terça-feira, 8 de setembro de 2009

Confrontando a Rainha dos Céus - Capítulo 3 - C. Peter Wagner

O desafio da Rainha dos céus


Uma das primeiras responsabilidades que recebi quando assumi a posição de coordenador da rede internacional de batalha espiritual em 1990, foi de visitar às várias regiões do mundo para conhecer aqueles que entendiam pelo menos um pouco sobre guerra espiritual a nível estratégico e que estavam tentando praticá-la de alguma forma. Sendo que muito disso era novidade para mim nesses anos, freqüentemente, eu me posturei como ouvinte e aprendiz. Não demorou muito para eu começar a reconhecer que um padrão discernível de conti¬nente em continente. Foram as referências freqüentes à Rai¬nha dos céus.
Por isso, comecei a fazer perguntas sobre a Rainha dos céus. A bíblia nos diz que se somos ignorantes nos ardis do diabo ele vai tomar vantagem de nós. (II Coríntios 2:11).
Quais são os ardis da Rainha dos céus? Nessas alturas, eu comecei a perceber que ela deveria ser o principado mais im¬portante sob o comando de Satanás, mas qual era o seu modo de operação? Por anos, só recebíamos pedacinhos desconexos, mas eu não tinha dúvida de que algum dia Deus iria mostrar a resposta. Agora, eu creio que uma das razões que não chegamos a um consenso internacional é porque Deus sabia que não estávamos prontos, e, Ele mesmo estava orien¬tando a agenda.


A JORNADA DE RECONCILIAÇÃO


Quando Doris e eu fizemos a nossa jornada de oração à Tur¬quia em agosto de 1997, não fazíamos idéia que envolveria algo mais do que a nossa participação em campo do projeto "Orando pela Janela III". Intentávamos pedir a benção de Deus sobre o povo da Turquia e voltar para casa. Nós tiramos dias de férias para fazê-lo, e por isso planejamos alguns dias de descanso durante a viagem. Nós não tínhamos parado para concentrar ou a orar a respeito das questões relacionadas à Rainha dos céus antes de viajarmos. Nós sentimos contudo, que devíamos fazer uma reserva no hotel em Izmir para podermos orar em Éfeso e Pérgamo.
Também planejamos parar pelo caminho em Istambul por alguns dias para encorajar e orar com os intercessores que estavam participando da Jornada de Reconciliação. Hoje, eu vejo que a Jornada de Reconciliação foi o fator principal na agenda de Deus para confrontar a Rainha dos céus.
A Jornada de Reconciliação, uma visão de Lynn Green, da Jocum, é a expedição de oração mais maciça da década. O desenho é muito simples: mobilizar intercessores cristãos para caminhar todas as rotas conhecidas da primeira cruzada com apenas um item em pauta: arrepender-se aos muçulmanos e judeus pelos pecados que os nossos antepassados cristãos co¬meteram contra eles nas primeiras cruzadas há 900 anos e nas cruzadas subseqüentes.


Pedindo perdão pelas cruzadas


Nossa memória coletiva cristã em relação às cruzadas medie¬vais é muito nublada. Tendemos a pensar que essas cruzadas fazem parte de uma história antiga, distante e muito esqueci¬da. Menosprezamos tanto as cruzadas que até chamamos os esforços evangelísticos dos nossos dias de cruzadas como se as cruzadas da Antigüidade fossem algo benéfico e/ou até nobre.
Os muçulmanos e judeus carregam lembranças diferentes. Para eles, as cruzadas podiam ter acontecido ontem. Nas suas escolas são ensinados a interpretar crentes e cristianismo, pelo menos parcialmente, à luz das cruzadas. Eles aprendem, entre outras coisas, que quando os cristãos entraram em Jerusalém no final da primeira cruzada de julho de 1099, eles massacra¬ram 30.000 civis muçulmanos indefesos, incluindo mulheres e crianças, a sangue frio. Eles aprendem que 6.000 judeus que moravam em Jerusalém naquela hora fugiram para uma sina¬goga e pensavam ali dentro que estariam seguros, mas os sol¬dados trancaram as portas do lado de fora e incendiaram a sinagoga. Enquanto os judeus queimavam até a morte nesse holocausto do Século XI, os soldados cavalgavam em volta da sinagoga debaixo de bandeiras da cruz cristã, abafando os gri¬tos dos que morriam cantando hinos cristãos.
Felizmente agora, através de líderes como John Dawson, Cindy Jacobs, Lynn Green e outros sabemos que nós cristãos que hoje vivemos podemos fazer algo sobre essas situações através de arrependimento por identificação. As feridas do pas¬sado podem ser curadas se nos humilharmos, orarmos, bus¬carmos a face de Deus e nos convertermos dos caminhos maus como lemos em II Crônicas 7:14. A Jornada de Reconciliação intenciona ser um passo gigante nessa direção. Não há fortale¬za que mais impede a plena benção de Deus de ser derramada sobre os muçulmanos maior do que a causada pelas cruzadas, e, a Jornada de Reconciliação através de atos públicos de humilhação e arrependimento, procura destruir esta fortaleza das trevas.
Tive o privilégio de estar em Cologne, na Alemanha no Domingo de Páscoa de 1996, para comissionar o primeiro grupo de intercessores que começaram a Jornada de Reconciliação. Era um aniversário de 900 anos no dia que Pedro O Ermitão comandou as suas tropas na primeira cruzada. Nossa visita a Istambul em agosto de 1997 ocorreu no meio dessa expedi¬ção. Doris e eu esperamos estar presentes para receber os intercessores quando terminarem em Jerusalém em julho de 1999.


