.
"A cidadania para o próximo século é aprendizado para vivermos juntos. A cidade do século 21 será uma cidade de solidariedade social... Temos de redefinir as palavras... e escrever um novo contrato social." Federico Mayor, ex-presidente da UNESCO.
"Um mar de mudança de transições e transformações está gerando um novo mundo", escreveu o Dr. Leonard Sweet, cujos livros são freqüentemente citados no Ministry Toolbox, de Rick Warren. "Deus está produzindo o maior despertamento espiritual na história da igreja... Você irá comparecer?" [4].
Se você ama a verdade, pode querer dizer não!
Pois em seu livro, Soul Tsunami, o Dr. Sweet, um líder famoso na Igreja Emergente, nos diz para fluirmos com as correntes da mudança e deixarmos o imutável evangelho de Deus para trás. "A cultura pós-moderna é um mundo do tipo 'mude ou seja mudado'", ele continua. "Reinvente-se para o século 21, ou morra. Alguns preferirão morrer a mudar." [4].
Será se Rick Warren concorda? Provavelmente sim, pois ele escreveu este efusivo endosso para a capa frontal do livro de Sweet: "Soul Tsunami nos mostra por que estes são os melhores dias para evangelismo desde o primeiro século!".
Que tipo de evangelismo Rick Warren tem em vista? Seria um evangelismo baseado na Palavra de Deus, ou em "boas" obras? Aparentemente, o último. Em um mundo que trocou os absolutos bíblicos por valores mutáveis e experiências de sentir-se bem consigo mesmo, as verdades divisivas de Deus enfrentam uma crescente onda de hostilidade. Mas poucos argumentarão contra ajudar os pobres e os enfermos. Talvez seja por isso que o pastor Warren repita sempre esta frase: "A primeira Reforma esteve relacionada com as crenças; esta estará relacionada com comportamento." [5].
O novo foco está na unidade — uma unicidade em escala mundial refletida na crescente união entre o Oriente e o Ocidente. O livro on-line de Leonard Sweet, Quantum Spirituality, lança uma luz reveladora sobre a "igreja" global planejada para o século 21. Na visão dele, a ofensa da cruz foi substituída por uma paixão por paz interfé e por pensamento de possibilidade Para ilustrar esse ponto, o Dr. Sweet cita Thomas Merton, o famoso autor católico que popularizou o misticismo e morreu na Ásia pesquisando as profundezas do budismo tibetano. 'Já somos um. Mas imaginamos que não somos. E o que temos de recuperar é nossa unidade original.'" [6].
Buscando essa solidariedade ilusória, os líderes da igreja orientada para o sucesso de hoje estão correndo para a era pós-moderna da "verdade" flexível e os prazeres relacionais. Sem estarem limitados por qualquer âncora sólida na Palavra imutável de Deus, eles avançam — de mãos dadas com o mundo — em direção a um futuro imaginado, alcançável por meio de práticas há muito tempo escondidas nas sociedades secretas e nas religiões orientais. Essas práticas incluem os rituais meditativos, a síntese dialética e o pensamento sistêmico. Acrescente aprendizado por meio de serviço comunitário às duas últimas e você terá as estratégias transformacionais testadas primeiro pelostiranos comunistas, e depois incorporadas ao sistema educacional da ONU e dos EUA, que intencionalmente solaparam o aprendizado factual e racional e estabeleceram os modos pós-modernos de pensamento. [7].
Precisamos compreender essa impressionante revolução mundial — e as sutis contemporizações causadas pelas alianças 'cristãs' pragmáticas atuais.
Portanto, os dois próximos artigos nesta série examinarão mais de perto a manipulação social que está por trás do "serviço comunitário" e "aprendizado por toda a vida" — dois programas dirigidos por padrões globais, avaliações e correções contínuas. Enquanto isso, você pode encontrar informações úteis de pano de fundo nas seguintes páginas:
Mas, primeiro, vamos examinar o celebrado Plano P.E.A.C.E, de Rick Warren, e seus vínculos com as Nações Unidas.
Como muitos outros documentos da ONU, os Objetivos do Milênio soam gentis e compassivos. Eles têm o propósito de apelar aos nobres instintos e aos corações compassivos — e realmente conseguem isso! É por essa razão que países, empresas, organizações e igrejas estão aderindo a essa campanha global. Quem discordaria destes oito elevados objetivos:
1. Erradicar a extrema pobreza e a fome.
2. Alcançar a educação primária básica.
3. Promover a igualdade entre os sexos e capacitar as mulheres.
4. Reduzir a mortalidade infantil.
5. Melhorar a saúde das mães e das gestantes.
6. Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças.
