segunda-feira, 31 de maio de 2010

TRATANDO COM AS FORTALEZAS


Por Cindy Jacobs

Cindy Jacobs é uma líder de oração espi­ritualmente dotada. Junto com seu marido, Mike, ela é co-fundadora da Generals of Intercession, uma organização que congraça líde­res de oração por todo o globo, que visa a fazer intercessões estratégicas em favor de cidades, na­ções e grupos étnicos não alcançados. Autora do livro Possuindo as Portas do Inimigo (Editora Atos), Cindy viaja e preleciona nacional e internacional­mente, e tem servido de instrumento para ensinar a doutrina da unidade ao povo de Deus. Ela também serve na International Board of Women's Aglow Fellowship, além de ser uma das invocadoras a Spiritual Warfare Network, da A.D. 2000 United Prayer Track.

Rosário, Argentina - uma cidade abastada e bela diante dos nossos olhos naturais.
No verão de 1992, os pastores de Rosário convidaram-me para ensinar em uma reunião de toda uma cidade para falar sobre "Como Quebrar Fortalezas do Ocul­tismo e da Feitiçaria".
Antes de partir para a Argentina, lamentei ao assistir, pela televisão, notícias sobre as terríveis inundações da pro­víncia argentina de Santa Fé, onde está localizada a cidade de Rosá­rio.
Enquanto eu observava a destruição causada pela inundação, co­mecei a indagar se aquela inundação não seria resultante de alguma maldição.
Estaria a cidade debaixo de um ataque espiritual, por causa dos pecados de seus habitantes?
Ponderei a respeito ao entrarmos na cidade para dirigir o seminário, e orei ao Senhor para que revelasse o segredo e as coisas ocultas daquela cidade.
No segundo dia do seminário, vários de nós, da equipe da Harvest Evangelism, fomos almoçar com um pastor local.
Esse pastor, um representante regional da igreja de Omar Cabrera, Visão do Futuro (uma igreja argentina liderante na área da guerra espiritual), tinha es­tado presente a um seminário sobre guerra espiritual que eu tinha ensinado no ano anterior, em Mar del Plata, e ele começou a contar-me como havia sido fundada a cidade de Rosário.
Parece que um grupo de padres católicos-romanos estava trans­portando uma estátua da Rainha do Céu de uma cidade para outra.
Enquanto viajavam, a imagem da Virgem do Rosário caiu por quatro vezes da carroça no chão, no espaço de uma pequena distância.
Os padres, confiantes que a estátua lhes estava tentando dizer que ela queria que ali fosse o seu santuário, estabeleceram o que é agora a cidade de Rosário.
E assim, a fundadora espiritual dessa cidade não é outra senão a própria Rainha do Céu!
Essas foram revelações muito iluminadoras.
Assim cheguei à conclusão de que a minha suspeita original de que a cidade estava debaixo de uma maldição bem poderia estar com a razão.
Naquela tarde, tive um encontro com alguns pastores de Rosário e com um pequeno grupo de líderes, os quais pediram que eu orasse pela cidade deles.
Expliquei a eles que o mapeamento espiritual da cidade poderia ajudá-los a localizar as fortalezas do inimigo.
Compartilhei com eles acerca de como a oração, feita acerca das portas do inferno, em uma cidade, libera os cativos de Satanás para que possam entrar no Reino de Deus.
Eles ficaram muito excitados! E a excitação deles só aumentou quando foi descrita a informação que eu tinha recebido sobre a fundação da cidade.
Embora alguns daqueles líderes soubessem da ligação da Virgem do Rosário com a cidade deles, eles não sabiam que ela mesma tinha escolhido a cidade como a sua própria cidade.
E assim as suas mentes foram iluminadas ao perceberem que aquelas estátuas da virgem estavam localizadas em cada um dos postos da prefeitura, bem como na praça central da cidade.
Alguns argentinos chegam a chamar a Virgem do Rosário de "generala da cidade".