O fax de Alice Smith


Antes de sairmos de Istambul, Doris e eu não sabíamos exata¬mente como orar em Éfeso e Pérgamo. De repente recebemos um fax de três páginas enviado ao nosso hotel por uma intercessora principal, Alice Smith, que mora em Houston, Texas. Alice é uma de um círculo de 22 intercessores pessoais que oram com fervor por Doris e por mim e freqüentemente ouvem de Deus a nosso respeito. Eu gosto de dizer que eu ouço de Deus por mim mesmo, mas muitas vezes eu preciso de um aparelho. Desta vez, Alice foi o aparelho espiritual.
Alice disse, que eu me lembre, que ela tinha orado por nós das 2:00 às 5:00 da manhã. Tal coisa não era totalmente fora do normal — já tinha acontecido antes. Mas essa vez, o Senhor mostrou a ela como Doris e eu estávamos a orar no templo da Diana em Éfeso e no trono de Satanás (Apocalipse 2:13) em Pérgamo. E assim fizemos. Contratamos um guia pessoal e oramos em Éfeso numa manhã e na mesma tarde em Pérgamo, seguindo o script que Deus tinha dado a nós no fax.
Alice disse, usando Apocalipse 2:17, que enquanto em Pérgamo eu iria receber maná oculto, uma pedra branca e um nome novo. A pedra branca está no meu escritório agora em Colorado Springs. Eu acho que sei qual é o nome, mas eu não deveria falar para ninguém, de acordo com aquela escritura. Mais significante, ela disse que o maná escondido seria o maná da revelação concernente um passo importante para evangelização mundial. Doris e eu recebemos isso literalmen¬te, então estávamos preparados para receber orientações que o Senhor nos daria nesta viagem. A importância dessa Jornada de oração agora tinha um novo significado!


Carga espiritual em Éfeso!


Nossa primeira parada foi Éfeso. Nós fizemos um tour pela cidade antiga, e quando chegamos ao templo da Diana, nós pedimos ao nosso guia muçulmano que nos deixasse neste lugar a sós porque queríamos orar como crentes. A área do templo é uma bagunça — não foi restaurado como muitas outras partes do Éfeso antigo. Poucos turistas estavam por perto.
Assim que cruzamos a divisa do templo próprio, o corpo da Doris ficou elétrico! Por anos, Doris tinha um ministério de libertação, e , por isso ela desenvolveu uma sensibilidade aci¬ma dó normal para essas coisas. Não havia erro. "O poder está aqui ainda!" ela disse. Nós achamos isto estranho, porque não parecia que o altar da Diana estava em uso para adoração ou sacrifícios ou tais coisas. Somente mais tarde nós chegamos a crer que o ponto energético central provavelmente não esteja nas ruínas do templo, e sim, num lugar na vizinhança. Falare¬mos mais sobre isso adiante.
Quando nós oramos no trono de Satanás (o altar de Zeus) em Pérgamo, Doris não sentiu a mesma presença dos poderes das trevas. Talvez isso seja porque o altar já foi levado à Alema¬nha e reconstruído num museu de Pérgamo em Berlin. Hitler buscou esse altar a fim do poder oculto que ele usou para criar o terceiro Reich.