7. Assegurar a sustentabilidade ambiental.
8. Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento. [8].
Obviamente, existe mais nesta lista do que palavras aprazíveis aos ouvidos. A visão motivacional de um sistema de bem-estar mundial pode ter capturado os corações em todo o mundo, mas ela na verdade serve aos objetivos grandiosos dos agentes socialistas de mudança que têm pouca preocupação pelo sofrimento humano. (Basta olhar como os líderes do governo americano estão tratando as vítimas do furacão Katrina.) Todavia, nenhum outro programa vinculou mais eficientemente a igreja evangélica ao sistema gerencial da ONU, que, desde sua origem, declarou guerra à verdade e aos valores bíblicos. [9] E nenhum outro programa mais eficientemente atraiu os cristãos a um processo destinado a manipular as massas, a solapar os valores tradicionais, a silenciar os resistentes, a sintetizar as crenças, a trocar o pensamento individual pelo pensamento coletivo, e a treinar os cidadãos globais para servirem "ao todo maior". [10]. Pergunta: seu livro é um mega-sucesso de vendas e a Igreja de Saddleback tem um rol com 82.000 membros. O que virá em seguida?
Warren: 'No século 21 vamos nos tornar globais e mobilizar a igreja americana para ajudar internacionalmente... O presidente Kagame nos receberá em Ruanda para um projeto conjunto entre o governo, as empresas e a igreja...
Pergunta: como a Igreja de Saddleback lidará com esses imensos problemas?
Warren: com nosso plano PEACE... P é para plantar uma igreja ou parceria com uma igreja existente em cada aldeia. Trabalharemos com qualquer um que queira ajudar. Trabalharei com um ateísta que queira enfrentar a AIDS. E — equipar os líderes locais. A — Assistir aos pobres. C — Cuidar dos enfermos. E — Educar para a próxima geração...
Pergunta: qual é sua maior esperança com tudo isso?
Warren: uma segunda Reforma. A primeira esteve relacionada com as crenças. Esta agora estará relacionada com as obras. [11].
Compare esse celebrado Plano P.E.A.C.E. com os Objetivos do Milênio, da ONU.
Tenha em mente que tanto as igrejas com propósitos e seus programas de liderança estratégica requerem treinamento em processos de mudança de mentalidade e tecnologias de avaliação que suportam a visão da ONU para o desenvolvimento de recursos humanos em todo o mundo. [12].
O Plano P.E.A.C.E. | Objetivos de Desenvolvimento do Milênio |
1. Plantar igrejas. | # 8. Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento. (O treinamento da liderança para as igrejas com propósitos é paralelo com oProcesso Dialético, Pensamento sistêmico e desenvolvimento de equipes prescrito por várias agências da ONU envolvidas no desenvolvimento dos recursos humanos.) |
2. Equipar líderes que sejam servidores. | #8. Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento. Na verdade, o"aprendizado por toda a vida" tem sido o principal objetivo educacional da UNESCO desde que essa agência da ONU foi criada. |
3. Assistir aos pobres. | #1. Erradicar a extrema pobreza e a fome. |
4. Cuidar dos enfermos. | #4. Reduzir a mortalidade infantil. |
| #5. Melhorar a saúde das mães e das gestantes. |
| #6. Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças. |
5. Educar a próxima geração. | #2. Atingir a educação primária básica |
Os objetivos implícitos dos Objetivos do Milênio 3 e 7 certamente serão incluídos em cada um dos cinco programas de Rick Warren, especialmente o P, E, A, e E. | #3. Promover a igualdade entre os sexos e capacitar as mulheres.
#7. Garantir a sustentabilidade ambiental. |
Agora, vamos olhar mais de perto cada um dos objetivos do plano P.E.A.C.E.
1. Plantar igrejas — O primeiro ponto parece ser bom. Mas como serão essas novas igrejas plantadas? Serão clones da Igreja de Saddleback, na Califórnia — ou das milhares de outras igrejas que seguem o modelo Propósitos?
Não exatamente. Os agentes de mudança da atualidade adaptarão cuidadosamente suas estratégias transformacionais para cada novo cenário cultural. Mas no centro dessa revolução global veremos os mesmos elementos fundamentais: Gerenciamento da Qualidade Total (TQM), treinamento para o aprendizado psicossocial, promoção de um evangelho positivo (contemporizado) e um Deus permissivo (que não julga e quer que todos se sintam bem consigo mesmos), avaliações contínuas de alta tecnologia e correções, e o processo dialéticooperando por meio dos grupos pequenos sob a liderança de facilitadores. O campo de missões é todo o mundo. Como diz o pastor Rick Warren:
"Bilhões de pessoas estão sofrendo todos os dias de problemas tão grandes que governo algum pode solucionar... A única coisa grande o suficiente para solucionar os problemas do vazio espiritual, liderança egoísta, pobreza, doença, e ignorância é a rede de milhões de igrejas em todo o mundo..."