ORANDO POR UMA ESTRATÉGIA

Terminada a reunião, voltei ao meu quarto de hotel a fim de orar.
Eu sentia que o arrependimento em face da idolatria que envol­ve a Virgem do Rosário era uma das chaves para solucionamento do problema.
Senti que o arrependimento poderia fazer parar a inunda­ção, tanto na cidade como por toda a província de Santa Fé.
Entre­tanto, eu também sabia que uma situação perigosa poderia eclodir, se eu desmascarasse publicamente a adoração da Rainha do Céu como idolatria.
A Argentina é uma nação católica-romana onde os protestantes são considerados uma seita. Ademais, a veneração de virgens, como a do Rosário, está por demais entranhada na cultura argentina. Enquanto estudava e orava, sentia que o Senhor me esta­va dando uma estratégia.
Mais tarde, já à noitinha, quando entrei no teatro repleto, em com­panhia de minha intérprete, Dóris Cabrera, muitas orações de meu coração estavam sendo dirigidas para o céu: "Senhor, dá-me as pala­vras certas; fala por meu intermédio. Ajuda Dóris a interpretar exata­mente o que eu estiver dizendo".
A adoração ao Senhor, naquela reunião, foi tremenda.
Entreguei a minha mensagem ardentemente preparada sobre o mapeamento es­piritual.
No encerramento do culto, li o trecho de Jeremias 7.16-19, que mostra como a adoração à Rainha do Céu provocava Deus à ira.
Também expliquei com cuidado que a Rainha do Céu não é Maria, a mãe de Jesus.
De fato, Maria jamais desejaria ser chamada pelo nome dessa deusa demônio.
Também mostrei que não estamos honrando Maria, mãe de Jesus, quando a veneramos como a Rainha do Céu.
Em lugar algum da Bíblia Maria é chamada de Rainha do Céu.
Então descrevi o julgamento contra os filisteus, devido à idolatria deles, con­forme se lê em Jeremias 47.2:
"Assim diz o Senhor: Eis que se levan­tam as águas do norte e tornar-se-ão em torrente transbordante, e alagarão a terra e sua plenitude, a cidade e os que moram nela; e os homens clamarão, e todos os moradores da terra se lamentarão".
Podia-se ouvir um alfinete que caísse no chão, naquele teatro!
Então, pedi que os pastores viessem à frente.
Tínhamos um bom nú­mero representativo dos batistas, dos nazarenos e de outros grupos, além de carismáticos e pentecostais.
Perguntei ao pastor Norberto Carlini se ele gostaria de dirigir uma oração de arrependimento, em face da adoração à Rainha do Céu e da idolatria em torno dela, para em seguida declarar que a cidade voltava a pertencer ao Senhor Je­sus. Ele e os demais líderes concordaram.
Quando eles se ajoelharam para orar, todos sentiram uma avassaladora presença de Deus.
As pessoas se humilharam diante do Senhor e começaram a chorar em razão dos pecados da cidade.
Os pastores dirigiram uma oração de arrependimento que trovejou com o poder e a autoridade de Deus.
Cada um dos líderes, individualmente, arrependeu-se, e, então, formando um grupo, eles declararam que a cidade não mais pertencia à Rainha do Céu, e deixaram o governo da cidade sobre os ombros do Rei Jesus.
E o regozijo ressoou até aos céus, enquanto adorávamos e agradecíamos ao Senhor por aquela tremenda vitória.
Fonte: Destruindo Fortalezas, Cap. 3 – C. Peter Wagner

O QUE É MAPEAMENTO ESPIRITUAL?