Maria, a mãe de Jesus em Éfeso


Quando o apóstolo João foi a Éfeso, ele levou Maria, a mãe de Jesus. Olhando da cruz, Jesus disse a Maria: "Mulher, eis o seu filho!" E, aí ele disse a João: "Eis a sua mãe!" E daquela hora em diante, o discípulo João tomou-a para sua casa (João 19:25-27). Alguns dizem que Maria morreu, alguns dizem que ela foi levada diretamente para o céu como Elias. Independen¬te do modo que ela deixou a terra, o último lugar aonde ela foi vista viva foi em Éfeso.
Até aí consta a história. Agora, eu quero indagar. Seria fora de cogitação supor que o seguinte podia ter passado pela mente da Rainha dos céus? Será que a Rainha dos céus execu¬tou talentosamente o que George Otis Jr. chama "um engano adaptativo"? Depois de Paulo e João ministrarem em Éfeso, o culto à Diana mergulhou de vez. Éfeso se tornou o centro mundial de cristianismo. Daí em diante, a Rainha dos céus não teria mais uso da máscara da Diana. Mas, a sua tarefa de Satanás permaneceu: a cegar as pessoas e mantê-las em trevas espiri¬tuais.
Então será que a Rainha dos céus começou a se perguntar: sendo que ela não foi bem sucedida em impedir cristianismo de fora, que talvez fosse meio de impedir pessoas de serem salvas do lado de dentro? Mas como? Nessas alturas, a verda¬deira Maria está no céu com o seu Filho. Seria possível fabri¬car uma falsa Maria dentro de cristianismo que podia ser ca¬pacitada pela Rainha dos céus para fazer milagres, e aparecer, e então atrair adoração em igrejas cristãs que deveria ser dada somente a Jesus? Assim, haveria uma maneira de transferir o poder que recebia uma vez pela Diana, à falsa Maria, aí mesmo na cidade de Éfeso. Se as pessoas não podem adorar a Diana, vamos ver se podem adorar a falsa Maria!
Eu quero ser bem entendido por todos que eu estou usan¬do o termo "falsa Maria" para distinguir entre a Maria verdadeira, a mãe de Jesus e a Maria que recebe orações e intercessão. A Maria verdadeira é abençoada entre as mulheres como o anjo Gabriel declarou (Lucas 1:28). Nunca foi, e, nunca terá outra mulher igual. Porque Deus assim agraciou, também pre¬cisamos honrar a ela. Ela está hoje no céu com seu Filho. A bíblia não dá detalhes do que ela estaria fazendo, mas eu posso crer que ela ficaria horrorizada com o que a Rainha dos céus está fazendo aqui na terra, na sua tarefa de Satanás, para manter as pessoas cegas a Jesus e ao Seu amor.


A mãe de Deus


À medida que desenrola a história, o centro do cristianismo, com o tempo, foi de Éfeso para Roma e Constantinopla. Quando isto aconteceu, e quando o Império Romano foi declarado cristão pelo Imperador Constantino, a falsa Maria começou a tomar cada vez mais um lugar no centro da liturgia cristã e adoração. Isto progrediu a tal ponto que a igreja em Roma decidiu declarar oficialmente que a Maria era a "mãe de Deus." Como isso devia ser feito? Por que não voltar para Éfeso? Em 431 d.C, um "concilio ecumênico" foi convocado em Éfeso. O concilio de Éfeso declarou que a Maria era Theotokos, a mãe de Deus. O dogma permanece em todas as igrejas romanas até hoje.


Adoração a ídolos em Éfeso


Em Éfeso, um santuário foi construído para hospedar a imagem da falsa Maria. Agora, embora haja pouquíssima adoração aberta no altar da Diana dos efésios, a imagem da Maria é adorada 365 dias por ano com velas, oferendas de flores o outras coisas. Devotos prostram, a honram, e oram para ela como se ela fosse transmitir suas orações para Jesus. Poucos pensam que a Rainha dos céus podia estar fazendo um curto circuito com estas orações. Este santuário da imagem é presumidamente o local físico onde o poder, que Doris sentiu em Éfeso, se situa hoje.
Quando Doris e eu fizemos um tour no Vaticano em Roma há alguns anos atrás, tivemos dificuldade em compreender por que uma estátua da Diana dos efésios estaria situada numa sala do Vaticano com outras estátuas dos santos cristãos. De¬pois de visitar a Éfeso, nós temos uma idéia do porquê.


Maria é chamada "a rainha dos céus"


É interessante que muitos retratos da virgem Maria a tem em pé, ou numa lua crescente, ou com uma lua crescente perto da cabeça. Outros têm uma coroa em sua cabeça, e, um dos títulos oficiais é a "Rainha dos céus". Por exemplo, poucas pessoas sabem que o nome espanhol original da cidade de Los Angeles é "a cidade da Nossa Senhora Rainha dos Anjos." Alguns se referem a Los Angeles como "cidade dos anjos". Seria mais correto reconhecer que é a cidade da Rainha dos anjos conhecida como Rainha dos céus.
A extensão da falsa Maria, em relação a sua exaltação capacitada pela Rainha dos céus, fica a critério de cada um. Muitos, ficaram chocados no dia 25 de agosto de 1997, quando a revista "Newsweek" reportou que nos últimos quatro anos, o papa tem recebido 4.340.429 pedidos encorajando a ele declarar oficialmente que a virgem Maria é "co-redentora com Cristo". Quando o papa visitou Cuba em 1998, ele coroou a imagem da Virgem de Merced, declarando ela a Rainha da Cuba. Acontece que o mesmo ídolo é adorado pelos devotos de satanismo cubano, conhecido como Santería.
Se O Cabeça Jesus, está dizendo para o corpo, a Igreja, para vencer (nikao) e confrontar os poderes das trevas em guerra espiritual a nível estratégico explícito, o que deveria ser feito em relação a situação que acabo de descrever?

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