"As Escrituras mostram que Jesus compartilhava as boas novas, treinava os líderes, ajudava os pobres, cuidava dos doentes, e ensinava as crianças... Nosso Plano P.E.A.C.E. fará exatamente essas cinco coisas que Jesus fez enquanto esteve aqui no mundo." [13].
Mas a comparação do pastor Warren com Jesus não poderia ser mais enganosa. Jesus nunca usou as estratégias psicossociais ou os sistemas de gerenciamento manipuladores que dirigem a transformação social e espiritual.
O ímpeto inicial de Rick Warren é na África, onde o Plano P.E.A.C.E. se encaixará bem. Ele já tem o pé em Ruanda, onde o genocídio de 1994 contra a minoria tutsi chocou o mundo. Mas, de acordo com a revista Time, o presidente ruandês Paul Kagame não tinha sido amigável ao cristianismo bíblico:
"Kagame tem repetidamente declarado seu desdém pelas organizações religiosas.
Assim, um zunzum ocorreu no Estádio Amahoro, de Kigali, no mês passado quando Kagame permitiu que Rick Warren... colocasse o braço em volta de seus ombros e 'orasse pelo presidente'... Kagame comprometeu seu governo na cooperação em um projeto de auto-suficiência de cinco a sete anos formado por voluntários ruandenses, mas iniciado, assessorado e pelo menos parcialmente financiado pela rede de 'Igrejas com Propósitos', de Rick Warren.' O pastor Warren fala em transformar Ruanda na 'primeiro país com propósitos' do mundo." [14].
Você se pergunta por que um presidente africano anticristão entraria nesse acordo? Kagame respondeu a essa questão quando falou na Igreja de Saddleback, em abril de 2005:
"... eles também nos falaram sobre a visão do plano PEACE... É uma visão com um grande objetivo, que é confrontar os grandes problemas do mundo; mas é prática e simples em estratégia porque é construída com base no uso de pessoas comuns, em vez de na elite. Rick e eu concordamos que cada parceiro — a igreja, o governo e as empresas têm um papel a exercer e somos melhores juntos e mais eficientes quando cooperamos." [15].
"Mais eficientes" de que modo? Em plantar igrejas bíblicas — ou na "Capacidade de Construção" e "desenvolver" pessoas que pensem coletivamente e se encaixem na visão da ONU? Irá a cooperação com "o governo e as empresas" realmente ajudar a estabelecer igrejas cristocêntricas com cristãos fiéis e nascidos de novo que — pela graça de Deus — amam e seguem a Palavra do Senhor? Ou isso irá ajudar a espalhar a contemporização e a enganação? Isso irá agradar a Deus ou ao homem?
Isso irá cumprir aquilo que Rick Warren apresenta como os cinco principais propósitos de Deus para a igreja? Ou poderiam esses propósitos serem todos redefinidos sob o estandarte do crescimento de igrejas, de igreja saudável, e serviço orientado para o sucesso por meio de alianças entre a igreja e o mundo? [16] As parcerias enfrentam problemas quando um parceiro controla o dinheiro ou o poder político. O membro controlador estará em condições de definir as regras e as cláusulas do contrato, forçando os outros membros a se submeterem ou deixarem a parceria.
Na verdade, os cinco propósitos de Rick Warren já foram contemporizados. "Warren apresenta alguns ensinos básicos com relação ao propósito de Deus para glorificar a Si mesmo e o que o homem deve fazer com relação a Deus", escreveu Richard Bennet, em um artigo intitulado The Purpose-Driven Life: Demeaning The Very Nature of God. O fato que nem um desses propósitos é apresentado de um modo biblicamente correto torna a obra de Warren ainda mais perigosa para a verdadeira compreensão de quem é Deus e Seu evangelho em Cristo." [17]. Considere os cinco principais propósitos de Rick Warren a partir de uma perspectiva bíblica:
Adoração. As formas pós-modernas de adoração têm o objetivo de produzir sensações de alegria e emoção humana, não a adoração inspirada pelo Espírito Santo. Elas apontam para um Deus positivo e permissivo que, como os membros de nossa equipe humana — saudará nossa natureza autocentrada e desconsiderará nossos modos profanos. Essas celebrações se chocam com as expressões genuínas de um coração cheio do Espírito que livremente adora nosso santo e maravilhoso Deus sem programas centrados no homem e que produzem emoções. [Veja Igreja Dirigida Pelo Espírito ou Orientada Por Propósitos?]. Comunhão. A "comunhão" com propósitos tende a seguir as diretrizes dialéticas atuais. Elas empurram os membros do grupo em direção à tolerância sem base bíblica e baseada nas emoções, em vez de no compartilhamento baseado em fatos e silenciam com relação aos absolutos bíblicos. Em contraste, a comunhão bíblica ocorre quando nos reunimos com prazer comum na palavra de Deus, em Sua vontade e em Seus caminhos — amando e encorajando uns aos outros com Sua palavra e pelo Seu Espírito.