Por Cindy Jacobs

Como foi que descobrimos a fortaleza da veneração à Rainha do Céu, na cidade argentina de Rosário?
Por meio de algo que estamos chamando de "mapeamento espiritual".
Até onde vai o meu conheci­mento, a primeira pessoa a usar essa expressão, "mapeamento espiri­tual", foi George Otis, Jr., em seu livro, The Last of the Giants (Chosen Books).
Embora muitos de nós, que têm ministrado no campo da guerra espiritual, tenham ensinado, já faz agora alguns anos, sobre a necessi­dade de pesquisar as cidades, a fim de descobrirmos as fortalezas espirituais do inimigo, só de algum tempo para cá o termo "mapeamento espiritual" tornou-se aceitável para indicar essa forma de pesquisa.
Para sermos honestos, eu tinha alguma reserva quanto a essa expressão, quando ouvi falar dela pela primeira vez.
Para mim, soava como algo próprio da Nova Era.
Expressei a minha opinião a respeito para diversos outros líderes evangélicos e passei algum tempo orando sobre o assunto.
Finalmente, cheguei à conclusão que "mapeamento espiritual" é, realmente, um bom título descritivo para essa forma de pesquisa acerca de uma cidade.
Sem embargo, em que consiste, exatamente, o mapeamento espi­ritual?
Em minha opinião, trata-se de fazer uma sondagem em uma cidade, a fim de descobrir as incursões que Satanás tem feito ali, in­cursões essas que impedem a propagação do evangelho, mediante a evangelização da cidade para Cristo.
George Otis, Jr. afirmou que essa atividade nos permite ver como uma cidade realmente é, e não apenas como ela parece ser. 2
Como é que você está vendo a sua cidade?
Muitos pastores têm sido chamados para dirigir igrejas, em cidades ou vilas que parecem ser tranqüilas e pacíficas, somente para descobrirem que isso está longe de ser a verdade.
Outros passam anos em centros urbanos vio­lentos com pouca colheita e finalmente desistem, indo-se embora quei­mados e desencorajados.
Alguns pastores têm experimentado desfe­char a guerra espiritual, mas têm sentido que quase só fazem lutar com sombras, pois as forças que atacam as suas igrejas, e as famílias que fazem parte delas, são invisíveis e vingativas.
Mas as coisas não precisam seguir esse rumo.
Deus é o estrategista por excelência.
Na Palavra de Deus existem princípios espirituais que nos permitem de­clarar guerra contra as fortalezas de Satanás, derrubar os seus fortins e libertar os cativos.
Uma pergunta com freqüência é feita, quando se discute esse as­sunto, ou seja: "A Bíblia não diz que a terra é do Senhor, com tudo quanto há nela e que nela vive?"
Naturalmente, temos aí uma verdade.
Deus é o proprietário do globo terrestre.
Mas também é verdade que Satanás se intrometeu, apresentando reivindicações falsas.
A Bíblia diz, em 2 Coríntios 4.4, que Satanás se declarou "deus deste século".
Na verdade, ele tem conseguido cativar reinos inteiros.
Mui realisticamen­te, a maioria dos crentes olharia para as suas cidades e diria: "Sei que a terra é do Senhor; mas o que aconteceu à minha cidade?"
Infelizmente, a maior parte dos crentes não sabe o que deve ser feito para alterar essa situação.
Posso perceber um despertamento recente acerca de nossa res­ponsabilidade para orarmos em prol de nossas cidades e de nossas nações.
Cerca de dois anos atrás, quando se reuniam certos conveniados da Spiritual Warfare Network, o Senhor me impressionou com a idéia de que estava ocorrendo uma reforma por todas as igrejas.
O grito de guerra em favor dessa nova reforma é: "Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espi­rituais do mal, nas regiões celestes" (Ef 6.1,2).
E também: "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus para destruir fortalezas." (2 Co 10.4).
Já experimentamos muitas téc­nicas no terreno do evangelismo.
Por que não submetemos a teste, por igual modo, a oração?
Por que alguns crentes se debatem com o conceito de termos de enfrentar um império maligno invisível?
Charles Kraft, do Seminário Teológico Fuller, tem trazido à tona muitos pontos de discernimento quanto a essa questão, em seu livro, intitulado Christianity with Power.
De acordo com Kraft, vemos aquilo que fomos ensinados a ver.
Inter­pretamos a realidade de conformidade com linhas culturalmente apro­vadas, e assim somos ensinados a ver as coisas seletivamente.
Essa visão seletiva das coisas, para muitas sociedades européias e ameri­canas, está condicionada pela nossa "visão global ocidental".
Essa visão global nos leva a crer que somente aquilo que aprendemos atra­vés da ciência, ou que podemos discernir mediante os nossos cinco sentidos físicos, corresponde à realidade.
Mas Kraft prossegue, a fim de dizer: "Fomos ensinados a crer somente nas coisas visíveis. Di­zem-nos que 'ver é crer'. Se pudermos ver algo, então esse algo deve existir. Mas se não pudermos ver alguma coisa, então é que essa coisa não existe".3

