sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

FONTE: Isto é
Acostumado a ser tratado com reverência, o príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, se tornou uma espécie de pária na Argentina. Sua chegada às Ilhas Malvinas (Falklands, para os ingleses), como piloto de helicóptero da Força Aérea Real, e o envio à região de um navio de guerra desencadearam uma onda de indignação no país, a começar pela própria presidente Cristina Kirchner, que afirmou se tratar de “atos de provocação”. Em tese, William, filho de Lady Di e neto da rainha Elizabeth II, estaria em inocente missão de treinamento – ideia refutada pelos argentinos. Na semana passada, centenas deles foram protestar diante da Casa Rosada, a sede do governo em Buenos Aires, e alguns mais exaltados queimaram bandeiras da Inglaterra. Em discurso que mereceu aplausos de outros políticos, Cristina disse que vai denunciar o Reino Unido ao Conselho de Segurança e à Assembleia-Geral da ONU, pelo que chamou de “militarização do Atlântico Sul”. O caso preocupa por trazer à memória a guerra vencida pelos ingleses em 1982, que deixou um saldo de quase mil soldados mortos. 
Por ora, Cristina conseguiu um importante apoio de seus vizinhos. Durante a 11a Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), realizada há uma semana, vários países da América do Sul declararam apoio à presidente e, em conjunto, adotaram uma medida hostil. Navios militares com bandeiras das Malvinas não serão recebidos em diversos portos do continente, entre os quais os brasileiros. “É o que se pode fazer”, diz Carlos Vidigal, professor de história da Universidade de Brasília. “Mais do que isso, configuraria um posicionamento belicoso em relação ao Reino Unido.” Vale lembrar que a posição oficial do Brasil diante da questão é a mesma desde 1982. O governo brasileiro defende a soberania da Argentina nas Malvinas, mas propõe uma solução pacífica para o problema.
Por que esse pequeno arquipélago de 12 mil metros quadrados ao sul do território argentino é tão disputado? “Até pouco tempo atrás, os ingleses ficavam pescando e administrando as ilhas”, diz o argentino Héctor Luiz Saint-Pierre, diretor do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade Estadual Paulista (Unesp). “Agora, a possibilidade de existência de petróleo está tornando as Malvinas alvo de interesses econômicos.” De 1982 até 1990, Argentina e Reino Unido não mantiveram relações diplomáticas. Os laços só foram restabelecidos durante o governo argentino de Carlos Menem (1989-1999), que propôs um apaziguamento. “Uma vez que os dois países concordassem em não discutir soberania, iriam tentar aproximações em outros assuntos”, diz Maurício Santoro, professor de relações internacionais da Fundação Getulio Vargas. Os moradores das Malvinas não querem que a administração seja passada para a Argentina e é isso que dá respaldo ao Reino Unido em refutar negociações. “Os habitantes das Falklands são britânicos por escolha”, diz Santoro. “É mais interessante para eles permanecer como está.”
FONTE: Isto é

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Aborto diga não!

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1999 - Um fotógrafo que fez a cobertura de uma intervenção cirúrgica para corrigir um problema de espinha bífida realizada no interior do útero materno num feto de apenas 21 semanas de gestação, numa autêntica proeza médica, nunca imaginou que a sua máquina fotográfica registaria talvez o mais eloquente grito a favor da vida conhecido até hoje.

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Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

Fonte:www.apocalink.blogspot.com