Discipulado. Os novos sistemas de gerenciamento de igrejas propõem treinamento em submissão e lealdade ao "grupo" e à nova ética social — não a Deus e à Sua palavra. Eles requerem participação em pensamento coletivo e "aprendizado para o serviço" e atividades de construção de equipes de diversão. Eles evitam os caminhos estreitos e as verdades divisivas de Deus e distorcem o chamado de Deus por unidade bíblica em um convite para se juntar ao mundo em sua estrada para a corrupção.
Ministério. A forma e estrutura dos ministérios com propósitos são cada vez mais definidas pelos gurus da administração, avaliação de personalidade, pesquisas na comunidade e apelo ao grupo, não pelo ensino bíblico, nem nos propósitos reais de Deus. Mas a Bíblia mostra que nosso principal foco deve estar na edificação dos fiéis, pregando e ensinando a palavra de Deus e exortando e servindo uns aos outros. Somos chamados para viver e trabalhar juntos pelo Espírito de Deus — não pelo pensamento de grupo e a tolerância politicamente correta. Na verdadeira igreja, todos os membros conhecem e seguem a Jesus Cristo, o Rei de todos!! Ele não é um deus reinventado e aceitável para o mundo, mas o Deus santo e todo-poderoso que Se revelou por meio das Escrituras. Evangelismo. O evangelho suave e não ofensivo de hoje enfoca o suposto amor apaixonado de Deus pelas pessoas que são naturalmente dignas de receber amor, não em Sua amorosa misericórdia pelos pecadores depravados. (Veja Efésios 2:1-4) Quando os agentes de mudança "cristãos" treinam as massas para "pensarem fora do caixote" da imutável palavra de Deus, eles estão espalhando um falso evangelho e cegando as pessoas para a única verdade que pode nos libertar.
A suposição que "o fim justifica os meios" já cegou uma massa crítica de líderes "cristãos". Muitos não percebem que o "fim" prometido é meramente uma ilusão. Treinados para aceitar um evangelho contemporizado, eles o espalham para um mundo que quer compartilhar das bênçãos de Deus, mas sem a convicção do pecado e sem o genuíno arrependimento. As massas pagãs estão mais do que dispostas a aderir a um evangelho expurgado de suas partes ofensivas ao mundo.
Essa reforma radical torna-se ainda mais preocupante quando os líderes de igreja, como Rick Warren, dão as mãos para Bono (vocalista da banda de Rock U2), a atriz declaradamente lésbica Ellen DeGeneres, e outros apoiadores da ONU em sua cruzada evangelística e guerra contra a pobreza. Como esses nobres ideais se encaixam bem nos esforços das Nações Unidas de 'desenvolver' as nações, treinar os recursos humanos, construir capital social e estabelecer seu sistema de gestão global, não podemos ignorar sua filosofia básica.
Além do mais, o "evangelho" social e suave de hoje conforma-se facilmente às diretrizes da UNESCO para a religião na Nova Ordem Internacional. Lembre-se das palavras do pastor Warren: "A primeira Reforma esteve relacionada com as crenças; a de agora estará relacionada com as obras." [11].
Tudo faz sentido. O verdadeiro evangelho ofende as pessoas. Ele nos lembra que somos criaturas caídas em servidão ao pecado e distantes de Deus. É por isso que a palavra de Deus nos diz que "somos a boa fragrância de Cristo" [2 Coríntios 2:14]. Ela nos lembra a não esperarmos popularidade no mundo quando formos fiéis à palavra de Deus! Em vez disso, somos chamados para seguirmos em Seu caminho estreito e difícil, não importa o preço que tenhamos de pagar:
"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou." [João 15:18-21].