PANO-DE-FUNDO DO NOVO TESTAMENTO


De que forma essa visão global tipicamente ocidental afeta a Igre­ja?
Em alguns casos, de forma apreciável.
Alguns crentes chegam mesmo a relegar as potestades territoriais, alistadas em Efésios 6.12, ao terreno da mitologia.
No entanto, Paulo recomendou que lutásse­mos contra esses "principados e potestades".
Se realmente existem principados e poderes invisíveis, contra os quais nos compete lutar, não deveríamos fazê-lo dotados de um conhecimento esclarecido?
É interessante observar o número de livros eruditos que estão sendo atualmente publicados e que nos ajudam a abrir os olhos para o mundo, conforme Paulo deve tê-lo visto.
Alguns dos melhores dentre esses volumes foram escritos por Clinton Arnold, que ensina o Novo Testamento na Talbot School of Theology.
Arnold examinou ali as crenças dos gregos, dos romanos e dos judeus, bem como os ensinos de Jesus acerca das artes mágicas, da bruxaria e da adivinhação.
Os escritos do apóstolo Paulo estão salpicados de referências escritas diretamente contra as fortalezas espirituais da maldade em seus dias.
Para exemplificar, a respeito da questão de ingerir carnes sacrificadas a ídolos, na igreja em Corinto, no décimo capítulo de 1 Coríntios, escreveu Arnold:
"Um dos princípios fundamentais que orientavam Paulo, em reação contra as situações prevalentes na igreja em Corinto, era a sua convicção de que os demônios animam a idolatria".4
Outro estudo fascinante sobre as fortalezas demoníacas, relacio­nadas à deusa Diana dos Efésios, pode ser achado no livro chamado I Suffer Not a Woman, cujos autores são Richard Clark Kroeger e Catherine Clark Kroeger. Embora a tese desse livro verse sobre o ministério das mulheres nas igrejas, também provê um profundo discernimento quanto ao mundo que prevalecia em Éfeso, que Paulo encontrou, segundo se vê no capítulo dezenove do livro de Atos.
Ali transpira uma cultura eivada de artes mágicas, feitiçaria e adivinha­ção.
O erudito livro dos Kroegers nos brinda com uma vivida descri­ção da deusa Diana:

Ela estava adornada por uma coroa alta, modelada para simbolizar as muralhas da cidade de Éfeso; e o seu peitoral estava recoberto por protuberâncias como se fossem seios. Por cima dessas coi­sas ela usava um colar de bolotas de carvalho, algumas vezes circundadas pelos sinais do zodíaco; pois Artemis (Diana) con­trolava os corpos celestes do universo. Na parte da frente de sua estreita e rígida saia havia fileiras de animais aos triplos, e aos lados havia abelhas e rosetas - indicativos de seu domínio sobre o parto, a vida animal e a fertilidade. Um elaborado siste­ma mágico desenvolvera-se em torno da Ephesia Grammata, as seis palavras místicas, escritas na estátua que representava a deusa. O livro de Atos informa-nos que os recém-convertidos crentes repudiaram esse sistema e queimaram os seus dispendiosos livros de mágica (At 19.19).5

Não foi preciso que Paulo e seus colegas de ministério visitassem a biblioteca da cidade e pesquisassem a história de Éfeso para desco­brirem quais poderes invisíveis operavam por detrás dos aspectos vi­síveis da cidade.
Os cidadãos de Éfeso sabiam que o espírito territorial que dominava a cidade deles era Diana, tal como os cidadãos da mo­derna cidade brasileira do Rio de Janeiro sabem que o símbolo reli­gioso mais distintivo dali é a estátua do "Cristo do Corcovado".
A necessidade que temos de fazer um mapeamento espiritual de nossas cidades torna-se mais crucial principalmente por causa de nossa visão panorâmica ocidental, que tende até mesmo para pôr em dúvida a existência dos poderes espirituais invisíveis da maldade.
Paulo não enfrentava esse problema.
E, a propósito, nem Lucas o enfrentava, conforme demonstrou a erudita de Yale, Susana Garett, em seu exce­lente volume, The Demise of the Devil.6

FORTALEZAS


"Fortaleza" parece ser um vocábulo de sentido bastante ambí­guo, em muito da linguagem de hoje.
Precisamos ter certeza quanto ao seu significado.
Uma fortaleza espiritual é um lugar fortificado que Satanás construiu a fim de exaltar a si mesmo, em oposição ao co­nhecimento e aos planos de Deus.
Um dado importante, que não podemos afastar da mente, é que Satanás tenta ocultar que realmente existem essas fortalezas espiri­tuais.
Ele as disfarça astuciosamente, sob a capa de alguma "cultu­ra".
Conforme Peter Wagner salientou, está ha­vendo um ressurgimento da adoração de divindades antigas nas cultu­ras espalhadas por todo o globo terrestre.
Essa é uma estratégia do inimigo a fim de reempossar os principados demoníacos sobre as na­ções de nossos dias.
Particularmente em nossa época, é essencial que aprendamos a avaliar a nossa cultura à luz da Palavra de Deus.
So­mente sob o escrutínio da lâmpada da revelação dada por Deus sere­mos capazes de libertar as cidades e as nações do mundo dos poderes das trevas, a fim de prepararmos os povos para a colheita espiritual.
Não estou querendo dizer que teremos de expelir cada força demo­níaca isolada da terra, para sempre. Nem mesmo Jesus fez isso.
Não obstante, as nossas orações libertarão muitas regiões da influência desses poderes, por algum tempo, enquanto estivermos ocupados na colheita de almas.
Atualmente, para os missionários treinados na antropologia, tor­nou-se comum eles estudarem a cultura dos povos aos quais são en­viados a ministrar.
Esses princípios têm sido claramente enunciados por especialistas no campo ao discursarem sobre grupos étnicos ainda não alcançados pelo evangelho. Um dos melhores desses compêndios é o de John Robb, intitulado The Power of People Group Thinking. 7
Nos anos que se passaram, muitos equívocos foram cometidos por missionários bem intencionados, que não compreendiam as culturas dos povos entre os quais labutavam.
Não queremos lançar qualquer culpa sobre esses primeiros missionários, mas também não desejamos repetir os erros que cometeram.
Atualmente, os missionários evangélicos podem saber como as culturas são analisadas, mas também não entendem a necessidade de identificar os poderes espirituais por detrás da formação das culturas.
Talvez uma das fortalezas que faríamos bem em perscrutar seja a idolatria da cultura propriamente dita.
Nem tudo que faz parte da cul­tura de um povo é necessariamente piedoso!
Estamos enviando mis­sionários a nações onde as fortalezas demoníacas estão profunda­mente entrincheiradas, e, no entanto, nós lhes fornecemos pouca ou nenhuma intercessão estratégica, no tocante à nação ou às suas famí­lias.
Muitos desses missionários não dispõem de qualquer instrumento que lhes permita reconhecer uma fortaleza espiritual, e, muito menos, como devem enfrentá-la estrategicamente.
Fortalezas espirituais específicas precisam ser destruídas a fim de ser liberada a colheita em nossas cidades e nações.
Em primeiro lugar, é mister perceber que existem fortalezas espirituais nos níveis pessoal e coletivo.
Estamos muito mais familiarizados com o nível pessoal do que com o nível coletivo. O nível coletivo foi aquele com­batido por Daniel e Neemias, quando oraram pela nação de Israel.