Em contraste, as obras humanitárias ganharão o aplauso do mundo. Assim também um evangelho caiado, "purificado" de sua verdade ofensiva e enfocado na dignidade do homem, em vez de na justiça de Deus.
Esse novo evangelho encaixa-se bem na visão da UNESCO (Organização Cultural, Científica e Educacional das Nações Unidas), conforme resumido em sua Declaração do Papel da Religião na Promoção de uma Cultura da Paz. Observe que ela usa os erros cometidos pelo cristianismo falso ou cultural, para justificar suas críticas ao cristianismo genuíno e pressionar todas as religiões a aceitarem suas diretrizes para o serviço global em sua Nova Ordem Internacional: 1. ... Somos todos interdependentes e compartilhamos uma responsabilidade inescapável para o bem-estar de todo o mundo.
2. Enfrentamos uma crise que pode produzir o suicídio da espécie humana, ou nos levar a um novo despertar e uma nova esperança. Sabemos que a religião... tem um papel indispensável a exercer...
6. As religiões têm... levado à divisão, ao ódio e à guerra. As pessoas religiosas têm freqüentemente traído os elevados ideais que elas próprias pregaram.
8. A paz envolve que compreendamos que somos todos interdependentes... responsáveis coletivamente para o bem comum.
11. Precisamos... cultivar uma espiritualidade que se manifeste em ação...
13. Comprometemo-nos a... garantir uma educação verdadeiramente humana para todos. Enfatizamos a educação para a paz, para a liberdade, para os direitos humanos, e educação religiosa para promover a abertura e a tolerância.
19. Nossas comunidades de fé têm uma responsabilidade de incentivar a conduta imbuída com sabedoria, compaixão, compartilhamento, caridade, solidariedade e amor; inspirando todos a escolherem o caminho da liberdade e da responsabilidade. As religiões precisam ser uma fonte de energia útil.
20. ... Devemos fazer distinção entre o fanatismo e o zelo religioso.
21 Favoreceremos a paz enfrentando as tendências dos indivíduos e das comunidades a assumirem, ou até mesmo ensinarem que eles são inerentemente superiores aos outros...
22. Promoveremos o diálogo e a harmonia entre e dentro das religiões... respeitando a busca pela verdade e a sabedoria que está do lado de fora.
23. ... Conclamamos as diferentes tradições religiosas e culturais a unirem as mãos e... a cooperarem conosco." [18].
Seja de forma consciente ou por puro pragmatismo orientado para o sucesso, o movimento da Igreja com Propósitos respondeu ao chamado. Com o guru da administração Peter Drucker como seu mentor, a busca de Rick Warren por reforma e transformaçãoo serve muito bem à visão da ONU. Na verdade, as duas parecem marchar ao som dos mesmos tambores. Como a visão de Rick Warren de transformação, o Programa Cultura da Paz, da UNESCO, propõe a total transformação para seu sistema global de avaliações e controle — "um processo de transformação individual, coletiva e institucional." [2]. Aqueles que estudam a literatura da ONU percebem que sua planejada "Cultura da Paz" adotaria alegremente uma forma contemporizada de cristianismo que serviria o sistema mundano. Mas o cristianismo bíblico, tão desprezado pelo mundo, seria banido — exatamente como Jesus Cristo advertiu aos seus discípulos:
"Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo." [Mateus 24:9-13].
Um grupo pequeno de missionários fiéis, trabalhando silenciosamente entre os pobres da África, poderia, pela graça de Deus, compartilhar todo o evangelho fora do alcance dos olhos atentos dos novos gerentes globais. Mas o movimento Propósitos, sedento por publicidade, com sua agenda popular, será cuidadosamente acompanhado para verificarem se ele está se conformando com os ideais da ONU. Para ser bem sucedido dentro dessa estrutura global de controle, é preciso se conformar, obedecer e, finalmente, servir à agenda global. E a fúria dele poderá muito bem ser colocada naqueles missionários que não contemporizam e nos cristãos fiéis, que preferem sofrer a perseguição nas mãos dos intolerantes "pacificadores" do que trair seu amado Senhor.
Vale a pena lembrar duas Escrituras para os tempos desafiadores que estão por vir:
"Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus. E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim." [João 16:2-3].
"Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus." [Atos 20:24].
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Notas Finais
3. Federico Mayor, falando na conferência sobre "solidariedade" durante a Conferência das Nações Unidas Sobre Assentamentos Humanos, em Istambul, Turquia, em 1996. Gravado e transcrito por Berit Kjos.
4. Leonard Sweet, Soul Tsunami, (Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House, 1999), págs. 17, 34, 75.
FONTE: Espada do Espírito
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