A guerra espiritual não é alguma grande "jornada de poder". Antes, é uma exibição dos atributos e caminhos de Deus, diante de um mundo perdido e moribundo, que olha para ver se realmente nós so­mos os vencedores, não sujeitos aos poderes malig­nos desta era.

Neste capítulo, examinarei especificamente nove fortalezas espi­rituais. George Otis., Jr. trata de uma décima, a saber, as fortalezas territoriais, no primeiro capítulo deste livro. Embora com certeza isso não esgote a lista de fortalezas do mal, essas são aquelas que tenho podido identificar mais claramente, até agora.
Fonte: Destruindo Fortalezas, Cap. 3 – C. Peter Wagner

O VISÍVEL E O INVISÍVEL - Por C. Peter Wagner


   
Por C. Peter Wagner

Uma tentativa para ver o mundo à nossa volta como ele realmente é, e não como parece ser.
Essa é a descrição clássica do mapeamento espiritual.
Um importante pressuposto por detrás do mapeamento espiritual é que a realidade é mais do que nos parece à superfície.
As coisas visíveis de nossa vida diária: árvores, pessoas, cidades, estrelas, governos,animais, profissões, artes, padrões de comportamento são coisas comuns, e podemos aceitá-las como são.
Entretanto, por detrás de muitos dos aspectos visíveis do mundo ao nosso redor pode haver forças espirituais, áreas invisíveis da realidade que podem ter maior signi­ficação final do que as realidades visíveis.
O apóstolo Paulo deixou isso fortemente entendido quando escreveu: "...não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas" (2 Co 4.18).
Paulo ensinou que, ao reconhecermos a diferença entre o que é visível e o que é invisível, somos resguardados e "não desfalecemos" (ver 2 Co 4.16).
Mas desanimar quanto a quê?
Ele mencionou nova­mente o desânimo "não desfalecemos" no primeiro versículo do quarto capítulo, para então lamentar-se de que os seus esforços evangelísticos não surtiam tanto efeito quanto ele desejava que surtis­sem.
"Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto", escreveu ele.
Por quê? Porque "o deus des­te século" cegou as mentes dos incrédulos (ver 2 Co 4.3, 4).
Entendo que a mensagem paulina significa que devemos reco­nhecer que a batalha essencial pela evangelização do mundo é uma batalha espiritual, e que as armas dessa guerra não são carnais, e, sim, espirituais.
E também cumpre-nos reconhecer que Deus nos deu um mandato para podermos desfechar uma guerra espiritual que seja in­teligente e agressiva.
Se pudermos entender isso, o processo de evangelização do mundo será acelerado.
Compreender as diferenças que há entre o visível e o invisível é um dos mais importantes compo­nentes do plano geral de batalha, capaz de quebrar o domínio exercido pelo inimigo sobre as almas perdidas, que estão perecendo.

INFLAMANDO A IRA DE DEUS

A principal passagem bíblica que nos mostra a distinção entre o que é visível e o que é invisível, o primeiro capítulo da epístola aos Romanos, também é o grande trecho sobre a ira de Deus.
É compre­ensível que a ira de Deus não seja um de nossos temas favoritos, pelo que não há muitos livros escritos sobre ela, e nem se ouve muitos sermões a esse respeito.
Todavia, a ira é um atributo de Deus.
Isso significa que não é apenas algum humor passageiro, que vem e que vai, e, sim, uma parte da própria natureza divina.
Deus é Deus de ira.
Ele também é Deus de justiça, Deus de amor, Deus de misericórdia e Deus de santidade.
Essa lista poderia prosseguir, mas Romanos 1.18-31 é trecho que trata do Deus da ira.
Escreveu Paulo: "Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça" (Rm 1.18).
Essa enlouquecida injustiça tem tudo diretamente a ver com o visível e com o invisível.
Permita-me o leitor que eu explique.

Deus criou o mundo a fim de manifestar a sua glória. Todo ser humano foi criado para glória de Deus. Os seres humanos ocupam uma posição superior à de outros objetos da criação, porque somos os únicos que foram criados à imagem de Deus.

Por que Deus criou o mundo?
Ele criou o mundo a fim de mani­festar a sua glória.
Paulo esclareceu que, através das "coisas que estão criadas", ou seja, dos aspectos visíveis da criação, "as suas coisas invisíveis... se entendem, e claramente se vêem".
Tudo quanto vemos na criação de Deus, sem qualquer exceção, foi originalmente criado para revelar "o seu eterno poder" e "a sua divindade" (ver Rm 1.19,20).
Que significa isso para nós?
Para começo de conversa, significa que todo ser humano foi criado para glorificar a Deus.
Os seres huma­nos ocupam um nível superior ao de outros objetos da criação, porquan­to somos os únicos seres que foram criados à imagem de Deus.
Todo ser angelical também foi criado para que glorificasse a Deus.
E outro tanto deve ser dito acerca de todo animal, planta, corpo celeste, monta­nha, iceberg, vulcão, urânio, para mencionarmos apenas algumas coi­sas.
A cultura humana também faz parte da criação divina, tendo por desígnio glorificar a Deus.
Abordarei a questão da cultura humana, com algum detalhe, conforme for avançando neste capítulo.

CORROMPENDO A CRIAÇÃO DE DEUS

A verdade da questão é que no nosso mundo nem todos os as­pectos da criação glorificam a Deus.
Certos seres humanos têm to­mado coisas criadas e as têm corrompido, de tal maneira que tais coisas não mais revelam a glória de Deus.
Pois eles modificaram a glória de Deus, reduzindo-a à "semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis" (Rm 1.23).
Deus fica literalmente furioso quando vê que aquilo que foi criado para redundar em sua glória foi transferido, especificamente, para seres humanos, aves, mamíferos e répteis.
Quando esses objetos visí­veis da criação são manipulados para representarem os poderes so­brenaturais, isso libera a ira de Deus.
Se acompanharmos na Bíblia as referências à ira de Deus, fica claro que coisa alguma desperta tanto a ira de Deus como adorar e servir "mais à criatura do que ao Criador" (Rm 1.25).
E Deus abomina tal coisa, sobretudo quando os seres humanos usam o que é visível para glorificar a Satanás e a outros seres demoníacos.
A mera leitura dos capítulos primeiro a décimo nono do livro de Jeremias infunde temor no coração de qualquer um que ouse fazer tão horrenda coisa, conforme o povo de Judá inclinava-se por fazer, a despeito das adver­tências de Jeremias.
Eles estavam dizendo à mera madeira "Tu és meu pai"; e à pedra: "Tu me geraste" (Jr 2.27).
Isso magoa tanto a Deus que ele considera tal atitude como se fosse adultério:
"Ora, tu te maculaste com muitos amantes" (Jr 3.1).
E disse também o Senhor: "(Israel) adulterou com a pedra e com o pau" (Jr 3.9).
Não penso que a ordem de apresentação dos Dez Mandamentos tenha surgido por mero acaso.
Deus abomina o homicídio, o furto, a imoralidade, a violação do descanso e a cobiça.
Mas todos esses man­damentos aparecem depois do primeiro e do segundo mandamentos:
"Não terás outros deuses diante de mim".
E também: "Não farás para ti imagem de escultura..." (Êx 20.3 e 4).
O primeiro mandamento tem a ver com o que é invisível; e o segundo, com o que é visível.
Penso que é seguro afirmar que nenhum pecado é pior do que usar o visível para dar honra e glória aos principados demoníacos.
Nenhuma outra coisa provoca tanto a Deus ao ciúme e à ira.
FONTE: Destruindo Fortalezas, Cap. 2 – C. Peter Wagner
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Aborto diga não!

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1999 - Um fotógrafo que fez a cobertura de uma intervenção cirúrgica para corrigir um problema de espinha bífida realizada no interior do útero materno num feto de apenas 21 semanas de gestação, numa autêntica proeza médica, nunca imaginou que a sua máquina fotográfica registaria talvez o mais eloquente grito a favor da vida conhecido até hoje.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal.

Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX).

Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença".

Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias.

Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

Fonte:www.apocalink.blogspot.com